Investigadores não tem pistas sobre morte do cacique Wajãpi; corpo será exumado 66765

Os dois procuradores que conduzem as investigações sobre a morte do cacique Emyra Wajãpi, no Amapá, Rodolfo Lopes e Joaquim Cabral, se reuniram na sede do Ministério Público Federal com o vereador Jawaruwa Wajãpi e o indígena Japu Wajãpi. Os indígenas contaram como foi a morte do cacique e também falaram sobre a transferência do corpo de Emyra e a exumação, que será nesta sexta-feira (2). O procurador-geral, Rodolfo Lopes, disse que o traslado do corpo de Emyra Wajãpi será feito por deslocamento aéreo e por terra, para Macapá. O vereador Jawaruwa Wajãpi conta como foi o relato de alguns guerreiros wajãpis no dia da morte do cacique. Em nota, o Conselho das Aldeias Wajãpi disse que, após um jovem da aldeia CTA ter sido abordado por um homem com uma arma, possivelmente, calibre 12, no rio Igarapé à margem da BR 2010, moradores das aldeias das estradas montaram grupos para procurar os invasores. A força-tarefa que investiga o caso afirmou que não encontrou vestígios na primeira investigação, conforme denúncia de lideranças indígenas. E o MPF também disse que não foi possível confirmar os motivos da morte de Emyra Wajãpi, nesse primeiro momento. O Conselho Indigenista Missionário emitiu nota dizendo que “o povo Wajãpi, teve um de seus líderes assassinado no último dia 26, durante uma invasão de garimpeiros em suas terras, no Amapá, segue denunciando novas invasões e ameaças em seu território”. Segundo o Cimi, os indígenas têm se organizado em grupos para fazer buscas na mata, após novos indícios de invasores terem sido encontrados nos arredores. Os moradores da aldeia, próximo às margens da BR-210, relatam terem visto invasores dentro do território na terça-feira (30). “Um jovem Wajãpi, ao tomar banho no igarapé, que fica próximo à aldeia, ouviu alguém gritando. “Ei!” Atrás dele. Quando ele se virou, viu um homem alto, forte, de cabelo crespo grande e barba, apontando para ele uma arma que pareceu uma espingarda calibre 12 automática”, relata o Cimi. No dia 26, a tribo Wajãpi viu o assassinato do cacique Emyra Wajãpi, de 68 anos, após ataques de garimpeiros em Pedra Branca do Amapari, no oeste do Amapá. Eles apontam para um grupo de 15 invasores, portando armas de grosso calibre, que estariam tentando intimidar os índios da região para tomar a aldeia, de acordo com documento interno da Fundação Nacional do Índio (Funai) obtido pelo jornal Folha de S. Paulo. 2v6k46

Povo Wajãpi pede apoio do Exército 322g5f
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Nós do conselho das aldeias Wajãpi queremos divulgar novas informações sobre o que está acontecendo na nossa terra indígena e pedir novamente apoio da polícia federal ou exército para garantir a segurança do povo Wajãpi. l3m29

No dia 30 de julho de 2019, de manhã, nós recebemos a visita do senador Randolfe Rodrigues que veio ouvir as nossas palavras sobre o que está acontecendo na nossa terra indígena e pedir esclarecimentos sobre algumas informações que ele recebeu. O senador falou que vai continuar nos apoiando para a polícia continuar investigando sobre a invasão, até prender os invasores. E para permanecer na terra indígena Wajãpi, protegendo nossas comunidades até termos certeza que eles não estão mais aqui dentro. Além disso, ele convidou alguns Wajãpi para irem ao ministério público federal contar o que viram e o que sabem sobre os invasores.
Ontem no final da tarde recebemos informações dos moradores da aldeia CTA, que fica na margem da BR 210. Por volta das 18 horas, um jovem daquela aldeia foi banhar no igarapé próximo à aldeia e ouviu alguém gritando “ei!” atrás dele. Quando ele se virou, viu um homem alto, forte, de cabelo crespo grande e barba, apontando para ele uma arma que pareceu uma espingarda calibre 12 automática. Então o jovem ficou com muito medo e foi correndo até a aldeia chamar alguém para ajudar. Logo depois voltou ao igarapé com mais cinco homens e não encontraram mais o invasor, mas viram rastros de duas pessoas descalças, cada uma indo em uma direção diferente. Eles fotografaram e filmaram as marcas que viram para mostrar para a polícia. Mas resolveram não seguir os rastros porque já estava anoitecendo. Segundo o jovem, o homem que ele viu estava vestindo uma camiseta preta de mangas compridas.
Depois de receber esta informação dos moradores do CTA, moradores das outras aldeias próximas à estrada se organizaram para vigiar todo o trecho da BR que fica dentro da TI durante a noite.
Hoje de manhã os moradores do CTA encontraram novos rastros de duas pessoas na proximidade da aldeia e avisaram para as outras aldeias. Então os moradores das aldeias da estrada organizaram grupos para procurar os invasores e estão procurando até agora.

(Com informações da Agência Brasil e do CIMI)

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