Categoria: Cultura-Geral 6t6jl
Jeronimo Jardim grava CD ao vivo 2b113p
Jeronimo Jardim, que virou “maldito” após ganhar dois festivais (MPB Shell com “Purpurina” e Califórnia da Canção com “Astro Haragano”), grava um CD ao vivo, nesta quinta (6/1) e sexta (7/1) às 21 horas no Teatro Renascença em Porto Alegre.
O show é uma consagração recheada de canjas de amigos da música e do músico-compositor.
Em seu novo CD, Jardim, 66 anos, natural de Jaguarão, advogado que fez carreira na Justiça do Trabalho, promete voltar às origens, ou seja, vai gravar sambas e choros do tempo em que, distraído, pisava nos astros em Bagé, sem imaginar que um dia teria canções gravadas por Elis Regina.
Para entrar no Renascença, basta levar um quilo de um alimento a ser doado a uma instituição beneficente.
Paixão Côrtes quer literatura do povo na Feira do Livro 734ia
Por Liège Copstein
O atual patrono da Feira do Livro, Paixão Côrtes, não é apenas “um guasca-largado da campanha”, como o próprio humildemente se intitula.
Na verdade, em sua incansável pesquisa e resgate das tradições artísticas e valores morais do gaúcho, acabou por ser um dos mais ativos editores independentes do RS, trabalhando sem vínculo partidário ou subvenção governamental.
Ele tem nada menos do que 87 publicações, desde a primeira, em 1950 – Lendas Brasileiras, com desenhos de José Lutzemberger – até a mais recente, Danças Birivas do Tropeirismo Gaúcho, deste ano.
Mas o projeto que é a “laranja de amostra” do gaudério neste momento é o MOGAR, Momento Gauchesco Artístico-Cultural Rio-Grandense, que além de organizar cursos e palestras, edita publicações que enriqueçam as bibliotecas dos Centros de Tradições Gaúchas, grupos artísticos e equipes equestres.
São 1500 entidades nativistas só no Rio Grande do Sul, 1800 em Santa Catarina (!!!) e centenas em outros estados e até no exterior, chegando a um milhão de associados.
E falando especificamente de livros e folhetos, o MOGAR trata também da distribuição gratuita dos Pacotes Culturais, compostos de um mix de 20 obras variadas de Paixão Côrtes, que são oferecidos aos CTGs, secretarias municipais de educação, cultura e turismo, museus e bibliotecas públicas, fundações, instituições de ensino de todos os níveis e grupos artísticos.
Porém, como nesse grande pampa de meu deus não existe picanha grátis, há uma exigência: é preciso comprovar que essas instituições tenham ou desenvolvam programas temáticos gauchescos que se integrem aos propósitos do projeto.
No mais, Paixão avisa que do alto das suas 83 invernadas bem vividas, está preparado psicologicamente e fisicamente – “se o meu marca-os autorizar” – para a quantidade de compromissos e emoções que a Feira do Livro vai trazer. “Nunca me achei muito bom nas ´pretas` – que é como os guascas chamam as letras impressas – mas a literatura do povo merece ter seu espaço ao lado da erudição das grandes obras”.
Como ele mesmo diria, “cosa bunita barbaridade”.
Livramento e Rivera promovem feira binacional 491d4r
Por Cleber Dioni Tentardini
Está confirmada a realização entre os dias 18 e 21 de novembro da 1º Feira Binacional do Livro na Fronteira da Paz, nas cidades de Santana do Livramento, no Brasil, e Rivera, no Uruguai.
O evento está sendo organizado pelas istrações municipais, Universidade Federal do Pampa – Unipampa, Direção de Cultura de Rivera, Sociedad de los Poetas Jovenes de Rivera, Biblioteca Municipal de Livramento, Núcleo de Estudos Fronteiriços da UFPEL, Sesc e Sesi.
Dez bancas irão comercializar livros na Casa de Cultura Ivo Caggiani. Os descontos oferecidos ao público ainda não foram definidos. As sessões de autógrafos ocorrerão na Casa de Cultura Ivo Caggiani.
Esta primeira edição não haverá patrono, tendo em vista que são duas cidades participantes, mas o comitê organizador da Feira decidiu homenagear o escritor santanense Arlindo Coitinho, com um prêmio em seu nome que será entregue a personalidades santanenses e uruguaias, e a alunos do ensino fundamental vencedores do concurso Memórias Literárias. Os autores dos melhores textos sobre cultura, costumes, arte, tradição e perspectivas para o futuro na fronteira ainda serão contemplados com oficinas de literatura.
