Da Redação Rio da Band News FM A rádio Band News divulgou a notícia do assassinato do jornalista Pedro Miguel Palma, de 47 anos, na cidade fluminense de Miguel Pereira. Palma era dono do jornal Panorama Regional, que circula há 10 anos na região, no interior do Rio de Janeiro. Segundo levantamento da ong Avante Brasil, o Brasil é o sétimo país em assassinatos de jornalistas. Não foi acidente. Os assassinos aram de moto e o alvejaram com três tiros, quando ele chegava em casa. Um jornalista foi assassinado a tiros nesta quinta-feira, 13/2, em Miguel Pereira, no interior fluminense. Dono do diário Panorama Regional, Pedro Palma, de 47 anos, foi baleado quando chegava em sua residência. O jornal circula também em cidades como Paty do Alferes, Vassouras e Barra do Piraí. Segundo testemunhas, dois homens que estavam em uma moto deram três disparos em direção a vítima, que morreu no local. O jornal vinha denunciando irregularidades em prefeituras da região. Pessoas próximas ao jornalista acreditam que esse possa ser esse o motivo das ameaças e do atentado. De acordo com informações da polícia, a filha do jornalista presenciou o assassinato. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Barra do Piraí. A polícia investiga se houve crime político. Ainda não há informações sobre a identidade dos autores dos disparos. Segundo levantamento da ong Avante Brasil, o país é o 7º em assassinatos de jornalistas. 1r509
Autor: Patrícia Marini s732x
Travessia de Laguna congestiona a BR 101 Sul 5u6t6e
Prometida oficialmente para meados de 2015, a maior obra de engenharia rodoviária em andamento no Sul do país – a Ponte de Laguna na BR-101 SC – transformou-se num congestionamento permanente que na maior parte dos dias úteis supera 10 quilômetros em cada sentido do tráfego. Nos fins de semana do verão, os motoristas gastam mais tempo parados na travessia de Laguna do que na viagem de 270 quilômetros entre Torres e Florianópolis.
A colocação emergencial de balsas poderia ser uma alternativa para o trânsito regional. Outra opção seria alargar/pavimentar a rota Capivari de Baixo-Imaruí-Imbituba, contornando (por dentro) o trombo criado pela falta de planejamento dos órgãos públicos responsáveis – o DNIT e a ANTT.
Iniciada em 2004, a duplicação da BR-101 Sul está concluída em sua maior parte, mas ficaram inexplicavelmente para o fim algumas das obras mais complexas. Orçada em R$ 590 milhões, a ponte de 2.800 metros em Laguna está sendo construída com recursos do PAC-2 por um consórcio liderado pela Camargo Correa Construções e Comércio, que tem 60% do empreendimento e conta com a participação da Aterpa, M. Martins e Construbase.
Sobrepreço
Depois da licitação – a preço fixo, sem aditivos nem trololó, segundo o novo Regime Diferenciado de Contratações (RDC) -, o Tribunal de Contas da União acusou um exagero de R$ 30 milhões no custo estimado da mão-de-obra da região de Laguna.
Como os pronunciamentos do TCU não pesam como sentenças, mas costumam desencadear processos do Ministério Público, a diferença de R$ 30 milhões permanece boiando como matéria vencida nas águas da laguna catarinense, onde, aliás, abunda o camarão. As empreiteiras e o próprio DNIT alegam ter fixado os valores da mão-de-obra acima da média regional porque não havia gente especializada em número suficiente em Laguna e arredores, tanto que dos 1.200 trabalhadores contratados 650 vieram de fora.
Até do exterior vieram técnicos e máquinas para ajudar na obra. Se as empreiteiras são nacionais, a tecnologia é global. Uma treliça espanhola foi alugada para instalar as 14 aduelas da ponte estaiada, com vão para agem de barcos de pesca.
Uma perfuratriz alemã faz os furos de 70 metros de profundidade onde são fixadas as estacas dos mastros da ponte. Cada tubulão consome 300 metros cúbicos de concreto, gerando os pilares mais robustos da BR-101. Nas águas rasas da laguna (apenas 3,50 metros de profundidade), operam 30 balsas.
