Erguidos os primeiros aerogeradores da Usina Coxilha Negra, em Livramento 4c71w

Mais uma importante etapa das obras de implantação do Parque Eólico Coxilha Negra foi registrada pela Eletrobras CGT Eletrosul, no município de Sant’Ana do Livramento (RS). 1v312i

Foi concluída a montagem mecânica dos quatro primeiros aerogeradores do empreendimento, que contará com 72 unidades. O procedimento envolveu a instalação de nacele, gerador e cubo com as pás nas quatro torres iniciais. Esta etapa consiste no içamento da nacele com seus órios, seguido pelo gerador e, por fim, o cubo em configuração estrela com as três pás.

Cada aerogerador pesa 1.320 toneladas, mede 125 metros de altura e cada pá tem 72 metros de comprimento

O peso total de cada aerogerador é de 1.320 toneladas; as torres possuem 125 metros de altura e cada pá tem 72 metros de comprimento.

As obras relacionadas ao sistema de transmissão também evoluem. Na última semana de novembro, foram concluídas as linhas de transmissão que irão operar em 230 kV. As duas subestações coletoras (34,5kV / 230kV) também seguem em estágio avançado: Coxilha Negra 2 (280 MVA – dois transformadores, e um terceiro reserva) e Coxilha Negra 3 (140 MVA), além da ampliação da Subestação Livramento 3 (Sant’Ana Transmissora).

Entre o final de outubro e início de novembro, foi registrada a chegada dos primeiros componentes dos aerogeradores, em Sant’Ana do Livramento. Essa remessa inicial de equipamentos é composta por hubs, geradores e naceles – todos transportados de Jaraguá do Sul (SC), pela fabricante WEG.

Além das estruturas provenientes de Santa Catarina, no dia 14 de novembro, o conjunto com as primeiras 20 pás fabricadas no Ceará, pela empresa subcontratada Aeris, atracou no Porto de Rio Grande (RS), seguindo viagem rumo à Sant’Ana do Livramento.

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Para a viabilização do Parque Eólico Coxilha Negra, foram construídos aproximadamente 100 km de novos os, além da revitalização de outros 56 km de estradas rurais municipais.

Durante os diversos estágios das obras, estima-se a criação de 1.300 empregos. Neste momento, as diferentes frentes de trabalho contam com a mobilização em campo de aproximadamente 1.035 profissionais contratados pelas empresas prestadoras de serviços. Cerca de 530 trabalhadores são do Rio Grande do Sul e os demais são provenientes de outros estados.

Alinhado com a Política de Responsabilidade Social da Eletrobras, o processo de contratação de mão de obra é conduzido pelas empresas prestadoras de serviços e prioriza a seleção de profissionais dos municípios da região, por meio de parcerias com centros locais de empregabilidade. Para atender demandas específicas, por tempo determinado, e que exigem qualificação especializada, as empresas prestadoras de serviços contam com quadro técnico próprio flutuante ou realizam recrutamento externo para preenchimento pontual de vagas temporárias de acordo com a evolução das obras.

O Parque Eólico Coxilha Negra terá capacidade instalada de 302,4 MW, integrando três conjuntos de usinas que totalizarão 72 aerogeradores: Coxilha Negra 2, Coxilha Negra 3 e Coxilha Negra 4. O início da operação do empreendimento ocorrerá em 2024.

Matéria sobre APA do Banhado Grande ganha Prêmio Sintergs de Jornalismo 3g2f68

Matéria sobre a Área de Preservação Ambiental do Banhado Grande ganhou o 3º lugar no 2º Prêmio Sintergs de Jornalismo. A entrega das premiações ocorreu na quinta-feira, 14 de dezembro.

Travessia de Viamão (3) – Temos que conciliar uso com preservação, diz gestora de UC integra uma série com cinco reportagens, do jornalista Cleber Dioni Tentardini, publicada no jornal JÁ, entre os dias 11 e 15 de julho de 2023. É uma viagem à capital das águas, considerada pulmão da região metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, com mais de 500 km² de áreas protegidas. As matérias abordam os desafios e iniciativas de instituições públicas e ambientalistas para conciliar atividades econômicas com preservação. Mostra pesquisas e práticas ecológicas que criam zonas de amortecimento com produção orgânica no entorno das reservas ambientais. E explora os banhados, lagoas, nascentes, aquíferos, parques, morros, florestas, campos, dunas, que abrigam espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção.

Ao todo, foram agraciados jornalistas e estudantes de onze veículos. Os vencedores do concurso foram revelados em evento realizado nesta quinta-feira (14/12), na sede do sindicato.

“Os premiados desta noite são exemplos de jornalismo de qualidade, de jornalismo que faz a diferença, de jornalismo que transforma a realidade. São profissionais que merecem o nosso respeito, a nossa iração e o nosso aplauso”, disse Valdir Bandeira Fiorentin, diretor de Comunicação do Sintergs, durante a cerimônia. O dirigente falou sobre a sensação de dever cumprido do atual mandato e desejou sucesso para a gestão que assume o sindicato em janeiro.

Diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors), Viviane Finkielsztejn, agradeceu a oportunidade de participar da entrega do 2º Prêmio Sintergs e ressaltou que, assim como os servidores públicos, a categoria vem sofrendo assédio e agressões. “Nos últimos quatro anos, fomos atacados moral e fisicamente, mas não podemos nos abater. Em tempos de fake news, nosso trabalho se torna cada vez mais importante. Nosso ofício é informar com qualidade”, disse a sindicalista.

Vencedores 2º Prêmio Sintergs de Jornalismo:

Categoria On-line

1º lugar | Silvia Franz Marcuzzo
Agência Pública
Governo do Rio Grande do Sul engavetou planos para lidar com mudanças climáticas

2º lugar | Luís Eduardo Tebaldi Gomes
Sul21
Em 8 anos de congelamento salarial, incentivos fiscais aumentaram 71,6% no RS

Cleber com as jornalistas Bruna Suptitz e Silvia Marcuzzo, que ficou em 1º lugar. Foto Giovanni Tentardini

3º lugar | Cleber Dioni Tentardini
Jornal JÁ
Travessia de Viamão (3): “Temos que conciliar uso com preservação”, diz gestora da APA do Banhado Grande

 

 

 

Categoria Impresso

1º lugar | Paulo Egídio
Zero Hora
Vidas sob o acúmulo dos consignados

2º lugar | Mauren Xavier, Karina Reif e Simone Schmidt
Correio do Povo – caderno + Domingo
Impacto no serviço público

3º lugar | Carlos Rollsing Braga
Zero Hora
O que defendem os críticos da reforma do IPE Saúde

Categoria Fotografia

1º lugar | Jorge Leão
Brasil de Fato RS
Olhar do abandono

2º lugar | Alencar Fabrício da Rosa
Gazeta do Sul, de Santa Cruz do Sul
Voo à liberdade

3º lugar | Jonathan Heckler
GZH
Corpo de Bombeiros controla incêndio no litoral

Categoria Eletrônico

1º lugar | Cid Martins e Kathlyn Moreira
Rádio Gaúcha
Crimes Ambientais – O Preço da Multa Não Paga

2º lugar | Eduardo Matos
Rádio Gaúcha
Saúde em risco: desarticulado esquema de venda de próteses ortopédicas vencidas

3º lugar | Cristine Ribeiro Gallisa
RBS TV
Assembleia do RS aprova aumento salarial para governador e deputados

Categoria Estudante

1º lugar | Flávia Simões
Revista Sextante, da UFRGS
Profissão: encontrar respostas

2º lugar | Leticia Menezes Pasuch
Correio do Povo – Caderno de Sábado
Perfil: Mônica tem a atenção para a sétima arte no Estado

Pecuária é principal causa do desmatamento na Amazônia, diz estudo lançado na Cop28 5v3y5u

Um mapeamento inédito do MapBiomas Amazônia, divulgado nesta sexta-feira (8) na 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudança do Clima (COP 28), em Dubai, mostra que a pecuária foi o principal vetor de derrubada de vegetação na América do Sul, no período de 1985 a 2022.

O mapeamento levou em consideração 844 milhões de hectares ou 47% da área da América do Sul. Incluiu o bioma amazônico no Brasil, na Colômbia e na Venezuela, a bacia amazônica no Equador, Peru e na Bolívia, as principais bacias hidrográficas que alimentam o bioma (Amazonas e Araguaia-Tocantins) e todo o território continental da Guiana, Guiana sa e Suriname, que não pertence à bacia do rio Amazonas, mas está coberto por floresta similar.

O levantamento mostra que dos 86 milhões de hectares de vegetação natural eliminados do território analisado, 84 milhões foram convertidos em áreas agropecuárias e de silvicultura, com destaque para pastagem, que ocupou 66,5 milhões de hectares da área devastada entre 1985 e 2022 – ou 77% da área transformada.

As áreas para a agricultura, por sua vez, ocuparam 19,4 milhões de hectares.

Os dados mostram ainda que, ao todo, o uso da terra pelo homem no território amazônico em 1985 correspondia a 51 milhões de hectares, ou 6% do bioma. Em 2022,  esse número ou a 136 milhões de hectares, ou 16% do total.  A eliminação da vegetação, segundo o estudo, atingiu prioritariamente a floresta: apenas 6 milhões de hectares suprimidos no período eram de formações não florestais.

“Embora o levantamento mostre que 81,4% da Amazônia ainda estejam cobertos por vegetação natural, apenas 73,4% são florestas – percentual que já está dentro da faixa estabelecida pela ciência como limite para que a Amazônia se mantenha ou se recupere, evitando o processo de savanização na região”, diz o texto do mapeamento.

As atividades de mineração na floresta também cresceram acentuadamente, de acordo com o levantamento: 1.367% entre 1985 e 2022, atingindo meio milhão de hectares.

(Com Agência Brasil)

Energia solar: grandes usinas atingem 11 gigawatts, com investimentos de 500 bilhões em dez anos m4f32

O Brasil ultraou a marca de 11 gigawatts (GW) de potência operacional nas grandes usinas solares, de acordo com o mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

Segundo a entidade, desde 2012, o segmento já trouxe mais de R$ 49,1 bilhões em novos investimentos e mais de 330,1 mil empregos acumulados, além de proporcionar cerca de R$ 17,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.

