Liminar de Dias Toffoli impede bloqueio judicial de blogs e sites e6036

5q145w

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli concluiu em uma decisão liminar (provisória) que a Justiça não pode determinar a retirada do ar de blogs e sites sob pena de impedir a atividade jornalística. Toffoli suspendeu uma decisão judicial do Mato Grosso do Sul que havia determinado a exclusão da internet do “Blog do Nélio”, do jornalista Nélio Raul Brandão. “Toda a lógica constitucional da liberdade de expressão e da liberdade de comunicação social aplica-se aos chamados ‘blogs jornalísticos’ ou ‘jornalismo digital’, o que resulta na mais absoluta vedação da atuação estatal no sentido de cercear, ou no caso, de impedir a atividade desempenhada pelo reclamante”, afirmou Toffoli na decisão favorável ao jornalista. Leia a íntegra da decisão. Ao determinar que o blog fosse retirado do ar, o juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 2ª Vara Cível de Campo Grande, havia atendido a 1 pedido da ASMMP (Associação Sul Mato-grossense dos Membros do Ministério Público). A associação alegou que informações publicadas no blog não eram verídicas. Um dos argumentos foi de que o jornalista teria descumprido determinações anteriores da Justiça para que se abstivesse de veicular textos com conteúdo considerado pejorativo ao MP do Mato Grosso do Sul e a seus integrantes. Conforme a decisão do juiz, se o blog fosse mantido no ar, o jornalista poderia ser preso. Em seu despacho, Toffoli citou julgamento no qual o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu o amplo direito à liberdade de imprensa e afastou a possibilidade de controle prévio das publicações. Conforme a decisão do STF, esse controle deve ser feito após o exercício livre da atividade jornalística. Para o ministro, a decisão da Justiça do Mato Grosso do Sul resultou em “inaceitável prática judicial inibitória e censória da liberdade constitucional de expressão”. “Há plausibilidade na tese de que a determinação de retirada do domínio eletrônico ‘Blog do Nélio’ do ambiente virtual, sob pena de prisão do profissional em caso de descumprimento, constitui intervenção vedada ao poder de polícia estatal perante eventuais abusos no exercício da liberdade de manifestação de pensamento”, disse Toffoli. “Note-se que a decisão reclamada impede, inclusive, a veiculação de notícias outras que sequer têm relação com as notícias que deram ensejo ao ajuizamento da ação”, completou o ministro. Essa decisão de Dias Toffoli é um marco na jurisprudência sobre liberdade de imprensa e opinião no país. Como se trata –apesar de provisória– de uma posição do Supremo Tribunal Federal, a tendência é que esse entendimento possa ser seguido pelas instâncias inferiores da Justiça. (Fonte: Mariângela Gallucci, do Poder360) 1c2954

