II Festival de Hip Hop Zumbi dos Palmares celebra Semana da Consciência Negra 4wk2n

Acontece no próximo domingo, dia 25 de novembro, em Porto Alegre, a segunda edição do Festival de Hip Hop “Zumbi dos Palmares”. O evento na Semana da Consciência Negra homenageia Zumbi, um grande líder da resistência contra a escravidão no Brasil. A primeira edição do evento ocorreu no ano ado, no viaduto do Brooklin. A iniciativa é do coletivo Embolamento Cultural e da Ong Emancipa, organizado pelo rapper Tiry, integrante do grupo BFN (Banca Forte da Norte) criador e idealizador do evento Cohab é só Rap – maior evento de Hip Hop do sul do país – que aconteceu por 12 anos no bairro Rubem Berta, juntamente com outros coletivos de juventude e cultura. Serão mais de 20 artistas, que irão se apresentar no Largo dos Açorianos, centro de Porto Alegre das 14 às 22h. O encerramento será da atração nacional, o rapper Nocivo Shomon. O objetivo principal do festival é fortalecer o movimento hip-hop como ferramenta de inclusão social, entretenimento, resgate e organização da juventude. O evento teve o apoio do Psol e do mandato do vereador Roberto Robaina. “Precisamos fazer o uso dos espaços públicos, para debater o que é importante. Queremos transformar o festival em um evento anual, na semana da consciência negra, também para combater os preconceitos, o racismo e a violência urbana. A cultura hip-hop precisa ser valorizada” salientou Robaina. 4d74v

Edu Martins Grupo toca repertório autoral e clássicos da MPB no projeto Chapéu Acústico 48105s

O baixista, compositor e arranjador Edu Martins está à frente do grupo que leva seu nome, formado por Marquinhos Fê, na bateria; Luiz Mauro “Maurinho” Filho, no piano e Tuti Rodrigues, na percussão, que se apresentará no projeto Chapéu Acústico, dia 27 de novembro (terça), a partir das 19h, na Biblioteca Pública do Estado (BPE).
O repertório se dividirá entre composições autorais e clássicos da MPB, como “Maria Maria” (Milton Nascimento), ”Garota de Ipanema” (Tom & Vinícius), “Sina” (Djavan), “Palco” (Gil), Corsário (João Bosco), entre outros. As canções terão arranjos ousados, que misturam a energia da música brasileira e a vanguarda do jazz, com muita improvisação e sofisticação, sem perder o clima de alegria e descontração. A entrada se dá mediante contribuição espontânea.
O músico paulistano radicado em Porto Alegre espelha-se na vocação exploratória e nas evocações plásticas da música brasileira. Seu trabalho representa, com legitimidade, o resultado de uma busca e de fusões com a música contemporânea, o jazz e a poesia. E é precisamente por aceitar esse desafio de se emaranhar no cipoal da experimentação, dos semitons e multitonalismos, sempre procurando a beleza, é que sua música alcança uma delicada tensão psicológica. Ele atuou ao longo das últimas décadas ao lado de artistas da música brasileira que vão da MPB ao pop, como Cesar Mariano, Guinga, Milton Nascimento, Gal Costa, Max de Castro e Marina Lima. E nomes internacionais, como George Benson e Dave Liebman.
Também  teve alunos notáveis, como Sandro Haick (O Segredo da Música), Rogerio Bocato (professor de percussão na Universidade de Manhattan/NYC), Dudinha (Paula Lima, Gal Costa, Grooveria, Max de Castro), Carlinhos Noronha (Black Rio, Gabriel Grossi, Michel Leme) e Grupo Kiai (Lucas Fê, Marcelo Vaz e Dioníso Souza). Em 2013, Edu Martins gravou um disco antológico, com  o norte-americano Dave Liebman, que veio  de Nova York especialmente para executar ao vivo as faixas do CD  “Edu Martins & Dave Liebman. O trabalho foi apresentado no Theatro São Pedro, em uma reunião de banda de jazz com orquestra.  Dave Liebman é considerado um dos maiores saxofonistas do mundo,  tendo tocado com Miles Davis, Elvin Jones e Chick Corea e muitos outros.
 