Esta será a terceira ponte naquele ponto do litoral catarinense. A primeira, metálica, foi construída há mais de 100 anos para o transporte ferroviário e jaz sem uso, corroída pela maresia, à vista dos viajantes que seguem usando a ponte rodoviária construída em 1948 no mesmo aterro da nova linha ferroviária estendida em 1938.
Lacunas catarinas
Fora a ponte de Laguna, ainda restam as seguintes lacunas na BR-101 em território catarinense:
→ o lote 29, licitado em 2004, que envolve o trecho Sombrio-Araranguá e inclui o contorno desta última cidade, cuja população exigiu que a rodovia deixasse o perímetro urbano – deve ser entregue este ano;
→ o túnel (500 metros) do Morro do Formigão, em Tubarão, a ser entregue em maio de 2015, conforme o contrato;
→ a construção do túnel (2.200 metros) do Morro dos Cavalos, perto de Florianópolis, onde existe uma comunidade indígena. É obra que deve demorar quatro anos para ser executada a um custo estimado entre R$ 400 e 450 milhões. A licitação foi autorizada pela licença (ambiental) prévia emitida em 29 de agosto último, mas falta realizar a concorrência. Após a decisão sobre quem vai tocar a obra, será preciso esperar a licença ambiental de instalação, ainda sujeita a discussões entre órgãos estaduais e federais. Na melhor das hipóteses, o túnel fica pronto em fins de 2018.
Geraldo Hasse
Vem aí o novo portal do Jornal JÁ 1a1s4q
Ano novo para a Prefeitura no Araújo Vianna 6c323i
O Ministério Público de Contas está cobrando da Prefeitura de Porto Alegre informações sobre a gestão da concessão do Auditório Araújo Vianna. A Opus Promoções investiu na reforma do auditório e promoveu a ocupação do espaço.
A Secretaria Municipal de Cultura, não. Conforme o termo de permissão de uso parcial do Araújo Vianna, 25% dos dias do ano estão disponíveis para a Prefeitura, que não criou um calendário de eventos, não disponibilizou o espaço a escolas públicas, não ocupou as salas a que tem direito para atividades musicais de caráter público e não fiscalizou o uso pela concessionária.
Nenhuma empresa movimenta 18 milhões de reais para revitalizar um espaço público abandonado para deixá-lo ocioso. A reforma do Araújo Vianna foi acompanhada de polêmicas. Primeiro, foi o próprio contrato “de privatização”.
Parecia pouco o município ter só 25% do calendário. Depois, foi a cerca erguida no lugar do tapume da obra. Como antes as ruínas do auditório serviam de abrigo para pessoas e animais sem teto, a cerca veio proteger os os, mas não estava no projeto original. Quem abriu o processo sobre a ocupação do espaço foi a vereadora Sofia Cavedon, ao encaminhar documentos ao MPC.
O Ministério Público de Contas determinou, dia 23, uma Medida Cautelar para que a Secretaria Municipal da Cultura cumpra o Termo de Permissão assinado com a Opus Assessoria e Promoções Artísticas.
Após examinar a documentação encaminhada pela vereadora Sofia Cavedon (PT), e analisar as informações solicitadas ao governo municipal, o procurador-geral, Geraldo Da Camino, identificou a necessidade de esclarecer se a forma como o auditório vem sendo usado está de acordo com os usos para o qual foi licitado.
A Recomendação Conjunta nº 15/2013 do MPC, com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, ressalta vários pontos.
O primeiro é que, apesar do rol de inconformidades levantadas anteriormente, “a fiscalização presumivelmente exercida pelo Permitente (…) não resultou em qualquer medida”. Alude “desvio da finalidade inicialmente pactuada”, pois o termo de concessão não previa a exploração econômica. Refere-se à locação do auditório para eventos sindicais e partidários, como uma assembleia do Cepers, e à cobrança de uma taxa de limpeza e manutenção quando é a Prefeitura que requisita o auditório.
Assim, a recomendação é que a Secretaria Municipal de Cultura “abstenha-se de efetuar qualquer pagamento a título de manutenção, conservação, limpeza, segurança interna e externa, entre outros”, e observe os objetivos da licitação: impedir a utilização do Araújo para atividades expressamente vedadas ou por outras pessoas físicas ou jurídica, fiscalizar a correta nomenclatura (que informalmente ou a ser Oi Araújo Vianna, por conta do patrocínio da operadora telefônica), ocupar seus espaços e observar a reserva mínima do índice de datas, “incluindo-se finais de semanas, para a realização de seus eventos, dando a devida publicidade para tanto, em cumprimento dos princípios da finalidade pública e da supremacia do interesse público sobre o particular”.
