O projeto da nova Estação Comandante Ferraz, a base brasileira de pesquisa na Antártica é brasileiro. Mas foi todo executado pela empresa China Electronics Import and Export Corporation, que venceu a licitação para a obra. A companhia de engenharia precisou dividir a obra em três etapas, porque entre os meses de abril e outubro é impossível realizar qualquer atividade externa na Antártica devido ao frio intenso, às tempestades de neve e aos ventos fortes. Por causa disso, os chineses construíram os módulos na China durante o inverno e transportaram para a Antártica nos verões de 2017, 2018 e 2019, a fim de fazer a instalação. A estação será reinaugurada nesta terça-feira, 14, pelo vice-presidente Hamilton Mourão. A Estação Comandante Ferraz foi criada em 1984, mas em 2012 sofreu um incêndio de grande proporções. Na ocasião, dois militares morreram e 70% das suas instalações foram perdidas. O governo federal investiu cerca de US$ 100 milhões na obra, e a unidade recebeu os equipamentos mais avançados do mundo. No local, pesquisadores vão realizar estudos nas áreas de biologia, oceanografia, glaciologia, meteorologia e antropologia. Para chegar à Antártica, a comitiva do vice-presidente embarca em Brasília e faz uma primeira parada na cidade de Punta Arenas, extremo sul do Chile. De lá, embarcam novamente, desta vez em um avião Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB), único tipo de aeronave usada para chegar ao continente gelado, já que é mais preparada para pousos e decolagens nas pistas do local. O voo de Punta Arenas até a Antártica dura cerca de três horas. A aterrissagem ocorre nas proximidades da estação chilena. De lá, o vice-presidente e assessores seguem de helicóptero até a estação brasileira. A previsão é que o vice-presidente durma na Antártica na noite do dia 14 e retorne no dia seguinte a Punta Arenas, para então retornar ao Brasil. Estava prevista a participação do presidente Jair Bolsonaro na reinauguração. Por recomendação médica, porém, o chefe do Executivo desistiu da viagem. Estação Antártica Ocupando uma área de 4,5 mil metros quadrados, a estação poderá hospedar 64 pessoas, segundo a Marinha. O novo centro de pesquisas vai contar com 17 laboratórios. Cientistas da Fiocruz, por exemplo, estão entre os primeiros a trabalhar na nova estação, desenvolvendo pesquisas na área de microbiologia, a partir da análise de fungos que só existem na Antártica, e no poder medicinal desses micro-organismos. A Agência Internacional de Energia Atômica (Aeia) também já confirmou que vai desenvolver projetos meteorológicos na base brasileira. Para ficar acima da densa camada de neve que se forma no inverno, o prédio recebeu uma estrutura elevada. Os pilares de sustentação pesam até 70 toneladas e deixam o centro de pesquisa a mais de três metros do solo. Os quartos da base, com duas camas e banheiros, abrigarão pesquisadores e militares. A estação também tem uma sala de vídeo, locais para reuniões, academia de ginástica, cozinha e um ambulatório para emergências. Em todas as unidades da base foram instaladas portas corta-fogo e colocados sensores de fumaça e alarmes de incêndio. Nas salas onde ficam máquinas e geradores, as paredes são feitas de material ultrarresistente. No caso de um incêndio, elas conseguem ar o fogo durante duas horas e não permitem que ele se espalhe por outros locais antes da chegada do esquadrão anti-incêndio. A estação tem ainda uma usina eólica que aproveita os ventos antárticos. Placas para captar energia solar também foram instaladas na base e vão gerar energia, principalmente no verão, quando o sol na Antártica brilha mais de 20 horas por dia. (Com informações da Agência Brasil) 5v3j3c
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Diplomatas britânicos só usarão carros elétricos ou híbridos y6l6e
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido (Foreign Commonwealth Office) está substituindo os automóveis oficiais dos diplomatas no Brasil e no mundo por veículos híbridos ou totalmente elétricos.
A iniciativa, que ocorrerá inicialmente em 30 postos ao redor do mundo, é parte de um ambicioso programa para reduzir as emissões de carbono e tornar o serviço diplomático britânico “o mais verde do mundo”.
As embaixadas do Reino Unido em Oslo (Noruega) e no Vaticano já substituíram seus carros oficiais. Outros 30 postos estão entre os primeiros a receberem um veículo oficial totalmente elétrico ou híbrido até abril de 2020.