Servidores municipais fazem paralisação nesta quarta-feira 39252k

Os servidores municipais de Porto Alegre fazem greve nesta quarta-feira (19).
O dia de paralisação começa às 7 horas, em frente ao Hospital Pronto Socorro, e dali segue até o Paço Municipal, onde chegam por volta das 9 horas e am o resto da manhã. O sindicato dos médicos anunciou na véspera que vai aderir.
Às 14 horas, o sindicato dos municipários (Simpa) faz uma assembleia ao ar livre, no Largo dos Açorianos. Denunciam o “viés terceirizante” do governo Marchezan.
Na pauta, mais do que a data base e a reiterada ameaça de atraso dos salários dos servidores pelo prefeito Marchezan Junior.
O Simpa denuncia que a Prefeitura não paga há dois meses os salários dos terceirizados da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). E também não contrata os concursados.
Na segunda-feira (17), o sindicato entrou com uma representação no Ministério Público exigindo que a Prefeitura nomeie os aprovados em concursos para a Guarda Municipal e a Fasc.
As nomeações são esperadas desde o governo anterior, e está demonstrado que a contratação de serviço terceirizado custa muito mais aos cofres municipais, além de precarizar os serviços.
Também na segunda-feira, no Ginásio Tesourinha, servidores municipais da área de esporte, recreação, lazer e educação e as alunas da terceira idade do ginásio organizaram uma tarde de atividades para reivindicar que seja revista a extinção da Secretaria de Esportes, Recreação e Lazer (SME). Teve brechó, música e dança, além de um abraço simbólico ao ginásio de esportes.
O doutor em Educação Jonas Tarcísio Reis, diretor geral do Simpa, denunciou também a demissão de mais de 700 garis do DMLU e uma centena de merendeiras e serventes de limpeza nas escolas municipais.
Os municipários vêm demonstrando capacidade de mobilização. A paralisação desta quarta-feira foi deliberada dia 11, numa assembleia no centro de eventos do parque Harmonia.
O Simpa também lembra que o governo municipal ainda não recuperou os recursos desviados nos escândalos de corrupção que marcaram o final do mandato de José Fortunati, no DEP, na Fasc, no DMLU.
Num contraponto, na tarde desta terça-feira (18) o prefeito Marchezan Junior foi receber pessoalmente os 44 profissionais contratados para preencher as equipes do Programa Saúde da Família: 14 médicos, 12 técnicos de enfermagem, quatro enfermeiros, 11 agentes comunitários, dois dentistas e um farmacêutico. Das 228 equipes do programa, 32 estavam sem médico no início do ano.
A mobilização dos servidores é mais ampla. Além das questões locais, a assembleia desta quarta-feira serve também para decidir como será a participação na greve geral programada para o dia 28 em todo o Brasil.

Com 15 anos de atraso, o IPTU de Porto Alegre vai mudar 1t1z5b

Como o Plano Diretor de uma cidade, o IPTU também deve ser revisado a cada dez anos. Em Porto Alegre, há 26 anos vigora o mesmo “valor venal” dos imóveis, embora o preço de mercado esteja até 600% maior do que consta na Planta de Valores, base para calcular o Imposto Predial e Territorial Urbano.
A última tentativa de atualização foi em 2001, mas não vingou – a maioria da Câmara de Vereadores não se dispôs a enfrentar o problema.
Hoje está tudo desatualizado, desde a base de cálculo até o modo de aplicar o imposto sobre propriedade de imóveis. O IPTU não é só uma ferramenta de arrecadação, também pode auxilliar no planejamento urbano. Quando todos os imóveis pagam a mesma alíquota, como em Porto Alegre (0,85%), não cumpre sua função social nem promove justiça fiscal.
O IPTU já foi 29,91% da receita tributária de Porto Alegre, em 1997. Vinte anos depois, representa só 19,95%: um terço menos no bolo de receitas próprias do município. Na época, era 0,79% do PIB municipal, hoje é 0,55%.
A discussão coincide com mais uma revisão do plano diretor, que começa agora para conclusão em 2019. Na Secretaria Municipal da Fazenda, o trabalho não parou por causa das resistências ao aumento do IPTU. O recadastramento dos 700 mil imóveis da cidade está em fase final. Começou em 2008, com o levantamento a partir de imagens de satélite.
Neste período, a equipe da Fazenda de Porto Alegre trocou muita informação com os colegas de Curitiba, uma capital do mesmo porte, onde o novo IPTU vigora desde 2015. Para os cofre públicos curitibanos, as mudanças aumentaram a arrecadação de 0,7% para mais de 1% do PIB municipal. E sua participação nas receitas tributárias subiu de 26% para 33%. Em valores nominais, a arrecadação aumentou 50% em três anos.
Para quem paga o imposto, é muito provável que os ajustes na Capital gaúcha sigam roteiro semelhante, pelo que se viu num seminário promovido em março pela associação dos auditores fiscais de Porto Alegre, com a presença do secretário da Fazenda, Leonardo Busatto, e exposição do caso de Curitiba.
Lá, a defasagem era de apenas uma década. Depois de atualizar a Planta de Valores dos 760 mil imóveis de Curitiba, foi introduzida a alíquota progressiva: de 0,2 a 1,1% para residências, de 0,35% a 1,8% para comércio e indústria, e de 1% a 3% para terrenos vazios – como forma de desestimular a especulação imobiliária.
O prefeito Nelson Marchezan Júnior quer mandar a reforma do IPTU ao Legislativo ainda neste ano, para começar a cobrar sobre valores reajustados já em 2018, mas escalonando o aumento por dois ou três anos até chegar ao valor final.
A exatora Claudia De Cesare entende que os imóveis mais baratos devem pagar uma alíquota menor (0,3%, por exemplo), e os mais caros manteriam a alíquota atual, de 0,85%, mas a alíquota máxima pode aumentar. É possível até que o imposto caia para alguns imóveis que tenham, nos últimos 26 anos, sofrido desvalorização.

