A jogada do bispo Edir Macedo para derrubar a Globo 532d36

Na segunda-feira, o bispo Edir Macedo pediu aos fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus que votem em Bolsonaro. Na quinta-feira, a Rede Record, que pertence à Igreja Universal, transmitiu no mesmo horário do último debate da campanha eleitoral uma entrevista com o candidato, que não foi ao debate. Nos 25 minutos que durou a entrevista, a Record bateu a audiência do debate da Globo. Jair Bolsonaro, o lider nas pesquisas, já confrontou a Globo numa entrevista em que, acossado por perguntas constrangedoras, que revelavam sua ignorância em questões econômica, ele lembrou os sólidos vínculos que ligaram a Globo à ditadura. Com apoio da bancada da  bala, do agronegócio, dos evangélicos e de uma rede de televisão Bolsonaro se sente forte para enfrentar a Globo No Estadão desta sábado o jornalista Igor Gielow analisa o flerte entre candidato e emissora: “a decisão de veicular uma entrevista com Jair Bolsonaro (PSL) no mesmo horário do debate dos outros presidenciáveis na TV Globo selou a aproximação do candidato com a Rede Record, controlada pela Igreja Universal do Reino de Deus”. Segundo Gielow, “o objetivo de Bolsonaro é ter na Record sua “Fox News”, como dizem seus aliados em referência à emissora noticiosa americana que publica pontos de vista majoritariamente favoráveis ao presidente Donald Trump —largamente espezinhado pela mídia tradicional dos EUA”. O jornalista ainda destaca que “para o grupo que controla emissora paulista, além de afinidades eletivas como a proximidade de Bolsonaro de líderes e do ideário evangélicos, há a expectativa de que, eleito presidente, ele mude regras de distribuição de verba publicitária federal”. Gielow ressalta que “a Record não declarou apoio a Bolsonaro. O enlace foi sacramentado após o líder da Universal e dono da emissora, o bispo Edir Macedo, ter declarado voto em Bolsonaro, no sábado (29). O namoro, contudo, é mais antigo. Começou em novembro do ano ado, quando Bolsonaro foi apresentado à direção da Record em um evento do Ressoar, o instituto filantrópico da emissora, no hotel Unique, em São Paulo. A apresentação foi feita por Fábio Wajngarten, analista de mídia e empresário ligado a Bolsonaro, que também levou o candidato à direção da RedeTV! e do SBT. O economista Paulo Guedes, guru do presidenciável, fez o mesmo na Rede Globo”. Igor Gielow observa que “poucos dias depois do evento em São Paulo, Bolsonaro ou a atacar a Globo, criticando a concentração de verbas publicitárias do governo federal na emissora. Em 1º de dezembro, disse que iria “cortar pela metade” os recursos destinados à empresa. A Secretaria de Comunicação do governo federal tem cerca de R$ 900 milhões anuais para investir em televisão. Hoje, o valor destinado à Globo é pouco inferior aos 40% de participação de mercado que a emissora tem —o chamado ‘share’.” 424n60

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