Sensação de quem esteve no Tá na Mesa (Federasul) desta quarta-feira: um novo Cais Mauá é coisa para 2024. O projeto para revitalização de 3.500 metros do antigo porto de Porto Alegre já tem cinco anos, mas ainda não saiu do chão. Os sócios espanhóis do empreendimento se afastaram por razões que não ficam claras e entregaram a gestão a seus parceiros brasileiros (minoritários) que agora tentam reanimá-lo com novos investidores. Mas pelo que disse Luiz Eduardo Franco Abreu em sua palestra ainda não há um horizonte previsível. Ele classificou de “estratosféricas” as exigências para a concessão da Licença de Instalação, etapa inicial do licenciamento ambiental. 4s5r6y
Autor: Patrícia Marini s732x
Terra acha que "raízes" de Mujica tornarão Uruguai um "narcoestado" 5x3q6t
A Lei 19.172, aprovada pelo Parlamento do Uruguai em 10 de dezembro do ano ado, entra em vigor hoje (6 de maio) e dá o governo o controle sobre produção, consumo e distribuição de maconha, aprovada Cada pessoa poderá comprar até 40 gramas por mês e cultivar seis plantas. No caso de clubes ou cooperativas com 45 ou mais sócios, serão permitidas até 99 plantas.
No dia em que entrou em vigor a lei que regula o uso da maconha no Uruguai, o deputado Osmar Terra, autor de um projeto mais duro para o combate ás drogas no Brasil, fez uma previsão: “O presidente Pepe Mujica, por suas raízes políticas, quer fazer do Uruguai um narcoestado socialista, estatizando a droga”. Ao juntar maconha e socialismo, o deputado prepara o terreno ideológico para estigmatizar o Uruguai.
O deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), autor do PL 7663, novo marco antidrogas no Brasil, aprovado na Câmara e em análise no Senado, critica a legislação uruguaia:
– O presidente Pepe Mujica, por suas raízes políticas, quer fazer do Uruguai um narcoestado socialista, estatizando a droga.
Enquanto isso, nos Estado Unidos, o estado do Colorado virou um narcoestado capitalista, pois liberou o uso recreativo da maconha. Ora, não há uso recreativo de drogas. Todas elas, inclusive a maconha, causam dependência, uma doença crônica sem cura ? adverte o parlamentar, médico e ex-secretário da Saúde do Rio Grande do Sul.
Quem vai fiscalizar?
Terra lamenta que a proposta do Mujica erre em todos aspectos, por ser impossível sua aplicação:
– A lei diz que cada pessoa poderá cultivar até seis pés de maconha em casa, e cooperativas até 90 pés.
E quem vai fiscalizar? Imagine a cena: o fiscal bate à porta de um apartamento em Montevidéu e anuncia: vim ver se aqui tem meia dúzia de pés de maconha! É claro que não haverá controle do Governo e o que vai aumentar tráfico e número de dependentes químicos.
Terra lembra uma contradição do próprio Mujica, ao reconhecer em entrevistas que a maconha faz mal para a saúde e a considera um produto perigoso para a saúde:
– Se o consumo é ruim, porque causa doença crônica incurável, o certo seria diminuir oferta e não aumentá-la como Mujica faz.
Estamos diante de um futuro perigoso tanto para o Uruguai como para outros países da América Latina como o Brasil, a nossa juventude será o alvo da plataforma exportadora Uruguaia.
Caso Riocentro foi "ação articulada" do Estado 5gs3e
A Comissão Nacional da Verdade apresentou hoje (29) o relatório preliminar sobre o caso do Riocentro, em que um militar morreu na explosão de uma bomba dentro de um carro no estacionamento do complexo de eventos, que sediava um show que reuniu mais de 20 mil jovens em 30 de abril de 1981. Para o coordenador da CNV, Pedro Dallari, as conclusões deixam claro que autoridades militares recorreram a atentados como política de Estado e o do Riocentro foi uma “ação articulada” do Estado.
