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A eleição mais eletrizante desde a redemocratização merece pífia e burocrática cobertura jornalística. O noticiário limita-se a um registro insosso do que dizem os candidatos e de suas andanças, o que é uma repetição do que está no horário eleitoral no rádio e na tv. As entrevistas, mesmo aquelas pomposas com dez perguntadores, ficam ao nível do noticiário superficial, de onde os repórteres tiram suas perguntas. A falta de informação é encoberta pela agressividade, quando se trata de certos candidatos. Os debates, com sorteio de questões e de quem pergunta para quem, lembram os primórdios dos programas do Silvio Santos, sem a animação do auditório. As restrições impostas pela Justiça Eleitoral, que a imprensa aceitou ivamente, contribuem, certamente. Mas longe de justificar a falta de jornalismo num momento em que a democracia mais precisa de informações confiáveis. Fica evidente a falta independência para abordar certas questões. Não falta inteligência, falta liberdade. Exceções confirmam a regra. É por isso que a melhor cobertura da eleição está sendo feita pelo espanhol El Pais, em sua edição para o Brasil.     2h2x3

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