"Isso aqui é uma verdadeira universidade do crime" 3le6i
O mutirão carcerário da OAB começou ontem por Porto Alegre, onde o Presídio Central desponta como um dos piores do país. “É um dos piores presídios que já vi. Isso aqui é uma verdadeira universidade do crime.
Presos provisórios são misturados a condenados, facções mandam na cadeia, decidindo, inclusive, quem tem direito a atendimento medido e jurídico, além de esgoto e fezes correndo pelas paredes dos pavilhões e a céu aberto”, disse o presidente nacional da Ordem, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.
O vice, Claudio Lamachia, que esteve no local em 2012
com o Cremers e o Crea-RS, encontrou as mesmas condições degradantes. Coêlho anunciou que a OAB entrará com uma nova ação contra os Governos Estadual e Federal junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA.
“Vamos ingressar com uma nova denúncia, com pedido de liminar, para que a CIDH se manifeste de modo imediato, cobrando melhorias no sistema prisional gaúcho, que é vergonhoso e não reabilita. Promessas não adiantam!”
O Presídio Central de Porto Alegre foi vistoriado ontem pelo presidente e o vice-presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho e Claudio Lamachia. Constataram que nada mudou em relação à última inspeção, em abril de 2012.
Um dos piores
O mutirão carcerário da OAB, que deve circular por todos os estados, iniciou por Porto Alegre, onde o Central desponta como um dos piores do país. Em 2012, Lamachia esteve no local com o Cremers e o Crea-RS. Encontraram condições degradantes em todos os aspectos: direitos humanos, higiene, saúde, alimentação e infraestrutura. Laudos apontaram a necessidade de interdição do Central.
Após, os dossiês foram entregues ao secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels, que prometeu soluções para os problemas e a criação de mais de três mil vagas. Juntamente com outras entidades, denúncia foi enviada à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Estarrecido, Marcus Vinicius afirmou que as condições indignas do Central motivarão uma nova ação contra os Governos Estadual e Federal junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA. “Vamos ingressar com uma nova denúncia, com pedido de liminar, para que a CIDH se manifeste de modo imediato, cobrando melhorias no sistema prisional gaúcho, que é vergonhoso e não reabilita. Promessas não adiantam!”, ressaltou o presidente do Conselho Federal da OAB, frisando que a medida é semelhante à que foi adotada semana ada no Maranhão, depois de uma rebelião de presos que resultou em nove mortes.
Donos da cadeia
“É um dos piores presídios que já vi. Isso aqui é uma verdadeira universidade do crime. Presos provisórios são misturados a condenados, facções mandam na cadeia, decidindo, inclusive, quem tem direito a atendimento medido e jurídico, além de esgoto e fezes correndo pelas paredes dos pavilhões e a céu aberto”, disse Marcus Vinicius.
Acompanhado do presidente em exercício da OAB/RS, Luiz Eduardo Amaro Pellizzer; do secretário-geral, Ricardo Breier; e da secretária-geral adjunta, Maria Cristina Carrion Vidal de Oliveira; Lamachia voltou ao Central decepcionado, diante da certeza de que muito pouco havia mudado em relação à vistoria do início do ano ado.
“Muito foi prometido pelo Governo do Estado e quase nada foi cumprido, como a geração de três mil vagas para desafogar o Central, mas o número atual de presos pouco se alterou – são 4,4 mil, contra 4,6 mil em abril de 2012.
Estamos em dezembro de 2013 e a população carcerária é quase a mesma. Os presos saem daqui mais violentos. É o quadro de uma tragédia anunciada. Há detentos permanentes e provisórios no mesmo espaço, o que garante o índice de reincidência de 80%”, ressaltou o vice-presidente nacional da OAB e presidente da Ordem gaúcha em 2012.