Neste ano, somente os espaços culturais do município gaúcho terão atividades (Confira a programação). Na praça General Osório, defronte à prefeitura municipal, será lançada a campanha “Compartilhando Letras”, onde a comunidade encontrará livros espalhados pela praça, que poderão ser levados para casa.
Segundo a secretária-executiva da Cultura, Marta Pujol, também serão realizadas palestras, oficinas e exposições a fim de promover a integração entre escolas, universidades, livrarias, editoras, espaços culturais, instituições públicas e privadas e comunidade.
“Ao incentivar a leitura queremos conscientizar a sociedade sobre a influência da cultura na educação e na formação intelectual do cidadão”, explica a coordenadora-geral da Feira.
A ideia da 1º Feira Binacional do Livro surgiu na Unipampa, em um projeto de quatro estudantes do curso de istração. As colegas Letícia Alves, Silvia Flores, Deise Moreira e Fernanda Aguirre apresentaram o projeto para a Secretaria Municipal de Cultura de Santana do Livramento, onde a proposta foi prontamente acolhida.
Confira a programação
18 de novembro
Manhã
8h30 – Exposição do acervo das bibliotecas municipais (Núcleo de Estudos Fronteiriços)
9h30 – Início das oficinas
9h30 – Oficina sobre a Reforma Ortográfica (Unipampa)
9h30 – Oficina de Leitura e Interpretação Textual (Biblioteca)
9h30 – Oficina de Leitura Dramática (Cinema Internacional)
9h30 – Oficina de Contação de Contos (Unipampa)
10h30 – Oficina de Leitura e Interpretação Textual (Cinema Internacional)
Tarde
Exposição do acervo das bibliotecas municipais (Núcleo de Estudos Fronteiriços)
14h – Início das oficinas
14h – Oficina de Escritura “Como nasce a inspiração” (Cinema Internacional)
14h – Apresentação teatral “Noite Estrelada” (Sala Cultural)
15h – Hora do Conto (Praça General Osório, Parque Internacional)
17h – Apresentação musical (Casa de Cultura Ivo Caggiani)
18h – Seção de Autógrafos (Casa de Cultura Ivo Caggiani)
19h – Abertura oficial da Feira (Salão de atos)
19 de novembro
Manhã
8h30 – Exposição do acervo das bibliotecas municipais (NEF)
8h30 – Exposição e comercialização de livros (Casa de Cultura)
9h – Início das oficinas
9h – Mesa Redonda “A popularização do Livro” (Casa de Cultura)
9h – Mesa Redonda sobre Integração Cultural ( Unipampa)
9h – Oficina de Literatura (Biblioteca)
9h – Oficina de Leitura e Interpretação Textual (Biblioteca Municipal)
9h30 – Oficina de Leitura Dramática (Cine Internacional)
9h30 – Oficina de Escritura “Como nasce a inspiração” (Sala Cultural)
9h30 – Oficina sobre a Reforma Ortográfica (Unipampa)
9h30 – Oficina de Contação de Contos (Unipampa)
10h30 – Oficina de Leitura e Interpretação Textual (Cine Internacional)
Tarde
14h – Teatro de Rua Grupo Oigalê (em frente a Casa de Cultura)
14h – Hora do Conto (Pr. General Osório, Parque Internacional e Biblioteca Municipal)
14h – Oficina de Línguas (Salão de atos da Casa de Cultura)
14h – Oficina de Escritura “Como nasce a inspiração” (Cine Internacional)
15h – Hora do Conto (Pr. General Osório, Parque Internacional)
18h – Sessão de autógrafos (Casa de Cultura)
21h – Cinema na praça (Pr. General Osório)
20 de Novembro
Manhã
8h30 – Exposição do acervo das bibliotecas municipais (NEF)
8h30 – Comercialização de livros (Casa de Cultura)
9h30 – Oficina de Reforma Ortográfica (Unipampa)
Tarde
14h – Bate papo Cultural (Unipampa)
18h – Capoeira Local (Pr. General Osório)
19h – Charla Literária – “A Literatura de Fronteira” (Casa de Cultura)
19h – Escuela de Tango Local (Casa de Cultura)
20h30 – 8º Mostra de Teatro (Sala Cultural)
21 de Novembro
Manhã
8h – Exposição dos livreiros
8h30 – Exposição do acervo das bibliotecas municipais (NEF)
9h – Mesa redonda “A popularização do livro” (Presenças ainda não confirmadas)
Livro na praça
Tarde
14h – Capoeira (Rol de entrada)
14h – Exposição e comercialização de livros (Casa de Cultura)
15h – Apresentações musicais
15h30 – Dança de rua
17h – Entrega do Prêmio Arlindo Coitinho Memórias Literárias
No Divã do doutor Mariante f15i
Numa manhã de agosto, um tiro no coração mata o presidente do país.
