Adeus a Frei Rovílio 5d3d6w

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O corpo de frei Rovílio Costa foi enterrado às 11h25min, deste domingo (14/06/09), na Capela Memorial dos Freis Capuchinhos, junto a Igreja Santo Antônio, em Porto Alegre. Frei Rovilio faleceu na manhã de sábado, 13, aos 74 anos, provavelmente vítima de infarto.

 

Frei Rovílio coordenava importantes trabalhos sociais, e destacou-se como professor, escritor e editor. Escreveu mais de 20 livros, mas não se considerava um escritor. “Sou um frei capuchinho”, dizia. Fundador e diretor da Est Edições, publicou cerca de 2.400 títulos desde 31 de janeiro de 1973. Dedicava-se à pesquisa sobre imigração: famílias, municípios, imigrantes judeus, poloneses, italianos, alemães, açorianos e portugueses. Muitas são obras em dialetos italianos e alemães, que resgatam idiomas. Em 2005, teve grande destaque na mídia gaúcha como patrono da 51ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Doação de filhotes no sábado 583k6y

Uma cadela foi encontrada prenha no Mont Serrat, numa noite de chuva.

Recolhida por uma protetora de animais de carteirinha, teve 11 filhotes. Estão com um mês e meio de idade. Um já encontrou um lar, os outros – quatro fêmeas e seis machos –  estarão disponíveis para adoção sábado (13/6), das 13h às 16h, na Av Protasio Alves, 363, ao lado do viaduto Silva Só.

Os animais já receberam a primeira desvermigumação e as fêmeas têm garantia de castração a baixo custo ao completarem seis meses. Terão porte médio-grande.

Para adotar, é preciso apresentar RG, F e comprovante de residência, e responder a um questionário. Contato com a protetora Adriana pelo telefone (51) 8412-8832.

 

 

Um Memorial para Zé Gomes 5317o

Contam que foi uma festa da música o velório do violinista e maestro Zé Gomes, na noite de quinta-feira (05/06), em São Paulo. O velho amigo e parceiro Dércio Marques já entrou tocando a viola, cantando em alto e bom tom Roda, Roda Carreta, bem do jeito que Zé gostava: Rrrrroda, rrrrroda

 

Daí não parou mais. Célia e Selma puxaram Rancho Fundo, que gravaram com Zé, alguém mais também tinha ali um violão, outro saiu pra buscar uma bebida, e foi neste clima, misto de despedida e de iração, que os músicos presentes lançaram a idéia de fazer um Memorial para Zé Gomes.

 

O artista plástico Enio Squeff, amigo de quase meio século, prometeu um busto e o que mais lhe encomendem.

 

Um Memorial Zé Gomes significa um memorial ao folclore, que ele pesquisou profundamente e do qual deixou valiosos registros. Quem o houve tocar viola de cocho e tirar daquelas quatro cordas de pano um som limpo e preciso, está diante de um virtuosismo medieval.

 

Começou ainda adolescente, no movimento tradicionalista gaúcho, ao lado de Paixão Cortes, outro pesquisador incansável. Foi a remotos rincões buscar instrumentos primitivos criados pelo homem. Seja na beira de um barranco no meio do Pantanal mato-grossense, seja entre partituras de música erudita, Zé não abria mão do perfeccionismo.

 

Como professor, ensinou a mais de 1.500 alunos. Tornou-se luthier, e perdeu a conta de quantos violinos e rabecas construiu. Arranjador solicitado, participou de mais de duzentas gravações. Visitar o Memorial Zé Gomes será um eio pela história da música.

Morre o músico Zé Gomes 4z176e

Será cremado em São Paulo, onde vivia, o corpo do compositor, arranjador, luthier, maestro e pesquisador gaúcho José Kruel Gomes, internacionalmente conhecido como Zé Gomes, que faleceu na manhã de hoje (05/06/09), vítima de infarto, aos 72 anos.

 

Zé Gomes começou a tocar profissionalmente aos 14 anos. Natural de Ijuí, aos 17 muda-se com a família para Porto Alegre e ingressa no Movimento Tradicionalista, com o grupo “Tropeiros da Tradição”, com Paixão Cortes. A formação serviria de modelo a todos os conjuntos que os sucederam.