Dentre estes, a Embaixada em Brasília receberá uma Land Rover Range Rover PHEV híbrida e os Consulados-Gerais no Rio de Janeiro e São Paulo receberão um Jaguar I-Pace totalmente elétrico, todos eles modelos de marcas britânicas. Estações de carregamento rápido também serão instaladas nos postos como parte do programa.
Brasília já possui um carro oficial totalmente elétrico, o Nissan Leaf Tekna (foto), que foi o primeiro do seu modelo adquirido por uma embaixada no Brasil.
O FCO está empenhado em atingir as metas estabelecidas para que todos os departamentos governamentais tenham uma frota elétrica de 25% até 2022 e uma frota totalmente elétrica até 2030.
O Ministério também está ampliando o uso de energia solar em seus edifícios para reduzir sua pegada de carbono e eliminando plásticos de uso único em todos os seus postos no mundo – o que evita que 142.000 itens terminem em aterros sanitários, todo ano.
“As mudanças do clima são o maior desafio do nosso tempo. Fazer uso de uma frota de carros oficiais elétricos pelos nossos diplomatas será um instrumento de alta visibilidade para demonstrarmos a liderança internacional do Reino Unido quanto à diplomacia nas mudanças climáticas”, afirmou Vijay Rangarajan, embaixador britânico no Brasil.
O Reino Unido sediará a COP26 em 2020, em Glasgow.
A 26ª conferência da ONU sobre mudanças climáticas reunirá mais de 30.000 delegados de todo o mundo, incluindo especialistas em clima, líderes empresariais e cidadãos, para chegar a um acordo sobre ações ambiciosas para combater as mudanças climáticas.
Notas:
1. O Brasil e Reino Unido têm uma parceria histórica em clima. Atualmente, temos mais de £200m investidos por meio do Fundo Internacional para o Clima, Fundo de Prosperidade e Fundo Newton, dando apoio a ações que visam o combate a mudanças climáticas no país, com foco em florestas, agricultura, infraestrutura sustentável, energia e finanças verdes.
2. A Agência Internacional de Energia (IEA) estima que o transporte seja responsável por 24% de todas as emissões globais de CO2.
3. Em 2018-19, as emissões de gases de efeito estufa do FCO UK foram de 7.753 tCO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente), representando uma redução de 60% em comparação com 2009 e 2010 e à frente da meta de Compromisso do Governo Mais Verde de 2020. Deste total, a frota do FCO foi responsável por 94 tCO2e.
Os primeiros 30 postos escolhidos para receber veículos oficiais de baixa emissão são:
1) Abu Dhabi
2) Atlanta
3) Brasília
4) Bruxelas
5) Bucareste
6) Calgary
7) Chicago
8) Colombo
9) Dubai
10) Hanói
11) Kiev
12) Kingston
13) Lisboa
14) Madrid
15) Cidade do México
16) Montreal
17) Moscou
18) Paris
19) Pristina
20) Riga
21) Rio de Janeiro
22) São Paulo
23) Singapura
24) Estocolmo
25) Sydney
26) Taiwan
27) Tallinn
28) Haia
29) Vilnius
30) Zagreb
5. As embaixadas agora só poderão comprar veículos a gasolina ou a diesel como último recurso em locais onde os veículos elétricos não são utilizáveis ou disponíveis.
6. A ação para eliminar os plásticos de uso único em todos os postos do FCO tem resultado em uma redução de 98% dos mesmos no Reino Unido. E agora, 15 postos operam totalmente livres de plásticos de uso único. Após a conclusão da campanha, espera-se seja reduzida em 99% o uso de plástico do FCO, evitando que 142.000 itens sejam lançados nos aterros sanitários locais por ano.
(Com informações e notas da Assessoria de Imprensa)
Energia solar: geração distribuída traz economia, não custos 26693y
Nota em resposta às afirmações do diretor-geral da Aneel de que o incentivo à energia solar gera aumento nas contas de luz:
“Ao contrário do que afirmou o diretor-geral da Aneel, André Pepitone em recente entrevista ao G1, o setor de energia solar no Brasil gera redução de custos para o sistema, não sendo um dos principais responsáveis pelo aumento das contas de luz.
Segundo estimativas realizadas pelo professor do Departamento de Economia da Universidade da Califórnia (UCLA), Rodrigo Pinto, a produção de energia solar em forma de geração distribuída foi responsável, apenas no mês de novembro, pela diminuição no custo da ordem de R$ 66 milhões para o sistema elétrico brasileiro.