O peso do inconsciente nas decisões pessoais e políticas, a coerência da trajetória do suicida, estão no livro Três no Divã, que o psicanalista João Gomes Mariante autografa hoje, a partir das 19 horas, no auditório da Guarida Imóveis (rua Sete de Setembro, 1087).
Mariante observa, com a lente da psicanálise, o comportamento e os processos mentais inconscientes nas personalidades de três importantes políticos: Getulio Vargas, Oswaldo Aranha e Flores da Cunha. Três homens com os quais conviveu.
Abaixo, entrevista do autor ao editor Elmar Bones, publicada na edição de abril do JÁ Bom Fim.
Entrevista: João Gomes Mariante
-O senhor é um porto alegrense da gema…
-Nasci na rua Mariante com a Castro Alves. Mas toda minha formação até o ginásio foi no Rio, no Colégio Pedro II. Depois fiz Medicina em Niterói, me formei na turma de 1946. Era o único gaúcho, em meio a muitos paulistas, cariocas e nordestinos…
-Sua familia foi para o Rio, é isso?
-Não.Fui sozinho, para estudar. Lá casei e fiquei mais de 20 anos. Depois voltei para o Rio Grande, depois retornei ao Rio, onde me especializei na psiquiatria. De lá fui para Buenos Aires onde morei oito anos. Terminei minha formação psicanalítica lá e retornei para São Paulo, onde trabalhei por 26 anos. Fui professor na Faculdade de Ciências Médicas e várias instituições de São Paulo.
-E sua experiência como jornalista?
-Trabalhei em jornais no Rio, onde conheci o Café Filho, de quem fui assessor mais tarde. Dirigi três revistas médicas em São Paulo. “Medicina Social”, “Imprensa Médica e “Anais de Higiene Mental”. Peguei o virus. Dizem que jornal é uma cachaça…É pior que o crack, não se larga mais.
-Por que o livro Três no Divã?
-Quis conciliar essas duas experiência, da psicanálise com o jornalismo. Os três personagens do livro eu conheci pessoalmente, privei com os três…
-Tem uma foto sua com Getúlio e Oswaldo…
-Aquilo foi num churrasco. Vou explicar. O dr. Armando Alencar, então presidente do Superior Tribunal Federal era gaúcho de Rio Pardo, era meu padrinho de casamento. Eu me dava muito com ele, com os filhos dele. O dr. Armando a cada três ou quatro meses convidava o Getulio para um churrasco, e eu era hóspede permanente, ava os fins de semana no sítio dele em Itaipava. Aí fiz conhecimento com o Getúlio…
-Falava com ele?
-Sim, sim. Tinha até uma foto aí com ele, tomando o chimarrão, eu estava alcançando a cuia para ele. Era um , queimou no incêndio que destruiu meu consultório…
-Incêndio, como foi?
-Perdi quase tudo o que eu tinha. Estava no apartamento em que morava na Anita Garibaldi, fui avisado pela Regina Flores da Cunha, mas ela demorou para me encontrar. Quando vim para cá, isso estava um metro de lodo e cinza, os bombeiros também demoraram muito por causa do trânsito, mas quando cheguei já haviam apagado. Mas nada se salvou, um quadro do Portinari, um bom dinheiro que eu tinha guardado, de umas terras que vendi… Já tinha alugado uma caixa num banco, mas deixei para o dia seguinte, estava muito cansado, fui para casa… aconteceu. Faz oito anos, mas ainda estou pagando as dívidas…
-Porque o senhor voltou para Porto Alegre?
-Tinha uma herança para receber aqui, no fim terminei indo mal, não gosto nem de falar nisso…
-Seguiu, então, trabalhando aqui?
-Sim, em um mês que havia chegado não tinha mais horário. Analisei muita gente: reitor de universidade, professores, juizes, desembargadores…
-Como o senhor conheceu o Oswaldo Aranha?
