Projeto contradiz diretrizes para a Orla 41f31

O projeto “Pontal do Estaleiro”, como foi apresentado originalmente não se enquadra nas diretrizes traçadas para a Orla do Guaíba pelos próprios técnicos da prefeitura. O “Relatório Orla: condições atuais, possibilidades e instrumentos para a qualificação e resgate da Orla de Porto Alegre”, feito por Grupo de Trabalho, na Secretaria do Planejamento, em 2006, embora usado na justificativa do projeto que mudou a lei não prevê urbanização intensiva em nenhum ponto da orla. Ele classifica a Orla como “área de revitalização” e diz: “ A Orla do Guaiba deverá ser objeto de planos e projetos específicos com o fim de integrar a cidade com seu lago através da valorização da paisagem e visuais urbanos, exploração do potencial turístico e de lazer e o livre o da população”. A Orla, segundo o relatório, é uma zona de “articulação entre o território e as águas”. São 70 quilômetros, da Ponta do Gasômetro à Praia do Lami, mas as soluções são mais urgentes nos cinco quilômetros da Usina do Gasômetro até o Iate Clube Guaíba, na Ponta do Dionísio. Comentários dos autores do relatório: “O parque Maurício Sirotsky nunca contou com um projeto paisagístico. No Marinha do Brasil as propostas nunca foram executadas”. “Uma sucessão de intervenções pontuais tanto de iniciativa pública quanto privada na orla do aterro da Praia de Belas”. “Longo período de abandono e ausência de destinação específica permitiram que a orla asse a ser encarada como a parte privada de um loteamento onde cada setor do poder público que resolve ali investir, trata o pedaço que lhe interessa como um lote particular sem preocupações com o todo”. “Na década de 1980, a construção de uma sede recreativa do Inter privatizou uma generosa extensão da orla do aterro”. “Ações da década de 90: reciclagem da usina e a construção do anfiteatro Porto Sol” Conclusão: “Nada foi feito, o que facilita as coisas”. Intervenções necessárias: • Sistema de o, percursos e espaços para lazer contemplativo composto de: estacionamentos, eios convencionais, eios palafitados, Piers, agens de nível, helipontos • Sistema integrado de usos e atividades • Tratamento paisagístico unificado • Instalações e equipamentos e animação pública (empreendimentos conforme conceituações básicas) Setor 5: cais da Usina Setor 6: área desportiva Setor 7: aeródromo aquático e bulevar Estaleiro Só Setor 8: complexo municipal de lazer e desportes aquáticos. Plano básico de intervenções: *vegetação, supressão, novas espécies *percursos internos, eio convencional, pista de cooper, ciclovia *espaço lúdicos e contemplativos -belvedere -bulevar -esplanada -estacionamento interno -anfiteatro, recanto, pracinha *mobiliário urbano -equipamento para ambulantes -banco -telefone publico -cercas, monumentos de pequeno porte, brinquedos, aparelhos de ginástica. (Fonte: Relatório GT Orla, 2006) Extraído da edição especial do Jornal JÁ 3x442n

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