Protesto contra a PEC 241 termina com bombas de gás na Osvaldo Aranha 6x4t24

A Brigada Militar novamente usou bombas de gás durante um protesto contra a PEC 241, com forte presença de estudantes e de sindicatos das áreas de educação e saúde, além de servidores estaduais revoltados com os atrasos nos salários. A caminhada na segunda-feira (24) reuniu, segundo os manifestantes, cerca de dez mil pessoas que partiram do Centro e tomaram um caminho diferente do usual, que normalmente parte da Esquina Democrática e acaba o Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa. Desta vez, depois de arem em frente ao Paço Municipal e ao Mercado Público – onde alguns subiram no arco da entrada para o Trensurb – seguiram para o Túnel da Conceição, rumo à João Pessoa, e na volta ao Centro bloquearam temporariamente a avenida Loureiro da Silva. Segundo os manifestantes, o roteiro programado era ir em direção ao Parque Moinhos de Vento, mas a Brigada Militar “não autorizou a rota e em seguida bloqueou todas nossas agens. Continuamos a procurar rotas alternativas”. E uma primeira bomba de gás é que teria desencadeado atos de “vandalismo” . 2g501e

“Eles jogaram essa unica bomba bem atrás da manifestação onde quase não tinha nenhum fotógrafo e esperaram 5 minutos pra galera, revoltada com a violência gratuita, quebrar as paradas, empurrar contêiner e tal… Só aí começaram a dar aqueles tiros com 3 bombas… foram uns 4 tiros com 3 bombas pelo oque eu vi”. 102t5n

Estudantes e professores do movimento "Escola sem Mordaça", contra o "Escola sem Partido" / Foto Thaís Ratier/JÁ
Estudantes e professores do movimento “Escola sem Mordaça”, contra o “Escola sem Partido” / Foto Thaís Ratier/JÁ

Foi quando o grupo percorria a avenida Osvaldo Aranha, que com número menor de participantes, que alguns contêineres de lixo foram derrubados, e logo vários deles foram recolocados no lugar por outros participantes da marcha, que ali já chegava ao fim. “Quando aram por aqui estava tranquilo, alguns até entraram pra tomar uma cerveja ou comer”, relatou um garçon da tradicional Lancheria do Parque. “Mas aí uns começaram a atacar as coisas públicas”, entendeu outro.
Já ava das 21 horas quando as proximidades do Hospital de Pronto Socorro tomaram feição de uma cena de guerra. Pedras atingiram as vidraças do Banrisul – um símbolo do Estado. Uma tropa de choque, que estava de prontidão nas esquina da Fernandes Vieira com a Vasco da Gama, desceu jogando bombas de gás. Muitos manifestantes correram para o Parque da Redenção, perseguidos pela polícia até o grupo dispersar.
Um grupo grande de estudantes se refugiou no prédio da Reitoria da UFRGS / Foto Thaís Ratier/JÁ
Um grupo grande de estudantes se refugiou no prédio da Reitoria da UFRGS / Foto Thaís Ratier/JÁ

Outro grupo se refugiou na reitoria da UFRGS e o prédio foi cercado pela BM. Um cordão de policiais se posicionou no entorno do Instituto de Educação Flores da Cunha, e lançou mais bombas de gás. Segundo o comando da BM disse à imprensa, o movimento foi “pacífico e ordeiro” até chegar na Osvaldo, que ficou bloqueada da UFRGS à Fernandes Vieira até tarde da noite.
Tentando refletir, um dos alunos da universidade comenta com os colegas: “Estamos sem perceber gerando mentes insanas, fascistas, de extrema-direita, incapazes de desenvolver qualquer crítica por conta própria”. Isso porque, durante todo o trajeto, os manifestantes foram recebidos por ovadas, bixiguinhas d’água e vaias como “Vagabundos!”, “Tem que apanhar mesmo !…”
A fotógrafa Thaís Ratier, que registrava a manifestação, saiu da Osvaldo Aranha com ferimentos leves, mas foi direto para casa. Abaixo, um trecho do vídeo que ela conseguiu gravar, já depois da confusão, e alguns de seus registros fotográficos.


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