“Os documentos demonstram que esse atentado [do Riocentro] não foi obra de lunáticos nem de agentes que agiram por conta própria. Foi uma ação articulada do Estado brasileiro”, disse Dallari.”A mesma estrutura que nos anos 70 usou como política de Estado a tortura e o extermínio de pessoas, nos anos 80, patrocinou atentados a bomba. Foram pelo menos 40 nesse período. Número que mostra que havia uma estratégia política, que é uso desses atentados para inibir o processo de abertura política que começava a ocorrer no Brasil”, disse.
Em um período de 16 meses, entre 1980 e 1981, bombas explodiram em veículos de imprensa, livrarias, bancas de jornal, prédios públicos, escritórios de advogados que defendiam opositores do regime e até em comícios políticos.
O próprio show, que se repetiu em 1981 no Riocentro, já tinha sido alvo em 1980, quando um artefato foi detonado em uma loja que vendia ingressos.
Saiba Mais
MPF denuncia seis pessoas por atentado no Riocentro
No atentado do Riocentro, uma bomba explodiu prematuramente entre 21h15 e 21h20 no interior de um veículo Puma, matando o sargento Guilherme Pereira Rosário e o capitão Wilson Luiz Machado ficou gravemente ferido. O artefato seria instalado no pavilhão de eventos, onde ocorria o show com vários nomes da Música Popular Brasileira, organizado pelo Centro Brasileiro Democrático, entidade cultural ligada ao Partido Comunista Brasileiro e presidido pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Outra bomba explodiu na subestação elétrica do complexo, e mais duas bombas, que não foram confirmadas, foram citadas por testemunhas.
Os dois militares eram lotados no Destacamento de Operações de Informações (DOI) do 1º Exército e foram tratados como vítimas no primeiro Inquérito Policial Militar, aberto em 1981. Esse inquérito, como consta no relatório, foi acompanhado pelo Serviço Nacional de Inteligência. O primeiro encarregado pelo inquérito, o coronel Luiz Antônio do Prado Ribeiro, ao tomar providências para apurar o caso, sofreu pressões e foi substituído após 15 dias de investigação pelo coronel Job Lorena de Sant’Anna. No novo inquérito, aberto em 1999, Prado Ribeiro afirmou que foi pressionado a conduzir “direitinho” o IPM, inclusive com tentativas de influenciar sua linha de raciocínio.
As tentativas de inverter os fatos foram contadas também pelo ministro aposentado do Superior Tribunal Militar (STM) Júlio de Sá Bierrenbach, hoje com 94 anos. Quando o caso chegou ao STM, o almirante Bierrenbach se opôs ao arquivamento, pediu vista do processo e foi criticado publicamente pelos representantes do Exército que compunham o colegiado. “Eles escolheram a dedo em qual auditoria deveria cair, e não apuraram”, disse em um depoimento gravado em vídeo pela CNV. O magistrado disse que “o inquérito foi uma vergonha”. “O capitão [Machado] não foi ouvido nem como testemunha e acabou promovido e mandado para o Colégio Militar de Brasília. Com o ferimento que ele tinha, não seria promovido a major da ativa de jeito nenhum”.
Imprescritível
A comissão tentou convocar hoje o coronel reformado Wilson Luiz Machado, por meio da condução coercitiva, mas, ao chegar a sua casa, a Polícia Federal constatou que ele havia viajado. O general reformado Newton Cruz, ex-chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações, também foi convocado a depor, mas alegou motivos médicos para não ir. Ele teria tomado conhecimento do plano antes de ser executado. Os dois estão entre os seis denunciados pelo Ministério Público Federal este ano. A punição ainda é discutida porque o caso ocorreu depois do período incluído na Lei da Anistia, que vai até 1979, e, como crime contra os direitos humanos, é imprescritível.
