"A cidadania precisa de informação para se organizar" 4a33j

Ato público apoia jornal JÁ O Comitê Resistência JÁ promoveu na sexta-feira, 8, o Ato público pelo direito à informação e 25 anos do Jornal, que reuniu cerca de 100 pessoas no vestíbulo do Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa. Foi o primeiro de uma série de atos planejados pelo Movimento Resistência JÁ, instituído um mês atrás, para dar visibilidade à crise que ameaça a sobrevivência do jornal, promover sua sustentabilidade e ao mesmo tempo discutir o direito da cidadania à informação. Com a presença do presidente da Associação Riograndense de Imprensa, Ercy Torma, do presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, e de apoiadores, o ato mostrou uma exposição de capas históricas do jornal e de livros editados pela empresa. Um varal expôs charges sobre o JÁ, de integrantes da Grafar (Grafistas Associados do Rio Grande do Sul). A crise do JÁ agravou-se recentemente, quando, depois de intervir financeiramente no jornal, uma decisão judicial bloqueou os bens pessoais de seus diretores. As medidas judiciais visam garantir o pagamento de indenização por dano moral à família do ex-governador Germano Rigotto, pela repercussão de matéria publicada em 2001. O jornal foi absolvido no processo crime por injúria, mas condenado num segundo processo por dano moral. A ação é movida pela mãe do ex-governador, Julieta Rigotto. O Movimento protesta contra a pressão financeira que sufoca o jornal, mas quer discutir principalmente o direito da população a ser informada por diferentes fontes de informação, numa pluralidade democrática. “O sentido é chamar a atenção para a situação do JÁ, que não é única”, disse Elmar Bones, diretor do jornal. “Minha tese é que existe um déficit de informação sobre o que realmente acontece. A comunicação é muito concentrada em poucos grupos e pauta muito limitada, que não dá conta das necessidades de informação da sociedade”. Ele disse também que há um ambiente hostil a pequenos projetos, como o do JÁ. “Os jornais de bairro crescem em todos os lugares, não em Porto Alegre. Aqui, eles já foram quase 50. Hoje, são menos que 20”. As verbas publicitárias são concentradas nas grandes corporações e não há espaço para os pequenos projetos. Bones defende a existência de políticas públicas capazes de incentivar os pequenos projetos. “A sociedade precisa de informação para se organizar, buscar seus interesses e resolver seus problemas coletivamente”, disse ele. ‘É precisão construir alternativoas”. O movimento fará exposições e atos públicos em diversos locais e planeja um show musical. Apoiam o Resistência JÁ as entidades ARI, Ajuris, IAB, Agapan, Amigos da Gonçalo de Carvalho, ACJM/RS, Movimento Defenda a Orla, Sinjors, Fenaj, SindBancários, CUT/RS, Força Sindical, Federação das Mulheres Gaúchas, Sindserf, Grafar, Sindsepe e Grupo Trilho de Teatro Popular. (Adélia Porto Silva, jornalista, colaboradora do Sul21) 4k2u3x

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