CHAPÉU ACÚSTICO
O projeto é realizado sempre às terças-feiras, com apresentações de músicos dispostos a movimentarem a cena local, sem depender de verba pública ou privada. Não há cobrança de ingressos, e o chapéu é usado como forma de arrecadação voluntária, como acontece nas performances de rua.
 
Serviço:
Dia: 27 de novembro de 2018 (terça-feira).
Hora: a partir das 19h
Local: Biblioteca Pública do Estado/BPE (Riachuelo, 1190).
Contato: Com o produtor, Marcos Monteiro (email [email protected] ou fones 51-3013-2236 e 99935-0608)
Informações: Na Biblioteca Pública do Estado, fone 3224-5045.
Contribuição espontânea.

"Percursos Poéticos", exposição coletiva de 26 fotógrafos, registra o bairro Moinhos de Vento 46626x

 No dia 01 de dezembro (sábado), às 11 horas, acontece a abertura da exposição coletiva de fotografias “Percursos Poéticos”, no primeiro andar do Memorial do Grande do Sul. A visitação acontece entre os dias 02 de dezembro e 27 de janeiro de 2019, de terça a sábado, das 10 h às 18 h; domingos e feriados, das 13 h às 17 h.  Entrada franca.

Foto de Bia Donelli-/Divulgação

 A curadoria é do arquiteto e artista visual Fábio André Rheinheimer, que propôs aos fotógrafos um tema central: o espaço urbano da capital gaúcha, com especial atenção às edificações de interesse histórico-cultural remanescente do bairro Moinhos de Vento. A mostra apresenta registros de 26 profissionais, com diferentes formações e entendimentos sobre a arte da fotografia.

Foto de Leandro Facchini/Divulgação

Segundo Fábio André, o projeto surge como uma oportunidade de reverenciar espaços com edificações históricas “a partir de uma visão múltipla, mais ampla e abrangente, uma reverência à memória edificada remanescente, neste caso, o bairro Moinhos de Vento” – esclarece o curador. O escopo do projeto pretende dar visibilidade às áreas urbanas relevantes de Porto Alegre, em especial as áreas de interesse cultural. Essa edição de 2018 resultou de um levantamento poético na Praça Maurício Cardoso, em que foi “proposto (e estabelecido) um novo olhar diante do espaço urbano consolidado” – revela Fábio André.

Foto de William K. Clavijo/Divulgação

Participam da exposição os seguintes nomes: Alexandre Eckert, Bia Donelli, Carlos Eduardo Vaz, Douglas Fischer, Fábio Petry, Fernanda Garcia, Fernando Castro, Fernando Kokubun, Fernando Pires, Flavio Wild, Gutemberg Ostemberg, Helena Stainer, Ivana Werner, Laércio de Menezes, Leandro Facchini, Leonardo Kerkhoven, Manoel Petry, Marcelo Leal, Nattan Carvalho, Rafael Karam, Ricardo Filippon, Roberto Martinez, Rogerio Fritsch, Sílvia Dornelles, Wanderlei Oliveira e William K Clavijo.

Ricardo Filippon/Divulgação

Sobre o curador:

Natural de Tendente Portela, RS, Fábio André Rheinheimer é arquiteto, artista visual e curador independente. Cursou Desenho no Atelier Livre de Porto Alegre, em 1989.  Participou de diversas exposições coletivas, individuais e salões de arte. Atua profissionalmente nas áreas de arquitetura e artes visuais, em Porto Alegre, onde reside. O artista é representado pela Arte&Fato Galeria, em Porto Alegre, desde 2015. Também foi representado pela New Creators, em São Paulo, entre 2014 e 2016.