 

No início da década de 1950, integrou o conjunto “Os Gaudérios”. Aos 18 anos,  viaja com o conjunto à França, para participar do Festival Internacional de Folclore promovido pela Universidade Sorbonne, e volta ao Brasil com o primeiro prêmio.

 

Em 1955 trabalhou com João Gilberto, juntamente com Luis Bonfá, compositor da música do filme Orfeu no Carnaval, que já tinha elementos da Bossa Nova.

 

Em 1958 criou o Curso de Violão José Gomes, no qual ensinou mais de 1.500 alunos em uma década de funcionamento, época em que freqüentemente palestrava em seminários culturais ou integrava a OSPA.

 

Em 1966, Zé Gomes funda, com Bruno Kieffer e Armando Albuquerque, o Seminário Livre de Música (Selim), que dois anos depois vira o Centro Livre de Cultura. Em 1969, por concurso público, torna-se professor na Escola de Artes da UFRGS.

 

De 1968 a 1971 participa, como arranjador, de vários festivais. Muda-se para São Paulo no início dos anos 70, onde, além de continuar lecionando, compõe músicas para teatro, trilhas para cinema,  fábulas infantis, quartetos, trios e duos instrumentais, corais, peças para viola e rabeca (instrumento que mais tarde viria a construir), e música sacra.

 

Zé Gomes participou de mais de 200 gravações, com Chico Buarque, Heraldo do Monte, Arthur Moreira Lima, Diana Pequeno, Grupo Tarancon, Renato Teixeira, Elomar, Pena Branca e Chavantinho, Paulino Pedra Azul, Marluí Miranda, Alzira Spíndola, João do Valle, entre muitos outros. Ultimamente, gravava discos independentes com suas prórpias composições.

 

É considerado um dos maiores intérpretes de Villa-Lobos, cuja obra estudou profundamente. Dedicou-se ao estudo da rabeca e da viola de cocho.

 

Com os parceiros Almir Sater e Paulo Simões, viajou a cavalo mais de mil quilômetros pelo Pantanal, para fazer um filme sobre o homem pantaneiro e pesquisar a música da região.

 

Criou inúmeros projetos de artesanato e fabricação de instrumentos musicais, tais como rabeca acústica,  chorongo ou baixo acústico, calimba cromática, violino mudo.

 

A última vez que se apresentou em Porto Alegre foi ao violino, acompanhando Almir Sater no Projeto Acorde Brasil, do Sesc, em 2007.

Clínicas chama para um abraço 1s624d

O pessoal do Hospital de Clínicas está convidando a população para vestir uma roupa branca para um ato público a favor do hospital. Pretende juntar duas mil pessoas num “abraço ao HA” a partir das 11horas de terça-feira, 7 de abril.
A intenção é demonstrar o apoio de usuários, funcionários, estudantes, professores, pesquisadores e da comunidade à manutenção do modelo do Clínicas, recentemente contestado pelo Ministério Público.
O MP requer que o HA atenda exclusivamente a pacientes pelo Sistema Único de Saúde.
O Clínicas argumenta que o atendimento a convênios (11,6% das 29 mil internações anuais) gera recursos para atender mais e melhor ao SUS, inclusive em especialidades não cobertas em contrato. Segundo o presidente do HA, Amarílio Vieira de Macedo Neto, esta receita representa uma contribuição decisiva para que o hospital “cumpra sua missão de hospital público e universitário”.
O nome do evento marcado para terça-feira é “100% Clínicas – Abraço em Defesa de um Modelo de Sucesso”. A iniciativa tem o apoio de diversas entidades: Fundação Médica do RS e associações de médicos contratados, residentes, funcionários, enfermeiros, nutricionistas e es; e de organizações de apoio a pacientes.

