Show com Diogo Nogueira é a atração do Natal que tem participação de entidades do Comércio e Marinha do Brasil. Foto: Divulgação Porto Alegre recebe um presente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac e Marinha do Brasil neste fim de ano: o Natal da Cidadania trará à cidade uma série de atividades gratuitas de esporte, lazer, cultura e cidadania, além de atendimentos de saúde para toda a população. A ação cívico-social ocorre no dia 16 de dezembro (domingo), das 9h às 17h, no Anfiteatro Pôr do Sol. A programação do dia encerra com o show de Diogo Nogueira, às 19h, que apresenta seus maiores sucessos, clássicos do samba e da MPB e canções do seu último disco “Munduê”. O evento será composto por tendas e pelas Unidades Móveis do Sesc de Odontologia, Saúde Preventiva, Cultura e Lazer e Biblioteca, distribuídas no entorno do Anfiteatro Pôr do Sol. Na área destinada à saúde, será possível efetuar avaliações clínicas de mama, glicose, capacidade expiratória, verificação de pressão arterial, testes rápidos de HIV, sífilis, hepatite, IMC, avaliação de riscos cardiovasculares e testes de acuidade visual, além de orientações sobre saúde bucal e coleta de medicamentos vencidos. Os atendimentos serão totalmente gratuitos e contam com auxílio de profissionais da Policlínica Naval do Rio Grande e da Capitania Fluvial de Porto Alegre, Instituto de Cardiologia, Escola Factum e Secretaria Municipal da Saúde. Estão previstas oficinas de aproveitamento de alimentos, trabalhos manuais e sustentabilidade. Serão realizados corte de cabelo, barba e maquiagem. Além disso, o evento compreende espaços para artes marciais, Papai Noel, simulador de manobras de navio do Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul, exposição de materiais e meios de organizações militares subordinadas ao Comando do 5° Distrito Naval, entre outros. As crianças poderão se divertir com brinquedos infláveis, jogos eletrônicos e de tabuleiro. O local terá ainda ações na Área Pet, Food Trucks e Escola de Chimarrão. Durante todo o dia, a comunidade poderá ajudar instituições sociais com a doação de alimentos, produtos de higiene e limpeza, roupas e brinquedos. A movimentação no Anfiteatro Pôr do Sol inicia às 8h, com a Corrida de Natal Sesc e Sprint Final e com a Corrida Canicross Sesc e Vai Totó, a partir das 8h30. Enquanto acontecem as ações, às 10h, a Banda do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio Grande se apresenta no local. Às 11h, é a vez do show da banda Rock de Galpão.O Natal da Cidadania é uma realização do Sistema Fecomércio-RS/ Sesc/ Senac e Marinha do Brasil, com apoio da Prefeitura de Porto Alegre e parceiros. A participação da Marinha do Brasil faz parte das comemorações do Dia do Marinheiro, celebrado em 13 de dezembro. Confira a listagem completa de atividades abaixo. Show gratuito Para encerrar o Natal da Cidadania, às 19h, Diogo Nogueira sobe ao palco do Anfiteatro Pôr do Sol, onde canta seus maiores sucessos, como as músicas “Tô Fazendo a Minha Parte”, “Deixa Eu Te Amar” e “Malandro é Malandro e Mané é Mané”, além de “Alma Boêmia”, “Clareou” e “Pé na Areia”, do DVD “Alma Brasileira”. Com mais de um milhão de cópias vendidas de seus CDs e DVDs, Diogo foi indicado ao Grammy Latino por todos os seus álbuns e venceu o prêmio duas vezes. Sua discografia (oito CDs e quatro DVDs) rendeu ao cantor seis discos de ouro, três DVDs de ouro, dois de platina e um de platina dupla. O disco “Munduê”, seu último lançamento, é totalmente autoral e comemora seus 10 anos de carreira. A apresentação também é gratuita. SERVIÇO: Natal da Cidadania Data: 16 de dezembro (Domingo) Realização: Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac e Marinha do Brasil Apoio: Prefeitura Municipal Local: Anfiteatro Pôr do Sol – Porto Alegre Evento gratuito 19h: Show com Diogo Nogueira, que apresenta seus maiores sucessos, clássicos do samba e da MPB e canções do seu último disco “Munduê” 9h às 17h: Atividades gratuitas de esporte, lazer, cultura e cidadania, além de atendimentos de saúde para toda a população * Recebimento de alimentos, produtos de higiene e limpeza, roupas e brinquedos que serão destinados a instituições sociais * A emissão de CO² gerada durante o evento será neutralizada no Sesc Protásio Alves Atividades: Haverá atividades de Saúde no evento. Foto: João Alves/ Divulgação Saúde: – Verificação da pressão arterial – Testes de glicose – Avaliação da capacidade expiratória para fumantes – Avaliação clínica de mama – Avaliação do Índice de Massa Corporal e riscos cardiovasculares – Testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite B e C – Testes de acuidade visual com parceria do Sindióptica-RS, Força