Gazeta do Povo acaba com edição impressa um ano antes do centenário 6s6a1z

Aos 99 anos, a Gazeta do Povo, o mais antigo jornal diário do Paraná, anuncia que sua última dição impressa circulará dia 31 de maio. Em 30 de abril, entra em operação um novo site.
O principal foco da reforma é o leitor digital em plataformas móveis – smart phones e tablets. E os s poderão ver quais foram os conteúdos ados por seus contatos nas redes sociais e qual tipo de interação ocorreu.
“A nova Gazeta do Povo será georreferenciada, entregando seu noticiário, análises, colunas e blogs direcionados conforme os interesses de seus leitores e o local em que estejam, seja em Curitiba ou em qualquer lugar do Brasil”, anunciou nesta quinta-feira (6) o presidente Guilherme Döring Cunha Pereira, a lideranças empresariais, políticas e representantes do mercado de comunicação do Paraná e do Brasil.
Depois de ter demitido vários jornalistas do impresso em extinção, anunciou também nomes de novos colunistas e jornalistas que am a compor sua equipe.
O jornal diário já havia deixado de circular aos domingos, publicando no sábado a edição de fim de semana. Com o fim do diário impresso, a Gazeta do Povo ará a ser uma publicação semanal, em formato de revista. O lançamento está previsto para o dia 3 de junho.
Investimento
Segundo o grupo editorial, os investimentos para a reformulação tecnológica e em pesquisa e desenvolvimento da Gazeta do Povo somaram R$ 23 milhões.
“Na lógica de produção ‘mobile first’, tudo o que planejamos nós entregamos pensando em como o leitor vai ar esse conteúdo: no celular, no tablet ou no computador”, disse o diretor de Redação da Gazeta do Povo, Leonardo Mendes Junior. “Vamos manter a diversidade de vozes e o pluralismo, contribuindo para o bom debate.”
A Gazeta planeja ampliar a sua cobertura jornalística com mais jornalistas em Brasília; no lançamento de três resumos diários de notícias, a serem enviados por e-mail aos s; e no incremento de seu aplicativo para dispositivos móveis, com a função notificação.
A diretora da Gazeta do Povo Jornais, Ana Amélia Filizola, também anunciou, para o segundo semestre de 2017, a mudança da sede das redações da Gazeta do Povo, que deixam o prédio na Praça Carlos Gomes, no Centro, e o espaço da Fábrika, no Alto da XV, e arão a ser agrupadas em um novo local, mais amplo e adequado às mudanças editoriais. “Teremos o espírito de uma startup de 100 anos”, sintetizou. “Tenho certeza de que nossos anunciantes vão querer suas marcas próximas do nosso leitor”, complementou.
 

