Medo do "efeito Rigotto" leva Fogaça a pedir licença 4p2r63

Elmar Bones Há algum tempo o prefeito José Fogaça, candidato à reeleição em Porto Alegre,  vinha ouvindo advertêcias de assessores e correligionários sobre o risco de permanecer no cargo, limitado para as atividades da campanha. Lembravam o que aconteceu com o ex-governador Germano Rigotto, também do PMDB, candidato à reeleição francamente favorito, que acabou fora do segundo turno na disputa pelo governo do Estado, em 2006. Até a condição de favorito, reforçava os temores. Assim como acontecia com Rigotto, governador-candidato, as pesquisas de intenção de voto dão  ampla vantagem ao prefeito-candidato Fogaça (mais de dez pontos acima do segundo colocado). Como Rigotto, ele também tem o apoio quase explícito da grande mídia, que foi benévola com suas deficiências e é generosa com as realizações que ele apresenta na fase final do mandato. Como Rigotto, por fim, ele permanecia no cargo, mantendo-se afastado do dia a dia da campanha. O temor dos assessores era de que, como Rigotto, Fogaça acabasse surpreendido na reta final da campanha. Rigotto, como se sabe, foi superado por Yeda Crusius, do PSDB, candidata que não tinha mais do que 4% nas primeiras pesquisas. Fogaça se manteve irredutível, até que o próprio Germano Rigotto ligou para advertí-lo do perigo. Na quinta-feira, 4/9, anunciou que vai deixar o cargo e entrar na campanha a partir da próxima segunda-feira. Em declaração aos jornais, Fogaça disse não temer um eventual “efeito Rigotto”, mas reconheceu que foi aconselhado pelo ex-governador. “O que ocorreu com Rigotto, não serve de lição, mas ele mesmo me aconselhou que tirasse essa licença”, disse. 656s

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