O herbicida Roundup, ou glifosato, da multinacional Monsanto contribuiu para o câncer do septuagenário Edwin Hardeman, decidiu nesta terça-feira um juri nos Estados Unidos, em outro golpe ao gigante agroquímico, que já foi condenado em um caso similar no ano ado. 3o402o
A pedido do grupo alemão Bayer, que comprou a Monsanto no ano ado, os debates foram organizados em duas fases: uma “científica”, dedicada à responsabilidade do glifosato na doença, e outra para abordar uma possível responsabilidade do grupo.
“Estamos muito satisfeitos”, disse Jennifer Moore, advogada de Hardeman, após o veredicto. O demandante não falou com a imprensa.
Em um comunicado, os advogados de acusação acrescentaram que as discussões podem agora se concentrar em demonstrar “que a Monsanto não têm uma abordagem responsável e objetiva sobre o (perigo do) Roundup”.
“A Monsanto não se importa se o seu produto não causa câncer ou não, preferindo manipular a opinião pública e desacreditar qualquer um que levanta preocupações legítimas” sobre a questão, disseram.
Em sua declaração, a Bayer reafirmou, como sempre tem feito apesar da controvérsia em torno do glifosato, que “a ciência confirma que os herbicidas glifosato não causam câncer”.