Ônibus circulares do centro têm 220 lugares a menos 636d4w

Reportagem de Cristina Rodrigues ageiros ganham televisão, mas perdem espaço nas linhas C1, C2 e C3 Desde o dia 4 de junho, as três linhas circulares da Companhia Carris Porto-alegrense que percorrem o centro da cidade e bairros próximos, transitam com carros dois metros menores do que o padrão. Rosana Gazzola demorou para reconhecer o ônibus que tinha que pegar para ir ao dentista. “Achei que era uma lotação”. A redução facilita manobras nas ruas estreitas que caracterizam a região. “Já tive que esperar carro mal estacionado sair da vaga para poder seguir pela Demétrio Ribeiro”, exemplifica um motorista do C3. A mudança integra o projeto Viva o Centro e, cujo objetivo, segundo o diretor técnico da Carris, Hélio Mendes, é melhorar a qualidade de vida. “Os carros são mais leves, consomem menos combustível, poluem menos”, propagandeia. Mas com dois metros a menos, a oferta de bancos diminuiu de 517 para 297. A linha C2, por exemplo, circulava com três carros de 47 lugares. Agora são quatro, mas cada um possui apenas 27 assentos: são 33 a menos. “Estão mais cheios”, ite o motorista Agilberto Quiroz, no C2 há 22 anos. Quem utiliza diariamente sente grande diferença. “Antes era difícil ver gente em pé. Agora tem sempre”, critica o estudante Caio Turbiani, que pega o C2 e o C3 diariamente. Caio estava no C3 que trafegava pela avenida Venâncio Aires por volta das 17h de uma sexta-feira: 35 pessoas não tinham onde sentar. A falta de lugar é tanta que poucos podem desfrutar da novidade mais anunciada pela Prefeitura: as televisões das linhas circulares. A maioria de usuários dos horários de pico tem que se esticar para desviar o olhar sobre as cabeças e enxergar a tela. Outras melhorias são o telefone e o câmbio automático. População quer mais carros Das três linhas circulares, o C2 foi a única que ganhou um novo veículo, pois atende a maior demanda: 3 mil ageiros ao mês. Com lotação média mensal de 2.600 ageiros, o C3 perdeu um carro, enquanto o C1 segue com seus mesmos quatro ônibus para transportar 1.500 usuários. Para compensar, a população exige aumento na freqüência dos ônibus. “Fiquei 20 minutos esperando hoje”, reclama uma ageira. Mendes garante que se houver demanda, irá aumentar o número de ônibus. Auxílio para idosos Para atender os quase 50% de ageiros maiores de 60 anos, os ônibus têm as portas de entrada e saída rebaixadas. Ainda assim, dois degraus na porta central são o suficiente para os idosos se acidentarem “Já vi muita gente caindo”, afirma uma ageira do C3. O técnico da Prefeitura se desculpa, mas ite que o problema não tem solução. “Os carros vão continuar com degraus”. Os ônibus foram comprados por R$ 333 mil cada. Os antigos tinham dez anos de uso e estavam no limite da sua capacidade. Eles foram vendidos por R$ 50 mil para prefeituras do interior do Estado. 6a4i29

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