Aérea Brasileira e Exército Brasileiro – Orientações de saúde bucal – Unidade Móvel de Saúde Preventiva (USSP) – Unidade Móvel de Odontologia (OdontoSesc) * Ações em parceria com a Policlínica Naval do Rio Grande e da Capitania Fluvial de Porto Alegre, Instituto de Cardiologia, Escola Factum e Secretaria Municipal da Saúde Esporte: – 8h: Corrida de Natal Sesc e Sprint Final (Corrida e Caminhada, nas categorias Adulto e Infantil – Inscrições no site www.sprintfinal.com.br, mediante pagamento de taxa) – Tenda com artes marciais Cultura: – 10h: Apresentação da Banda do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio Grande no palco principal – 11h: Apresentação do Rock de Galpão na Unidade Móvel de Cultura e Lazer do Sesc (RecreArte) – Unidade Móvel de Biblioteca do Sesc (BiblioSesc) com acervo de livros e revistas Beleza: – Corte de cabelo, barba, maquiagem e customização com equipe de moda do Senac-RS Um simulador de manobras de embarcação da Marinha estará à disposição do público. Foto: Divulgação Lazer: – Jogos de mesa e jogos eletrônicos – Brinquedos infláveis – Muro de escalada – Tenda com Papai Noel – Balão do Festival de Balonismo – Exposição de materiais e meios da Marinha do Brasil, através do Comando do 5º Distrito Naval – Simulador de manobras de navio do Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul (utilizado como ferramenta interna de treinamentos) Oficinas/ ação social: – Escola de Trânsito da Brigada Militar – Oficina de crochê com idosos do Programa Sesc Maturidade Ativa – Oficinas de aproveitamento integral de alimentos e palestras do Mesa Brasil Sesc – Oficinas de trabalhos manuais do Programa Envolva-se – Orientações sobre sustentabilidade, plantio urbano e descarte de resíduos – Contêiners para coleta do DMLU – Demonstrações de etilômetro e radar da EPTC Outras atividades: – Food Trucks – Escola de Chimarrão – Área Pet da Vai Totó: 8h – Credenciamento 8h30 – Corrida Canicross – Elite 8h30 – Feira de adoção 8h30 – Estúdio pet 9h – Corrida Canicross – Iniciante 9h30 – Caminhada 10h – Corridinha 9h30, 10h30 e 11h30 – Sorteio 11h30 – Premiação 16h – Show adestramento 15h – Desfile de cães de raça (algumas atividades têm inscrições prévias no site www.vaitoto.dog, mediante pagamento de taxa) – Truck da Nexgard: – Orientações sobre controle de pulgas, carrapatos e área de descanso para pets 172d2k
Categoria: Cultura-Geral 6t6jl
A múltipla trajetória cultural de Barbosa Lessa no Memorial 3b4b3v
A partir de 01 de dezembro – mês de aniversário de Barbosa Lessa – o Museu Antropológico do RS e o Memorial do RS apresentam uma reedição de “10 X Lessa”.
A exposição revela as dez faces intelectuais de um dos mais conhecidos tradicionalistas gaúchos. A edição original foi promovida em 2012 pelo Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF) para assinalar os dez anos de sua morte.
A mostra segue em cartaz no primeiro andar do Memorial do RS até 27 de janeiro, com entrada franca.
No dia 13 de dezembro (data do seu aniversário), às 18 horas, acontece o que aborda a dimensão cultural do multifacetado Barbosa Lessa, no auditório do primeiro andar, com entrada franca.
Como debatedores, participam o publicitário e escritor Luiz Coronel, o jornalista Renato Dalto e o professor e crítico literário Luís Augusto Fischer.
A mostra é composta por banners com imagens e textos sobre os projetos de Barbosa Lessa, cuja diversidade cultural está presente tanto nos temas de pesquisa quanto na abrangência das áreas de atuação.
As dez facetas do homenageado, desconhecidas pela maioria dos gaúchos, evidenciam as seguintes expressões: homem da comunicação, compositor, tradicionalista, pesquisador, dramaturgo, homem público, escritor, ator e consultor de cinema, folclorista e ecologista.
Luiz Carlos Barbosa Lessa
(1929, Piratini, RS – 2002, Camaquã, RS):
Folclorista, militante tradicionalista e escritor sul-rio-grandense. Destacou-se no cenário cultural com a fundação do CTG 35, pesquisando sobre as danças gaúchas ao lado de Paixão Cortês.
Foi Secretário de Cultura, idealizador da Casa de Cultura Mário Quintana – referência cultural e turística de Porto Alegre. Escreveu cerca de 60 obras, entre contos, músicas e romances.
Entre as publicações mais conhecidas, Rodeio dos ventos, um épico sobre como seria vida do povo gaúcho, e Os guaxos, premiado em 1959 pela Academia Brasileira de Letras.
Foi o criador da popular canção Negrinho do Pastoreio, em 1957, baseada na lenda do jovem escravo acorrentado a um formigueiro para ser devorado pelos insetos ao perder a tropilha de cavalos do patrão. Essa toada foi cantada por dezenas de intérpretes, como Inezita Barroso, Leopoldo Rassier e a dupla Kleiton & Kledir.