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Família de Antônio Caringi relançará a obra do escultor 4u461e

Patrícia Marini
Quatro gerações da família de Antônio Caringi compareceram ao Sítio do Laçador, inaugurado oficialmente na manhã de sábado, 31 de março, para anunciar o breve relançamento das obras do escultor no mercado de arte. Antônia Caringi, filha dele, entregou a Paixão Cortes, que posou para a moldagem de O Laçador em 1958, um catálogo com as 35 peças que compõem o acervo familiar recebido em herança.
Os seis filhos decidiram resgatar seu espólio e multiplicá-lo. “Estudamos as leis de direito autoral e de incentivos fiscais, recolhemos os moldes em gesso que estavam espalhados por diversos lugares e agora estamos negociando com duas fundições de São Paulo para reproduzir as peças”, conta o neto Amadeo Caringi, que já tem o projeto de um livro sobre o escultor aprovado na Lei Rouanet e agora busca um patrocinador.
Conhecido dos porto-alegrenses por diversos trabalhos na cidade, como a estátua de Bento Gonçalves e o Monumento ao Expedicionário, Caringi também tem monumentos expostos no Rio de Janeiro, onde morou por alguns anos, e noutras cidades, como Laguna, no litoral catarinense, onde se vê sua Anita Garibaldi. São obras que fez após ter vencido concursos públicos para a construção dos monumentos, antes e depois do período de sete anos que ou estudando Belas Artes em Munique, de 1933 a 1940, por estímulo do governo Vargas, no Brasil, e acolhida do governo Hitler, na Alemanha, usufruindo uma bolsa dada ao jovem artista oriundo da elite de Pelotas.
O catálogo, produzido e bancado pela família, exibe peças menores, como um Laçador de 31 cm de altura, uma cabeça de Giuseppe Garibaldi e outros personagens da História, além de nus femininos. Uma das intenções da família, além de colocar as obras à venda, é doar reproduções para museus. “O MARGS só tem uma peça dele, uma Banhista, que não é a linha mais representativa do seu trabalho”, constata o neto Amadeo.
Os Caringi estiveram entre os últimos a chegar ao evento de sábado, quando as autoridades já tinham se retirado e Paixão Cortes estava quase indo embora. Apesar do forte calor e dos quase 80 anos de idade, o músico atendeu gentil e pacientemente a todos que se aproximaram, pousou para fotos e a fila foi avançando lentamente. Paixão Cortes estava na sua sala de visitas, recebendo amigos e fãs desconhecidos com a mesma atenção. Falou em “deixar às novas gerações algo grandioso”. Ele se referia à estátua e às referências da tradição cultural.
Levando a cultura
Para um de seus iradores, Marcos Alexandre Giorgetta, “a pessoa do Paixão representa nossa cultura mais do que O Laçador”. Ele posou para foto com o ídolo exibindo a imagem da estátua que mandou tatuar no braço há dois anos. “Foi uma felicidade enorme encontrá-lo aqui”. Porto-alegrense, Giorgetta tem orgulho de ser gaúcho. Segurando uma latinha de cerveja, comenta que “o gaúcho leva seu chimarrão e sua cultura aonde vai”. Embora tenha vivido sempre na capital, tem saudades das férias de infância em Quaraí, região da campanha – e dos laçadores.
Giorgetta não só sente sua condição de gaúcho muito bem representada pelo símbolo, como acha que ele denota “o que o povo gaúcho fez e fará pelo Rio Grande”. Estudante de istração, classifica de “complicado” o momento por que am fortes marcas empresariais locais, como Varig, Ipiranga e Correio do Povo, pois, na sua opinião, “não é bom privatizar” (na verdade, essas empresas não foram privatizadas, e sim aram a ser controladas por grupos “não-gaúchos”). O estudante já definiu o mote do trabalho de conclusão de curso: a istração da cultura pelo poder público, “tendo como foco o Paixão Cortes”.

O público do evento não chegou a formar uma multidão. Ao meio-dia, pouca gente para começar o baile a céu aberto programado para a tarde. Com o sol a pino, o casal Clarice e Giovani Dutra rodopiou (foto) no pátio, ao som do grupo Alma Campeira. “Temos que dançar e vestir o que é nosso”, diz ele, pilchado e sorridente. “Nas cavalgadas, já apeio do cavalo dançando, alguém que segure as rédeas pra gente”, completa a esposa.