O relatório aponta a movimentação nos dias antes do atentado: um mês antes do show, o coronel Dickson Grael foi demitido da diretoria do Riocentro; um dia antes do show, o coronel do 18º Batalhão de Polícia Militar é substituído, e o policiamento do Riocentro é suspenso por ordem do comandante-geral da PMERJ, que estava em viagem a Brasília; horas antes da apresentação, a chefia de segurança do show é trocada, assumindo uma suposta agente do SNI, que determina o fechamento de 28 dos 30 portões do complexo de eventos antes do show.
“Seria uma tragédia de proporções catastróficas, com uma multidão de 20 mil jovens assistindo a um show com a explosão de bombas – uma explodiu prematuramente, outras que a gente investiga e que não explodiram, possivelmente sob o próprio palco do show, e uma na casa de força que chegou a explodir e não teve o efeito desejado de causar a queda de energia. Isso sem o policiamento da PM e com portões fechados por uma ordem daquele dia”, disse o delegado da Polícia Federal, Daniel Lerner, que é assessor da CNV
1964: o fator Meneghetti 146c3
Meneghetti colocou o Rio Grande do Sul na contramão do projeto desenvolvimentista, que concentrou os investimentos no centro-sul (rio-são paulo-minas). A maior obra arrolada nas realizações de seu primeiro governo foi a construção da ponte sobre o Guaíba, iniciada no governo anterior e feita com recursos federais.
Não conseguiu fazer seu sucessor e teve que ar o cargo a Leonel Brizola, que derrotou o coronel Peracchi Barcellos, ex-comandante da Brigada Militar, por mais de 100 mil votos.
Mas Meneguetti voltou e foi eleito governador em 1962, num momento igualmente conturbado e que desembocaria no golpe de 1964. Com Meneghetti, eleito pela aliança anti-trabalhista (PSD/UDN/PL), o Rio Grande do Sul se alinhou aos governadores de Minas, Rio e São Paulo que estavam na conspiração contra João Goulart.
Um ponto decisivo para o sucesso do golpe, que esvaziou as chances de resistência, foi o comando da Brigada Militar. Com o comando da Brigada, em 1961, Brizola montou a base militar da Legalidade. Em 1964, Brizola era deputado federal. A Brigada obedece ao governador.
E o governador era Meneghetti, que na manhã do primeiro de abril se mandou para o Fundo onde se “aquartelou” no regimento da Brigada. Enquanto isso, em Porto Alegre a Brigada Militar estava nas ruas dispersando a população para impedir a adesão popular à resistência.
A Brigada era a mesma. Mudara o governador.
Ildo Meneghetti entrou na política aos 52 anos e em apenas sete anos chegou ao Piratini. Foi o primeiro filho de italianos a ser governador em 1954.
Na contramão
Na eleição ocorrida três meses da comoção causada pelo suicídio de Vargas, ele derrotou Alberto Pasqualini, o grande teórico do trabalhismo. Já havia derrotado Leonel Brizola na eleição para prefeito de Porto Alegre quatro ano antes.
Filho de um alfaiate do vêneto, que veio da Itália nas primeiras levas de migrantes, Menehghetti nasceu em Porto Alegre. Se elegeu vereador em 1947,com os votos dos torcedores do Inter do qual era dirigente e foi, depois, patrono.
Na oposição a Juscelino Kubistchek, eleito presidente, com João Goulart de vice, Meneghetti colocou o Rio Grande do Sul na contramão do projeto desenvolvimentista, que concentrou os investimentos no centro-sul (rio são paulo minas).
A maior obra arrolada nas realizações de Meneghetti nesse primeiro governo foi a construção da ponte sobre o Guaiba, iniciada no governo anterior e feita com recursos federais.
Brizola vence
Meneghetti não conseguiu fazer seu sucessor e teve que ar o cargo a Leonel Brizola que derrotou o coronel Peracchi Barcellos, ex-comandante da Brigada Militar, por mais de 100 mil votos.
Mas voltou e foi eleito governador em 1962, num momento igualmente conturbado e que desembocaria no golpe de 1964. Com Meneghetti, eleito pela aliança anti-trabalhista (PSD/UDN/PL), o Rio Grande do Sul se alinhou aos governadores de Minas, Rio e São Paulo que estavam na conspiração contra João Goulart.
