Helen Lopes O comandante da 3ª Companhia da Brigada Militar, major Aroldo Medina, terá pouco mais de um mês para convocar os moradores dos sete bairros sob sua responsabilidade para um encontro sobre segurança. O comandante pretende mobilizar a população do Bom Fim, Farroupilha, Moinhos de Vento, Independência, Santana, Santa Cecília e Rio Branco para a criação de um único conselho pró-segurança pública, o Consepro. A idéia surgiu durante uma audiência com moradores da Cidade Baixa, preocupados com o aumento da violência, e visa à arrecadação de recursos financeiros para o reaparelhamento da Companhia. Mesmo sob responsabilidade do 2ª Companhia, a bairro deve ser incorporado. “Nada impede que a Cidade Baixa também faça parte, pois está na área de policiamento do 9° Batalhão”, explica. O major espera conseguir dinheiro entre os vizinhos e comerciantes para adquirir viaturas, motocicleta e uma rede de rádios. Medina conta hoje com 60 homens, duas motos e um carro para vigiar toda a região. “Em 22 anos como policial, nunca vi tanto descaso. Não esperem nada do governo”, lamenta. Com uma infra-estrutura precária, o oficial não consegue atender às comunidades que pedem mais policiamento. Ele desistiu também da ajuda das grandes empresas. “Procuramos os bancos da região para contribuir na compra de viaturas com uma cota mensal de R$ 2,5 mil, menos do que eles gastam com cada vigia, mas até agora nada”, registra. A criação do Consepro resolveria uma das principais preocupações dos líderes comunitários dos bairros mais organizados. Eles temem que os equipamentos adquiridos pelos moradores sejam utilizados em outras zonas – à exemplo do que aconteceu no verão, quando o carro restaurado pela Federação Israelita foi parar na Operação Golfinho e voltou inutilizável. “Uma doação à Brigada Militar não pode ser de uso exclusivo naquele bairro ou de quem doou. Assim estaríamos privatizando a segurança pública, dando o apenas àqueles que podem pagar”, esclarece Medina. Porém, o major explica que a formação do Consepro, que posteriormente será registrado como uma entidade, permitiria que se estabelecesse uma relação de cooperação entre as partes. “Será como um empréstimo ao destacamento para utilizar nessa região”, completa. Assim como os conselhos de segurança do Bom Fim e do Rio Branco, que retomaram as atividades no ano ado, o Consepro seria ainda um fórum de troca de informações, agilizando a ação da polícia. Bairros convocados Bom Fim Moinhos de Vento Independência Rio Branco Farroupilha Santa Cecília Santana Violência na Cidade Baixa O avanço da criminalidade na Cidade Baixa levou o Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS), com sede na João Pessoa, a montar um grupo para tratar do assunto. Em sua quarta reunião, o Comitê Vizinhança Solidária busca alternativas para diminuir o número de casos de violência. “Estamos vivendo um clima de insegurança na região”, preocupa-se o presidente do sindicato, Sani Cardon. Ele conta que a sede da Fundação Ecarta, mantida pelo Sinpro, na esquina da João Pessoa com a Lopo Gonçalves, é alvo constante de vândalos e assaltantes, que tentam arrombar o local. “Além disso, nossos colegas estão sendo abordados quando chegam à casa do professor, aqui ao lado. Temos que fazer alguma coisa”, conclama. As reclamações repetem-se em outras ruas. “Nos últimos meses sofri três arrombamentos e um assalto à mão armada”, recorda João Hudson. Coronel do Exército aposentado, ele e a esposa mantêm uma cafeteria no bairro e estão impressionados com os ataques. Hudson acredita na atuação de um conselho dos bairros, mas lembra que a população contribui para a segurança pública. “Já pagamos vários impostos e ainda teremos que ratear despesas diretamente?”