Os médicos cubanos são mais médicos 5v6n16

Vinicius Galeazzi Voltamos, familiares e amigos, de Cuba há poucos dias. Coincidentemente, chegamos a Santiago de Cuba, em 26 de julho, exatamente durante a cerimônia de comemoração dos 60 anos da invasão dos quartéis de Moncada naquela cidade, início da revolução cubana. Ouvimos os discursos dos vários presidentes e representantes de países caribenhos e da América Latina, entre eles do presidente Mujica do Uruguai. A maior parte das falas vinha carregada de agradecimentos à solidariedade que Cuba presta à saúde e à educação de diferentes países, especialmente daqueles que mais precisam. Assim agindo, Cuba cumpre um preceito previsto em sua Lei Maior, uma vez que prestar solidariedade a outros países é norma da Constituição do país. No Haiti, depois do terremoto que assolou aquele país, os médicos cubanos lá estiveram e permanecem até hoje, porque ainda existe muito o que fazer na área da saúde. Os nossos médicos ficaram lá somente dois ou três meses. No rico Panamá, soubemos em nosso retorno, os médicos cubanos fizeram um mutirão de mil cirurgias de olhos, em pagamento à ajuda que tiveram daquele país. Esta semana, aqui, um médico do Uruguai, me relatou que tal mutirão de cirurgias de olhos por médicos cubanos também aconteceu no seu país e atingiu a cifra de 45 mil cirurgias grátis, 30.000 de cataratas, em cinco anos. Além de muitas ilhas do Caribe, eles estão presentes na Venezuela, Equador, Bolívia, Portugal, vários países da África, sendo 47 ao todo. Em Chernobyl, atenderam, em 20 anos, mais de 25.000 pessoas, priorizando crianças. A Arábia Saudita, americanófila, recentemente contratou médicos cubanos para, além de clinicar, atuarem como professores dos médicos locais. Desde a revolução, a saúde e a educação são as grandes prioridades em Cuba. Há 25 faculdades públicas de medicina, além da ELAM (Escola Latina Americana de Medicina) dedicada só a estrangeiros (conta com estudantes de 118 países, inclusive do Brasil). Há 6,4 médicos para cada 1000 pessoas. Sem pagar Como na Inglaterra, lá a medicina é comunitária: o médico conhece todos os seus pacientes e trata as pessoas para que não adoeçam e levem vida saudável. Em Cienfuegos, nosso companheiro de viagem teve sério problema estomacal, foi numa Clínica Internacional foi atendido e saiu de lá com a medicação que precisava, sem pagar nada. Há, em Cuba, muitos problemas, é verdade. O bloqueio econômico e midiático, em 50 anos, comandado pelos Estados Unidos, obrigou e ainda obriga o país e a população toda a sacrifícios imensos. Mas, apesar dessa imposição internacional, ninguém pode afirmar que Cuba não tem uma das melhores medicinas e saúde pública, educação pública de qualidade e gratuita, uma música extraordinária e sorriso aberto das pessoas exibindo dentes sadios. No Brasil, há 1,8 médicos para cada 1.000 habitantes. Na Argentina, 3,2. O programa Mais Médicos visa elevar nosso índice para 2,5 médicos para mil habitantes: um incremento de mais de 170.000 médicos, quando nossas escolas de medicina formam cerca de 18.000 médicos por ano. Nesse contexto, não é aceitável que a corporação dos médicos brasileiros não concorde que se chame médicos de outros países para os postos carentes, onde eles não querem ir. Alegam que não há infraestrutura e, sem ela, os médicos não podem trabalhar, mas não lhes importa, parece, que pessoas adoeçam durante essa espera de infraestrutura. Como é que os médicos cubanos realizam curas onde não há nada? O que é que os médicos cubanos têm, que os nossos não têm? Leio no blog Tijolaço: “Em Portugal, médicos cubanos são um problema. Ninguém quer que eles se vão”, uma vez findo o contrato. Parece que os interesses econômicos da medicina empresarial daqui temem, exatamente, que situação semelhante, também, aqui aconteça: outro conceito de medicina seja conhecido e experimentado e comecem a exigir outra política de saúde pública no Brasil. É evidente que a indústria farmacêutica e de equipamentos, que lucra com a doença, não tem o menor interesse que a medicina preventiva, com foco na saúde, se estabeleça. *Vinícius Galeazzi é arquiteto 10j5f

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  1. O dinheiro que será gasto com a importação desses médicos é o maior cúmulo da história! O Brasil está importando formadores de opinião, não estamos falando de uma pessoal qualquer, são médicos doutrinados no comunismo, que querem propagar esses princípios para as pessoas que não tem nenhuma instrução política, pessoas vulneráveis a ideais que não podem jamais fazer parte do Brasil. PT=Comunismo, hoje vivemos uma ditadura do PT, sou a fazer de importarmos um Presidente Americano e alguns senadores (Como um amigo que é médico disse), e por fim a essa roubalheira desenfreada e a manipulação da imprensa, liberdade de imprensa não existe mais! Se o Gigante realmente acordou, Impeachment Já em toda a quadrilha do PT, normalmente chamados de PETRALHAS!

