Lula quer Dilma lá e Rigotto aqui 6vi38

O presidente Lula já disse para todo mundo que a ministra Dilma Rousseff é sua candidata à presidência em 2010. O que ele disse apenas para um pequeno grupo de assessores – e para o próprio interessado – é que seu preferido para suceder Yeda Crusius ao governo gaúcho é o ex-governador Germano Rigotto. O presidente escolheu Rigotto da mesma forma e baseado no mesmo impulso com que escolheu Dilma.  A única diferença é que ele já conhecia e irava Rigotto, enquanto Dilma virou candidata só depois de entrar na equipe palaciana – ela mostrou desempenho sem lhe fazer sombra. Lula gosta dos dois, ponto final. Lula e Rigotto já traçaram a estratégia e se falam de vez em quando. O presidente não quer que Rigotto se exponha até a hora certa, daí o papo do ex-governador de que estaria estudando a vaga ao Senado. O presidente já tinha mandado recado ao PT gaúcho, em abril, na última visita do presidente nacional Ricardo Berzoini ao Rio Grande, que quer uma candidatura do PMDB/PTB ao governo do estado. O objetivo conhecido é viabilizar o projeto Dilma (com ela  na cabeça e o PMDB de vice). O PMDB tem para oferecer, além de Rigotto, o prefeito de Porto Alegre José Fogaça, mas cuja a está flertando com o governador mineiro Aécio Neves, pré-candidato do PSDB. Lula não aceita Fogaça. No seu desenho de uma aliança mais ampla, quer Rigotto e,  para não humilhar demais o PT, o vice do PTB – ao PT sobraria a vaga ao Senado. A missão Berzoini demorou a ser digerida – mas assim que foi provocou a reação de Tarso Genro, lançando-se pré-candidato a governador. Novo recado presidencial mais duro tem sido reado aos líderes locais: se os petistas  seguirem sozinhos numa candidatura regional prejudicando a aliança nacional,  a consequência da derrota de Dilma será o expurgo pelos vencedores dos cerca de 4 mil petistas gaúchos em cargos federais. (RAO) 5z5168

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