“Esta argumentação cria confusão no entendimento do papel do produtor solar no mercado de energia elétrica, pois ele não recebe subsídio algum. Simplesmente efetua uma troca de energia que permite que a distribuidora substitua o fluxo de energia de um período de alta demanda para um período de baixa demanda”, explica Rodrigo.
Importante ressaltar que, desde o início da operacionalização da geração distribuída no País, já foram investidos R$ 7 bilhões e criados mais de 100 mil empregos diretos. O cálculo de impacto na economia de consumo é da ordem de R$ 1,5 bilhão ao ano, além da previsão da criação de 600 mil novos empregos até 2035, segundo estimativas das entidades representativas.
Apesar dos números que sinalizam crescimento, a geração distribuída representa hoje apenas 1% da geração de energia no país. Atualmente, o Brasil possui 127 mil sistemas de microgeração distribuída fotovoltaica, equivalentes a 0,2% dos 84,1 milhões de consumidores cativos de energia”.
Grupo de trabalho SOS Geração Distribuída
Energia Solar: geração distribuída reduz custo do sistema elétrico 716w
O professor do Departamento de Economia da Universidade da Califórnia (UCLA), Rodrigo Pinto, apresentou em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado Federal, um cáculo mostrando que a produção de energia solar em forma de geração distribuída gerou, apenas no mês de novembro, redução de custo da ordem de R$ 66 milhões para o sistema elétrico brasileiro.
Segundo o pesquisador, o cálculo leva em conta a quantidade de energia injetada pela geração distribuída no sistema elétrico nacional no período e quanto custaria essa energia se fosse adquirida das termelétricas, por exemplo.
A estimativa mostra que os cálculos do governo que baseiam a Resolução Normativa (REN) 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que prevê taxar em mais de 60% o setor, ignoram os benefícios da geração distribuída.
Para ele, a taxação representa, na realidade, a criação de um Imposto sobre Transações Energéticas. Segundo Rodrigo Pinto, o setor não conta com subsídios, como defende a Aneel.
“Esta argumentação cria confusão no entendimento do papel do produtor solar no mercado de energia elétrica, pois ele não recebe subsídio algum. Simplesmente efetua uma troca de energia que permite que a distribuidora substitua o fluxo de energia de um período de alta demanda para um período de baixa demanda”, explica.
O deputado Lafaiete de Andrada, presidente da Frente Parlamentar de Energia Limpa e Renovável, participou da audiência e também contrapôs a ideia dos representantes do governo sobre a existência de subsídio para o setor de energia solar.
O deputado explica que os estudos dos ministérios e da Aneel desprezam a informação de que a energia que os produtores injetam na rede é substancialmente mais barata do que a energia comprada das termelétricas.
“Se o produtor injeta energia mais barata na rede, as distribuidoras a vendem e deixam de comprar o produto mais caro das termelétricas. Com isso, a GD contribui para a diminuição do preço da energia elétrica para os demais brasileiros”, enfatiza.
Na regulação atual, o produtor de energia solar oferece o seu excedente produzido no período diurno, exatamente quando acontece o pico do consumo. E usa a energia gerada durante a noite, quando a demanda é menor. Atualmente, ele já paga por uma quantia fixa, mesmo no caso de produzir tudo o que consome.
Falta de incentivos ao setor
O presidente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Rodrigo Sauaia, destacou na audiência que a avaliação do governo e do órgão regulador desconsidera os benefícios econômicos, ambientais e sociais que a GD proporciona, tanto para a rede distribuição, quanto para toda a sociedade.
“O setor impacta a economia com o ganho líquido de R$ 13,3 bilhões para setor elétrico como um todo e de R$ 25 bilhões em arrecadação para os governos Federal, Estadual e Municipal. Este dinheiro pode levar melhores serviços para a sociedade e precisa entrar na conta”, enfatiza.
Desde o início da operacionalização da GD no Brasil, já foram investidos R$ 7 bilhões e criados mais de 100 mil empregos diretos. O cálculo de impacto na economia de consumo é da ordem de R$ 1,5 bilhão ao ano, além da previsão da criação de 600 mil novos empregos até 2035.
“A geração distribuída proporciona a diminuição drástica de perdas e da necessidade de investimentos na rede, além de reduzir o uso de água dos reservatórios das hidrelétricas e a queima de combustíveis fosseis das termelétricas”, explica.
