As forças que não item a volta do PT e seus projetos sociais ao governo já trabalham para concentrar seus votos em Jair Bolsonaro (PSL), aproveitando a divisão das forças trabalhistas entre Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) para liquidar a eleição já no primeiro turno. As gigantescas manifestações promovida pelo #ELE NÃO e o crescimento de Haddad fizeram soar o alarme. O PT vai para o segundo turno com muitas chances. Já na segunda-feira, o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal, fez um chamamento aos evangélicos para o voto em Bolsonaro. Nesta terça, foi a vez da bancada ruralista, formada por 260 parlamentares, decidir-se pelo candidato do PSL, largando Geraldo Alkmin (PSDB) na estrada. “Do total, pelo menos 200 parlamentares de partidos como PSDB, DEM, PP, PR e Solidariedade se manifestaram em favor de Bolsonaro após pressão de produtores rurais de seus redutos eleitorais”, segundo o G1. A presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS), visitou Bolsonaro, em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio, nesta terça-feira. Conversaram por quase uma hora, ela entregou uma carta oficializando a adesão do grupo ao candidato do PSL. “As recentes pesquisas eleitorais trazem o retrato da polarização na disputa nacional, o que causa grande preocupação com o futuro do Brasil. Portanto, certos de nosso compromisso com os próximos anos de uma governabilidade responsável e transparente, uniremos esforços para evitar que candidatos ligados a esquemas de corrupção e ao aprofundamento da crise econômica brasileira retornem ao comando do nosso país”, informa um trecho do comunicado. ” Há duas semanas, os produtores rurais vêm conversando com seus deputados para declarar apoio ao Bolsonaro. Hoje, a maior parte dos nossos parlamentares está com ele. Os demais vêm no segundo turno, se houver”, disse a deputada, após o encontro na casa do candidato. “Eu estava com (Geraldo) Alckmin, agora é Bolsonaro”, insistiu. De acordo com a parlamentar, o crescimento de Haddad nas pesquisas favoreceu a antecipação, prevista para o segundo turno: ” A disputa ficou muito polarizada e os produtores não querem realmente o PT. O agronegócio vê em Bolsonaro o antipetismo”, completou Tereza Cristina. Além da parlamentar, estiveram na reunião o deputado Onyx Lorenzoni (DEM), responsável pela articulação política da campanha, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, e o produtor rural Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente da União Democrática Ruralista (UDR). Segundo Nabhan, os produtores rurais sempre estiveram com Bolsonaro, mas, diante da inviabilidade de outras candidaturas, aram a pressionar os deputados na tentativa de uma vitória do candidato do PSL no primeiro turno e evitar um confronto com o PT. “As pesquisas mostram um crescimento perigoso do Haddad. Queremos liquidar isso (a eleição) com uma vitória no primeiro turno”, disse Nabhan. “Alckmin, Alvaro Dias (Podemos) e todos os outros estão fora, não tem chance. Isso foi determinante”, observou. (Com informações do G1) 1n736