  2. Nao duvido ds boas intenções dos médicos cubanos. Os brasileiros só exigem que eles em pelo REVALIDA ! Sao tão bons não seria problema.

  3. Arquiteto Vinicius….. você não entendeu…. os médicos cubanos são bons sim…. apenas achamos que eles devem revalidar o diploma pelas normas legais. O por que entrar sem a reavaliação. Eu acho que é um plano comunista. Por que o Brasil vai financiar um governo ditador?

  4. Médicos Brasileiros não quer atender nem planos de saúde, e se vê no direito de torcer contra o Programa Mais Médicos, e olha que nem o maior plano de saúde do Brasil escapa, consulta particular na hora, pelo plano só daqui a 30 dias. Deveriam existir criterios de avaliação na hora do vestibular para medicina, avaliando a vida pregressa, moral, familiar e ética do candidato a médico, vocês tem que aprender um pouco com os professores, estes sim são nossos herois.

  5. Pode ser uma vergonha o Brasil importar médicos, mas é um crime, um genocídio, uma irresponsabilidade não o fazer agora.
    Milhares de brasileiros são tratados e salvos por médicos cubanos em Venezuela e Bolívia, anualmente, tanto pela inexistência de médicos nessas fronteiras como graças a excelência e humanismo dos médicos cubanos que atendem indistintamente nestes dois países.
    Conselhos de medicina sequer se inteiram disto. Para a máfia de branco uma vida humana vale o preço de uma consulta médica.
    Na região amazônica – destaque-se aqui a Amazônia brasileira – raríssimos voluntários saem, por conta e risco, centenas e centenas (às vezes, milhares) de quilômetros via embarcações precárias para ensinar às próprias parturientes – quando muito, aos maridos, vizinhos ou parentes, a fazer um parto! – ainda morrem jovens mulheres no primeiro parto por falta de assistência no Brasil – pois sequer há um técnico em enfermagem no raio de centenas de quilômetros!
    Na região amazônica fazer o próprio parto ou da vizinha é permitido, pois isto não representa concorrência para os mafiosos de jaleco branco e seus conselhos classistas.

  6. Realmente não ha infraestrutura para os médicos trabalharem nas
    Regioes norte,nordeste do nosso país. O governo achou uma forma,imediatista para saldar a carencia de trabalho ineficaz por sua parte. Importar medicos qualificados,que saem do seu país a qualquer custo. Por que não melhorar o saneamento basico dessas regioes? Estruturar os postos de saude? Porque saneamento não elege,o trabalho não aparece,fica escondido. Importar mão de obra estrangeira da mais popularidade. Começamos com médicos,amanhã será professores; hoje sao poucos estudante optando por uma formação academica,tambem quais sao suas garantias ,ao ide realização profissional,estrutura não existe. Preferem pagar pouco para os nossos professores,efetivando dois ou tres substitutos para a mesma cadeira
    ao inves de pagar um salario justo para ele,fazendo isso nao precisaria de substitutos,quem sabe a proxima leva a ser contratado nao seja de professores. Sera que consiguirão importar politicos tambem? Porque essas condutas não am de conjuntos de providencia de amparo a politicos.

  7. Aqui em Manaus Estado do Amazonas, não é diferente de outros locais do Brasil, os médicos, salvo exceções, são na verdade uma classe muito folgada, não item paciente fazer perguntas sobre sua doença, acham que todo mundo é burro e ele o ”doutorzao” , nunca está no consultorio na hora marcada, e se atreva a perguntar o atraso não lhe dão a minima, mesmo quando são pago consulta particular o mesmo não muda seu comportamento.

  8. Este Vinícius Galeazzi com toda a certeza é petista ou comunista. Cuba tem tantos médicos (?)por ser um país onde o cidadão é privado de tudo, principalmente da liberdade, e assim, sendo também um pequeno país com baixa população, formar em medicina é um requisito e a oportunidade de sair do inferno para o exterior onde, mesmo vigiado constantemente e sem receber sálário pelo trabalho (quem fica com o dinheiro é o governo cubano, os médicos recebem apenas um valor próximo de R$ 80,00 por mês trabalhado, quando retornarem à Cuba. São verdadeiro escravos.
    E quanto o despreparo destes médicos (?) se deve ao sucateamentos dos aparelhos hospitalares cubanos.
    Se o comunismo fosse bom, porque os países que o implantaram fechavam as fronteiras e matavam quem tentava fugir deste regime de horror. É o que ainda acontece na Coréia do Norte. Comunismo é ótimo apenas para os dirigentes e seus familiáres. Uma maravilha….. já o povão…

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