Um ponto decisivo, que esvaziou as chances de resistência, foi o comando da Brigada Militar. Com o comando da Brigada, em 1961, Brizola montou a base militar da Legalidade. Em 1964, Brizola era deputado federal. A Brigada obedece ao governador. E o governador era Meneghetti que na manhã do primeiro de abril se mandou para o Fundo onde se “aquartelou” no regimento da Brigada. Enquanto isso em Porto Alegre a Brigada Militar estava nas ruas dispersando a população para impedir a adesão popular à resistência.
A Brigada era a mesma. Mudara o governador.
Pressão da comunidade altera projeto do Gasômetro 5w162x
A Prefeitura concorda em incluir Usina no Parque do Gasômetro. Foi na audiência pública desta 2a-feira, 24, na Câmara Municipal. O líder do governo, Airto Ferronato, prometeu para hoje “encaminhar este texto, além de outro que garante a priorização de pedestres e ciclistas”. Esta emenda deve ser votada amanhã.
A Prefeitura de Porto Alegre se comprometeu, na noite desta segunda-feira, 24 de março, a incluir a Usina do Gasômetro e entorno no projeto que cria e define os limites do Parque do Gasômetro.
Apesar de o nome do novo equipamento de lazer estar vinculado ao edifício histórico que hoje é um centro cultural, o projeto de lei complementar que tramita na Câmara Municipal não incluía a área da Usina dentro do perímetro do parque, o que agora deverá ser corrigido com uma emenda do líder do governo, vereador Airto Ferronato (PSB). “Amanhã (terça-feira) devo encaminhar este texto, além de outro que garante a priorização de pedestres e ciclistas”, prometeu Ferronato.
A mudança do Executivo foi anunciada ao final da audiência pública convocada para debater o assunto. “Não muda nada (na prática), mas se é desejo da sociedade, vamos incluir”, observou o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB).
A criação do Parque do Gasômetro foi determinada durante a revisão do Plano Diretor de Porto Alegre em 2009. Na época, uma emenda criada pelo Movimento Viva Gasômetro e apoiada pelo Fórum de Entidades foi apresentada pelo vereador Engenheiro Comasseto (PT) e aprovada pelo plenário da Casa.
O texto, entretanto, era apenas um indicativo de que o parque deveria ser criado com lei específica, a ser enviada pela prefeitura ao Legislativo para regulamentar a futura área de lazer. Daí a necessidade de definir, agora, os limites físicos do parque e da convocação de uma audiência pública.
Corte de árvores
Muitos militantes entendiam que a exclusão da Usina na área do parque que levaria o seu nome tinha como finalidade apartar do debate a discussão sobre a solução viária para integrar ambas as áreas – hoje separadas pela avenida João Goulart, cuja duplicação foi responsável pelo polêmico corte de 110 árvores na região.
Por isso, ambientalistas e entidades comunitárias pedem o rebaixamento da avenida, que foi objeto de uma emenda da vereadora Sofia Cavedon (PT) ao projeto. A Prefeitura alega que não há viabilidade financeira para uma obra deste porte na região.
O vice-prefeito assumiu, entretanto, o compromisso de “encontrar uma solução para que as pessoas possam ar com segurança de um lado para outro” e disse que a comunidade será ouvida. “Não estamos excluindo a possibilidade de rebaixamento, apenas questionando porque só essa alternativa serve”, ponderou Melo.
A vereadora Sofia Cavendon desconfia: “Foi uma saída encontrada pelo Executivo, para dizer que está atendendo a uma reivindicação da comunidade. Mas foge à questão central, que é o rebaixamento”.
Em consonância com o que apontou em sua manifestação na tribuna o representante da ONG Mobilicidade, Marcelo Kalil, Sofia aponta uma contradição no movimento prometido pela prefeitura; como é possível considerar a possibilidade de rebaixamento no futuro se neste momento a via a por uma intervenção que lhe dará duas novas faixas? “‘É um desperdício de dinheiro público que só favorece as empreiteiras que poderão fazer a mesma obra duas vezes”, criticou Kalil.
