Evento ocorre dia 13 de dezembro, data que marca os 90 anos de falecimento do escritor 6e6v6q
Foi lançado recentemente pela Libretos, com organização de Maria Etelvina Guimaraens e tradução de Lívia Petry e Alcy Cheuiche.
Nesta sexta feira, 13, data que marca 90 anos de seu falecimento, haverá uma homenagem ao poeta no Baden Cafés Especiais Av. Jerônimo de Ornelas, 431, a partir das 18h30, estarão expostos originais e objetos que pertenceram ao poeta,
A título de sessão de autógrafos, a obra “Poemas” (Libretos, 2018, 88 páginas, R$ 30) será carimbada pelos familiares com ex-libris utilizado pelo autor.
Contemporâneo de Fernando Pessoa, a obra de Eduardo Guimaraens está presente na exposição sobre o poeta português em cartaz no Santander Cultural até o dia 30 de dezembro.
Lívia Petry fala sobre a obra do autor. “Eduardo Guimaraens é um dos expoentes do Simbolismo no Brasil e este livro vem mostrar um pouco da sua produção.
O Simbolismo nasceu na França e tem entre seus precursores e principais seguidores poetas como Baudelaire, Mallarmé, Verlaine, Rimbaud, entre outros.
Este movimento caracteriza-se particularmente por dar à poesia o status de arte total: para os simbolistas, a poesia deveria evocar a melodia da música, e também as cores das paletas dos pintores, os cheiros que inundam as cidades e os campos, a textura da pele das crianças, enfim, ser cinestésica e completa.
Eduardo Guimaraens segue à risca esses preceitos e faz com que ao lê-lo sejamos levados pelo tom melódico das palavras.
Os versos deste poeta bem podem ser chamados de canções, tais as suas aliterações e assonâncias, que fazem deles verdadeiras melodias. Também suas imagens nos levam para o mundo das sensações: podemos tocar, cheirar, sentir seus poemas”.
A organizadora Maria Etelvina Guimaraens comenta o legado do avô:
“Nosso avô morreu cedo, muito cedo, aos 36 anos. Seus filhos Dante Gabriel e Carlos Rafael tinham quatro e dois anos. Assim, nosso avô jovem foi sempre uma presença ausente. Ele era poeta simbolista, foi diretor da Biblioteca Pública do Estado. Era questão certa no vestibular.
A beleza de seus poemas sempre permeou nossas vidas. Assim como a música da Dinha, nossa tia bisavó cantora que tinha seus 90 anos. Nossos encontros, dos primos, nos sábados à tarde, na casa dela, eram aventura, afeto e memória. Os saraus de seu aniversário, dia 6 de fevereiro, eram encantados com poesia, música, dança. Na casa da Duque.”