Livro inédito e exposição resgatam o poeta simbolista Eduardo Guimaraens 346hr

Evento ocorre dia 13 de dezembro, data que marca os 90 anos de falecimento do escritor 6e6v6q

 “Poemas” foi escrito em 1923 e permaneceu inédito por 95 anos. Reúne sonetos escritos em francês pelo poeta Eduardo Guimaraens (1892-1928), um dos principais nomes do simbolismo brasileiro.

Foi lançado recentemente pela Libretos, com organização de Maria Etelvina Guimaraens e tradução de Lívia Petry Alcy Cheuiche.


Nesta sexta feira, 13, data que marca 90 anos de seu falecimento, haverá uma homenagem ao poeta no Baden Cafés Especiais Av. Jerônimo de Ornelas, 431, a partir das 18h30, estarão expostos originais e objetos que pertenceram ao poeta,

A título de sessão de autógrafos, a obra “Poemas” (Libretos, 2018, 88 páginas, R$ 30) será carimbada pelos familiares com ex-libris utilizado pelo autor. 

Contemporâneo de Fernando Pessoa, a obra de Eduardo Guimaraens está presente na exposição sobre o poeta português em cartaz no Santander Cultural até o dia 30 de dezembro.

Lívia Petry fala sobre a obra do autor. “Eduardo Guimaraens é um dos expoentes do Simbolismo no Brasil e este livro vem mostrar um pouco da sua produção.

O Simbolismo nasceu na França e tem entre seus precursores e principais seguidores poetas como Baudelaire, Mallarmé, Verlaine, Rimbaud, entre outros.

Este movimento caracteriza-se particularmente por dar à poesia o status de arte total: para os simbolistas, a poesia deveria evocar a melodia da música, e também as cores das paletas dos pintores, os cheiros que inun­dam as cidades e os campos, a textura da pele das crian­ças, enfim, ser cinestésica e completa.

Eduardo Guimaraens segue à risca esses preceitos e faz com que ao lê-lo sejamos levados pelo tom melódico das palavras.

Os versos deste poeta bem podem ser chamados de canções, tais as suas aliterações e assonâncias, que fazem deles verdadeiras melodias. Também suas imagens nos levam para o mundo das sensações: podemos tocar, cheirar, sentir seus poemas”.

A organizadora Maria Etelvina Guimaraens comenta o legado do avô:
“Nosso avô morreu cedo, muito cedo, aos 36 anos. Seus filhos Dante Gabriel e Carlos Rafael tinham quatro e dois anos. Assim, nosso avô jovem foi sempre uma presença ausente. Ele era poeta simbolista, foi diretor da Biblioteca Pública do Estado. Era questão certa no vestibular.

A beleza de seus poemas sempre permeou nossas vidas. Assim como a música da Dinha, nossa tia bisavó cantora que tinha seus 90 anos. Nossos encontros, dos primos, nos sábados à tarde, na casa dela, eram aventura, afeto e memória. Os saraus de seu aniversário, dia 6 de fevereiro, eram encantados com poesia, música, dança. Na casa da Duque.”

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