A votação do Projeto de Lei Complementar 020/2013 será o primeiro ponto de pauta da sessão desta quarta-feira, 26 de março, na Cãmara de Vereadores. Isso significa que a votação deve iniciar pouco depois das 14h.
Naira Hofmeister, especial para o JÁ
Galeano será candidato pela Frente Ampla 254c48
O escritor e jornalista Eduardo Galeano será candidato ao Parlamento do Uruguai nas próximas eleições de 26 de outubro, de acordo com a agência de notícias argentina Telam. Galeano deverá integrar uma das listas partidárias que apoiam a pré-candidatura da atual senadora Constanza Moreira à Presidência da República. Ainda não se sabe se ele será candidato a deputado ou senador.
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AMÉRICA DO SUL
21/02/2014 – 11h19 | Rafael Reis | Montevidéu
Eduardo Galeano será candidato ao Parlamento do Uruguai
O autor do célebre livro “As veias abertas da América Latina” se candidatará pela coalizão de esquerda Frente Ampla
O escritor e jornalista Eduardo Galeano será candidato ao Parlamento do uruguai nas próximas eleições de 26 de outubro, de acordo com a agência de notícias argentina Telam. Galeano deverá integrar uma das listas partidárias que apoiam a pré-candidatura da atual senadora Constanza Moreira à Presidência da República. Ainda não se sabe se ele será candidato a deputado ou senador.
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Ainda não se sabe se o escritor uruguaio Eduardo Galeano será candidato a deputado ou senador nas eleições locais
Galeano nasceu em 3 de setembro de 1940 na cidade de Montevidéu, Uruguai, e viveu exilado primeiro na Argentina e depois na Espanha durante a ditadura uruguaia. Foi procurado por várias ditaduras do Cone Sul, em países onde suas obras chegaram a ser censuradas. É autor de um dos livros que é referencia para a esquerda latino-americana, As veias abertas da América Latina.
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Além de publicar obras de alcance mundial como Memórias de Fogo, O livro dos abraços e História da Ressureição dos Papagaios (adquira exemplar na Livraria Opera Mundi), recebeu os prêmios José Maria Arguedas, outorgado pela Casa das Américas de Cuba, e o Stig Dagerman, um reconhecimento sueco aos escritores que se destacam por suas obras literárias
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Constanza Moreira, cientista política de 53 anos, com pós-graduação no Brasil pela Unicamp (Universidade de Campinas), competirá com o ex-presidente Tabaré Vazquez nas eleições internas da Frente Ampla, que no dia 1° de junho decidirá o candidato da coalizão de esquerda de cara às eleições de outubro.
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A pré-candidatura de Constanza Moreira busca uma renovação nos quadros políticos da Frente Ampla e possui forte apoio dos movimentos culturais. “Tanto ele (Galeano) como [o músico] Daniel Viglieti estão tendo um papel ativo na campanha e estarão nas listas que apresentaremos a partir deste espaço”, afirmou Moreira. “Eles estão atuando como porta-vozes culturais dessa candidatura e deste espaço. São referentes políticos muito queridos e que se animaram a vir para nosso lado”, destacou.
Pesquisa
Segundo a última pesquisa eleitoral, publicada essa semana pela Consultora CIFRA, a Frente Ampla tem o apoio de 45% do eleitorado, enquanto os partidos tradicionais Partido Nacional, 28% e o Partido Colorado 15%. O Partido Independente aparece com 2%.
Apesar da disputa interna entre os pré-candidatos da coalizão governista, Tabaré Vazquez e Constanza Moreira, a maioria dos analistas políticos confirmam que o candidato da Frenta Ampla deverá ser o ex-presidente Vazquez. Nestas eleições, o maior desafio para Frente Ampla será obter a maioria parlamentar que conquistou nos últimos dois pleitos eleitorais.