Foto de Fernando Castro/Divulgação

PERCURSOS POÉTICOS

Mostra coletiva de fotografias, com curadoria de Fábio André Rheinheimer

Abertura: 01 de dezembro (sábado) das 11 h às 13 h, no primeiro andar do Memorial do Rio Grande do Sul.

Visitação: 02 de dezembro a 27 de janeiro de 2019, de terça a sábado, das 10 h às 18 h; domingos e feriados, das 13 h às 17 h.

Entrada franca.

Participação: Alexandre Eckert, Bia Donelli, Carlos Eduardo Vaz, Douglas Fischer, Fábio Petry, Fernanda Garcia, Fernando Castro, Fernando Kokubun, Fernando Pires, Flavio Wild, Gutemberg Ostemberg, Helena Stainer, Ivana Werner, Laércio de Menezes, Leandro Facchini, Leonardo Kerkhoven, Manoel Petry, Marcelo Leal, Nattan Carvalho, Rafael Karam, Ricardo Filippon, Roberto Martinez, Rogerio Fritsch, Sílvia Dornelles, Wanderlei Oliveira e William K Clavijo.

Memorial do Rio Grande do Sul

Rua Sete de Setembro, 1020 – Praça da Alfândega

Centro Histórico de Porto Alegre

Casa do Artista Riograndense promove sarau gratuito com três horas de cultura f18b

" A estranha xícara", nova exposição do fotógrafo Luiz Carlos Felizardo, no Instituto Ling 3us6x

De 20 de novembro a 23 de março de 2019, o Instituto Ling apresenta a exposição A Estranha Xícara, do artista e fotógrafo Luiz Carlos Felizardo. Por ocasião da abertura da exposição, na terça-feira, 20 de novembro, às 19h, o artista e a curadora Mônica Zielinsky farão uma conversa aberta com o público. A entrada é franca, por ordem de chegada.
A exposição traz 18 fotografias e montagens digitais, realizadas entre os anos de 2011 e 2017, que dão conta de uma transformação na carreira de Felizardo, em que o artista explora tecnologias digitais para compor imagens com novas técnicas e possibilidades criativas. A mostra é composta também por 35 objetos pessoais, como brinquedos que o artista ganhou e peças de seus anteados.
Felizardo começou a trabalhar nas montagens de A Estranha Xícara em 2011, em razão de uma ataxia que lhe impôs sérias dificuldades motoras. Assim, o ambiente em que vivera por 40 anos – o laboratório fotográfico tradicional – precisou ser deixado para trás e o artista buscou, a partir de então, explorar novos es e técnicas para seu trabalho. Para ele, a exposição é uma espécie de homenagem aos objetos de sua história pessoal: “Esses objetos conviveram comigo por muitos anos – alguns pela vida inteira, alguns bem mais velhos do que eu mesmo. De alguma forma, todos eles estiveram e estão presentes em tudo o que fiz e faço. Fotografá-los foi a maneira que encontrei de prestar-lhes uma homenagem, dando-lhes o uso que não têm quando estão limitados a espiar-nos”, escreve em seu texto (leia na íntegra aqui: http://goo.gl/ou3Bi2). O título da mostra refere-se ao poema Cerâmica (1962), de Carlos Drummond de Andrade: Os cacos da vida, colados, formam uma estranha xícara./ Sem uso, /  ela nos espia do aparador. Para o artista, o conjunto de imagens que resultou na exposição contém essa ideia.
Para a curadora Mônica Zielinsky, Felizardo revela aptidão para retrabalhar as próprias imagens e fazer uma instigante reconfiguração dos sentidos dos objetos ou lugares do ado, realizando uma generosa transformação que aponta novas realidades, composições e reconstruções: “O artista traz à luz diversas sutilezas de sua inegável memória afetiva de todos os tempos e, simultaneamente, ressonâncias que tangenciam um sutil veio de reverberação cultural. Entre os ágeis fluxos do ado ao presente ou do presente ao ado, esses trabalhos se fundamentam em distintos regimes de historicidade ao permitirem, também, pensar o futuro”, afirma em seu texto curatorial (leia na íntegra aqui: http://goo.gl/ou3Bi2).