. Ele entende que primeiro é preciso conscientizar os moradores da importância da participação. “Se está ocorrendo esse descaso temos que pressionar as autoridades”, propõe. Presidente do Conselho de segurança é vítima de furto O presidente do Conselho de Segurança do Bairro Bom Fim (Conseg), Alexandre Schüller Alves, 45 anos, foi vítima de furto em sua banca, instalada na rua Ramiro Barcelos, em frente ao número 1891, no final de junho. O chaveiro comprou um poste de luz para ter energia elétrica em seu estande de chaves. Depois de instalar o equipamento em uma sexta-feira, ele aguardou que técnicos da CEEE fizessem a ligação na rede, na segunda-feira seguinte. Mas Alves não pôde usufruir de seu investimento nem um único dia. Na madrugada de sábado para domingo, dois ladrões levaram 28 metros de fio de cobre – um prejuízo de R$ 300,00. “Eles subiram na árvore ao lado da banca e puxaram por cima. Só não levaram tudo porque eu fiz uma base de concreto no chão”, informa o chaveiro. O crime foi visto por um vizinho que mora no prédio em frente. Ele relatou o caso para Fábio Augusto, responsável pelos serviços gerais do condomínio do prédio 1891 da Ramiro. “Pena que ele não chamou a Brigada Militar. As pessoas querem segurança, mas precisam se ajudar”, observa Alexandre Alves. O presidente do Conseg lembra que a reunião de julho tratou do tema, ao salientar a importância da participação de moradores e comerciantes no problema, prevenindo casos através da troca de informações. Os casos de furto e roubos no Bom Fim diminuíram, de acordo com Alves. Ele próprio já tinha sido vitima de três arrombamentos, desde que se instalou no ponto da Ramiro Barcelos, em 1999. “Mas a situação poderia estar melhor se houvesse maior envolvimento”, aponta. Apenas cinco pessoas participaram do encontro do Conselho de Segurança em julho, que contou com representantes da Brigada Militar. A reunião acontece sempre na segunda terça-feira do mês. A próxima será no dia 5 de agosto, às 20h, na Hebraica (rua João Telles, 508). Essa reportagem é um dos destaques da edição 388 do jornal JÁ Bom Fim/Moinhos. A publicação é quinzenal e circula gratuitamente nos 10 bairros da área central de Porto Alegre. 1r6k44
No dia 1º de março me dirigia de minha residência para a rua guilherme alves, quando uma jovem senhora me abordou repentinamente, disse que tinha pressa, ela respondeu que também e me deu uma bofetada no pescoço, eu tinha compromisso no Grupo Espírita (eram 7:20 da manhã), reunião e a tarde início das aulas em minha escola, estamos com vários melientes dormindo na Ipiranga e ruas ao redor, tornando o ambiente perigoso para nós moradores, gostaria de saber o que fazer para termos mais segurança, pois esta pessoa já me estorquiu na rua do Bourbon dizendo que o marido estava preso no presídio e que ela precisava dinheiro para voltar para Gravataí, dei R$ 2,00 e como dissesse que estava com fome e que tinha aids ofereci meu lanche, ela não aceitou e me exigiu outros R$2,00 que eu tinha na carteira, foi a mesma que me bateu, próximo ao meu local de residência. O que podemos fazer para tirar este pessoal das ruas do nosso bairro? A quem podemos apelar, pois não temos segurança para sair arrumados na rua para pegar o onibus para irmos para nossos compromissos sem sermos molestados pelos indivíduos que estão deitados nas calçadas das ruas, ou debaixo das árvores junto do arroi do dilúvio na Ipiranga. A coisa está muito perigosa por aqui, sou professora pública e estou sentido o que a população está reclamando, pois converso com alguns moradores do bairro e está difícil até para sair para fazer caminhadas! Como podemos ser ajudados? Antecipadamente agradeço a atenção dos nobres colegas de fucionalismo público e que são nosso defensores de nossa integridade física e até moral, pois não sei se estes elementos, não são oriundos do sanatório São Pedro que é um pouco próximo daqui. Um fraternal abraço, fico na espera de uma orientação, por parte desta corporação! Claci