Em parceria com a OAB, Cremers e Crea-RS voltaram ao Central. Sobre o atendimento de saúde, o presidente do Cremers, Fernando Matos se mostrou decepcionado. “Fizeram pintura nas paredes, aumentou a limpeza do ambiente, mas não houve melhoras. As promessas não foram cumpridas. Deveriam ter 72 profissionais, mas existem apenas 10. A única coisa que mudou foi a municipalização da saúde dentro do presídio.
O engenheiro do Crea-RS, Nelson Agostinho Burille, também saiu do presídio preocupado, pois nada evoluiu desde a última inspeção em termos de condições de estrutura. “Não existe plano de prevenção e combate a incêndio, hidrantes estão com torneiras quebradas e faltam mangueiras para água, além da dezenas de fios expostos nas paredes. A fiação elétrica é um caos. Se um preso quiser matar outro não precisa de alguma arma ou faca, basta pegar dois fios e a vítima vai morrer torrada”, afirmou Burille.
Também participaram da vistoria a Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Rodrigo Puggina (coordenador-geral) e Roque Reckziegel; os conselheiros seccionais Domingos Baldini Martin e Gustavo Junchem; a coordenadora do Fórum Nacional de Conselhos Penitenciários, Maira Fernandes; e o chefe de gabinete da presidência, Julio Cezar Caspani.
Mutirão da OAB segue pelo País
A vistoria ao Central é a primeira de um mutirão nacional realizado pelo Conselho Federal da OAB, que vai inspecionar os maiores e mais problemáticos presídios do País até o final de fevereiro. Após, será elaborado um relatório com cobranças ao Ministério da Justiça, que poderá resultar em pedidos de interdição e fechamentos de presídios.
(Fonte: OAB-RS)
Visita da ONU impulsiona obras de saneamento 5m71w
Em março, a presidente Dilma Rousseff anunciou a liberaçãp de R$ 16 bilhões para obras de saneamento básico no Brasil. Na manhã desta quinta-feira, véspera de Natal, o governador gaúcho, Tarso Genro, vai o contrato da verba destinada ao Rio Grande do Sul. Será às 10 horas, no Palácio Piratini. O documento será firmado também pelo Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal (CEF) e Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
O dinheiro faz parte da terceira seleção do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II), para investimentos em água e de esgoto em 16 cidades do Estado. O anúncio ocorre logo depois de uma visita ao Brasil da relatora especial das Nações Unidas sobre Água e Saneamento, Catarina de Albuquerque. Ela apresentou conclusões preliminares e as recomendações iniciais ao governo brasileiro sobre as condições sanitárias do país.
O governador Tarso Genro assina contrato de R$ 1 bilhão destinado ao saneamento no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (26), às 10h, no Palácio Piratini. O documento será firmado também pelo Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal (CEF) e Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
Dinheiro vem do PAC II
O valor já havia sido garantido em março deste ano, quando a presidente Dilma Rousseff anunciou a liberação de R$ 16 bilhões para o setor em todo o país. O dinheiro faz parte da terceira seleção do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) e será utilizado para empreendimentos de água e de esgoto em 16 cidades do Estado. Com financiamento da CEF, estão sendo contratados R$ 479,95 milhões. Por meio do Orçamento Geral da União (OGU), as cifras chegam a R$ 521,91 milhões.
Em outubro, 11 cidades gaúchas foram contempladas com mais R$ 394 milhões na 4ª seleção do PAC II. A previsão é de que essa contratação ocorra até o fim do primeiro semestre de 2014. Assim, cerca de R$ 4,4 bilhões, entre recursos próprios da Corsan e do PAC, serão investidos no Rio Grande do Sul até 2017.
