Capital poderá ter fundo para retirar carroceiros das ruas 2f346y

Por Carlos Matsubara, Ambiente JÁ Porto Alegre é uma cidade com boa fama, pode-se dizer assim. Possui atrativos dignos de serem conhecidos como museus, teatros, parques, além da costumeira hospitalidade dos pampas. Alguns são bem manjados como o pôr do sol do Guaíba. Mas também é conhecida pelos inúmeros carroceiros que perambulam pelas ruas atrás das sobras dos outros como forma de sobrevivência. Ainda que prestem um serviço informal de coleta de lixo, causam polêmica, principalmente com os protetores dos animais que se incomodam com os maus-tratos impostos aos cavalos. Estimativas dão conta de que esses catadores informais recolham cerca de 500 toneladas por dia de lixo das ruas da cidade. Em junho deste ano a Câmara de Vereadores aprovou um Projeto de Lei, de autoria de Sebastião Melo (PMDB), que prevê o fim da circulação de veículos de tração animal em oito anos. O que causou preocupação foi uma emenda de última hora do vereador Beto Moesch (PP) que incluiu na lei a eliminação dos veículos de tração humana com objetivo de incluir também os chamados carrinheiros. Conforme Alex Cardoso, integrante do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável (MNCT), a medida com a emenda pode afetar mais de 80 mil catadores, com e sem cavalo. Aprovada um pouco antes das eleições municipais a lei tem todo jeito de quem jogou pra torcida, já que no papel garante renda e ocupação a essa mão-de-obra toda que ficará sem função. Cardoso lembra o óbvio de que nem tudo o que está previsto em lei é cumprido e que, por isso, a nova legislação não é garantia do sustento dos catadores e de suas famílias. O catador ainda levanta uma questão. Se os catadores informais vão sair das ruas, quem irá fazer este serviço? Segundo ele, ao retirar esse pessoal, uma empresa privada irá ocupar a vaga. Hoje a prefeitura gasta em torno de R$ 250 por tonelada. Construção Civil pode ser destino de catadores Nesta semana um outro Projeto de Lei foi protocolado nessa direção. O autor Adeli Sell (PT) diz que seu projeto prevê a criação de um Fundo que garantirá recursos para cursos de capacitação e reciclagem de mão-de-obra para inserção dos catadores no mercado de trabalho em outros setores como o da construção civil e segurança. Conforme o político são dois setores que reclamam reiteradamente da falta de pessoal qualificado. “Não adianta criar leis que exijam a retirada deles sem oferecer uma alternativa real”, diz. Os recursos poderiam vir do orçamento da prefeitura. Mas para isto ocorrer, é necessário que seja votado até o fim do ano. Algo que o próprio autor ite ser uma tarefa complicada. Caso não seja possível, a prefeitura ainda poderia estabelecer parcerias com a iniciativa privada e organizações não-governamentais para buscar a qualificação e recolocação dessas pessoas no mercado de trabalho. Adeli lembra que o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon) sinalizou diversas vezes que seria parceiro nessa empreitada. Outra entidade que apóia a idéia é o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação, que também necessita de pessoal capacitado para ocupar vagas em aberto. Prefeito deve sancionar lei O prefeito-candidato José Fogaça já itiu publicamente que irá sancionar a lei. Ele gosta de comparar a situação dos carroceiros com a dos camelôs do centro da cidade. Para os ambulantes a solução foi a construção do camelódromo, cuja inauguração está prevista para o fim de outubro. Conforme a prefeitura, a lei possibilitará a inclusão destas pessoas para outras atividades como a hortifruticultura nas ilhas do Guaíba ou sua continuidade no mercado da reciclagem por meio de cooperativas. Para o presidente da Associação dos Carroceiros de Porto Alegre (Ascapoa), Teófilo Rodrigues Motta Júnior, a lei não deve ser sancionada. Ele promete continuar nas ruas. “Vamos nos organizar ainda mais agora e continuar trabalhando”, afirma. Projetos esquecidos Alardeados como soluções para o problema do lixo em Porto Alegre, três projetos foram completamente abandonados. Conforme o site Máfia do Lixo são eles: “Projeto da Incineração de Lixo”, o “Projeto da Unidade de Triagem, Central de Comercialização e Usina de Beneficiamento de Plástico” e a “Central de Tratamento de Resíduos de Saúde”. O primeiro nunca teve os equipamentos instalados desde que foi projetado em 1991 pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) para ser instalado na zona sul da cidade. Embora polêmica, a queima do lixo poderia servir para gerar energia. O “Projeto da Unidade de Triagem, Central de Comercialização e Usina de Beneficiamento de Plástico” seria construído no Distrito Industrial da Restinga e teve parte das máquinas e equipamentos roubados. Neste, o DMLU chegou a receber o “Prêmio Top de Ecologia”. Já o terceiro projeto, a “Central de Tratamento de Resíduos de Saúde” teve uma parceria da Prefeitura de Porto Alegre com a empresa Cavo Serviços e Meio Ambiente S/A. O município cedeu o terreno também na Restinga e a Cavo construiu um pavilhão, que logo foi abandonado com a empresa encerrando suas atividades. 31d6t

