Com a alegação de que há escassez de mão de obra na cidade, a OAS está importando mão de obra barata do nordeste para construir a arena do Grêmio, no Humaitá. Cerca de 500, de um total de mil nordestinos, já estão trabalhando no local. No início de março, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Porto Alegre foi conferir a situação e se deparou com um caso de polícia: trabalhadores sem carteira assinada, condições de trabalho indignas, alojamento insalubre. A denúncia foi protocolada na Delegacia do Trabalho pelo secretário geral do Sindicato, Gelson Santana. . No dia 2 de março, auditores do Ministério do Trabalho interditaram a área de vivência, que inclui os banheiros, refeitório, chuveiros e alojamentos. Em greve durante três semanas, por ganharem menos do que o prometido e não poderem visitar seus familiares no período estipulado, a maioria dos trabalhadores não teve a carteira de trabalho assinada. Genário de Jesus, um dos operários vindo do Maranhão conta que a empresa não pagou nem os 300 reais gastos com a viagem. Além de manter o assunto longe da mídia até o momento, a OAS obteve uma liminar da Justiça que afasta o Sindicato de Porto Alegre do caso. Os representantes do Sindicato estão proibidos de entrar no canteiro de obras, nos alojamentos e de contatar os trabalhadores. O Sindicato vai recorrer. 485t19