Guilherme Kolling O secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Idenir Cecchim, denuncia que “bandidos privatizaram as ruas do Centro de Porto Alegre” e as alugam para camelôs. São “donos” de espaços cadastrados para o comércio ambulante, que recebem R$ 300 a R$ 400 por mês de terceiros. “Eles justificam que essas pessoas são auxiliares, mas de auxiliar elas não têm nada. São autônomos, que simplesmente pagam uma taxa ao mês”, revela. O executivo da Smic aponta, ainda, o grupo como principal interessado em que os camelôs continuem nas ruas, liderando a resistência. “É óbvio, pois com a criação dos Centros Populares de Compras, eles perderiam uma fonte de renda”, explica. O secretário ite que a negociação é difícil e que há um bom percentual de ambulantes que preferem a rua. Na área em frente ao Chalé da Praça XV, onde há 400 barracas, o grupo está dividido. E aumenta a cada dia. A Prefeitura quer resolver o problema com os Centros Populares de Compras, o novo nome que a istração municipal está dando aos shopping populares, a pedido dos próprios camelôs. O objetivo é ar uma idéia de local mais ível, não elitista. A Smic quer criar três shoppings populares em prédios do Centro, já a partir de outubro. O projeto de lei vai para a Câmara Municipal no início de agosto. Depois, a Secretaria licencia a atividade em três prédios escolhidos. Os camelôs vão pagar menos do que hoje, R$ 200 a R$ 250. “Para eles é vantajoso. É um custo menor do que o gasto com depósito e aluguel”, compara Cecchim. A partir da inauguração dos Centros Populares de Compras, a fiscalização será intensificada. “Ao invés de organizar as bancas cadastradas, os funcionários da Smic vão cuidar de quem estiver na rua, com o apoio da Brigada Militar e câmeras de monitoramento”, projeta o secretário de Indústria e Comércio. 5e2q6p