Exposição 10 X LESSA
De 01 de dezembro a 27 de janeiro de 2019 (primeiro andar), de terça a sábado, das 10 h às 18 h; domingos e feriados, das 13 h às 17 h.
10 X LESSA
Dia 13 de dezembro, às 18 horas, no auditório do primeiro andar, com participação do escritor e publicitário Luiz Coronel, do jornalista Renato Dalto e do professor e crítico literário Luís Augusto Fischer.
MEMORIAL DO RIO GRANDE DO SUL
Rua Sete de Setembro, 1020 – Praça da Alfândega
Centro Histórico de Porto Alegre
Entrada franca
"Os gaúchos e o churrasco": a arte de assar carne, em um livro com edição primorosa 2j30z
Churrasco, acima de tudo se come. Mas essa iguaria da culinária gaúcha também é fonte de inspiração de música, poesia, ensaio fotográfico, filme e livro do calibre de “Os gaúchos e o churrasco- uma jornada ao redor do fogo-“. A obra de autoria do escritor Ricardo Bueno, com curadoria da assadeira profissional de churrasco Clarice Chawrtzmaan e imagens belíssimas de Carin Mandelli, será lançada na sexta-feira, dia 30, na Churrascaria Galpão Crioulo em evento para convidados.
O livro tem 172 páginas, edição primorosa do autor do texto, com formato de 23cm x 28cm e fino acabamento. E procura responder como essa história começou e como foi mesmo que essa prática se popularizou, resultado de distintas influências culturais, agregando peculiaridades regionais e compartilhada no Brasil e no mundo.
O lançamento será acompanhado de uma exposição com imagens captadas ao longo das viagens para a produção do livro. A mostra estará aberta à visitação gratuita do público de 1º a 15 de dezembro, na churrascaria, juntamente com a venda de uma tiragem especial da obra, a preço promocional.
Técnicas de preparo
Segundo o material de divulgação da obra, a publicação surgiu a partir de uma entrevista do jornalista e escritor Ricardo Bueno com Clarice Chwartzmann. A ideia era inserir em um livro sobre o churrasco o perfil da chef que percorre o País, ensinando mulheres as técnicas do preparo das carnes nas brasas. Clarice percebeu que a história poderia ir além e a proposta inicial do livro se transformou nessa obra de abordagem inédita que mostra os diferentes modos de assar o churrasco e suas origens, em cada região do Estado. A dupla ganhou a companhia da fotógrafa Carin Mandelli e os três seguiram, ao longo de seis meses, em expedições pelo Rio Grande do Sul para reconstituir a trajetória do churrasco e da própria formação da identidade do gaúcho.
“A verdade é que nenhum outro Estado brasileiro possui tanta diversidade cultural, ao menos quando o assunto é churrasco, como o Rio Grande do Sul. E tudo graças às diferentes imigrações que aqui aportaram, mas também ao compartilhamento de saberes nas fronteiras e, ainda, à cultura da pecuária, tão presente em nossa formação histórica”, analisa Clarice.
Ricardo Bueno detalha: “A entrada do gado com os jesuítas, em 1634, que daria origem aos imensos rebanhos que alimentariam os gaúchos durante centenas de anos, e, mais tarde, a chegada das raças britânicas, introduzidas por Assis Brasil na região do Bioma Pampa, no início do século 20, são alguns marcos importantes”. Mas o jornalista também destaca outros ‘pioneirismos’ gaúchos nesta jornada, como a primeira casa do Brasil a oferecer churrasco no cardápio (o Restaurante e Churrascaria Santo Antônio, em 1935); a criação do espeto corrido, provavelmente por assadores saídos de Nova Bréscia, sistema que popularizou o consumo do churrasco no País e mundo afora.
Nome aos bois
Também do Estado é o primeiro frigorífico brasileiro a dar ‘nome aos bois’, criando uma marca própria nos anos 1970 – o Frigorífico Silva, de Santa Maria. “São todos fatos que marcam a relação afetiva dos gaúchos com o churrasco ao longo de cinco séculos, uma história repleta de peculiaridades no jeito de assar e que é preservada por personagens encantadores”, conclui Bueno.
O livro “Os Gaúchos e o Churrasco – uma jornada ao redor do fogo” e a exposição de mesmo nome são uma realização do Ministério da Cultura – Lei Rouanet e da Criati Produções, com produção da Quattro Projetos e patrocínio de Banrisul, Tramontina, Polar, Frigorífico Silva e Supra.
SERVIÇO
Livro e Exposição “Os Gaúchos e o Churrasco – uma jornada ao redor do fogo”
Idealização e curadoria: Clarice Chwartzmann
Textos e edição: Ricardo Bueno
Imagens: Carin Mandelli
Lançamento: 30 de novembro, às 19h30min
Exposição: de 1º a 15 de dezembro (entrada gratuita)
Local: Churrascaria Galpão Crioulo
Endereço: R. Otávio Francisco Caruso da Rocha, 300 – Parque da Harmonia / Porto Alegre
Exemplares de uma edição limitada do livro, com preço promocional de R$ 50, estarão sendo comercializados no local
Na web, a partir de domingo, a rádio Salve Sintonia 512h2b
Coletivo de jornalistas, produtores e radialistas, a maioria dos profissionais afastada da TVE e FM Cultura desde a extinção da Fundação Cultural Piratini, criou a Salve Sintonia, uma radio web com programação cultural 24 horas por dia.