Termelétricas a todo vapor 5d412z
A crise da energia, que não é nova, embute um custo que nem sempre aparece.
Com os níveis baixos dos reservatórios das hidrelétricas, as termelétricas a carvão têm que operar a todo vapor. É uma energia cara e altamente poluente por que as usinas são antigas (a mais antiga tem 60 anos, outras têm 40 anos).
Os técnicos não vislumbram um horizonte em que o Rio Grande do Sul, dependente de reservatórios cada vez mais baixos, possa dispensar a energia do carvão.
Prova disso é que usinas quase sucatas estão operando a todo o vapor neste verão. Novas usinas, mais atualizadas, com menos custo e menos poluição, continuam no papel. E dê-lhe fumaça!
I DA CEEE COMEÇA HOJE 281g1q
Na tarde desta terça-feira o deputado Lucas Redecker vai levar ao protocolo da Assembleia Legislativa um requerimento pedindo a instalação da” I da Energia Elétrica”. Na véspera ele já tinha 33 s e estava confiante que teria mais até a hora de formalizar o ato que, burocraticamente, cria a I, já que um quorum de dois terços (são 55 deputados) não deixa dúvidas.
Redeacker, em primeiro mandato pelo PSDB, declarou que está “trabalhando na minuta do plano de trabalho para apresentar aos demais membros da I, a partir do momento em que ela estiver instalada”.
Uma I em ano eleitoral é como a guerra: sabe-se como começa, não como termina.
A última I da CEEE na Assembléia vai completar 20 anos. Rendeu um ano e meio de manchetes, 350 quilos de papel e resultou numa Ação Civil Pública, que tramita em segredo de justiça, já tem 37 volumes principais e 80 anexos e não saiu de primeira instância.
Em valores atualizados, a fraude apurada pelo Ministério Público em dois contratos chega aos R$ 800 milhões.
Não será mais produtivo fazer um esforço para que a CEEE recupere esse prejuízo? .
Declarações do deputado Redecker:
“Em todas as regiões há registros de problemas de energia elétrica, não só nessas duas últimas semanas, quando tivemos uma forte onda de calor e temporais que ajudaram na deficiência energética do RS. Isso prova que o Estado não está preparado para enfrentar problemas sérios de falta de energia e climáticos, mas também problemas antigos como aumento de carga para empresas e produtores rurais.
Há ainda o despreparo das empresas para atender ao cidadão, que a horas no telefone aguardando o atendimento e ainda mais horas aguardando a solução do problema”, afirmou Redecker.
Ele diz que a I” vai analisar, entre outros pontos, o cumprimento de cláusulas contratuais pelas concessionárias de energia”. “Será avaliado o cumprimento ou descumprimento dos contratos por parte das concessionárias públicas.
As agências reguladoras são responsáveis por acompanhar e investigar a execução dos serviços e até que ponto estão fazendo esse acompanhamento”..
População culpa empresas pela greve 5c5s6v
Pesquisa divulgada na edição do jornal Metro desta sexta-feira,14, comprova o velho ditado: é possível enganar muitos por algum tempo, mas não é possível enganar a todos o tempo inteiro.
A principal revelação foi que 59,8% dos entrevistados apontaram as empresas como as principais responsáveis pela grave e 46% culparam a Prefeitura. Os rodoviários em greve foram apontados como principais responsáveis por apenas 27,8% dos entrevistados
A pesquisa foi feita pelo Instituto Methodus no período de 8 a 10 de fevereiro e ouviu 400 pessoas. A principal pergunta era: quem são os responsáveis pela greve? As respostas não deixam dúvidas: em tempo de redes sociais, já não é tão fácil manipular a opinião pública, mesmo com o apoio da grande mídia.
As empresas (que a cobertura tentou apresentar como vítimas) foram apontadas por 59,8% dos entrevistados como as principais responsáveis. Em segundo lugar a Prefeitura, com 46% das respostas, e em terceiro lugar o governo do Estado, com 29,3%. Os rodoviários em greve foram apontados como principais responsáveis por apenas 27,8% dos entrevistados.