Sauaia destaca ainda que a postura da Aneel vai na contramão das ações de países desenvolvidos, como Estados Unidos, Alemanha e Espanha, especialmente, em relação ao tempo dado para o mercado se desenvolver antes da mudança das regras.
Segundo ele, no estado norte-americano da Califórnia, referência mundial no tema, os primeiros ajustes nas regras só tiveram início após décadas de desenvolvimento do setor e com percentuais menores.
“A California manteve por 20 anos o modelo de medição líquida que foi implementado no Brasil apenas em 2012. Após o crescimento e desenvolvimento da GD na participação e distribuição, eles propam a cobrança de 10,5% na energia injetada na rede pelo produtor de geração distribuída. Não 30, 50 ou 60% como a proposta da Aneel para o setor no Brasil”.
A geração distribuída no Brasil representa hoje apenas 1% da geração de energia no país. Atualmente, o Brasil possui 127 mil sistemas de microgeração distribuída fotovoltaica, equivalentes a 0,2% dos 84,1 milhões de consumidores cativos de energia.
Insegurança jurídica
A mudança nas regras, segundo ele, gera insegurança jurídica e não leva em consideração, inclusive, o compromisso inicial da Aneel que manteria as regras vigentes por 25 anos para os produtores pioneiros de geração distribuída e propõe mudanças em menos de 10 anos.
“Os empreendedores investiram suas economias e am contratos por 25 anos e não contam com segurança jurídica. O Congresso Nacional é importante para a construção de um marco legal sobre o setor de energia solar para que os empresários, produtores de energia e consumidores possam investir pensando em longo prazo”, disse.
O presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, reforçou o papel social da geração distribuída. Evangelista apresentou imagens de painéis solares instalados em terras indígenas na Amazônia e afirma que a população mais pobre tem interesse no setor, já que gera economia na conta de luz. “A geração distribuída não é só para os ricos. A população mais pobre também produz energia solar”, garantiu.
Evangelista ressaltou que, com o incremento do setor, os preços dos painéis solares fotovoltaicos diminuem, o que promove a inclusão social e democratização da produção de energia solar por todo país.
A Revisão de resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica está em consulta pública até o dia 30 de dezembro. As entidades do setor de energia solar apresentaram sugestões e contribuições em um documento com cerca de 160 páginas.
Participaram também da audiência pública, o mestre em energia solar fotovoltaica, Tássio Barboza, o diretor do Departamento de Políticas Sociais e Universalização do o à Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Antônio Celso de Abreu Júnior e Leandro Caixeta, subsecretário de Energia do Ministério da Economia.
China anuncia estação de energia solar no espaço até 2035 h4122
A China planeja construir até 2035 uma estação de energia solar de 200 MW, no espaço, de acordo com a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (ACTE).
O projeto está em estudos desde 2008 e estão previstos os primeiros testes em 2025.
A instalação capturará a energia solar que nunca atinge o planeta, destacou Wang Li, pesquisador da ACTE que acompanha o programa, ao participar do 6º Fórum de Engenharia China-Rússia, realizado em Xiamen, na Província de Fujian, sudeste chinês.
A energia será convertida em microondas ou lasers e, em seguida, transmitida sem fio de volta à superfície da Terra para consumo humano, disse Wang.
“Esperamos fortalecer a cooperação internacional e fazer descobertas científicas e tecnológicas para que a humanidade possa realizar o sonho de energia limpa ilimitada mais cedo”, afirmou.
O conceito de coletar energia solar no espaço foi popularizado pelo autor de ficção científica Isaac Asimov, em 1941.
Em 1968, Peter Glaser, engenheiro aeroespacial americano, escreveu uma proposta formal para um sistema de energia solar no espaço.
A China já propôs várias soluções de coleta da luz solar e conquistou uma série de grandes avanços na transmissão de energia sem fio desde que o país colocou a energia solar baseada no espaço como um programa-chave de pesquisa em 2008.
No entanto, a ambição tem sido um desafio para a tecnologia atual, pois envolve o lançamento e a instalação de vários módulos de painéis solares e a eficiente transmissão sem fio de mega energia.
Com um investimento de 200 milhões de yuans (US$ 28,4 milhões), a China está construindo uma base de testes em Bishan, no município de Chongqing, sudoeste do país, para a pesquisa de transmissão de energia sem fio de alta potência e seu impacto ao meio ambiente.