Atualmente, as usinas solares de grande porte operam em todos os estados brasileiros, com liderança, em termos de potência instalada, da região Nordeste, com 55,57% de representatividade, seguida pelo Sudeste, com 42,99%, Sul, com 0,54%, Norte, com 0,51% e Centro-Oeste (mais DF), com 0,39%.
“O crescimento da energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros, fatores cada vez mais importantes para a economia nacional e para o cumprimento dos compromissos ambientais assumidos pelo País”, diz Rodrigo Sauaia, da Absolar.

Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de istração da entidade, avalia que “o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e colabora para o processo de descarbonização das economias. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos elétricos”, diz.

“Segundo estudo da consultoria Mckinsey, o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V. Para tanto, o País deverá receber cerca de R$ 1 trilhão em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos e armazenagem”, acrescenta Koloszuk.

 

Reportagem sobre Jardim Botânico é premiada pelo Tribunal de Justiça 3p2nt

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul divulgou no final da tarde desta terça-feira (21), os vencedores do Prêmio Themis de Jornalismo 2023.

A reportagem Justiça proíbe “contratos ou acordos” que alterem a destinação do Jardim Botânico, assinada por Cleber Dioni Tentardini, publicada no jornal JÁ, no dia 1º de agosto de 2023, ficou em 3º lugar na categoria Cotidiano da Justiça.

No total, 42 trabalhos foram inscritos. A avaliação foi realizada por comissões constituídas para cada uma das categorias e compostas por um jornalista do TJRS, um representante da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), um representante da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT), um representante do Sindicato dos Jornalistas do RS (SINDJORS) e um magistrado com atuação na área temática. Na categoria Imagem, a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do RS (ARFOC-RS) integra a comissão no lugar da AGERT.

A Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira, em seu pronunciamento, afirmou que “o Prêmio Themis já demonstrou que é uma das iniciativas capazes de aproximar ainda mais o judiciário da sociedade”. Ela parafraseou o escritor Rui Barbosa, afirmando que “a imprensa é a vista da Nação, pois através dela é que a população acompanha o que lhe a ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam ou roubam, mede o que lhe cerceiam ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que a ameaça”.  A Presidente disse ainda esperar que “o Judiciário captado pelas lentes da imprensa, possa cada vez mais ser verdadeiramente conhecido e ado pela população”.

Vencedores do Prêmio Themis 2023

UNIVERSITÁRIA:

1º lugar – Paulo Henrique Lima Albano – Universidade do Vale do Rio dos Sinos

2º lugar – Paula Colpo Appolinario – Universidade Federal de Santa Maria

COTIDIANO DA JUSTIÇA:

1º lugar – Cristine Ribeiro Gallisa – RBS TV

2º lugar – Isabella Smith Sander – GZH / Zero Hora

3º lugar – Cleber Dioni Tentardini – Jornal JÁ

IMAGEM:

1º e 2º lugares – Mauro Adornes Schaefer – Correio do Povo (A categoria, conforme o regulamento,  permite a inscrição de até dois trabalhos por um mesmo profissional)

3º lugar – Renan Adriam de Mattos – Tribuna do Norte

INOVAÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA JUDICIÁRIA:

1º lugar – Cristine Ribeiro Gallisa – RBS TV

2º lugar – Débora Regina Ertel – Jornal NH

3° lugar – Tales Giovani Armiliato – Tua Rádio São Francisco

CATEGORIA ESPECIAL – 150 ANOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RS:

1º lugar – Geórgia Pelissaro dos Santos –  Jornal Vós

2º lugar – Cid Martins – Rádio Gaúcha e GZH

3º lugar – Letícia Dias Fagundes – Instituto Mulheres Jornalistas

Homenagem

No final do evento, foi realizada homenagem especial ao ex-Presidente do Conselho de Comunicação Social do TJ, Desembargador Túlio de Oliveira Martins, que comandou o CCS por mais uma década, entre 2010 e 2020. O magistrado, que é formado em jornalismo, lembrou que foi convidado em 2010 pelo ex-Presidente, Desembargador Aposentado Leo Lima. “A partir da aceitação do convite, destaquei que a ideia era ocupar os espaços existentes na mídia e não deixar que nenhum jornalista ficasse sem resposta das suas questões encaminhadas à então Assessoria de Imprensa do TJ. Auxiliamos bastante também os magistrados que gostariam de falar, mas pediam um apoio em determinadas questões”, disse ele. O homenageado  destacou a importância da criação da DICOM, na istração presidida pelo Desembargador Voltaire de Lima Moraes, direção  que tem todo o apoio e respaldo da atual gestão liderada pela Desembargadora Iris Helena. “Agradeço muito por esta generosa homenagem e gostaria de dividi-la com os jornalistas que atuaram comigo no Conselho de Comunicação Social, que atualmente está muito bem presidido pelo Desembargador Vinicius”, afirmou o magistrado.