O lançamento oficial será neste domingo, 2 de dezembro, a partir das 18h, no London Pub. O endereço é www.salvesintonia.com.
Já está confirmada a volta dos programas que saíram da grade, como o Sessão Jazz, Cantos do Sul da Terra, Ficha Técnica, Musicatessen, Estação Regional, Cia Magnética, Música Independente.
Tem ainda o De Banda na internet, programa voltado somente a bandas e músicos gaúchos, que já estão com os 2 pés na estrada, ou apenas iniciando a jornada. Vai ao ar toda a sexta-feira, das 19h às 20h, com produção e apresentação de Isabel Bonorino.
No programa Rock On, Zé Fernando mostra o que de melhor o Rock produziu e produz, dos pioneiros dos anos 50 aos apaixonados de hoje que mantém a chama acesa, os revolucionários anos 60, as voltas e reviravoltas das décadas seguintes e suas incontáveis vertentes. Todo sábado, das 20h às 22h.
Outra novidade é o Arquivo Salve Sintonia, que vai rodar todos os domingos, às 17h, um disco clássico ou uma novidade, seja ele de música regional, instrumental ou popular, sempre com o olhar atento do produtor Márcio Gobatto, revelando aqui parte do seu acervo pessoal.
A arte tensionada e aberta de Marli Amado de Araújo, na exposição "Espaço Sentido" no MAC. 12m2r
Artista e ex-diretora do MAC, Marli Amado de Araújo, criou uma grande instalação escultórica para o espaço expositivo, além de uma obra que recepciona os visitantes composta por um mosaico com fotos polaroides em que o público, previamente convidado, registrou o panorama urbano de Porto Alegre e do entorno da Casa de Cultura Mario Quintana. A mostra será inaugurada nessa terça-feira, dia 27, às 19h, na galeria Xico Stockinger (Rua dos Andradas, 736, 6º andar), com curadoria de André Venzon, e apresenta também trabalhos da artista em pintura e escultura, bem como algumas obras em relevo íveis que poderão ser percebidas através do toque, democratizando a cultura e abraçando a inclusão de pessoas com deficiência visual.
Segundo o curador, “mais que criar disfarces para as paredes brancas, o trabalho de Marli intersecciona conteúdo para este lugar, pois sua obra se faz com o espaço e as pessoas, com as próprias linhas que saem das superfícies lisas que até então delimitavam a sala, deixando de ser mero e decorativo ou contemplativo. A artista descobre o ambiente expositivo e convoca também a estrutura que o sustenta a participar do seu trabalho”
O trabalho, segundo o curador:
“Expor-se também é conquistar a liberdade. Elejo esta frase para iniciar o texto curatorial porque estamos todos nos expondo aqui. Diante da perspectiva da galeria Xico Stockinger não hesitamos em entrar para descobrir o que há no interior deste cubo branco que nos convida “a agarrar as paredes com o olhar”. Desse modo a artista Maria Amado de Araújo expressa o que sua exposição deseja em relação ao espaço que adentramos agora. Professora do magistério, do Ateliê Livre da Prefeitura, escultora e ex-diretora do Museu de Arte Contemporânea do RS – MACRS; durante sua gestão (2003-2006) heroica à frente da direção desta instituição que nos acolhe, conheci todo seu entusiasmo e força, aparentemente inesgotáveis, período que levou a conquista, mesmo que provisória, da sede do Museu no Cais Mauá, tanto para arte e os artistas, quanto para o olhar do público. A primeira vez que participei de um edital para expor em um museu foi franqueado naquela istração, onde havia espaço para todos e cuidava-se de todas as possibilidades para se realizar uma exposição em um museu do Estado.
Na obra que nos recepciona já sentimos esta atmosfera democrática de Porto Alegre, cidade que se reconhece compartilhada nas fotos, em que cada um dos convidados acolheu para si uma parte do panorama urbano que constitui o trabalho com as polaroides. O público foi convidado a fotografar as paisagens do interior da Casa de Cultura Mario Quintana e da nova orla do Guaíba ─ recentemente inaugurada ─ o entorno urbano participa como documento desta aproximação com o lugar da exposição. Este mosaico prismático de percepções é que recebe os visitantes. Esta pode ser uma bela metáfora de como fazer algo ao mesmo tempo livre e fecundo; cada foto é um favo nesta colmeia humana que representa a aldeia que habitamos. Sem demora somos convidados a visitar a exposição que se dissipa como raios vermelhos no horizonte da galeria. A cor abduz, denuncia, avisa, adverte! É legado de todas as lutas, cor que circula viva em nosso sangue, que nos enrubesce a face ou até sangra em todos, indiferentemente e encoraja; a cor do coração, que nos faz sentir vivos, livres e plenos de direitos.