Droopy em Apt, 2011. Reprodução/Divulgação

Sobre o artista
Luiz Carlos Felizardo (Porto Alegre, 1949) cursou Arquitetura na UFRGS entre 1968 e 1972, quando ou a dedicar-se exclusivamente à fotografia. Participou de mostras coletivas e individuais no Brasil, na América Latina, nos EUA e na Europa, dentre as quais destacam-se: Signos de la Bienal (Síria, Tunísia e Argélia), Missões 300 Anos — A Visão do Artista (Brasília, São Paulo e Porto Alegre); La Fotografía Iberoamericana (Madrid), Fotografía Brasileña: Historia y Contemporaneidad (Cali, Colômbia – curadoria de Frederico Morais), Jogo do Olhar (MASP),Brasilianische Fotografie 1946-1998 (Kunstmuseum Wolfsburg, Alemanha / Fundação António Cupertino de Miranda,  Porto, Portugal – curadoria de Rubens Fernandes Junior), Percurso de um olhar (UFRGS). Em 2008, recebeu a Bolsa de Incentivo à Criação da FUNARTE para desenvolvimento de seu projeto Querência. Como bolsista da Comissão Fulbright (1984/1985), trabalhou sob supervisão de Frederick Sommer (1905-1999) em Prescott, Arizona, EUA.
Escreveu os livros O Relógio de Ver e IMAGO. Em 2011, foi publicado A Fotografia de Luiz Carlos Felizardo e realizada a exposição retrospectiva de sua obra no Santander Cultural, no Fotograma de Montevidéu (Uruguai) e em Fortaleza (2012).
Baratinha Schuco em avenida de eucaliptos, 2011 –

Sobre a curadoria
Mônica Zielinsky é professora do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS. Fez doutorado em Artes Plásticas e Ciências da Arte na Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne (1998) e foi coordenadora do projeto de catalogação da obra de Iberê Camargo e do Setor d e Catalogação e Pesquisa na Fundação Iberê Camargo (2001-2015). Ela realizou diversas curadorias no Brasil e no exterior, como A gravura de Iberê Camargo em expansão, no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, 2007); a exposição inaugural da Fundação Iberê Camargo, Iberê Camargo-Moderno no Limite, 1914-1994, em coautoria (Porto Alegre, 2008); Lugares Desdobrados (Porto Alegre, 2008); Quero Outros Espaços – A obra de Heloisa Schneiders da Silva, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, 2009); Les Cyclistes et d’autres variations, no Museu de Belas-Artes de Bordeaux (França, 2005); entre outras. Suas principais publicações são: Fronteiras: arte, crítica e outros ensaios (UFRGS, 2003), Iberê Camargo – Catálogo Raisonné de gravuras (CosacNaify, 2006), Heloisa Schneiders da Silva – obra e escritos (MARGS, 2010) e o texto L’historiographie de l’art brésilien, à la recherche de sa place na Revista Perspective 2013-2, do Institut National d’Histoire de l’Art (Paris, França), entre outras.
Droopy em Bagé, 2011. Reprodução/Divulgação