Quilombo da Anastácia, em Viamão, ganha reconhecimento após 15 anos de luta pela terra 596u50

Cleber Dioni Tentardini

O governo federal reconheceu, ontem, dia 20, no Dia Nacional da Consciência Negra, o direito de 29 comunidades quilombolas regularizar suas terras, incluindo o Quilombo da Anastácia, um dos três existentes no município de Viamão: 16 famílias ganharam o direito à propriedade de pouco mais de 64 hectares.

O reconhecimento da área na Região Metropolitana de Porto Alegre veio depois de 15 anos, tempo em que o processo de regularização fundiária tramitou no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra.

Foram realizados estudos de identificação e delimitação, e um relatório técnico foi aprovado pela sede regional do instituto, indicando o direito à titulação.

No entanto, uma empresa catarinense produtora de arroz contestou o laudo, reivindicando a propriedade de parte das terras onde está o quilombo e o recurso teve que aguardar julgamento pelo Conselho Diretor do Incra, em Brasília, que confirmou o direito da comunidade.

A publicação da Portaria encerrou o processo istrativo. A sede regional do Incra-RS precisa enviar um histórico de todo o processo à Superintendência do Instituto em Brasília para revisão e, se tudo estiver certo, é encaminhado à Casa Civil para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assine o direito à titulação.

A partir da desapropriação de parte da área pertencente à empresa agrícola, o Incra registra em cartório o imóvel em seu nome e deposita numa conta judicial o valor a que tem direito a antiga proprietária.

Berenice Gomes de Deus, artesã e uma das lideranças, diz que a espera foi longa, mas a luta vale à pena.

– Esperamos agora a titulação, disse.

Berenice é neta de Anastácia de Oliveira Reis, que dá nome ao quilombo, e bisneta de Hortência Marques de Oliveira, que viveu como escrava naquela região da Estância Grande.

Uma rotina de ameaças em 15 anos de espera

Quilombo da Anastácia, em Viamão., Foto: Cleber Dioni

A Fundação Cultural Palmares, do governo federal, reconheceu, em 2007, o direito às terras do Quilombo da Anastácia, um dos três existentes no município de Viamão.

A sede regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária avalizou a comunidade quilombola, mas faltava a decisão final do Incra em Brasília para que os moradores ganhassem o direito a receber os títulos de propriedade.

Durante esse tempo, as famílias da Anastácia sofreram assédios e ameaças. Uma empresa produtora de arroz descumpriu acordo feito com os moradores para poder captar água na parte da lagoa que está dentro dos limites do Quilombo. É uma planície de inundação do rio Gravataí.

“Não pagaram pelo uso da água e fecharam um canal na lagoa, que dá o ao Quilombo. Antes recebíamos turistas, vendíamos lanches, inclusive hospedávamos alguns casais, que ficavam encantados com nosso quilombo, queixou-se Berenice Gomes de Deus, uma das lideranças da comunidade.

Lagoa no Quilombo da Anastácia, em Viamão. Foto: Cleber Dioni
Barragem de plantadores de arroz na lagoa do, Quilombo. Foto: Cleber Dioni

A empresa Fazenda Embireira Agroflorestal foi multada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam) por construção de canais novos sem licença de operação.

Quiilombo Anastácia – Relatorio de Fiscalizacao

O Ministério Público do Estado, através da Promotoria Regional da Bacia do Gravataí, instaurou inquérito civil para acompanhar os conflitos em uso de área de sobreposição entre o quilombo e a produtora de arroz.

Promotora de Justiça Roberta Morillos Teixeira. Foto: Rodrigo Martins (SEAPDR/Divulgação)

– A empresa não cumpriu com as contrapartidas e os moradores negaram interesse em novo acordo. Paralelo a isso, a Promotoria tem algumas investigações por descumprimento das condicionantes do licenciamento pela Fazenda Embireiria e pelas outorgas de uso da água. E tem o viés istrativo da Fepam e da DRHS, que vêm tomando algumas medidas, diz a promotora de Justiça Roberta Morillos Teixeira.

A região onde está o quilombo e a produtora de arroz é a Estância Grande, que está dentro da Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande (APABG).

Um parecer da equipe técnica e gestora da APABG identificou a área como sendo de extrema sensibilidade ambiental e social, uma vez que segundo o Plano de Manejo, tem porção de área dentro da zona de adequação ambiental e zona de uso do Banhado.

Referente às questões sociais, insere-se entre duas comunidades tradicionais, o assentamento Filhos de Sepé e a comunidade Quilombola da Anastácia.

O documento assinado pelas analistas ambientais da SEMA a bióloga Cecília Schuler Nin e engenheira agrônoma Letícia Vianna, gestora da APA, determinou uma série de condicionantes à Fazenda Embireira sob pena de revogar a autorização emitida pela unidade de conservação para continuar suas atividades.

– O empreendedor vem recorrentemente descumprindo o licenciamento ambiental e, por consequência, os alvos de conservação da APA do Banhado Grande, e somado a isso, omitindo conflito com a área do quilombo dentro do processo de outorga, bem como desrespeitando a área dessa comunidade, registrou o parecer.