A instalação faz o movimento de ir e vir, não conhece o encima ou o embaixo, de uma parede a outra costura o espaço com uma corda, invento antigo, usado para fabricar armadilhas que prendem, mas também as redes que embalam os sonhos. O leve ruído da cidade, indistinto e rítmico, aqui resplandece nas linhas vermelhas que cruzam estridentemente a sala. Eis a galeria onde desejamos estar, da pequena maquete que vislumbramos do alto, a cada uma das cordas que podem narrar a história da artista e também a nossa. Quando olhamos estas fibras, quando perscrutamos as cavidades destas caixas vermelhas que encarnam a forma abstrata de um coração podemos sentir o desejo de um projeto de construção do próprio centro pulsante da cidade, e com os sentidos plenos exploramos estes espaços. Sentimos nessa exposição, como na urbe contemporânea, o quanto uma obra de arte grande e voltada para o espaço restituí e eterniza de poder o público, que dela pode participar com seu corpo, antes de senti-la apenas com os olhos. Tudo se verifica neste encontro, a visão sensorial torna-se reconhecimento do lugar.
De algum modo estamos conectados, ligados de fato, somos parte desta rede da artista, da teia umbilical de sentidos que compreende o universo artístico. Encontramo-nos com essas estruturas em expansão, linhas visíveis da perspectiva espacial, em contraste com as cabines que acolhem a escala humana e as caixas para espreitar, respectivamente, com o corpo e o olhar. Esses dois dispositivos visuais refletem sobre as edificações, aquela a que estamos presos, e também as que nos são exterior. A artista envolve o corpo do observador num jogo visual, como na lúdica brincadeira da “cama de gato”, constrói imagens que podem representar situações do cotidiano urbano, mas também íntimo, colocando-nos em contato físico e conceitual com uma poética que empreende a construção desse espaço para a percepção de nós mesmos e da arte.
Uma instalação é sempre um convite a não sentirmos o espaço apenas com o olhar, mas com todo o corpo. Esse enfrentamento tem sido uma constante no modo de pensar e fazer da artista. Suas pinturas também se organizam numa estruturação modular, com signos próprios, remontando um mural totêmico de culturas que ainda estamos por descobrir. E como poderíamos interpretar estes signos? Por analogia estas composições pictóricas, formadas por fragmentos de pinturas sobre tacos de madeira, que podem ser tocados, relacionam-se com as fotografias compartilhadas pelo público na entrada da galeria. Este conjunto de imagens constituem um conceito de espaço sagrado, do qual a artista e o curador comungam como ex-diretores desta instituição museológica, e que pode representar aquele sentimento mais contemporâneo em nossa sociedade, isto significa dizer que um museu de arte contemporânea deve ser um espaço para todos, diferente das paredes do museu clássico, mas assim como a rua é para todos: popular.
Vivemos, há algum tempo, um momento de retenção e de reflexão para a arte. Especialmente para a arte contemporânea que se dedica a debater muitas questões: da arte e a política, a cidade, a memória, a identidade, entre outros. Sobretudo a arte atual se devota a construir o próprio espaço para afirmação e existência da diversidade contemporânea. Temos um compromisso fundador com a conquista de um lugar para arte do presente. Não é suficiente que a arte reflita suas relações intrínsecas e com a vida em sociedade, sem assegurar o lugar para a preservação destes pensamentos onde se conheça, reflita e respeite as diferenças de ideias e se perceba o mundo contemporâneo. Sobre as paredes dessa galeria a artista tenciona e abre o espaço para que possamos também expor as nossas questões, um lugar que se apresenta diferentemente de uma simples exposição de quadros.
Assim, mais que criar disfarces para as paredes brancas, o trabalho de Marli intersecciona conteúdo para este lugar, pois sua obra se faz com o espaço e as pessoas, com as próprias linhas que saem das superfícies lisas que até então delimitavam a sala, deixando de ser mero e decorativo ou contemplativo. A artista descobre o ambiente expositivo e convoca também a estrutura que o sustenta a participar do seu trabalho. Outros artistas, como BonGiovanni e Tulio Pinto, inclusive nesta galeria, além da carioca Ana Holck, também compreenderam esta necessidade permanente de reflexão, enfrentando o espaço que nos recepciona e desafiando o público a pensar sobre a experiência artística.
Logo, também somos chamados a discutir, mais longe que a obra, o espaço que ela ocupa. A questão que se coloca é o próprio espaço para arte contemporânea, a ocupação e o direito a este lugar. Uma reflexão entre os limites da obra formada pela trama de fios que pode emaranhar nossos pensamentos ou estabelecer ligações, expressando conceitos que compartilham a visão de mundo exterior e interior da artista conosco”
André Venzon.