0 comentário em “Capital poderá ter fundo para retirar carroceiros das ruas” 3g5264

  1. Antes mesmo de buscar fundos para remanejar os trabalhadores carroceiros devia-se em caráter EMERGENCIAL buscar fundos para atender UM SER HUMANO que ficou em situação de desespero quando seu cavalo “desmaiou” na via pública e que não deve ser o único a ar por esta situação.
    Eu testemunhei o EXCELENTE pronto atendimento ao pobre animal,o socorro quase imediato pelos órgãos competentes e PARABENIZO.
    MAS E O SER HUMANO que ficou ali no meio da rua com a esposa e duas crianças em situação não muito diferente dos três cachorros que os acompanhava necessitando de atendimento nutricional e sanitário!!!
    Esses farrapos humanos tão marginalizados e discriminados e agora perseguidos até serem extintas as funções que eles acreditavam ser um meio de sobrevivência.
    Aquele cidadão desnorteado, no meio da rua sem saber o que fazer para retornar ao lar com sua família, sabendo na verdade que ELE PRÓPRIO deverá “puxar” a carroça até sua casa uma vez que seu cavalo está sendo socorrido de maus tratos involuntários pois o que sabe ele sobre necessidades nutricionais e cálculo de capacidade de tração, quem o instruiu a tratar um animal daquela porte uma vez que se sabe que muita gente até de um bom nível cultural como o nível médio tem cachorro e também não sabe cuidar com responsabilidade!
    Ainda creio que a prevenção através de informação é a melhor arma contra a ignorância e o sofrimento.
    Verba para socorrer esse povo nesses momentos, que ocorra em favor DO SER HUMANO e JUNTO AO SOCORRO AO CAVALO, que os órgãos competentes não se afastem de uma ocorrência destas deixando para tras UMA CARROÇA e UMA FAMÍLIA no meio da rua!
    Se não existe nenhuma ONG ou associação, ou órgão público que se ocupe em atender O SER HUMANO nesses casos eu gostaria de pedir em nome desse povo este olhar.
    Nada contra o que está proposto por ADELI SELL uma vez que imagino que seja um PROJETO SÉRIO e BEM INTENCIONADO mas desejo que enquanto isso não ocorre SE SOCORRA ESSA GENTE!
    Não encontrei endereço de e-mail para me comunicar com o presidente da associação dos carroceiros de Porto Alegre e dar mais esta carga a ele mas, desejo que minha indignação sensibilize no mínimo as PESSOAS PREOCUPADAS COM OS ANIMAIS.
    [email protected]

  2. É um absurdo que uma cidade como Porto Alegre seja refém desses carroceiros. até que enfim alguma medida será tomada. além de tudo é uma desumanidade com os próprios carroceiros

  3. Trabalho, concordo. Maus tratos, jamais!!
    Outro dia na rua Dr. Flore um carroceiro sobrecarregou tanto um animal fraco e machucado que o animal caiu, provocando uma cena lamentavel, uma menininha saiu chorando. Então falei para ele diminuir o peso, ou então cuidar do animal que é seu ganha- pão. Resultado. Fui agredida verbalmente e ele disse que eu podia denunciar que não dava em nada. Me senti impotente.
    Foi horrível!!

  4. Carmem, em todas as demais cidades brasileiras, o homem puxa seu proprio carrinho, nao sao usados animais. E nenhum morreu ate agora… o ser humano sabe dos seus limites. E o animal? Se informe antes de falar besteiras.

  5. Eu como ser humano acho que essa lei tinha que pensar primeiramente no bem estar dos animais,nao nesses monstros que sao seus donos e uma covardia o que eles fazem com os animais tem que retirar sim os animais das garras deses montros eu odeio carroceiros e por mim eles morrem de fome por eles nao sao humanos pelo que fazem com os cavalos e eguas eles sao maldosos afinal quanso os animais nasceram DEUS noa coloco uma plaquinha em cada animal dizendo o que ele faria aqui na terra.emtao tem que deichar os animais livres.

  6. Carmem se o animal desmaiou foi de cansaso por que nao foi voce pucha a carroça pra eles ou melhor por que nao levo pra dentro da sua casa ja que e tao preocupada com o ser humano,o animal merece descanso nao ser tratado igual esses monstros u tratam.

  7. Somos de um estado onde o cavalo é um do seus pricipais símbolos e as carroças fazem parte desse contexto porque se voltar contra essas pessoas que trabalham humildemente.
    Uma vez esse vereador se voltou contra os donos da terra os índios agora quer mexer contra carroceiros ! (BETO MOESCH) Acho que tanto o vereador Sebastião Melo quanto vereador Beto
    teriam que se preocupar com outras coisas mais importantes.

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