5q145w

Porto Alegre tem o IPTU mais defasado entre as capitais 311l32

Como e por que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é mal explorado pelo poder público em Porto Alegre, tanto no seu potencial de arrecadação como para regular o uso social do espaço urbano?
Ao investigar as razões, o pesquisador Antônio Albano de Freitas, da Fundação de Economia e Estatística (FEE), constatou que Porto Alegre é a capital brasileira com maior defasagem no IPTU.
É a 3ª capital em base tributável per capita (atrás de São Paulo e Rio de Janeiro), mas foi a 6ª em arrecadação per capita de IPTU em 2014 (atrás de São Paulo, Campo Grande, Belo Horizonte, Florianópolis e Rio de Janeiro). Em 2015, caiu para a 8ª posição.
A capital gaúcha aplica a segunda menor tarifa média entre as capitais, só maior que a de Vitória, numa simulação de tarifa média entre as cinco capitais com maior base tributável per capita.
Por isso, deixou de cobrar 134 milhões de reais em 2014, além dos 337,7 milhões de reais arrecadados.
As conclusões da investigação estão no artigo “Defasagem e injustiça tributária na aplicação do IPTU em Porto Alegre”, publicado na edição de março da Revista de Conjuntura da FEE.
“A cada novo ciclo político, as fontes de financiamento do Poder Público são, ou deveriam ser, rigorosamente avaliadas. Isso se faz ainda mais necessário em tempos de crise econômica”, propõe Freitas.
Seminário
A Associação dos Auditores Fiscais do Município promete um panorama do IPTU da cidade, no Seminário “IPTU de Porto Alegre: cenário atual e perspectivas”, na tarde de terça-feira (28), com inscrições gratuitas e aberto ao público, na sua sede (Andradas, 1234, 8º andar, a partir das 13h30).
Serão dois painéis e o programa prevê a coordenação do secretário da Fazenda de Porto Alegre, Leonardo Busatto.
No primeiro , a exatora da Prefeitura, Claudia de Cesare, e o auditor-fiscal da Receita Municipal Lauro Marino Wollmann apresentam dados do IPTU de Porto Alegre.
No segundo, “Implantação da nova Planta de Valores de Curitiba”, com a procuradora de Curitiba, Cintia Estefânia Fernandes, e o assessor de tributos imobiliários da Secretaria de Finanças da capital paranaense.
Injustiça
A defasagem e a injustiça captadas na pesquisa de Freitas, na FEE, devem-se a vários dados. Desde 1993 a planta de valores dos imóveis sobre os quais incide o IPTU não é atualizada. O cálculo do imposto é sobre esse chamado valor venal, que não reflete a realidade contemporânea da cidade. Daí a defasagem.
Não há progressividade nas alíquotas de imóveis residenciais. Em Porto Alegre, independentemente do valor do imóvel residencial, incide uma alíquota de 0,85%. Em comparação, em São Paulo a alíquota varia de 0,7% (em residências de até R$ 150.000,00) a 1,5% (acima de R$ 1,2 milhão).
E, diferentemente de São Paulo, o pesquisador observa que “não há notícia, por parte do Poder Público Municipal, do cumprimento e da notificação aos proprietários de imóveis e terrenos vazios ou subutilizados em Porto Alegre, por exemplo”.
A Lei Complementar 312/93 regulamenta a cobrança do cumprimento da função social da propriedade dos imóveis urbanos da cidade, mas “a progressividade no tempo do IPTU parece não sair do papel”, diz Freitas.
Segundo ele, até hoje, não se tem conhecimento e o a estudos técnicos realizados pela Prefeitura no sentido de demarcar as Áreas de Urbanização e Ocupação Prioritárias (AUOP) e identificar os imóveis enquadrados nas definições estabelecidas pela lei de 1993.
Ele lembra que o poder público, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, pode exigir do proprietário de terreno urbano sem edificação, subutilizado ou não utilizado que promova o seu adequado aproveitamento.
Caso contrário, o Município pode construir no local, aumentar o IPTU progressivamente ou até desapropriar o imóvel, com pagamento mediante títulos da dívida pública. Está na Constituição (art. 182 § 4.°).
Desde o ano 2000, uma emenda constitucional (29) autoriza os municípios, sem prejuízo da progressividade no tempo já aplicada, instituir o IPTU progressivo em razão do valor do imóvel e ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel (art. 156 § 1.°, I e II).
A emenda é coerente, pois a própria Constituição de 1988 diz que, sempre que possível, os impostos serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte (art. 45).
Escreve Freitas: “Todos esses elementos são fundamentais, inclusive, para que se possa reduzir a tributação de impostos indiretos — modalidade preponderante no Brasil e que, proporcionalmente à capacidade contributiva, onera mais os mais pobres”, e para avaliar “cuidadosamente a magnitude dos descontos fornecidos aos contribuintes”.