Artista visual, curador e gestor cultural. Mestrando em Poéticas Visuais pelo PPGAV/IA-UFRGS
SERVIÇO:
Exposição “ESPAÇO SENTIDO” da artista Marli Amado de Araújo
Curadoria de André Venzon
Museu de Arte Contemporânea do RS
Rua dos Andradas, 736, 6º andar – Galeria Xico Stockinger, Casa de Cultura Mario Quintana
Abertura dia 27 de novembro de 2018, às 19h
Visitação de 28 de novembro à 06 de janeiro de 2019
De terça à sexta, das 9h às 19h, sábados, domingos e feriados das 12h às 19h
—
"A encarnação", exposição do alemão Ottjörg A. C, na galeria João Fahrion , do Margs 4ut2z
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli apresenta a exposição “Encarnação”, do artista alemão Ottjörg A. C, na terça-feira, dia 27 de novembro, às 19h, na galeria João Fahrion do MARGS. A entrada é franca.
A mostra, com curadoria de professor títular Laymert Garcia dos Santos, pode ser
visitada até 27 de janeiro de 2019, de terças a domingos, das 10h às 19h.
No dia 28 de novembro, às 10h, o artista recebe o público para uma visita mediada na
Galeria João Fahrion. Na sequência, ocorre uma caminhada com o artista pelas placas
instaladas no entorno da Praça da Alfândega percorrendo o trabalho de intervenção
urbana temporária.
Ottjörg preenche o vazio de placas faltantes de alguns
monumentos de Porto Alegre com placas de resinas criadas a partir de monotipias
sobre papel, inspiradas em suas experiências no Rio Grande do Sul.
Visitas mediadas podem ser agendadas no e-mail [email protected].
Encarnação é uma palavra que tem sentidos físicos e metafísicos. Aqui, nesta
exposição, Ottjörg A. C. propõe algumas modalidades dela se manifestar
esteticamente, num diálogo direto com o contexto brasileiro, que interpela o
espectador rio-grandense.
Marca urbana
Assim, o artista alemão capta, na obra “Marca Urbana”, o arquétipo da encarnação do
ser gaúcho, através de transfigurações da castração e marcação de potros, revelando como tradicionalmente se lida com a potencia e sua apropriação e valorização nestas
paragens. Espalhadas em monumentos da cidade, essas transfigurações se insinuam
no espaço urbano, como totens.
Dentro do espaço expositivo, Ottjörg propõe trabalhos em es diversos. Há um
desenho de touro, da série “Azul da Prússia”, que é realizada com sangue oxidado de
gado alemão.
Há uma instalação, misto de estúdio fotográfico e de sala de interrogatório, que
convida o espectador a entrar e participar do ritual de um matadouro, lugar por
excelência em que a vida se transforma em carne – produção em série. Sentado nesse
ambiente sangrento, você não pode vê-la diretamente, nem ao Messias que comanda
a encarnação; mas pode fazer um selfie, testemunhando que esteve lá, e postá-lo no
Instagram.
Finalmente, há a obra “Imagine there is no rhino…”, onde o tema da encarnação é
abordado pela via do absurdo. Aqui, as imagens agenciam a transformação dos
humanos em objeto de manipulação, por vias surreais que associam Cacareco,
Malevich e Ionesco, numa espécie de pesadelo.
Gente, animal, carne. A matéria-prima da exposição de Ottjõrg é a nossa própria encarnação”, segundo o curador Laymert Garcia dos Santos .
O artista
Ottjörg A.C. vive e trabalha em Berlim e Porto Alegre. Desde 1989 realiza exposições a
nível internacional a partir de um embasamento conceitual, China – Europa – América
do Sul, Central e Norte.
SERVIÇO
Título: Encarnação
Artista: Ottjörg A.C.
Curadoria: Laymert Garcia dos Santos
Abertura: 27 de de novembro, às 19h
Visitação: 28 de novembro de 2018 a 27 de janeiro de 2019
Local: Galeria João Fahrion do MARGS
Visita mediada e Marcação Urbana Temporária – 28 de novembro, a partir das 10h
Entrada Franca
A arte como envelope do corpo, na exposição de Rosane Morais, na Galeria Duque 2k72f
Uma obra de arte como envelope do corpo. Em “A Arte Vestível do Tapete 3”, a artista plástica Rosane Morais apresenta criações únicas e inéditas no sábado, 1º de dezembro, às 14h30, na Galeria Duque, na Rua Duque de Caxias, 649, no Centro Histórico, em Porto Alegre.
O desfile com as peças da artista faz parte da celebração de um ano de atelier, de dedicação exclusiva à arte, da nova marca e também do aniversário de Rosane, que comemora 62 anos, no dia 3 de dezembro. As composições serão mostradas por Letícia Kleemann e Camila Morais Wudich e por pessoas que já vestem as criações de Rosane. O evento contará ainda com a apresentação de Adriano Kleemann ao piano.
Para produzir as peças, denominadas envelopes do corpo, a artista dobra, corta, queima, produz tramas. “Como o esqueleto é o cabide do corpo carnal, nós somos os cabides das nossas escolhas, tramas, fios e linhas ao vento”, define a artista. Rosane Morais já levou suas criações para galerias de várias partes do Brasil e do exterior. Ao se depararem com a beleza e a originalidade das peças, as pessoas se interessaram em vesti-las.