-Fui colega do filho dele no quartel, servimos no Forte Copacabana, nos tornamos muito amigos. Quando voltei para o Rio Grande, logo depois de formado, o Oswaldo Aranha me vendeu um jipe, vendeu por uma bagatela, só para não dizer que tinha me dado. Botei um reboque no jipe, coloquei minha mudança dentro e vim. Naquele tempo praticamente não tinha estrada, levei oito dias, em muitos trechos tinha que descer para retirar os galhos da estrada.
-Veio para Porto Alegre?
-Não, para Porto Mariante, terra da minha familia. Lá comecei. Tinha uma clínica, fazia de tudo: clinica geral, pediatria, quando via que não dava, levava para o hospital em Taquari ou Venâncio Aires…
-E o Flores, conheceu como?
-Conheci quando ele era deputado federal. Eu estava de volta ao Rio fazendo minha especialização, morava no mesmo hotel em que ele ficava. Um dia no elevador eu o cumprimentei. Ele disse: “Pelo jeito, tu és do Rio Grande”. Perguntou o que eu fazia no Rio, quando disse que era médico ele falou: Então vou te pedir para me fazer umas injeções na veia”. Aí, eu ia todos os dias ao quarto dele fazer a injeção. Fizemos amizade, ele me deu um revólver de presente.
-Ele era falante…
-Mas não se abria muito, não…
-E o suicídio do Getulio? Chegaram a dizer que foi assassinato…
-Isso é mito, lenda. Queriam culpar alguém. Foi suicídio. O suicida não se mata, ele mata alguém dentro dele. Quem ele quis matar? seus inimigos da UDN, o Carlos Lacerda, as multinacionais…
-De qualquer forma, a morte dele é um enigma…
-Ele sempre se moveu entre enigmas. O mito é algo que ninguém viu. É eterno e perene. O herói é perene, mas não é eterno. O mito é eterno, Getulio se mitificou para a eternidade…
-Mas as verdadeiras causas…
-Muitas dessas coisas são inconscientes. Não se pode provar nada nessa área. Tem que trabalhar com hipóteses e a hipótese para ter alguma validade tem que ser um pouco arrojada…
-O senhor estava no Rio quando ele se matou?
-Sim. Fui ao Catete quando correu a notícia, quando cheguei ninguém sabia direito o que tinha acontecido. O Euclides Aranha já estava lá e disse: “Senta aí, o presidente está morto”. Na familia ninguém acreditava que ele fosse se matar…
-Mas ele tinha tendências suicidas?
-Eu mostro no livro que ele sempre foi um suicida em potencial. Tem uma cena na noite em que foi deflagrada a Revolução de 30. Era uma correria danada, todo mundo agitado. A esposa do Osvaldo Aranha, dona Vindinha, contava que entrou no gabinete, o Getulio estava sentado, alisando um gato no seu colo. Ela perguntou o que ele pensava em fazer, ele tirou o revolver da cintura mostrou e continuou alisando o gato…Ele já estava sinalizando: em último caso tinha uma bala…
-Ele era realmente um manipulador?
-Ele era frio, gelado, tudo era estudado, falso, até o riso imotivado. Ele ria por qualquer coisa. Sempre foi mais preocupado com a tradição, a posteridade, do que com a própria vida. Se poderia dizer que ele amou mais a morte do que a vida.
-Ele amava o poder…
-Sabe qual era a biblia dele? O Principe, do Machiavel. Mas tinha influências do positivismo de Augusto Comte, seguia a cartilha castilhista-borgista. Nesse livro, não tive preocupação com a parte histórica, tanto que quase não cito datas. O objetivo era fazer um estudo profundo da personalidade de cada um, algo que ninguém fez até hoje…
-O que o senhor constata, por exemplo?
-A hipomania do Oswaldo Aranha. É uma manifestação branda do que hoje se chama de sindrome bipolar… O Flores tinha surtos epileptiformes, não quer dizer que fosse epilético, tinha rajadas epilépticas. Aquela investida dele no combate do Ibirapuitã, enfrentando de peito aberto a metralhadora, é sintomática. É um comportamento suicida…É inconsciente, porque a reação consciente é sempre de defesa, de preservação.
-É a coisa do heroísmo…
-O aspirante à heroicidade prefere morrer como herói do que viver como um cidadão comum… Erico Veríssimo diz no Retrato: “Cambará macho não morre na cama”.