Sobre o Instituto
Criado e mantido pela família Ling desde 1995, o Instituto Ling é uma instituição sem fins lucrativos voltada para a transformação da sociedade através da educação e da cultura.
O Instituto Ling atua em três segmentos: Educação, Cultura e Saúde. Sua missão é promover o desenvolvimento humano e a evolução da sociedade através da disseminação de diferentes formas do conhecimento, da liberdade de pensamento, da valorização da cultura e da saúde. A abertura de seu Centro Cultural em Porto Alegre, no ano de 2014, ampliou e solidificou a atuação do Instituto, firmando-o como centro de referência na disseminação do conhecimento e do livre- pensar, fomentador da educação de excelência em seus múltiplos formatos e provedor de serviços e produtos culturais diferenciados, com elevado padrão de qualidade e estética.
Na área da saúde, o Instituto Ling estabeleceu parceria com o Hospital Moinhos de Vento, em 2015, para a implantação de um centro de referência no tratamento do câncer em Porto Alegre.
A família Ling, mantenedora do Instituto, é proprietária da “holding company” Évora. O grupo empresarial produz e comercializa latas de alumínio para bebidas, não-tecidos de polipropileno (usados principalmente na produção de descartáveis higiênicos) e tampas plásticas para bebidas e produtos de higiene e beleza.
SERVIÇO
Exposição A Estranha Xícara
Artista: Luiz Carlos Felizardo
Curadoria: Mônica Zielinsky
Ficha técnica
Identidade Visual: Adriana Tazima
Produção Executiva: Laura Cogo
Organização: Instituto Ling
Realização: Pró-cultura RS / LIC – Lei de Incentivo à Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Patrocínio: Fitesa Nãotecidos SA
Abertura: 20 de novembro, às 19h. Na ocasião, o artista e a curadora farão uma conversa aberta ao público sobre a exposição
Período de visitação: de 20 de novembro de 2018 a 23 de março de 2019
Local: Galeria do Instituto Ling
Horário: de segunda a sexta, das 10h30min às 22h e sábados, das 10h30min às 20h
Entrada Franca
Agendamento grupos e escolas: solicitações pelo email [email protected] ou pelo fone (51) 3533-5700
Instituto Ling – Rua João Caetano, 440 | Bairro Três Figueiras | Porto Alegre
Fone: 51 3533-5700 | Email: [email protected]
 
 

Laura Dalmás se apresenta com a Orquestra Municipal de Carlos Barbosa na Abertura do Natal 76v4g

Um seleto time de convidados foi convocado para receber o Papai Noel na Abertura Oficial do Natal no Caminho das Estrelas de Carlos Barbosa, que acontece no sábado, dia 24 de novembro. A partir das 20h30, a cantora Laura Dalmás se apresenta com a Orquestra Municipal de Carlos Barbosa, no Palco da Estação. O Grupo de Teatro Mão na Mala e o Cissa Flores Studio de Dança também são atrações do evento, promovido pela prefeitura da cidade. A entrada é gratuita. Em caso de condições climáticas desfavoráveis, o evento será transferido para o dia seguinte, no mesmo horário e local.

Um dos talentos revelados na quinta temporada do The Voice Brasil, Laura desponta no cenário da música brasileira com sua voz suave e melodiosa. Ao ganhar projeção nacional, a intérprete participou da série Malhação, da Rede Globo, e prepara-se para lançar seu primeiro EP de músicas inéditas, produzido por Juliano Cortuah, do estúdio Nave 33, no Rio de Janeiro. Com a  banda Cabelo Cacheado, Laura se apresenta em diversas cidades do Rio Grande do Sul e de outros estados do país. O grupo possui um leque de influências, incluindo em seu repertório nomes como Stevie Wonder, Michael Jackson, Beatles, além de The Weeknd e Daft Punk, mesclando o suingue da música brasileira , a elegância do jazz e a pulsação do rock n’ roll.

SERVIÇO

Abertura Oficial do Natal no Caminho das Estrelas

Quando: 24 de novembro, sábado

Horário: 20h30

Local: Palco da Estação (R. Júlio de Castilhos –  Centro, Carlos Barbosa – RS, 95185-000)

ENTRADA FRANCA

Recital com canções renascentistas e barrocas, no Museu Julio de Castilhos 2h5k5g

O Museu Julio de Castilhos apresenta no dia 24 de novembro o espetáculo atmosférico “Música, alimento do amor”. O evento faz parte programação de final de ano da instituição e ocorre às 18 horas, no Salão Nobre, com um happy hour com temas renascentistas e recital dos músicos Andiara Mumbach (voz) e Fernando Rauber (cravo).

O espetáculo é ambientado no período Elizabetano (1558-1603), final da dinastia dos Tudor, apogeu da Renascença na Inglaterra, especialmente rica na música e na literatura, tendo em Shakespeare um de seus maiores expoentes. É também o período das grandes navegações e intercâmbios europeus que irão formar o panorama cultural da época das primeiras colônias no Brasil.