A educadora Esther Grossi é uma das pessoas que usa a obra de Rosane como moldura do corpo e se inspira em suas criações. “As fazendas já não são um mero tecido. Elas enriquecem o que envelopam, isto é, a nós os seus manequins. Um pano perado pela criatividade de Rosane ganha muito significado e acrescenta significado a quem o veste”, observa Esther.
Sobre a artista:
Rosane Morais nasceu em Porto Alegre, RS, Brasil (1956). O desenho sempre fez parte de sua vida. Em 1976, participou do Salão Jovens Artistas. No início da década de 80, ingressou no Atelier Livre de POA e participou de várias oficinas. Para desenvolver seu trabalho, estudou desenho, escultura, pintura e História da Arte. Desde 2005, desenvolve um trabalho que envolve marcas do corpo na pele, “Pele Envelope do corpo”, que evoluiu para Arte Vestível. Rosane tem em seu currículo diversas exposições em galerias e museus de Porto Alegre (MARGS, MACRS), São Paulo, Brasília; além de Punta Del Este e Maldonado, no Uruguai. Também já atuou em duas gestões do Conselho Municipal de Cultura e atualmente faz parte da diretoria da Associação Rio Grandense de Artes Plásticas Francisco Lisboa.
SERVIÇO
Arte Vestível no Tapete 3
Local: Galeria Duque
Rua Duque de Caxias, 649
Data: Sábado, 1º de dezembro de 2018
Horário: 14h30 às 17h
Na orla do Guaíba, "Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal" 165p26
A nova orla do Guaíba e o pôr do sol foram escolhidos como cenário do primeiro espetáculo multimídia nos moldes de um musical, envolvendo mais de 100 profissionais entre artistas e técnicos. “Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal”, que contará com apresentações de circo, dança, música e teatro, ocorre nos dias 30 de novembro e 1º e 2 de dezembro, às 20h. A encenação é baseada na obra “Revolução Farroupilha” (2015), do escritor e Luiz Coronel e ilustração de Danúbio Gonçalves. A entrada é gratuita e o público pode levar canga, cadeira de praia e chimarrão para assistir à apresentação.
Com direção geral de Clóvis Rocha, “Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal” venceu o edital público da Câmara de Vereadores de Porto Alegre para promoção de atividades culturais, com verbas do orçamento anual do Legislativo, e é realizada em parceria com a Secretaria Municipal da Cultura.
Os núcleos do espetáculo têm na direção nomes reconhecidos pelo trabalho que realizam pela cultura gaúcha: Jessé Oliveira no teatro; Dilmar Messias no circo; João Maldonado na direção musical e Carini Pereira, Gustavo Silva e Claudia Dutra na dança. Entre as estrelas das três noites estão a atriz e cantora Valéria Houston, o ator Rossendo Rodrigues, os irmãos Ernesto e Paulinho Fagundes e o guitarrista da nova geração do rock gaúcho, Erick Endres, filho do guitarrista da Comunidade Nin-Jitsu, Fredi “Chernobyl” Endres.
Cinco partes
O espetáculo vai ser dividido em cinco partes. A primeira é de “Cantos Iniciais”, onde o império e a revolução são mostrados e a ideia de separação começa. A segunda parte “Caminhos de Guerra” é quando inicia a revolução e a visão de sobre o enfrentamento é apresentada pelo circo de Dilmar Messias. Na terceira vem “Lamentações, mortes heroicas e mortes covardes”, onde são retratadas as perdas, a insegurança, o desprendimento e o ressurgimento. “A ideia da Carini e Gustavo (dança) é mostrar que a morte é também um renascimento”, explica Clóvis.
A quarta parte é chamada de “Heróis Anônimos” e vem com teatro de Jessé Oliveira representando a guerra dos porongos e a injustiça cometida durante a guerra dos farrapos, até hoje mal compreendida e não revelada pela história. Por fim o “Ideal Farroupilha” fala sobre ser gaúcho, pertencimento, mitos, tradição e folclore, e vem com Grupo Andanças e direção de Cláudia Dutra. “A gente quer enaltecer a tradição que cultuamos ao longo dos anos sobre ser gaúcho. Portanto, o espetáculo vai apresentar momentos bem distintos da Revolução Farroupilha com o bombo legüero de Ernesto Fagundes e as guitarradas de Paulinho Fagundes Fagundes e Erick Endres”, diz Clóvis Rocha.
Sobre o livro
“Revolução Farroupilha” (Mecenas Editora, 144 páginas) é uma edição especial do livro-poema “A Revolução Farroupilha”, do poeta, compositor, escritor, cronista, publicitário e homem de cultura Luiz Coronel, com ilustrações de Danúbio Gonçalves.
A obra narra as lutas envolvendo os personagens, conflitos e desenlace, bem como sua significação profunda para a identidade gaúcha. Para tanto, Coronel buscou sustentação no livro Farrapos, de Walter Spalding, e no valioso material das edições de Revolução Farroupilha-Cronologia do Decênio Heroico, de Antônio Augusto Fagundes; de Os Farrapos, de Carlos Urbim; de Homens ilustres do Rio Grande do Sul, de Aquiles Porto Alegre; e do Cancioneiro da Revolução de 1835, de Apolinário Porto Alegre.