-Pode-se dizer que o senhor é um freudiano?
-Eu sou um kleiniano (de Melanie Klein), mas não desprezo o Freud. Não há nada na psicanálise que Freud não tenha abordado, às vezes com outras palavras, mas nada escapa dele.
Nova lei da cultura: vitória do entendimento 534tr
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou nesta terça-feira (29) a nova lei de apoio à cultura, agora chamada Sistema Estadual Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais (Pró-cultura), substituindo a chamada Lei de Incentivo à Cultura (Lei 10.846, de 1996).
O projeto do Executivo, de início considerado ruím, recebeu 19 emendas de consenso, negociadas entre as bancadas e com os representantes dos produtores culturais. Acabou aprovado por unanimidade, após um acordo entre governo e oposição.
A expectativa é de um renascimento cultural depois de uma longa crise.
Quanto ao debate sobre o papel do Conselho Estadual de Cultura, foram mantidas as prerrogativas do órgão na deliberação sobre o mérito cultural e o grau de prioridade dos projetos, mas a gestão do sistema e a fiscalização do uso de recursos ficou a cargo da Secretaria de Cultura.
Não foi aceita a emenda do deputado Ronaldo Zülke (PT) que determinava que o Executivo aplicasse em cultura, a partir de recursos próprios, o mesmo valor depositado pelos contribuintes. Além disso, segundo o deputado Berfran Rosado (PPS), foram mantidos os princípios da chamada Lei Bernardo, que permite o o de pequenas empresas ao financiamento de projetos.
De acordo com o deputado Adão Villaverde (PT), o projeto inicialmente apresentado à Assembleia melhorou, mas não é o ideal. O deputado Ronaldo Zülke (PT) lembrou que o assunto já vinha sendo discutido na Assembleia há cerca de dois anos e, nesse intervalo, o governo enviou o projeto. Já o deputado Nelson Härter (PMDB) afirmou que hoje o PL 294/2008 é outro, pois não possui mais um conteúdo autoritário. Ele destacou o papel da Assembleia de mediadora entre os interesses envolvidos na questão.
Yeda diz que livro mudou sua maneira de ver a política 2j332v
A governadora Yeda Crusius interrompeu sua agenda no início da noite de quinta-feira, 15/4, para ir até a Assembléia Legislativa buscar o autógrafo do psicanalista João Gomes Mariante, que estava autografando o livro “Três no Divã”, lançado por JÁ Editores..
A governadora leu uma primeira versão do texto há pouco tempo e ficou bastante impressionada. “Esse livro foi como uma luz, me fez ver a política e seus personagens de uma maneira diferente. Por causa desse livro, reabilitei o Flores da Cunha, que foi um grande governador e seu busto estava num depósito”, disse ela nas entrevistas que deu durante o evento.
Yeda revelou também que o autor do livro, de 92 anos, dos quais quase 60 dedicados à psicanálise, é um de seus conselheiros. “Este homem é uma lição de vida”, disse ela. “Ele é meu conselheiro. Quando tenho alguma decisão importante, difícil, eu sempre ouço o dr. Mariante”, revelou.
O dr. Mariante desconversou quando perguntado sobre suas relações com a governadora. “Sou irador dela e conversamos às vezes, como amigos”, despistou. Deixou escapar, porém, uma “ponderação” que fez a Yeda numa das conversas que tiveram: “Eu disse que ela deveria colocar mais ternura nas palavras e atitudes, não se preocupar tanto em responder de imediato às críticas”.
Fortunati também pegou seu autógrafo
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, também prestigiou o lançamento de “Três no Divã”, acompanhado da esposa, Regina. Encantado com a vitalidade do autor, o casal pegou seu autógrafo e confraternizou com os convidados, entre eles Ercy Thorma, presidente da Associação Riograndense de Imprensa, e notáveis da área médica, da Maçonaria e do Rotary.
TVE vai permanecer no morro Santa Teresa 3l4x71
Uma reunião no final da manhã desta quinta-feira, 25, confirmou: a TVE vai permanecer no prédio do morro Santa Teresa, que ocupa há 25 anos.
Participaram o secretário da istração, Elóy Guimarães, o presidente da TVE, Ricardo Azeredo, o diretor Técnico Airton Nedel e representantes da empresa de engenharia que faria a reforma da nova sede da TVE.