Pesquisas nesta área estimularão a ciência espacial chinesa e a inovação em indústrias emergentes, como o transporte espacial comercial, apontou Wang.
A intenção é conseguir aproveitar a energia solar mesmo quando estiver nublado no planeta terrestre, visto que a matriz fotovoltaica da estação ficará fora da atmosfera da Terra.
Os cientistas ainda estão analisando como irão trazer a energia do espaço para a Terra. Uma das ideias é ter painéis captando a luz solar e, sem seguida, transmitir eletricidade para uma instalação terrestre na forma de ondas ou laser.
Se o lançamento for bom e o feixe de transmissão de energia funcionar como esperado, os pesquisadores chineses planejam testar e lançar instalações maiores e mais potentes até o ano de 2050.
(Com informações da Agência Nova China)
Crédito alavanca investimentos em energias renováveis f4519
O Fundo Clima, linha de crédito do Banco Mundial, reada no Brasil pelo BNDES, está na origem da expansão geométrica de projetos de energia eólica e solar, nos últimos cinco anos.
Com juros de 3,4% ao ano, é um crédito para pequenos projetos, com limite de valores para pessoas jurídicas: até R$ 4 milhões ao ano de faturamento.
Na pessoa física são projetos pequenos, não têm limite de valor. Em torno de R$ 50 mil é a média.
Para projetos maiores há a linha do Finame Energias Renováveis. Tem que estar cadastrado e assegurar um índice de nacionalização no projeto, para estimular a indústria nacional de equipamentos nesse setor.
A maioria dos projetos em busca de financiamento no Banrisul estão enquadrados no CDC Sustentabilidade. Juros de 4,3% ao ano, 72 meses para pagar, com seis meses de carência. A média dos projetos financiados pelo Banrisul é de R$ 1 milhão, mais ou menos.
Os projetos de energia eólica financeiramente transitam num outro patamar, na ordem dos R$ 100 milhões.
Esse mercado é movimentado por empresas especializadas que prospectam os locais onde há vento que torne viável uma usina eólica.
Elas formatam pacotes com o potencial de energia medido, o custo, o licenciamento, a rentabilidade e saem em busca do investidor. Muitas vezes têm até o contrato de concessão e vendem para o fundo de investimento.
Uma estimativa não oficial, que circula entre os operadores dos bancos, é de que os projetos de energia eólica já aprovados, com recursos e em fase de implantação somam R$ 1 bilhão em investimentos.
Os projetos em elaboração, sendo preparados para disputar os próximos leilões de energia, somam mais de R$ 5 bilhões.
Nos projetos de energia eólica, como os valores são muito maiores, acima de 100 milhões, é inevitável o envolvimento do BNDES.
No Estado, os readores dos programas são o Banrisul, o BRDE e Badesul.
Painéis solares reduzem custos em aviários no oeste catarinense 1l6f13
Em abril de 2019, Roque Besen instalou 342 painéis solares nos telhados de seus três aviários, no município de Santa Helena, sudoeste do Paraná
Ele investiu R$ 450 mil, financiados em dez anos, no projeto e na implantação.
Sua conta de luz chegava a R$ 5.000,00 por mês.
Quando as placas solares começaram a injetar energia na rede da Copel, a conta caiu entre 70% e 90%, dependendo do mês.
Atualmente, a conta de luz varia entre R$ 400,00 e R$ 700,00 mensais.
Os gastos com energia elétrica representam em torno de 20% dos custos de um aviário, conforme estimativa do coordenador de eficiência energética da Cooperativa Lar, Juliano de Oliveira.
Os ventiladores e nebulizadores, controlados por termostatos, trabalham 24h por dia para que a temperatura se mantenha na faixa dos 25ºC e a umidade relativa do ar seja estável.
“Aqui em nossa região é preciso tirar um calor enorme das instalações. Se ficar meia hora sem energia, podem morrer todas as aves. Investir em gerador fotovoltaico é questão de sobrevivência para os produtores”, diz Juliano.


Roque Besen se diz satisfeito com os resultados. Mas ainda quer saber por que a economia projetada nas planilhas ainda não foi alcançada. Pelo projeto, os painéis solares deveriam dar conta de todo o consumo da propriedade e ainda gerar um excedente de 30%. “Atualmente não está suprindo toda a necessidade que eu tenho. Se tem dias bons de sol, o sistema produz 700 quilowatts por dia, se está nublado, produz de 300 a 380 quilowatts”, sublinha Besen.