Municípios contemplados – Orçamento Geral da União:
• Canoas (Esgoto): R$ 216,25 milhões
• Estância Velha (Esgoto): R$ 71,41 milhões
• Nova Hartz (Água): R$ 5,15 milhões
• Nova Santa Rita (Esgoto): R$ 29,76 milhões
• Parobé (Esgoto): R$ 42,63 milhões
• Portão (Esgoto): R$ 23,27 milhões
• Santo Antônio da Patrulha (Esgoto): R$ 16,31 milhões
• Sapiranga (Esgoto): R$ 34,76 milhões
• Taquara (Esgoto): R$ 82,35 milhões
Municípios contemplados – Caixa Econômica Federal:
• Alvorada/Viamão (Água): R$ 58,72 milhões
• Cachoeirinha (Esgoto): R$ 45,9 milhões
• Campo Bom (Esgoto): R$ 78,33 milhões
• Gravataí (Esgoto): R$ 123,16 milhões
• Guaíba (Esgoto): R$ 28,26 milhões
• Guaíba – repactuação PAC I(Esgoto): R$ 26,37 milhões
• Santa Maria (Esgoto): R$ 119,19 milhões
O anúncio ocorre logo depois de uma visita ao Brasil da relatora especial das Nações Unidas sobre Água e Saneamento, Catarina de Albuquerque. Ela apresentou conclusões preliminares e as recomendações iniciais ao governo brasileiro sobre as condições sanitárias do país. Disse que ficou chocada com as desigualdades regionais no o ao saneamento básico, sendo a Região Norte a mais afetada.
Segundo ela, o Brasil está entre os dez países onde mais faltam banheiros – 7 milhões de brasileiros estão nessa situação. Cinquenta e dois por cento da população não têm coleta de esgoto e somente 38% do esgoto é tratado. “É inaceitável de uma perspectiva de direitos humanos”
(Com informações da Secom/RS e Agência Brasil)
Colégio Rosário: 110 anos em 2014 u4j5n
O Colégio Rosário, na Praça Dom Sebastião, no topo do espigão da avenida Independência, é parte da paisagem da região central de Porto Alegre e do cotidiano dos habitantes, tenham ou não estudado ali. A igreja da Conceição fica “em frente ao Rosário”. O Museu da História da Medicina, “quase em frente ao Rosário”. A livraria, “um pouco antes do Rosário”. A Santa Casa, “logo depois do Rosário”.
A escola vai completar 110 anos em fevereiro. Quem a pela frente do prédio histórico, porém, pode não perceber que ele hoje se estende até o quarteirão de trás, com um prédio moderno, quadras esportivas, laboratórios, e um estacionamento construído para não congestionar o trânsito da região nas horas de entrada e saída de seus cerca de três mil alunos. No Rosário, tem fila para conseguir uma matrícula em várias séries.
O Colégio Rosário integra a Rede Marista, hoje presente em mais de 82 países e com quase 200 anos de atuação mundial. Está instalado na região central de Porto Alegre, numa área privilegiada, com mais de 43 mil metros quadrados.
Com uma reconhecida trajetória na educação, construída desde 07 de fevereiro de 1904, e atualizada permanentemente, a escola oferece infraestrutura completa e adequada para cada nível de ensino. Atualmente, atende mais de 2500 estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio e conta com o trabalho de aproximadamente 300 educadores, que atuam diariamente na missão de construir conhecimentos e formar valores humanos, marcas do jeito marista de educar para a vida.
Essa história centenária foi constituída por diversas gerações, que aram pelos bancos escolares da instituição, começando em 07 de fevereiro de 1904, quando os Irmãos Géraud Dethoôr e Ambrosi Michel, assumiram a Escola Nossa Senhora do Rosário, que funcionava em duas salas da igreja paroquial de mesmo nome, na área central de Porto Alegre. O atual prédio, na Avenida Independência, foi inaugurado em 26 de fevereiro de 1927.
Depois de quatro anos de construção, uma área de 21,7 mil m² que contempla espaços de convivência e de novos serviços foi entregue à comunidade educativa em 23 de março de 2010. O novo prédio, situado na área do antigo campão, conta com dez pavimentos, estacionamento, área de embarque e desembarque, espaço exclusivo para Educação Infantil, auditório, laboratórios, restaurante, área de convivência, entre outros espaços.
Futuro de inovação e formação integral
Em 2013, o Colégio lançou seu Planejamento Estratégico para os próximos dez anos, fortalecendo sua missão de Educar crianças e jovens, comprometidos com um mundo justo e fraterno, promovendo formação integral de excelência, à luz do Carisma Marista, e buscando novos desafios.
Como visão para até 2022, o Marista Rosário se propõe a Ser referência nacional em educação integral de excelência, com a marca da inovação e da gestão sustentável.