Os poemas desta edição especial apresentam preponderância de teor reflexivo sobre o emocional, o que é bom para os leitores, na medida em que apresenta uma abordagem diferente das usualmente utilizadas. “Estamos convictos de que, mesmo os historiadores, os mais agudos e dissecantes em suas análises e pesquisas, não podem contestar que respirávamos, naqueles idos tempos, ideias, ostensivamente, alvissareiras e proponentes, senão, revolucionárias”, diz o escritor.
SERVIÇO
Espetáculo “Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal”.
Quando: 30 de novembro e 1º e 2 de dezembro | Sexta, sábado e domingo
Horário: 20h
Local: Orla Moacyr Scliar (Avenida Edvaldo Pereira Paiva – Praia de Belas)
Entrada gratuita
Um guia para investir em arte no Brasil por quem é especialista na área, o marchand Nicolas Bublitz 5r1r
O marchand Nicholas Bublitz, que está à frente da Bublitz Galeria de Arte, lança na quarta-feira, dia 28 , às 19 horas, o livro “Como Investir em Arte no Brasi”l. A obra será autografada no mezanino da Livraria Cultura, do Bourbon Shopping Country, em Porto Alegre, na Av. Tulio de Rose, 80. No dia seguinte, 29 de novembro, às 20 horas, Nicholas descreverá os sete os para valorização de um acervo de arte em uma palestra on-line gratuita. As informações e inscrições estão disponíveis no site: nicolasbublitz.com.
O marchand é a prova de que investir em arte é um bom negócio. “Em mais de 20 anos acompanhando a carreira de Nicholas Bublitz, o que mais me impressionou foi sua capacidade constante de multiplicar por pelo menos três seus investimentos em pinturas, esculturas, tapetes orientais e objetos de arte”, observa Luís Sousa, especialista em marketing digital e investidor em startups, no prefácio do livro.
Além de liderar a Bublitz Galeria de Arte, Nicholas percorre municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina com leilões de arte. Em 30 anos de atividades, já atendeu mais de 10 mil clientes, vendeu 70 mil objetos de arte e emitiu mais de 40 mil notas fiscais. Filho de Vera Bublitz, um dos grandes nomes da dança no Brasil, Nicholas sempre esteve associado à arte. Aos 19 anos, nos Estados Unidos, trabalhou em uma galeria dedicada à cultura indígena e começou a vender obras de arte. Mais tarde, na França, vendia gravuras assinadas na rua e em seu apartamento, enquanto cursava direito na Universidade de Panthéon-Sorbonne. Após o retorno ao Brasil, Nicholas, que também é formado em Relações Internacionais e tem mestrado em Marketing, ou a dedicar sua vida profissional integralmente à arte.
Comprar originais
“O conhecimento é a chave para fazermos um bom investimento em arte”, resume Nicholas. O livro e a palestra tratam exatamente de aprofundar esse aspecto. Comprar somente originais é um dos primeiros os. Para isso, é importante estar atento a falsificações, que ocorrem no mundo todo, e também no Brasil. Na obra, o autor relata várias ocorrências nesse sentido, com obras de artistas célebres como Aleijadinho e Di Cavalcanti, mas também indica os caminhos para evitar esse tipo de situação e fazer um bom investimento.
Vale a pena. O mercado bilionário da arte acumula cifras impressionantes. Em 2017, o quadro Salvator Mundi, de Leonardo da Vinci, foi arrematado por US$ 450 milhões. Recentemente, uma obra de David Hockney foi vendida por US$ 91 milhões, o maior valor pago a um artista vivo. No Brasil, os números são mais modestos, mas ainda assim impressionam. Estima-se que anualmente sejam comercializados R$ 100 milhões em obras de arte. Nomes como Ismael Nery, Tarsila do Amaral e Cândido Portinari estão entre os mais valorizados, mas também outros artistas reconhecidos em todo país, como Inos Corradin e Vitorio Gheno, com obras mais íveis, também representam grandes oportunidades de investimento. E para ajudar os interessados, o autor indica diversos artistas e locais de referência, onde essas peças poderão ser adquiridas.
Nicholas lembra que a mais recente turbulência dos mercados financeiros internacionais, em 2008, derrubou os preços das ações, dos commodities, dos títulos públicos. “Todos os investimentos caíram, exceto um investimento que vem ando ao largo da crise nos últimos anos: as obras de arte”.
SERVIÇO
Lançamento do livro Como investir em Arte no Brasil
Data: 28 de novembro
Horário: 19h
Local: Mezanino da Livraria Cultura
Endereço: Bourbon Shopping Country (Av. Tulio de Rose, 80)
Valor: R$ 50
Palestra on-line: Sete os para criar um acervo que se valoriza 300% a 1000% no médio prazo, mesmo que você ainda seja apenas um interessado em arte
Data: 29 de novembro
Horário: 20h
Inscrições gratuitas: nicolasbublitz.com
Música de Cinema em dois concertos da Ospa neste final de semana 6r4x5e


