Por Daiane Menezes Cenas gravadas na fazenda do Borghetti na Barra do Ribeiro O novo filme do diretor Paulo Nascimento é baseado na história de João Carlos Bona Garcia. Ele ingressou no movimento estudantil influenciado pelos ideais revolucionários de Fidel Castro e Che Guevara. Após o golpe militar de 1964, ou a militar no Partido Comunista e foi integrante da VPR – Vanguarda Popular Revolucionária. Participou de um assalto, foi preso e torturado no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), em Porto Alegre. Em 1971, estava na lista dos 70 presos políticos trocados pelo embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher. As filmagens começaram no Marrocos e na França, com cenas do exílio do protagonista. Do final de janeiro até esta sexta-feira estão sendo feitas as tomadas em Porto Alegre – parque da Redenção, Mercado Público, Belém Novo, Ilha do Presídio. A partir de 13 de fevereiro, a equipe a a filmar no Chile onde encerram as gravações de “Em teu nome”, que é o título do filme. A previsão é que esteja montado no final de maio. “É um filme muito diferente do que fiz até agora. Falar de uma pessoa viva é um pouco assustador. Mas a história melhor ainda do que eu imaginava”, conta o diretor. O ator gaúcho Leonardo Machado, que faz o protagonista, já havia trabalhado com Nascimento outras vezes, inclusive em “Valsa para Bruno Stein”. “Fiquei felicíssimo, porque normalmente quando surge um bom papel pegam um ator de televisão”, diz ele. Também se diz honrado em fazer o papel de Bona. “A ditadura nos atrasou uns 30 anos, com reflexos até hoje. Por isso, é muito importante falar dessas pessoas, desse período”. Leonardo Machado, o protagonista de “Em teu nome” O diretor diz que o filme é “uma história de superação”. Tem apenas uma cena de tortura. O orçamento é modesto: R$ 3 milhões, “custo de um filme rodado em Porto Alegre”. O clima no set de filmagens é descontraído e familiar. A irmã do personagem é interpretada por Júlia Feldens, afastada das novelas em função do casamento e dos filhos. Ela é sobrinha de Bona Garcia. “Achei que era um jeito especial de voltar, interpretando a minha própria mãe. Cresci ouvindo esta história, faz parte da minha formação”. Júlia é gaúcha, foi morar em São Paulo para fazer teatro e alcançou os estúdios da Rede Globo. O filme conta também com participação de Marcos Paulo, Silvia Buarque e Cesar Troncoso (O Banheiro do Papa). Em Marrocos foram feitas as cenas de exílio de Boni na Argélia. “A opção por filmar lá foi porque é o único país árabe que não está em guerra. Mesmo assim, fiquei muito tenso. Dizia sempre para a gente andar perto, porque não é brinquedo”, conta Leonardo. Cecília sofreu muito por causa da posição da mulher naquela época, assim como Fernanda Moro, que a interpreta no filme a companheira de Boni. Os costumes são diferentes. “A Fernanda estava com uma saia embaixo do joelho e daqui a pouco começou a juntar gente ao redor dela na Medina, que é um tipo de mercado público muito grande”, diz Paulo. Lá tiveram em problemas com licença de filmagem o que exigiu até negociação com a polícia. “A gente brinca que depois que ou Marrocos, o filme está pronto. Tudo que podia acontecer de errado lá aconteceu”, conta o diretor. A agem por Paris, onde Bona presidiu o Comitê Brasileiro pela Anistia da cidade foi mais tranqüila. “Mas como éramos poucos, todo mundo fazia tudo, carregava mala, equipamento. Toda a produção foi feita de metrô”, conta o diretor. Nos intervalos das filmagens, alguns atores falavam em presentes. “Esse é o momento em que todo mundo dá presente para o montador para não ser tirado de cena”, brinca Paulo. 3gb5o
gostei muito….e gostei demas do diretor….
E o protagonista Leonardo Machado é muito bonito…só faltou a foto do diretor…bem ke ele fikaria mas bonito sem essa barba….rsrsrsrsrsrs
Vou esperar sua aprovaçao…bjssss