A educação integral de excelência está no fazer pedagógico do Colégio. De acordo com o Projeto Educativo, ela “requer ampla visão da pessoa e de seu desenvolvimento, dos modos de ser sujeito, em sua integralidade e inteireza (corpo, mente, coração e espírito).” Dessa forma, o currículo articula fé, cultura e vida, dispondo de atividades esportivas, culturais, científicas, de solidariedade e de construção de um projeto de vida pautado em valores humano-cristãos.
A marca da inovação está em gerar ideias, em um jeito de fazer que pressuponha foco nos desafios certos; definição de soluções apropriadas e a implementação das melhores soluções.
Já a marca da gestão sustentável refere-se a três aspectos essenciais: a sustentabilidade ambiental e o cuidado com o meio ambiente, a sustentabilidade social com foco em cada um dos sujeitos e em suas relações e a sustentabilidade econômica que viabiliza a concretização dos projetos.
Sinal dos tempos: sai Médici, entra Marighella 341k3u
O Colégio Presidente Médici, em Salvador (BA), quer mudar de nome, para Colégio Estadual Carlos Marighella. Foi uma eleição histórica. Os eleitores, a maioria alunos, deram 406 votos (69%) a Marighella e 128 ao geógrafo Milton Santos, 25 nulos e 27 brancos. Ainda depende do encaminhamento da Secretaria da Educação e da palavra final do governador Jacques Wagner.
O político, guerrilheiro e poeta nascido em Salvador foi assassinado em São Paulo em 1969, primeiro ano do governo Médici (69-74), o período mais violento da ditadura. O colégio foi inaugurado em 1972. O geógrafo Milton Santos era baiano de Brotas de Macaúbas.
A notícia foi dada primeiro pelo blog do jornalista carioca Mário Magalhães, autor da biografia “Marighella – o guerrilheiro que incendiou o mundo” (Cia das Letras). O livro inspirou a comunidade escolar a refletir sobre o nome da escola.
Numa eleição histórica encerrada anteontem, a comunidade do Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, de Salvador, decidiu que a instituição deve ser rebatizada como Colégio Estadual Carlos Marighella.
Eleição
Os eleitores, na maioria alunos, deram 406 votos (69%) a Marighella e 128 ao geógrafo Milton Santos. Os nulos foram 25, e os brancos, 27. O resultado será encaminhado à Secretaria da Educação da Bahia, para que o Estado promova uma “reinauguração”, palavra empregada pela diretora do estabelecimento, Aldair Almeida Dantas, em conversa com o blog.
O colégio foi inaugurado em 1972, quando o general gaúcho Médici (1905-85) ocupava a Presidência da República, sem ter recebido um só voto popular. Seu governo (1969-74) marcou o período de maior repressão e falta de liberdades na ditadura imposta em 64.
Do golpe que derrubou o presidente constitucional João Goulart até 1985, nos 21 anos em que ditadores ocuparam o Palácio do Planalto, ao menos 400 oposicionistas foram mortos por agentes públicos. Boa parte havia sido presa com vida, estava sob custódia do Estado e foi torturada até a morte. Mais de 130 cidadãos tiveram os corpos desaparecidos para sempre, sem que as famílias pudessem lhes oferecer um enterro digno. Nem mesmo a legislação da ditadura autorizava tortura e execução de seres humanos.
O guerrilheiro baiano Carlos Marighella (1911-69) foi declarado pela ditadura, em novembro de 1968, “inimigo público número 1”. Militante comunista na maior parte da vida, ele se incorporou em 67 à luta armada contra o regime. Fundou a maior organização guerrilheira de combate à ditadura, a Ação Libertadora Nacional, ALN.
Foi assassinado em 1969, no governo Médici, por ao menos 29 membros da polícia política armados até os dentes. Desarmado, Marighella não portava nem um canivete. Em decisões de 1996 e 2011, a União reconheceu que o “inimigo” poderia ter sido preso vivo, assumiu a responsabilidade por seu homicídio e pediu perdão à sua família.
afrodescendentes
O outro candidato da eleição, o geógrafo baiano Milton Santos (1926-2001), foi um dos pensadores brasileiros mais brilhantes do século XX. Perseguido pela ditadura, foi obrigado a ar mais de uma década no exílio, inclusive durante a istração do general Médici.