No repertório de Andiara e Rauber, canções inglesas renascentistas e barrocas dos compositores Thomas Morley (1557-1602), John Dowland (1563-1626), Robert Johnson (1583-1633) e Henry Purcell (1659-1695), intercaladas por solos para cravo do Fitzwilliam Virginal Book, coleção para teclado das eras Elizabetana e Jacobina na Inglaterra. A direção de arte de “Música, alimento do amor” é da artista plástica Cláu Paranhos.

Sobre os artistas
A soprano Andiara Mumbach é formada em canto pela Universidade Federal de Santa Maria. Foi professora de técnica vocal no Projeto de Extensão do Curso de Música da UFSM e preparadora vocal do Coro de Câmara da mesma instituição.

Fernando Rauber é Doutor em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Integra a Orquesta de Caxias do Sul e o grupo porto-alegrense Sphaera Mundi Orquestra. Foi um dos laureados no concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre em 2006 e, em 2007, selecionado para ser bolsista do Chautauqua Music Festival em Chautauqua, NY, Estados Unidos.

Cláu Paranhos é artista, arte educadora, agente cultural e pesquisadora na área de artes visuais. É Mestre (UFPel), Licenciada e Bacharel (UFRGS) em Artes Visuais. Participa e produz oficinas, exposições e ações artísticas individuais e coletivas. Atualmente, cria as “Bonecas Feias”, produção poética que questiona os padrões culturais do corpo. Atua no Conselho Municipal de Cultura na cidade de Pelotas, é presidente da Associação de Amigos do Museu Júlio de Castilhos e vice-presidente da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa.

SERVIÇO
Espetáculo “Música, Alimento do Amor”.
Data: 24 de novembro | Sábado | 18h.
Local: Museu Júlio de Castilhos (Rua Duque de Caxias, 1205, Centro Histórico).

Ingressos: R$40,00 inteira | R$ 20,00 para idosos e estudantes | Amigos do Museu Júlio de Castilhos tem 20% de desconto.
Ingressos antecipados pelo email [email protected]   ou   pelo whatsapp: (51) 98220.3707.

"Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal" será encenado na orla do Guaíba 1w5x18

A nova orla do Guaíba foi escolhida como cenário do espetáculo “Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal”. O evento gratuito, que contará com apresentações de circo, dança, música e teatro, ocorre nos dias 30 de novembro e 1º e 2 de dezembro, às 20h. A encenação é baseada na obra “Revolução Farroupilha” (2015), do escritor e Luiz Coronel e ilustração de Danúbio Gonçalves.

Com direção geral de Clóvis Rocha, “Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal” venceu o edital público da Câmara de Vereadores de Porto Alegre para promoção de atividades culturais, com verbas do orçamento anual do Legislativo, e é realizada em parceria com a Secretaria Municipal da Cultura.

Já os núcleos do espetáculo têm na direção nomes reconhecidos pelo trabalho realizam pela cultura gaúcha: Jessé Oliveira no teatro; Dilmar Messias no circo; Carini Pereira, Gustavo Silva e Claudia Dutra na dança; e João Maldonado na direção musical. Entre as estrelas das três noites estão a atriz e cantora Valéria Houston, os irmãos Ernesto e Paulinho Fagundes e a guitarrada de Erick Endres.

Sobre o livro
“Revolução Farroupilha” (Mecenas Editora, 144 páginas) é uma edição especial do livro-poema “A Revolução Farroupilha”, do poeta, compositor, escritor, cronista, publicitário e homem de cultura Luiz Coronel, com ilustrações de Danúbio Gonçalves.