Hacker chantageou Marcela Temer com imagens e áudio do celular 6d6m2s

El País
O caso envolvendo o vazamento de dados do celular da primeira-dama, Marcela Temer, foi além de possíveis fotos pessoais e familiares que existiriam no aparelho.
O hacker Silvonei José de Jesus Souza condenado por clonar o telefone dela tentou extorquir 300.000 reais para não vazar também o áudio de um vídeo que, segundo ele, poderia comprometer o presidente Michel Temer (PMDB).
 As informações constam do processo de julgamento de Souza e foram divulgadas primeiramente pelo jornal Folha de S.Paulo.
O EL PAÍS teve o ao material, que inclui o processo judicial, com mais de 1.000 páginas e um relatório da Polícia Civil.
O conteúdo do áudio ou os supostos dados íntimos de Marcela Temer não estão no processo. Nas conversas, Souza chantageia a primeira-dama, que reage negando que o registro obtido pelo hacker poderia prejudicá-la.
Souza foi condenado a cinco anos e dez meses de prisão pelos crimes de estelionato e extorsão.
Entre o cometimento do crime a condenação aram-se apenas seis meses, um prazo considerado célere, levando em conta a morosidade do Judiciário brasileiro.
O crime foi cometido em abril do ano ado. O julgamento em primeira instância foi concluído em outubro. O hacker está preso em São Paulo.
A rapidez no esclarecimento desse crime contou com a extrema colaboração da Polícia Civil paulista que, sob a ordem do então secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, montou uma força-tarefa para investigar o delito.
Foram cinco delegados e 25 investigadores dedicados a essa causa. Depois que a investigação avançou, Moraes foi empossado no Ministério da Justiça e, na última semana, indicado pelo presidente para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Os nomes de Temer, Marcela e do irmão dela, Karlo Augusto Araújo, não aparecem no processo a pedido dos advogados do presidente (na época do delito era vice-presidente de Dilma Rousseff). Os codinomes dos três são: Tango, Mike e Kilo, respectivamente. Quando questionado pela Folha de S.Paulo, a Presidência da República informou que a fala do hacker, citada pelo jornal, está “fora de contexto” e teve o objetivo de chantagem e extorsão.
Momentos depois de a Folha publicar a reportagem, decisão do juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, de Brasília, atendeu ao pedido de Marcela Temer ordenou que a publicação “se abstenha de dar publicidade a quaisquer dados e informações obtidas no aparelho celular” de Marcela Temer sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão também faz referência ao jornal O Globo.

58º Prêmio ARI: mais dois troféus para o Jornal JÁ em 2016 1n2v19

O ganhou o principal prêmio de jornalismo impresso no Prêmio ARI de Jornalismo deste ano. Foram dois troféus para o .

Matheus Chaparini: primeiro lugar do principal prêmio de reportagem / Foto Tânia Meinerz/JÁ
Matheus Chaparini/ Foto Tânia Meinerz/JÁ

O primeiro lugar na categoria Jornalismo Impresso – Reportagem Geral foi para o jornalista Matheus Chaparini, pela reportagem “Repórter que Filmou Ação da BM foi Indiciado em Quatro Crimes”, publicada na edição de julho do jornal comunitário JÁ Bom Fim. Relata a experiência do repórter ao ser detido enquanto trabalhava na cobertura da desocupação, pela Brigada Militar, do prédio da Sefaz, que fora ocupado por estudantes em 15 de junho. O repórter responde a processo. A principal prova de que estava a trabalho é o vídeo de 11 minutos gravado por ele mesmo, no qual registra a violência da ação policial e se identifica como jornalista várias vezes, o que é ignorado pelos policiais, que o levam de camburão. O prêmio foi entregue a Chaparini pelo secretário adjunto de Comunicação do Estado, Henrique Zandoná.
Revista JÁ: Andres Vince ( edição gráfica), Cleber Dioni (pesquisa) e Elmar Bones (texto e edição) / Foto Tânia Meinerz/JÁ
Revista JÁ: Andres Vince (edição gráfica), Cleber Dioni (pesquisa e entrevistas) e Elmar Bones (texto e edição) / Foto Tânia Meinerz/JÁ