O resultado é um alerta seríssimo para os empresários e as autoridades. Confira os dados reproduzidos do jornal, que tem 40 mil exemplares distribuidos gratuitamente em Porto Alegre de segunda a sexta-feira.
Por que a Globo quer desgastar Marcelo Freixo 4j13a
De Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, via Revista Fórum
“Estagiário de advogado diz que ativista afirmou que homem que acendeu rojão era ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo”
Um dos piores títulos da história do jornalismo foi o ponto de partida para o massacre do deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL do Rio. Desde a tragédia com o cinegrafista Santiago Andrade, a Globo ou a apostar numa caçada que, aparentemente, só terá fim com outra tragédia.
O advogado do título é Jonas Tadeu, que representa os dois envolvidos no lançamento do artefato que vitimou Santiago — Fábio Raposo e Caio Silva de Souza. Tadeu, que está se esbaldando em seus 15 minutos de fama, declarou que uma militante apelidada Sininho teria oferecido auxílio jurídico a Raposo em nome de Freixo.
Freixo, para todos os efeitos, é um dos envolvidos na morte de Santiago.
Jonas Tadeu pediu desculpas depois, no rádio, “por ter sido levado pela emoção e pelo desequilíbrio”.
Mas a máquina do jornalismo declaratório e difamatório já estava rodando. (Tadeu também contou que seus clientes receberam, cada um, 150 reais para protestar. Evidentemente, avisou que não tem como saber de quem e nem como provar. Mas a “revelação” virou manchete e as ilações também).
Publicou-se que o assessor parlamentar de Freixo, Thiago de Souza Melo, comanda uma ONG que presta assessoria jurídica para pessoas presas nos protestos. Uma delas foi Fábio Raposo. Donde conclui-se o quê? Ou essas pessoas não têm direito a advogado?
Co-responsável
No meio de declarações e desmentidos a esmo, na pressa de apontar o dedo, Freixo já está sendo vendido como co-responsável pelo que aconteceu a Santiago. Ele lembrou que Jonas Tadeu defendeu o ex-deputado Natalino Guimarães, investigado na I das Milícias, da qual Freixo foi presidente. Em situações normais, esse dado bastaria para que as acusações de Tadeu fossem encaradas com todo o cuidado.
Mas esta não é uma situação normal. Em sua cavalgada, o Globo também publicou que a mãe de Raposo “achava” que o filho “conhecia” o deputado, mas “não tem certeza” porque “não morava com ele”. Ora, se ela não tem certeza, se não morava com ele, como é que uma suposição tão frágil vai parar no jornal?
O porquê da campanha contra Freixo ainda precisa ser esclarecido.
Ele mesmo pouco falou a respeito. Mas, no site Viomundo, referiu-se ao poder da Globo no Rio de Janeiro.
“A Rede Globo trata dessa cidade como grandes negócios. Ela é sócia, mesmo, inclusive nos negócios efetivados. A Fundação Roberto Marinho tem uma série de negócios com a secretaria de Educação, tanto do Estado quanto do Município. Isso envolve dinheiro, contratos, projetos. A Rede Globo tem, no projeto de cidade, uma cidade que ela defende. E também com um viés muito autoritário.
A possibilidade de debater a cidade, em um lugar onde existe tamanho monopólio de informação, está prejudicado. Você não tem jornais, hoje, no Rio de Janeiro. Você tem fundamentalmente dois jornais, um deles muito pequeno. Então há um monopólio muito forte da informação no Rio. Por isso que as redes sociais, os sites, enfim, se tornaram elementos decisivos para que você possa fazer um debate mais honesto e mais profundo sobre essa concepção de cidade.”
Em outras palavras, o estagiário de alguém teria falado que não tem certeza, mas parece que a Globo tem interesse em transformar Marcelo Freixo no responsável pela violência nos protestos. A mãe de ninguém recebeu uma ligação nesse sentido porque mora sozinha. O tempora, o mores.