A decisão, já tomada, de transferir a emissora publica do Estado para novas instalações no Centro istrativo esbarrou num problema de engenharia: os técnicos da empresa contratada para fazer a reforma no espaço que abrigaria a TVE constataram infiltrações no teto decorrentes de falhas estruturais.
O local de 1.800 metros quadrados deveria ser um anfiteatro anexo ao Centro istrativo, mas nunca foi concluido e transformou-se num imenso depósito das repartições do governo do Estado ( quase 200 caminhões de tralhas foram retirados do local, para dar início à reforma).
A reparação das falhas constatadas demandaria pelo menos cinco meses de obras.
Diante disso, a governadora Yeda Crusius teve que recuar e aceitar a proposta feita pela presidente da Empresa Brasileira de Comunicações, Tereza Cruvinel, para que as duas emissoras públicas – estadual e federal – permaneçam juntas no mesmo prédio, o velho edifício do morro Santa Teresa, adquirido no final do ano ado para abrigar a TV Brasil, no Rio Grande do Sul.
A TVE teria que deixar o prédio até o final de março, o que será impossível diante das novas circunstâncias.
Uma comissão será nomeada pela governadora para estabelecer as condições de convivência entre as duas emissoras no mesmo local. Pela proposta feita pela TV Brasil a TVE não precisará se comprometer em retransmitir programas da estatal federal. Essa era a principal razão para a governadora transferir a teve pública dos gaúchos. Yeda não quer retransmitir programação da tv federal, criada pelo governo Lula.
"É por um enorme amor à vida que a gente faz arte" zk1u
Trechos de textos e desenhos do autor apresentados em painéis fotográficos, organizados em “quatro eixos principais”, compõem a exposição “Por Amor à Vida – Erico Verissimo 100 anos” que estará no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV) até o dia 13 de março.
A exposição foi realizada em 2005, para o centenário do autor. Agora retorna com o mesmo formato e no mesmo local. É um eio imperdível pela biografia de um dos maiores escritores brasileiros.
“É por um enorme amor à vida que a gente faz arte. Multiplico minha vida na criação da dos outros”. O teor desta declaração do escritor Erico Verissimo, datada de 1973, é o mote da exposição, que tem design gráfico de Nico Rocha e Ceres Storchi e curadoria da professora , Elizabeth Rochadel Torresini, da História da PUC-RS.
Há cinco anos, a mostra, seguida por palestra sobre o escritor, ou por várias cidades do Estado, Montevidéo (Uruguai) e Brasília, onde esteve sediada no Salão Negro do Senado Federal de 24 de agosto a 3 de setembro daquele ano.
A casa é o fio condutor
Com uma biografia na qual a constância da casa consistiu em principal fio condutor, a exposição é dividida em A Casa Recebida, cujo eixo é a infância e o universo da família de Erico; A Casa Perdida, a qual versa sobre a dor imensa provocada pela separação dos pais, em 1922, A Casa Procurada, trecho que apresenta seu relacionamento com a esposa Mafalda, os filhos, amigos, livros, leitura, o trabalho e a escrita e, por fim, a Reconquista da Casa – a mesma de Cruz Alta, renovada em Porto Alegre. No mês de fevereiro, o horário de visitação do CCCEV é de segundas a sextas-feiras, das 10h às 19h. Em março, o Centro Cultural volta a funcionar de terças a sextas-feiras, das 10h às 19h, e aos sábados, das 11h às 18h. A entrada é franca.
TV Brasil vai transmitir para 49 países ainda este ano 2f5y5r
Ainda no primeiro semestre de 2010, o sinal da TV Brasil, a televisão estatal criada pelo governo Lula há dois anos, estará chegando a 49 países do continente africano.
A previsão é da presidente da Empresa Brasileira de Comunicação, Tereza Cruvinel, que participou de uma oficina sobre comunicação no Forum Social Mundial.
O acordo com um grande operador internacional, que distribuirá o sinal, está sendo formalizado, segundo a jornalista.
Para alcançar os Estados Unidos, Japão e paises da Europa, no entanto, ainda não há previsão.
A presidente da EBC disse que há 3 milhões de brasileiros fora do país. Atualmente eles tem o apenas aos canais comerciais, que são bastante caros – cerca de 40 dólares adicionais, além da de tv a cabo em cada país.
“Sabemos que há uma demanda grande e pretendemos oferecer o gratuito ou, no mínimo, mais barato”, disse Tereza Cruvinel.