O segundo lugar na categoria Jornalismo Cultural, recebido pelo jornalista Elmar Bones, diretor do JÁ, foi para a edição da Revista JÁ sobre os 180 anos da República Rio-grandense: “Polêmicas que o Tempo não Apagou”, a venda em bancas e online.
O também ficou entre os finalistas na categoria Webjornalismo, com o trabalho Dossiê Cais Mauá, com reportagem de Naira Hofmeister, que foi o primeiro trabalho jornalístico viabilizado por financiamento coletivo no Rio Grande do Sul.
Toda a cerimônia foi marcada por apoios e manifestação de solidariedade à TVE e FM Cultura, da Fundação Piratini, ameaça de extinção pelo pacote do governo Sartori que começou hoje a ser votado na Assembleia Legislativa. A TVE recebeu vários prêmios pela qualidade do trabalho das suas equipes de Jornalismo.
ari-2016-adjunto-da-comunicacao-e-chapa-fot-tania-meinerz
Henrique Zandoná, o novo secretário adjunto de Comunicação do Estado, entregou o prêmio a Chaparini / Foto Tânia Meinerz/JÁ

Luiz Adolfo, vice-presidente da ARI, entregou o prêmio a Elmar Bones / Foto Tânia Meinerz/JÁ
Luiz Adolfo, vice-presidente da ARI, entregou o prêmio a Elmar Bones / Foto Tânia Meinerz/JÁ

Redação e alguns dos colaboradores do Jornal JÁ / Foto Ricardo Stricher
Redação e alguns dos colaboradores do Jornal JÁ / Foto Ricardo Stricher

Todos os premiados na foto oficial do 58º Prêmio ARI / Foto Khakhá Vasconcellos / Divulgação ARI
Todos os premiados na foto oficial do 58º Prêmio ARI / Foto Khakhá Vasconcellos / ARI

Palavraria, reduto de inteligência e agitação cultural até o fim 5x2l6d

A notícia correu rápido pela cidade: a Palavraria vai mesmo fechar. Foi o que bastou para a notícia triste se transformar logo em mais uma série de eventos na casa. Um festival de 11 dias com atividades diariamente, a partir das 19 horas, acontece até o dia 22. O bota-fora final será um festão no Bar Ocidente, a dois quarteirões dali. Dia 30, a casa fecha.
O nome Palavraria Livraria-Café é pouco para definir tudo o que vem acontecendo naquele sobrado da Vasco da Gama nos últimos 13 anos. Além da livraria e do café/bar, lançamentos de novos títulos quase todas as noites, saraus poético-musicais, pocket shows, debates, seminários, cursos e as oficinas literárias regulares. Nas estantes, diversidade de títulos de grandes editoras  e espaço para os pequenos.
É ponto de encontro de um grande e variado público. É lugar para festejar tanto quanto para ir só, fazer uma pausa num lugar acolhedor, inteirar-se das novidades editoriais.
Mas a crise chegou. “Este ano foi atípico, as vendas de livros caíram 40%”, explica Carlos da Silva, o bibliotecário que se tornou um dos principais livreiros da cidade, em sociedade com a cunhada, a advogada Carla Osório, e o irmão mais velho, o professor Luiz Heron.
Juntou-se à conjuntura de crise econômica a concorrência das grandes editoras, que vendem direto ao consumidor pela internet. “Não é novidade, mas este ano foi mais forte: grandes editoras dão descontos que não dão às livrarias, e entregam as compras mais rápido do que os pedidos dos livreiros”, queixa-se Carlos.
Ele não esconde o ressentimento. “Se fosse por não termos trabalhado direito, até vai, mas é o que sabemos fazer, e fizemos bem.  Tivemos que tomar essa decisão antes de nos endividarmos.”
Muito trabalho ainda os espera em janeiro: devolver os livros, entregar a casa, decidir se vão ou não continuar trabalhando pela internet. Por enquanto, só uma coisa é certa: depois de 13 anos trabalhando ao menos dez horas por dia de segunda a sábado, com rápidos períodos de folga nas agens de ano, o trio vai tirar um mês sabático. Merecido.

