Plano anti-PT: Marina agora, Aécio 2018 1n6b60

Por José Antônio Severo Havia um quadro claro. Dilma Rousseff seria reeleita, Aécio Neves e Eduardo Campos fariam uma campanha memorável, emergindo, depois do pleito, candidatos naturais para a alternância de poder em 2018. Era o script, aceito por todos, pois o PT estaria desgastado, sem nomes viáveis para uma disputa no futuro, produzindo-se a saudável alternância do poder inerente às democracias modernas. A volta Lula, uma vez mais seria, em 2018, um grito no vazio. O ex-presidente não se exporia a uma campanha eleitoral em situação tão desfavorável, como a que teria seu partido na eleição seguinte. Voltaria à oposição, seu terreno favorito, para restabelecer a musculatura de seu partido. No entanto, quis o destino que esse quadro pacífico se alterasse, botando em campo uma jogadora que estava fora da competição, a então ex-candidata presidencial Marina Silva. Ela vem de uma campanha muito eficiente em 2010, o que lhe dá o handicap atual, que os dois rapazes não tinham, o reconhecimento público dela, devido à exposição da campanha anterior. Aécio e Eduardo pensariam usar esta jornada atual para se tornarem conhecidos. Assim é normalmente: perde-se numa, mas aparece o suficiente no horário eleitoral da tevê para formar imagem e ganhar na próxima. Com isto Dilma encontrou pela frente uma adversária inesperada. Bater Marina não é o mesmo que enfrentar José Serra ou Geraldo Alkmin, candidatos muito pouco carismáticos. Pode-se dizer que grande parte do êxito eleitoral de Lula (e sua afilhada Dilma) nas três eleições foi enfrentar os tucanos paulistas.  Ambos são políticos eleitoralmente fortes em seu estado, mas de perfil muito regional para empolgar o país. Eles sempre venceram em São Paulo, mas não conseguiram ar das fronteiras de seu estado natal. Agora o adversário é outro. E aí as fraquezas de Dilma aparecem e já comprometem seu desempenho. Sabiamente, Marina Silva declarou-se candidata a presidente de um só mandato. Ou seja: já deixou espaço livre para os postulantes de 2018, no caso, com a morte de Eduardo, Aécio Neves. É uma boa tática para ela acalmar um jovem que nem o mineiro. Não precisa atropelar nem se estressar, podendo seguir seu plano, que Marina lhe ará (se vencer) a faixa no tempo que ele realmente esperava subir rampa do Palácio do Planalto. x65a

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