Naira Hofmeister Novamente os integrantes do Fórum Municipal de Entidades de Porto Alegre vão mostrar sua insatisfação com os rumos que a Camara Municipal está propondo à cidade. Justamente na véspera da eleição e num lugar de ampla movimentação popular: a Usina do Gasômetro. O Forum é composto pelas 22 associações de bairro e ongs ambientalistas que participram do debate sobre o Plano Diretor na Câmara em 2007 e 2008. A partir das 15h o grupo se reúne para protestar contra a alteração na lei 470 que tramita na casa – e já teve a votação adiada duas vezes em razão do período eleitoral. O atual regime urbanístico de Porto Alegre proíbe a construção de empreendimentos residenciais e industriais ou de depósitos na beira do Guaíba. A idéia de modificar a lei partiu de um empresário, sócio da BM PAR, que pretende contruir um complexo de seis prédios na área do antigo Estaleiro Só, na Zona Sul de Porto Alegre. O Pontal do Estaleiro prevê o uso misto da área, ou seja, além de salas comerciais e de um hotel, o projeto terá apartamentos residenciais. Uma grande área pública de mais de 32 mil m² – com esplanada para eios à pé, ciclovia e uma rua para carros – também estão incluídas no projeto e são usados como justificativa do construtor, que garante que dessa forma vai “devolver a Orla à população, que hoje não pode usufruir da região”. Os críticos defendem que a revitalização da área deve ser protagonizada pelo poder público e acusam prefeitura e vereadores de defenderem os interesses econômicos de poucos, já que um dos argumentos que a BM PAR usou para ingressar com a solicitação foi de que a atual lei excluiria a possibilidade de lucro necessário para um bom negócio. A área aonde a BM PAR planeja construir o Pontal do Estaleiro foi comprada depois de 15 anos com sucessivas tentativas de leilão sem sucesso, justamente pela proibição implicada na lei 470. A BM PAR arrematou a área há seis anos, por R$ 7 milhões (menos da metade do que o valor original). Com o dinheiro do leilão, foram pagas indenizações aos trabalhadores do estaleiro e outras dívidas da empresa falida. Os valores reados aos antigos empregados também foram menores que o solicitado na justiça. Como alternativa, o Fórum Municipal de Entidades de Porto Alegre propõe a urbanização da Orla através de um parque público. um grupo de arquitetos está preparando estudos sobre o trabalho. 2j1ya
Sou totalmente contra a especulação imobiliária na orla do Guaiba.
Não concordo com prédios na orla do Guaiba
Cumpra-se a Lei, sem tentar modificá-la para beneficiar quem quer que seja.