RBS vende mais um jornal impresso, o Diário de Santa Maria 1c1u6v

Fundado em junho de 2002, o Diário de Santa Maria não pertence mais ao Grupo RBS. A venda do impresso foi realizada para um grupo de nove empresários da região. A partir de 1º de fevereiro, am a istrar o jornal os executivos Paulo Ceccim, Carlos Costa Beber, Renor Beltrami, Flavio Jobim, Mauro Della Pasqua, Valnei Beltrame, Jairo Libraga, Giuliano Vendrúsculo e Luiz Fernando Pacheco, sob coordenação jurídica de Marcelo Zampieri e Ricardo Jobim.
Este último nome é também indicado como diretor jurídico no expediente de A Razão, título até então concorrente do Diário de Santa Maria. De acordo com fontes ouvidas por Coletiva.net, o grupo avalia a possibilidade de que os jornais em por uma fusão, buscando o fortalecimento de uma publicação única no mercado local.
Conforme o Grupo RBS, a decisão de venda parte de uma visão estratégica da operação de jornais, com a finalidade de focar esforços em Zero Hora e Diário Gaúcho, marcas de jornalismo com abrangência estadual. O processo de transição pode durar até 18 meses, com o objetivo de garantir a continuidade das operações.
Atualmente, o DSM circula em 39 cidades gaúchas, em edições de segunda a sexta-feira e conjunta de fim de semana – a circulação do tabloide chega a 17 mil exemplares. Com uma base de 12,9 mil s e 1,9 milhão de os mensais no site, o veículo tem foco na comunidade e nas causas da cidade.
O Grupo RBS garante que seguirá “exercendo seu propósito enquanto empresa de comunicação em Santa Maria, a partir de suas operações de rádio e televisão, com as marcas RBS TV, Gaúcha e Atlântida”.

Câmara aprova lei que proíbe fabricar e vender fogos de artifício na Capital 36384z

A Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou, nesta segunda-feira (7/11),  projeto de lei que proíbe a concessão de alvará para estabelecimentos que vendem ou fabricam fogos de artifício no município. A proposta, da vereadora Lourdes Sprenger (PMDB), também cancela todas as licenças já concedidas a essas empresas.
A intenção da vereadora é preservar a saúde, a integridade física e a segurança de pessoas e animais e o meio ambiente, “tendo em vista a crescente consciência da sociedade sobre o fato de que a utilização de fogos de artifício em eventos, comemorações e festividades causa desastres e tragédias”. A vereadora lembrou a tragédia na Boate Kiss, de Santa Maria, na qual o mau uso de um artefato pirotécnico desencadeou uma tragédia.
Doentes e animais
A queima de fogos também perturba pacientes de hospitais e clínicas, além de animais, especialmente os dotados de alta sensibilidade auditiva. “Os cães se desesperam e alguns se debatem em coleiras até a morte por asfixia. Já os gatos sofrem, comprovadamente, com as explosões, que lhes causam alterações cardíacas e se põem em fuga, que resulta em desaparecimento”, diz Lourdes, citando ainda a perturbação causada aos pássaros. “O ruído da queima de fogos de artifício ultraa os 125 decibéis, equivalente ao som produzido por aviões a jato, muito acima dos cinco decibéis previstos na legislação municipal sobre poluição sonora.”
Lourdes alerta para o mau uso dos sinalizadores navais. “Criados para salvar vidas, tornam-se armas nos eventos, uma vez que atingem 340 quilômetros por hora em uma distância de 200 metros”, afirma. “Além de utilizados em situação diversa do seu objetivo original, produzem luminosidade que causa perda da visão”, afirma. Conforme a vereadora, o Ministério da Saúde aponta mais de 100 mortes e mais de 7 mil atendimentos causadas pelos fogos de artifício no Brasil nos últimos anos. “Os atendimentos hospitalares decorrentes de fogos dividem-se da seguinte forma: 70% provocados por queimaduras; 20% por lesões com lacerações e cortes e 10% por amputações dos membros superiores, lesões de córnea ou perda de visão, lesões do pavilhão auditivo ou perda da audição, e 15% das queimaduras resultam em óbito”, informa.
(Com CMPA)