Dona Berenice diz que a situação é muito difícil porque falta infraestrutura

– Não temos escola, posto de saúde perto, transporte público ível. Reconheceram em parte nossas terras, muito bem, mas estamos abandonados, lamenta.

Dona Berenice neta da Anastácia, no Quilombo da Anastácia, em Viamão. Foto: Cleber Dioni

Das mais de cem pessoas, atualmente, moram cerca de trinta.

– É tudo muito difícil, por isso ficaram os velhos, que não precisam mais trabalhar, diz a líder quilombola.

Baixinha braba

Dona Berenice é neta da Anastácia de Oliveira Reis, que dá nome ao quilombo, e bisneta da Hortência Marques de Oliveira, que viveu como escrava nessa região da Estância Grande.

– Convivi com a vó até os 25 anos. Era bem baixinha e braba, principalmente com quem judiava dos netos, mas cuidava de todos, conhecia os chás, as simpatias, ninguém precisava ir no médico”, recorda.

Vò Anastácia com os netos nos idos de 1950/Fotos: álbum de família

A artesã lembra das histórias que sua vó contava sobre a Hortência ajudar na fuga de escravos pelo rio Gravataí, principalmente os homens, que eram surrados e assassinados com frequência.

– Ela ajudava a atravessar para o quilombo Manuel Barbosa, em Gravataí, conta a bisneta da Hortência.

Antigos moradores

Tia Chica, filha de Anastácia. Fotos : AMQA
Dona Cida e o neto Jhonatan
Marcírio, marido da tia Chica

Os primeiros europeus chegados nos Campos de Viamão no início do século 18 trouxeram negros escravizados.

Alguns registros apontam que o estancieiro viamonense Serapião José Goulart, um dos maiores proprietários de terras do município, dono da fazenda Boa Vista – em cuja sede, no início do século 19, pernoitou o viajante August Saint-Hilaire -, tinha entre seus escravos a Hortência, mãe da Anastácia.

Faltam políticas públicas para os quilombolas

Dos 134 quilombos em 69 municípios gaúchos, os quilombos em Viamão estão entre os mais atrasados devido à falta de políticas públicas.

Quilombo da Anastácia, em Viamão. Fotos: Cleber Dioni

 

Além do Anastácia, há o Cantão das Lombas, na divisa com Santo Antônio da Patrulha, com 28 famílias em 154,75 ha, cujo processo de regularização está tramitando desde 8 de dezembro de 2021, e do Capão da Porteira, na divisa com o município de Capivari.

O biólogo Jorge Amaro, primeiro vereador quilombola, eleito pelo PP no município de Mostardas, morou mais de vinte anos em Viamão e conhece bem a realidade das comunidades.

Embora os quilombolas de Mostardas tenham sido reconhecidos há muito mais tempo e estão organizados em associações e dispõem de muita infraestrutura, os de Viamão não estão inseridos sequer nas políticas públicas de auxílio aos moradores.

– A Prefeitura e outras entidades têm que ajudar. A UFPEL e a FURG, por exemplo, oferecem cotas universitárias para quilombolas, e auxiliam na moradia, alimentação, transporte, então porque outras instituições de ensino em Viamão, Porto Alegre, não podem contribuir também, questiona o vereador.

Ausência de trajetórias

A antropóloga Vera Rodrigues da Silva abordou o Quilombo da Anastácia na sua dissertação de mestrado, apresentada em 2006, no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da UFRGS. O título: “De gente da Barragem” a “Quilombo da Anastácia”: Um Estudo Antropológico sobre o Processo de Etnogênese em uma Comunidade Quilombola no Município de Viamão/RS.

Suas pesquisas sustentaram a titulação das terras para os descendentes de negros escravizados daquela localidade.

– Comecei a pesquisar no final dos anos 1990, e estavam em discussão duas ações afirmativas nas universidades públicas brasileiras: as cotas raciais e os direitos territoriais das comunidades quilombolas.

– Isso sempre me incomodou nas trajetórias negras, que é justamente a ausência de trajetórias. Na mídia, na ciência, de um modo geral, parecem que as pessoas negras brotam do chão, não tem ancestralidade, raiz, história. Então, esse foi meu tema na monografia de graduação. E no mestrado, em 2006, já havia a expectativa de titulação das terras, e isso levaria segurança jurídica aos quilombolas, porque havia espoliação, apropriação ilegal de terras, como eu ouvi dizer: “as cercas andam na madrugada”. Mas como estávamos numa época em que a política pública se desenvolvia no país, a pergunta era: como uma política pública de direitos quilombolas se desenvolve no “estado mais branco do Brasil”?

Anastácia nasceu em 1896, portanto era livre (Lei do Ventre Livre é de 1871 e determinava que os filhos de escravas nascidos posterior àquela data eram livres). Já, a abolição da escravidão em Viamão ocorreu em 1884, anterior à Lei Áurea, de 1888.

Nos idos de 1870, dentre os 1.028 habitantes de Viamão, 749 eram negros, cerca de 70% do contingente populacional. (Fonte: MONTI, Verônica. “O Abolicionismo: 1884 sua hora decisiva no RS”, 1985). Hoje, 44% de 250 mil habitantes são considerados negros.

