Assunto recorrente nos encontros de intelectuais na Feira do Livro é a indicação de Luiz Antônio de Assis Brasil para a Secretaria de Cultura e o desafio que ele vai enfrentar, diante da situação de “apagão cultural” que vive o Rio Grande do Sul. Redução de investimentos orçamentários, distorção da Lei de Incentivo à Cultura, com aplicação da maior parte dos recursos em projetos do próprio governo, e até a queda de investimentos privados, em consequência da falta de uma política cultural pelo governo do Estado – são as causas do “apagão”. Os sinais estão por toda a parte – desde a crise da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, ando pela falta de bibliotecários até na Biblioteca Central do Estado, até o sucateamento do Instituto Estadual do Livro. De modo geral, a indicação do futuro secretário – um escritor consagrado, professor de alto conceito, com experiência na gestão cultural e sem arestas políticas – desperta esperanças de mudanças. Mas o tamanho do desafio leva a indagar até onde ele poderá chegar, uma vez que as restrições financeiras, apesar do badalado “deficit zero”, ainda serão severas no início do próximo governo. k42v