A obra narra as lutas envolvendo os personagens, conflitos e desenlace, bem como sua significação profunda para a identidade gaúcha. Para tanto, Coronel buscou sustentação no livro Farrapos, de Walter Spalding, e no valioso material das edições de Revolução Farroupilha-Cronologia do Decênio Heroico, de Antônio Augusto Fagundes; de Os Farrapos, de Carlos Urbim; de Homens ilustres do Rio Grande do Sul, de Aquiles Porto Alegre; e do Cancioneiro da Revolução de 1835, de Apolinário Porto Alegre.

Os poemas desta edição especial apresentam preponderância de teor reflexivo sobre o emocional, o que é bom para os leitores, na medida em que apresenta uma abordagem diferente das usualmente utilizadas. “Estamos convictos de que, mesmo os historiadores, os mais agudos e dissecantes em suas análises e pesquisas, não podem contestar que respirávamos, naqueles idos tempos, ideias, ostensivamente, alvissareiras e proponentes, senão, revolucionárias”, diz o escritor.

SERVIÇO
Espetáculo “Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal”.
Quando: 30 de novembro e 1º e 2 de dezembro | Sexta, sábado e domingo
Horário: 20h
Local: Orla Moacyr Scliar (Avenida Edvaldo Pereira Paiva – Praia de Belas)
Entrada gratuita

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Geraldo Hasse
É tudo que se pode dizer para resumir a história do escritor Aldyr Garcia Schlee, falecido aos 84 anos no feriado de 15 de novembro. Artista plástico e professor de direito, ele foi sobretudo um operário das letras que construiu uma série brilhante de contos, novelas e romances ambientados na fronteira do Brasil com o Uruguai.
Escreveu coisas mirabolantes sobre Gardel, Jaguarão, Melo e Don Fructuoso Rivera. Tinha uma queda por tipos populares que viviam no limite entre o ser e o não ser, o senso e o non sense, o dito e malentendido, o possível e o impossível e todas essas coisas típicas das fronteiras. Um cara genial que ria de si embora se levasse mucho en sério. Dá para entender?
Tudo isso sem falar da gloriosa camiseta canarinho que desenhou em 1954. Ele adorava a celeste olímpica. Amava o Brasil de Pelotas. Foi colorado até o fim. A ilustração desta nota foi um dos últimos exemplares de sua imortal criação de camisetas.

Como o Poa Jazz Festival tornou a capital gaúcha o centro musical mais sofisticado do País 3z542q

Higino Barros
O músico entra no palco, liga seu lap top (marca Apple), põe para soar uma base de bateria eletrônica, pega seu instrumento e manda ver. A grosso modo assim pode ser descrita a apresentação do saxofonista Rudresh Mahanthappa, na primeira noite do Poa Jazz Festival, evento realizado no Barra Shopping. Mahanthappa foi a cereja do bolo, de um evento que durante três dias, de 9 a 11 de novembro, tornou a capital gaúcha o centro sonoro mais sofisticado do País, já que o festival é considerado o melhor do Brasil na atualidade, segundo o homenageado dessa edição, o jornalista Zuza Homem de Mello. Zuza sabe do que fala. É um dos jornalistas culturais mais ativo e respeitado do Brasil. Todas as atrações e performances do festival, a cada noite, reforçaram suas palavras.
O jazz é um gênero musical que faz uma ponte entre o popular e o erudito, desde que foi criado, tornou-se uma marca registrada da música norte-americana, conquistou público diversos e faz parte hoje da indústria cultural em todo o planeta. No Rio Grande do Sul sua consolidação é visível, tanto pelo número de músicos que o praticam, como por casas noturnas que se caracterizam como ambientes jazzísticos, além de um público cada vez mais mais numeroso. Marco nessa história é o programa diário que o jornalista Paulo Moreira manteve durante 19 anos, na rádio FM Cultura, e que acabou há poucos meses, no processo de extinção das fundações do governo estadual.
Outro marco significativo nesse processo é a realização do Poa Jazz Festival, em sua quarta edição esse ano. É ele que tem trazido para a cidade nesse período, o que há de mais representativo na área em nível internacional, mesclando-os com talentos locais e do Brasil. Essa quarta edição, talvez tenha sido, segundo os responsáveis pelo evento, o de maior equilíbrio nessa busca de mostrar o tradicional e o contemporâneo no cenário do jazz.