Em dez anos, o sistema fotovoltaico, que tem garantia de 25 anos, deverá estar pago. “Acho que uns 40% do pessoal começou a instalar depois que coloquei na minha propriedade”, estima Besen, reconhecendo a força da propaganda boca a boca.
A Cooperativa Lar tem 1.500 associados e não tem ainda um levantamento dos produtores que já aderiram aos painéis solares. Segundo a Copel, a pequena Santa Helena (26.500 habitantes), já possui 141 unidades particulares que injetam energia no sistema da companhia.
(Com informações da Gazeta do Povo e da Cooperativa Lar)
China corta subsídios para energia limpa e prioriza o carvão 5s443z
Depois de ter superado suas metas em energias renováveis, a China muda o planejamento energético para o país.
Os subsídios para energia solar, que duraram mais de uma década, foram cortados em 2018, e os incentivos para energia eólica sendo reduzidos. O crescimento desordenado fez o governo recuar.
No mês ado o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse que o carvão é área prioritária.
A China é o maior produtor mundial. De 60% a 70% da energia consumida na China vêm de usinas a carvão mineral, e novas usinas vem sendo construídas.
As políticas para as energias renováveis incluem só construir mais solar e eólica se o preço da energia puder competir com o carvão.
O investimento chinês em energia limpa no primeiro semestre deste ano foi 39% menor que no mesmo período de 2018.
A realidade começou a mudar há dois anos. Caiu de 76 bilhões de dólares no primeiro semestre de 2017 para 29 bilhões de dólares no primeiro semestre deste ano. Os dados estão no relatório da Bloomberg New Energy Finance divulgado esta semana.
A chinesa Yingli Solar, que já foi a maior fabricante de painéis solares do mundo em 2012 e 2013, com exportações para todos os continentes, está insolvente. Teve vinte mil funcionários, hoje são seis mil.
A crise já ficou evidente em 2016, quando não conseguiu pagar um empréstimo de 270 milhões de dólares. Endividada, não resistiu à queda dos preços dos painéis. Os cortes recentes do governo chinês só agravaram o problema.
Em 2018, a Yingli foi excluída da Bolsa de Valores de Nova York. Sua capitalização já não alcançava o limite mínimo de 50 milhões de dólares para participar. A sede da Yingli fica em Baoding, a cidade mais poluída do país. Por sediar muitos fabricantes de painéis solares, intitulou-se Vale da Energia.
(Fonte: Bloomberg/Financial Times/Valor)
MEC libera R$ 60 milhões para projetos de energia solar em escolas 35g6h
O Ministério da Educação liberou R$ 60 milhões para a a instalação de 852 usinas de energia solar em 38 institutos federais, dois centros de educação tecnológica e no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
A proposta deve gerar uma economia de quase R$ 18 milhões, anualmente, com contas de energia elétrica.
Com isso, o que for economizado, poderá ser destinado para ensino, pesquisa e extensão dos campi.
Somente em 2018, as instituições gastaram R$ 168 milhões com energia elétrica.
Após a instalação das usinas, mais de 5 mil toneladas de dióxido de carbono devem deixar de ser emitidas para a atmosfera. Cada placa solar tem, em média, vida útil superior a 25 anos.
(Com înformações da Agência Brasil)
Mudanças na geração, na distribuição e no consumo caracterizam revolução da energia 671s3g
Um amplo da revolução que está em andamento no mercado de energia pode ser visto no Congresso Smart Energy Paraná, nestas terça e quarta em Curitiba.
Duas dezenas de palestrantes e projetos de inovação aram pelo palco no auditório da FIEP. Foram ouvidas por cerca de 200 pessoas – empresários, consultores, estudantes.
As mudanças do setor elétrico, com o crescimento geométrico dos parques eólicos e solares, as redes inteligentes e a perspectiva do carro elétrico, dominaram a cena, mas avanços importantes noutros segmentos também foram apresentados.
A biomassa, por exemplo, de grande significação econômica para o meio rural, onde se tornam íveis soluções individuais ou consorciadas de geração de energia a partir dos dejetos de animais, do lixo orgânico, de sobras de lavoura.
Um biodigestor pouco maior do que uma geladeira comum e que pode abastecer uma granja ou fazenda foi apresentado por uma startup. O biometano gerado pode tanto abastecer um carro ou caminhão a gás, quanto gerar energia elétrica.
Todas as palestras e apresentações estarão disponíveis no www.smartenergy.org.br