Dos 26 processos no Estado, apenas cinco receberam titulação das terras

Quilombo Cantão das Lombas, na divisa de Viamão com Santo Antônio da Patrulha, tem 28 famílias em 154,75ha, cujo processo de regularização está tramitando desde 2021. Foto: Cleber Dioni

Há 26 processos em andamento para regularização de quilombos na superintendência do Incra no Rio Grande do Sul. Apenas cinco comunidades foram tituladas, mas mesmo assim, nem todos os moradores desses territórios reconhecidos receberam os títulos de propriedade.

O Quilombo Casca, em Mostardas, por exemplo, com 85 famílias, tem pouco mais da metade (51%) da área de 2.300 hectares titulada.

Os demais são Família Silva, em Porto Alegre (12 famílias, em 0,65 ha – 35%), o Rincão dos Martinianos, em Restinga Seca (55 famílias, em 98,5 há – 27%), a Chácara das Rosas, em Canoas (20 famílias em 0,36 há – 100%), e o Rincão dos Caixões, em Jacuizinho (22 famílias em 226,16 ha).

O maior quilombo com processo em andamento no Estado é o Morro Alto. Desde 2011, 456 famílias reivindicam 4.564,4 hectares nos municípios de Maquiné e Osório.

Em Viamão, duas das três comunidades quilombolas estão com processo em curso, o da Anastácia e o Cantão das Lombas, 28 famílias em 154,75 ha, com processo em tramitação desde 8 de dezembro de 2021.

Nove quilombos gaúchos foram incluídos em uma Portaria no Diário Oficial do governo federal, mas as comunidades ainda não receberam os títulos das terras. São eles: São Miguel (Restinga Seca), Manoel Barbosa (Gravataí), Arvinha (Coxilha e Sertão), Cambará (Cachoeira do Sul), Mormaça (Sertão), Palmas (Bagé), Limoeiro (Palmares do Sul), Areal Luis Guaranha (Porto Alegre), e dos Alpes (Porto Alegre).

Censo 2022: Brasil tem 1,3 milhão de quilombolas

Dados inéditos sobre população quilombola no país foram divulgados em julho deste ano de 2023 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultado do Censo 2022.

Segundo matéria da Agência Brasil, o país tem 1,32 milhão de quilombolas, residentes em 1.696 municípios.

Os quilombos Kalunga, em Goiás, e Erepecuru, no Pará, são os maiores do Brasil. O primeiro envolve 54 comunidades, com 888 famílias, em uma área de 261,99 mil hectares, e o segundo, vivem sete comunidades, com 154 famílias, em uma área de 231,6 mil ha.

O total de títulos concedidos é de 322, em 206 territórios, envolvendo 356 comunidades, 21.093 famílias e 1,090 milhão de hectares de área titulada, dos 1,513 milhão de ha reconhecidos. Significa que 72% da área reconhecida foi titulada.

Na divulgação da publicação Brasil Quilombola: Quantos Somos, Onde Estamos?’, em Brasília, o presidente em exercício do IBGE, Cimar Azeredo, considera que os números inéditos sobre esse grupo populacional são uma verdadeira reparação histórica de injustiças cometidas no ado.

“São essas populações que mais precisam das estatísticas, desses números. A gente precisa saber quantas escolas, quantos postos de saúde, coisas relacionadas à educação e tudo o que essa população quilombola precisa, como a titulação [de terras]. Os dados que estão sendo apresentados hoje, pelo IBGE, se tornam, praticamente, uma reparação histórica”. Cimar Azeredo adiantou que, brevemente, o IBGE vai apresentar informações básicas sobre pessoas indígenas e moradores de comunidades e favelas.

A representante da Organização das Nações Unidas no Brasil, Florbela Fernandes, destacou que o levantamento e a divulgação de dados sobre a população quilombola no Brasil tem um simbolismo enorme a todo o país. “A inclusão de um quesito específico para a população quilombola [no censo] representa um marco de reparação histórica importante e que serve de investigação de referência para outros países da diáspora africana”.  “Essa é a primeira pesquisa oficial para coletar dados específicos sobre a população quilombola. Após 135 anos da abolição da escravidão no Brasil, finalmente, saberemos quantos quilombolas são exatamente, onde estão, e como vivem”, comemorou Florbela Fernandes.

 

 

 

Agricultores convocam população para debater gestão das feiras ecológicas na Capital 2d6k23

O Conselho de Feiras Ecológicas do Município de Porto Alegre (CFEMPOA) promove nesta terça-feira (14), às 19 horas, na Câmara Municipal, uma audiência pública para debater com a população o Projeto de Lei 037/23, proposto pelo Executivo para regulamentar as Feiras Ecológicas realizadas em logradouros público da Capital.

“Esse projeto quer verticalizar o sistema, ar a gestão das feiras para a Prefeitura, que hoje é feita pelas entidades ecológicas, agricultores, processadores e consumidores. Nessa audiência, vamos explicar aos vereadores o que está acontecendo e os prejuízos que esse PL pode trazer para sociedade como um todo”, diz Franciele Bellé, agricultora ecológica da Feira de Agricultores Ecologistas (FAE).