Milton Santos e Carlos Marighella eram afrodescendentes. Médici era branco.
O pleito foi coordenado pelo colegiado da escola, composto por professores, funcionários, estudantes e pais de alunos _segmentos que tiveram direito a voto. Ninguém propôs manter na cédula o nome atual _insatisfeitos com as opções votaram branco e nulo. O colégio Médici é de ensino médio e profissionalizante.
Continuam a existir no Brasil centenas ou milhares de sítios públicos batizados em homenagem a próceres e símbolos da ditadura. Seria como eternizar na Alemanha reverências do tempo do nazismo ou, na Argentina, da ditadura 1976-83. Mas não existe escola berlinense Adolf Hitler ou praça portenha Jorge Rafael Videla, o ditador que principiou o ciclo genocida. Tiranos e açougueiros do ado não devem servir de exemplo aos jovens.
É esse o caminho apontado no colégio Médici, futuro colégio Marighella.
Como assinalou a diretora Aldair, na origem da escolha pela mudança de nome esteve uma exposição dos alunos, derivada de “um trabalho espetacular da professora Maria Carmen”. Chamaram-na “A vida em preto e branco: Carlos Marighella e a ditadura militar”.
Um vídeo com a socióloga e professora Carmen apresentando a exposição pode ser assistido clicando aqui.
Testemunho pessoal
Sou autor da biografia “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo” (Companhia das Letras). Um exemplar aparece no vídeo, entre os objetos expostos no _ainda_ colégio Médici. A professora Carmem disse, comovendo-me: “Seu livro foi uma base e uma inspiração para esse trabalho”.
Como sabe quem leu a biografia, não produzi nem uma hagiografia, promovendo os feitos do protagonista, nem um libelo contra ele. Escrevi uma reportagem, contando o que Marighella fez, disse e, na medida do possível, pensou. Não o julgo ou trato como herói ou bandido _empenho-me em fornecer informações para cada leitor formar seu próprio juízo.
Mas, como dizia João Saldanha, grande amigo de Marighella, eu não sou filho de chocadeira _tenho opinião. A ditadura foi um mal, e seus crimes devem ser narrados, bem como os criminosos, punidos. A história não deve apagar personagens, como a ditadura e suas viúvas tentaram fazer com Marighella, ou como os artistas de Stálin faziam eliminando das fotografias as pessoas caídas em desgraça.
A professora Carmem e seus alunos orgulham o Brasil. Assim como é legítimo haver escolas com o nome de Carlos Lacerda (1914-77), líder de direita de gigantesco talento, é legítimo reverenciar um dirigente de esquerda como Carlos Marighella.
Ilegítimo é bajular em prédio público a memória de ditador, perenizando o elogio das trevas.
Tomara que o governo Jacques Wagner não barre a decisão democrática e soberana da comunidade que decidiu pela civilização, contra a barbárie.
Dilma criará sistema de combate à tortura 1k1j5y
O Brasil terá um Sistema de Combate à Tortura criado por decreto, adiantou a ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), no Fórum Internacional de Direitos Humanos que acontece desde ontem em Brasília.
De acordo com a ministra, peritos terão autorização prévia para entrar em penitenciárias, instalações militares, delegacias, instituições de longa permanência de idosos, para tratamento de doenças psíquicas e similares. Esses peritos avaliarão possíveis violações de direitos humanos nos locais, depois de receberem denúncia de conduta suspeita.
“A autorização prévia serve para verificar denúncias de violações de tortura e processar agentes do Estado responsáveis por isso ainda nos dias atuais”, disse Maria do Rosário.
A presidente Dilma Rousseff só chegará ao evento amanhã, ao retornar da África do Sul, onde participou das homenagens a Nelson Mandela, em companhia dos quatro ex-presidentes vivos: Lula, Fernando Henrique, Fernando Collor e José Sarney. O fórum marca também os 65 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos, e teve mais de 10 mil inscrições.
"O motorista de Juscelino foi baleado na cabeça" 5l1k50
A Comissão da Verdade Vladimir Herzog, da Câmara Municipal de São Paulo, apresentou hoje (10) relatório que contradiz a versão oficial da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, na qual consta que ele foi vítima de um acidente de carro. Segundo as investigações da comissão,
Juscelino foi vítima de uma conspiração durante o período da ditadura militar, e sua morte foi planejada. O ex-presidente morreu em um acidente no dia 22 de agosto de 1976, na Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro.
