Crise sem fim abala a cúpula política do RS 4xe6z

Cleber Dioni Motivo do inquérito permanece em segredo Parece não ter fim a crise ética que atinge as estruturas do poder no Rio Grande do Sul. Desde o início de 2008 não a uma semana sem que estoure uma bomba, envolvendo políticos e funcionários situados na cúpula do poder político do Estado. Começou com a “fraude dos selos”, que envolveu dois deputados estaduais e funcionários graduados da Assembléia Legislativa no desvio de R$ 3 milhões. O caso ainda ocupava as manchetes quando uma bomba ainda maior estourou com a “Operação Rodin” em que a Polícia Federal desmontou um esquema criminoso que desde 2003 já havia se apropriado de R$ 44 milhões do Departamento Estadual de Trânsito. Por conta da “fraude do Detran” já caíram quatro secretários do governo estadual e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas foi afastado do cargo. Na I que procurou estabelecer as responsabilidades políticas no caso, surgiu a denúncia de irregularidades na compra da casa da governadora Yeda Crusius, hoje sob investigação do TCE. Agora, fica-se sabendo que desde o dia 1º. de agosto, o Ministério Publico Federal está autorizado pelo do Supremo Tribunal Federal investigar oito pessoas num inquérito, originado em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre e que corre em segredo de Justiça. A autorização do STF era necessária, porque o caso envolve quatro pessoas com foro privilegiado: os deputados federais José Otávio Germano, ex-secretário estadual de Segurança, e Eliseu Padilha, ex-ministro dos Transportes (Governo FHC), o presidente da Assembléia Legislativa, Alceu Moreira (PMDB), o prefeito de Sapucaia do Sul, Marcelo Machado, e o secretário estadual de Habitação e Saneamento, Marco Alba, também deputado pelo PMDB. O inquérito, de número 2.741, com 12 volumes e 2.895 páginas, por decisão do ministro Marco Aurélio de Mello, relator do processo, foi mantido em segredo de Justiça. Além dos quatro políticos com mandato e, portanto, com foro privilegiado, estão implicados o chefe de gabinete da Prefeitura de Sapucaia do Sul, Renan Presser; o secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Canoas, Francisco de Oliveira Fraga (PTB), um dos réus na fraude do Detran; e Marco Antônio Camino. No site do STF consta que no dia 15 de agosto, o deputado José Otávio Germano pediu para ter o ao processo, o que lhe foi negado. A mesma providência foi tomada por Eliseu Padilha, com o mesmo resultado. Nem o MPF, nem o ministro Marco Aurélio Mello, revelaram o objeto do inquérito. Pelas ligações entre os envolvidos, depreende-se que a denúncia envolva desvio de verbas na área de saneamento, onde estão investidos R$ 1 bilhão em recursos do PAC, o programa de aceleração do crescimento do governo federal. Quem é quem Otávio Germano (PP) foi secretário de Segurança no governo anterior (Germano Rigotto) e tem seu nome implicado nas investigações da Operação Rodin, que indicia várias pessoas próximas ao deputado. Eliseu Padilha é secretário geral do PMDB no Rio Grande do Sul e trabalha para ter seu nome indicado pelo partido para concorrer a governador em 2010. Alceu Moreira (PMDB) é o atual presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Ele foi secretário da Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano no governo Germano Rigotto. Marco Alba exerce, no momento, o cargo de Secretário Estadual de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano no governo de Yeda Crusius (PSDB). Alceu Moreira e Marco Alba tem vínculos estreitos com o deputado federal Eliseu Padilha. Alba tem sob sua responsabilidade a aplicação de um bilhão de reais em obras de saneamento incluídas no PAC. Francisco Fraga é secretário de governo da prefeitura de Canoas, e também ligado a Eliseu Padilha. 6b4320

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