Agricultores discordam de propostas da Prefeitura para regulamentar feiras ecológicas de Porto Alegre

Fran explica que a elaboração de uma lei específica para as feiras ecológicas é de interesse dos agricultores, visando a desvinculação da lei dos vendedores ambulantes.

“No entanto, o Conselho tentou construir junto com o secretário municipal Cassio Trogildo, da Governança Local e Coordenação Política, uma proposta que contemplasse os agricultores ecologistas, mas infelizmente as propostas foram desconsideradas. Em seguida, em reunião com o prefeito Sebastião Melo, foram entregues as propostas de quem vive o dia a dia das feiras. Mas, a promessa de que o Conselho seria inserido no processo de elaboração da referida Lei não se cumpriu”, completa a agricultora.

​Jornal JÁ está entre os vencedores do 25º Prêmio MPRS de Jornalismo 10d5o

Reportagem, assinada por Cleber Dioni Tentardini, ganhou o segundo lugar na categoria Proteção ao Patrimônio. Trata da atuação do Ministério Público Estadual junto à Justiça para que obrigue o Estado a preservar o patrimônio ambiental e cultural do Jardim Botânico de Porto Alegre e do Museu de Ciências Naturais.

A cerimônia foi realizada na segunda-feira, 6, uma iniciativa da Procuradoria-Geral de Justiça em parceria com a Associação do Ministério Público (AMP), Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP), com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS) e da Associação Riograndense de Imprensa (ARI).

Em seu discurso, o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, destacou que “há 25 anos, o Ministério Público celebra o bom jornalismo que dá voz ao trabalho da instituição junto aos gaúchos”. Saltz disse ainda que esta parceria fortalece o relacionamento do MP com a sociedade. “Esse reconhecimento do trabalho destes profissionais que hoje recebem esta homenagem é também a consolidação da atuação transparente que nossa instituição busca ter e a reforça justamente com o trabalho de vocês”, afirmou o procurador-geral.

PARCERIA COM UNESCO

Saltz finalizou o seu discurso anunciando a parceria que o Ministério Público do Rio Grande do Sul e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) firmarão nos próximos dias para criar no Estado um observatório para acompanhamento e monitoramento, pelo MPRS, de todos os tipos de violência que acontecem contra jornalistas. “Essa parceria fará com que tenhamos material e pessoas para que nos próximos 25 anos continuarem participando desse evento e levando a toda a sociedade gaúcha e brasileira aquela informação legítima e verdadeira que ela tanto merece. Portanto, parabéns a todos as senhoras e senhores agraciados e vida longa ao nosso prêmio e viva a liberdade de imprensa”, finalizou Saltz.

​Confira os vencedores

SUSTENTABILIDADE

1º lugar: Ermilo Drews Neto (Jornal NH), que mostra em reportagem que, por meio de leis de incentivo e de fundo do MP, comunidades de diferentes cidades gaúchas buscam a recuperação de patrimônios culturais para manter preservada sua própria história.

2º lugar: Geórgia Santos (Vós), com a reportagem “O conto do bioma invisível”, que mostra porque o Pampa é o bioma menos preservado – e menos protegido – do Brasil.

PROTEÇÃO

1º lugar: Leticia Mendes (Grupo RBS), com Ronaldo Bernardi, Luan Ott e Laise Jergensen, com reportagem que mostra que das 107 vítimas de feminicídio em 2022 no Rio Grande do Sul, 21 delas tinham medida protetiva contra o agressor.

2º lugar: Bruna Viesseri (Grupo RBS), com Lucas Abati, com série de reportagens sobre a atuação do MPRS para condenar novamente Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo, depois da anulação do júri.

DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

1º lugar: Eduardo Matos (Grupo RBS) sobre a operação do MPRS que desarticulou um esquema que colocava a saúde das pessoas risco, por meio da venda de próteses vencidas.

Com a promotora de Justiça, Josiane Camejo

2º lugar: Cleber Dioni Tentardini (Jornal JÁ), com reportagem sobre decisão parcialmente procedente do pedido do MPRS, em ação civil pública, para que obrigue o Estado a preservar o patrimônio ambiental e cultural do Jardim Botânico de Porto Alegre e do Museu de Ciências Naturais.

SAÚDE E EDUCAÇÃO

1º lugar: Ermilo Drews Neto (Jornal NH), com reportagem sobre a relevância da Operação Leite Compensado para o consumidor e para a saúde pública, e como a atuação do MPRS serviu para tornar a cadeia leiteira mais confiável e segura no Estado.

2º lugar: Adriana Irion (Zero Hora/GZH), com Carlos Rollsing, com série de reportagens com foco no desperdício de dinheiro na Educação, mostrando que materiais escolares foram comprados às pressas e não entregues aos alunos.

SEGURANÇA PÚBLICA

1º lugar: Vítor Rosa (Grupo RBS), com Lucas Abati, detalha em reportagem as acusações contra o advogado reconhecido por atuações em júris de grande repercussão, como o Caso Kiss.