Conforme o relatório sobre as circunstâncias da morte do ex-presidente, o motorista de Juscelino, Geraldo Ribeiro, estava debruçado, com a cabeça caída entre o volante e a porta do veículo, quando o carro perdeu o controle em uma curva e bateu na frente de uma carreta.
O relato foi feito pelo motorista aposentado Ademar Jahn, que conduzia um caminhão igual ao do amigo Ladislau Borges, no qual o carro bateu.
O acidente ocorreu cerca de três minutos depois que Juscelino e Ribeiro deixaram o Hotel-Fazenda Villa-Forte, do brigadeiro Newton Junqueira Villa-Forte, um dos criadores do Serviço Nacional de Informações (SNI), em Engenheiro os, Resende, no Rio de Janeiro.
O automóvel ia no sentido Rio de Janeiro, quando houve o acidente. Em depoimento na Comissão da Verdade, Josias Nunes de Oliveira, motorista do ônibus da Viação Cometa, que ultraou o Opala antes da batida, contou que, logo depois, o carro de Juscelino surgiu pela direita do ônibus, ultraando-o em velocidade excessiva e com manobra arriscada, descontrolado e desgovernado.
Além desses relatos, a Comissão da Verdade encontrou indícios de que os laudos de perícia do acidente e dos corpos das vítimas foram alterados. Um dos motivos pelos quais a comissão acredita nisso é o fato de o perito criminal Alberto Carlos de Minas ter dito que foi impedido por policiais e agentes de Estado de fotografar o crânio de Geraldo Ribeiro durante a exumação da ossada, em 14 de agosto de 1996.
O perito contou que viu um furo no crânio de Ribeiro, com características de perfuração por projétil, e que foi ameaçado para não vincular o acidente a um atentado político.
Prego do caixão
Há também relatos sobre um objeto metálico dentro do crânio, que os agentes disseram ser um prego do caixão.
O relatório mostra ainda que peritos foram substituídos, testemunhas sofreram ameaças e tentativas de suborno e que houve denúncias de que um tiro foi disparado de um automóvel emparelhou com o Opala.
De acordo com o relatório, testemunhas não foram procuradas para contribuir com as investigações na época e houve denúncia de que os telefones de Juscelino e de pessoas ligadas a ele estavam grampeados e, por isso, agentes do governo militar sabiam de todos os seus os. Além disso, traz relatos da própria família do ex-presidente, que tinha informações sobre as suspeitas de assassinato.
O presidente da Comissão Municipal da Verdade, Gilberto Natalini, disse que o documento é oficial e será encaminhado às principais autoridades do país para que essa versão seja assumida como a verdadeira história do Brasil. “Se estiverem vivos, os que fizeram têm que ser punidos. Ninguém pode matar e ficar impune.
O crime prescreve com 20 anos, mas há alguns que defendemos que não seja assim, e esse foi um assassinato cruel de um dos presidentes da República mais queridos pelo povo.”
Natalini ressaltou que vários pontos do relatório são relevantes e indicam que o documento deve ser acatado pelas autoridades como a versão verdadeira da morte do ex-presidente. Entre esses pontos, ele destaca o depoimento do motorista que vinha atrás da carreta em que o carro bateu.
“Temos vários outros pontos relevantes, mas o orifício no crânio do motorista, que foi visto pelo perito, é importante; o fragmento de metal que estava no crânio ser descrito como prego do caixão. Como pode um prego ir parar dentro do crânio? Nós não acreditamos nisso. E [havia] toda a conjuntura política do Brasil, com Juscelino indo para uma candidatura indesejada por muitos.”
O vereador disse esperar que as autoridades entendam que o trabalho foi sério, porque a comissão enviará uma quantidade enorme de provas de tudo o que está escrito no relatório. O documento deve ser enviado para a presidenta Dilma Rousseff, entre outras autoridades.
“Vamos aguardar o relacionamento com as autoridades federais, que têm autoridade legal para fazer essa mudança. Nós temos autoridade moral pela forma como conduzimos a investigação”, concluiu Natalini.