Bourbon Sweethearts. Foto: Ricardo Stricher/Já Porto Alegre

Sotaque indiano
Além do jazz free com sotaque indiano de Mahanthapa, acompanhado pelo guitarrista Rezz Abbasi e Dan Weis, na tabla, a primeira noite do festival, teve como destaque as “chicas portenhas”, do Bourbon Sweethearts, um trio de ótimas instrumentistas e cantoras, que emula o estilo das Andrews Sisters, explorando o gênero Dixieland, em canções próprias, desconhecidas, mas de imediato agrado do público. Tanto que foi um dos três grupos mais aplaudidos das três noites de apresentação. Aliás, os argentinos caíram no agrado dos gaúchos, já que na segunda noite, o Mariano Loiácono Quinteto também foi muito aplaudido.  O jornalista Paulo Moreira gostou mais do segundo, classificando o trio feminino de “exagerado”. Moreira, ao ser indagado porque não gostou das Sweetheartes, brincou: “razão pessoal e intransferível”.
Mas no quesito popularidade talvez quem mais tenha agradado foi o veterano gaitista brasileiro, Maurício Heinhorn, um dos destaques da última noite do festival. Do alto dos seus 86 anos, o músico carioca ao lado de guitarrista Nelson faria e do baixista gaúcho Guto Wirti, desfilou clássicos da Bossa Nova, do qual é um dos protagonistas e contou “causos” e piadas de sua extensa carreira. Dizendo que em Portugal chamam o “samba de uma nota só”, de “Samba de uma porrada de notas”; que a “Mulher de 30”, canção de sucesso do cantor Miltinho, na década de 1950, e do qual participou, “deve estar com uns 92 anos” e na hora de executar, um dos seus principais sucessos, a música “Pra dizer adeus”, arrematou: “vou tocar ela agora, mas vocês não vão embora”, arrancando gargalhadas do público. A tal ponto que seu colega de palco, Nelson Faria, brincou também: “ O Maurício vai estrear na carreira de “stand up”.  A apresentação de Heinhorn foi seguida do Gilson Peanzzetta Trio, outro nome emblemático da música instrumental brasileira dos últimos 40 anos e que fez c dupla com o gaitista também, em trabalhos memoráveis.
Marmota Jazz. Foto; Ricardo Stricher/ JÁ Porto Alegre

Representação gaúcha
Da representação do novo jazz brasileiro, os grupos Vitor Arantes Quarteto e o Edu Ribeiro Quinteto, trouxeram ao palco seus trabalhos autorais, numa demonstração que o gênero vai bem, obrigado, tanto na composição como na execução. Já os grupos  Marmota Jazz, tendo como convidado o cantor Pedro Veríssimo, e o Instrumental Picumã defenderam com brilho e galhardia o jazz que se faz no Rio Grande do Sul.
No balanço final, a quarta edição do Poa Jazz festival, foi mais uma vez a oportunidade de Porto Alegre exercer sua condição de esquina do mundo, ao abrigar um evento cosmopolita e sofisticado dessa natureza. O local, Barra Shopping, é de fácil o, a produção das apresentações é impecável, o astral do público é ótimo e numa época de crise, o evento ser bem sucedido só pode ser saudado e celebrado.
Os méritos, na sua maior parte, são de Carlos Badia, Rafael Rhoden e Carlos Branco, responsáveis pela empreitada. Assim só resta registrar: vida longa ao Poa Jazz Festival !
Atrações da segunda noite (fotos Ricardo Stricher/JÁ Porto Alegre)
Edu Ribeiro Quinteto

Vitor Arantes Quarteto

Mariano Loiácono Quinteto

Atrações da terceira noite (fotos Ricardo Stricher/JÁ Porto Alegre) 
 
 
Instrumental Picumã

Mauricio Heinhorn Trio

Gilson Peranzzetta