2º lugar: Humberto Trezzi (Zero Hora), com Alberi Neto, William Mansque, Tiago Boff. A série de reportagens mostra como cartéis colombianos investem no Sul do Brasil, por meio da venda de jogos de azar ilegais na Região Metropolitana até agiotagem.

CATEGORIA ESPECIAL: FOTOGRAFIA

1º lugar: Mauro Schaefer (Correio do Povo), com fotografia publicada em reportagem sobre a anulação do júri do caso Kiss.

Finalista: Jorge Leão (Brasil de Fato RS), com fotografia em reportagem sobre ação que possibilitou a isenção de pagamento de água no Vale do Taquari para os atingidos pelas enchentes.

Após decisão judicial, governo vai rever edital de concessão do Jardim Botânico w143

Cleber Dioni Tentardini

A Secretaria de Parcerias e Concessões do Governo do Estado adiou por tempo indeterminado a publicação de edital de concessão do Jardim Botânico de Porto Alegre à iniciativa privada.

A abertura da concorrência estava prevista para este mês de outubro, mas a decisão da Justiça em acolher parcialmente a Ação Civil Pública, da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, provavelmente provocou a revisão do edital.

“Está sendo revisado em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura”, diz a assessoria da pasta.

 

Justiça proibe “contratos ou acordos” que alterem a destinação do Jardim Botânico

Na decisão, o magistrado proíbe a rescisão de acordos ou contratos que impliquem as atividades de educação ambiental, preservação dos acervos ou pesquisa científica do do Jardim Botânico de Porto Alegre (JBPOA) e do Museu de Ciências Naturais do Rio Grande do Sul (MCN)., e impede o desmembramento ou fracionamento da matrícula do imóvel do Botânico.

Agricultores discordam de propostas da Prefeitura para regulamentar feiras ecológicas de Porto Alegre 4m26e

Agricultores que participam das feiras ecológicas de Porto Alegre e consumidores irão realizar uma manifestação neste sábado (28) pela manhã, no Parque Farroupilha, em reação às propostas da Prefeitura Municipal para regulamentar as feiras de rua.

O Executivo enviou um projeto de Lei com essa finalidade à Câmara Municipal dia 19 deste mês.

Mas as discussões iniciaram há pelo menos quatro anos. Categorizar e criar regras específicas para os produtores feirantes interessa a todos porque, hoje, a mesma lei regula atividades distintas como a dos ambulantes e dos artesãos.

Entretanto, uma das representantes do Conselho de Feiras Ecológicas de Porto Alegre, Fran Bellé, afirma que há alguns artigos preocupantes, dentre eles, a prioridade aos produtores da Capital para ocupar as vagas disponíveis mediante edital; a possibilidade de comerciantes participarem das concorrências, sem deixar claro se devem ser produtores; a perda da autogestão nas unidades de feiras, ando a coordenação para o Executivo municipal e o enfraquecimento do associativismo e do cooperativismo histórico presente nas feiras.

O secretário municipal Cassio Trogildo, da Governança Local e Coordenação Política, diz que o projeto foi protocolado depois de oito meses de amplo debate e que ainda haverá uma Audiência Pública a ser realizada pelo Legislativo antes da votação do projeto.

Nestas ocasiões, todos os pontos da proposta foram discutidos detalhadamente, observando-se cada sugestão ou questionamento dos presentes que se manifestaram. A partir destas contribuições, o documento foi atualizado diversas vezes. Entre as garantias legais, o Projeto de Lei apresentado contempla a continuidade e publicação da relação dos feirantes que hoje têm o alvará vigente emitido pela prefeitura, a sucessão familiar e a autogestão das feiras.

Confira os locais, dias e horários das Feiras Ecológicas de Porto Alegre:

Feira dos Agricultores Ecologistas – FAE

Todos os sábados, das 7h às 13h.

Região Centro: Avenida José Bonifácio, 675 (quadra 1).

Feira Ecológica do Bom Fim

Todos os sábados, das 7h às 13h.

Região Centro: Avenida José Bonifácio, 675 (quadra 2).

Feira Ecológica da Tristeza

Todos os sábados, das 7h às 12h.

Região Sul: Avenida Otto Niemeyer esquina com a Avenida Wenceslau Escobar.

Feira Ecológica Três Figueiras

Todos os sábados, das 7h às 12h30.

Região Leste: Rua Cel. Armando Assis, Praça Desembargador La Hire Guerra.

Feira Ecológica Praça André Forster

Todos os sábados, das 7h às 12h30.

Região Centro: Rua Rômulo Telles Pessoa, Praça André Forster.

Feira Ecológica Park Lindóia

Todos os sábados, das 7h à 12h.

Região Noroeste: Rua Eduardo Maurel Muller (atrás do Boulevard Assis Brasil).

Feira Ecológica Auxiliadora

Todas as terças-feiras, das 7h às 12h.

Região Centro: Travessa Lanceiros Negros (agem de pedestres entre as ruas Mata Bacelar e a Coronel Bordini).

Feira Ecológica do Centro istrativo Municipal Guilherme Socias Villela

Todas as quintas-feiras, das 7h30 às 11h30.

Região Centro: Rua General João Manoel, 157.