A manifestação desta quinta-feira em Porto Alegre não bombou nas redes sociais durante o dia. Uma caminhonete velha e barulhenta com equipamento de som, destoou na manifestação na esquina do Tribunal de Justiça, na noite desta quinta. Antes, o convite incluía uma sugestão: vá de bicicleta. O Bloco de Lutas pelo Transporte Público reúne muitos coletivos, associações, sindicatos, indivíduos da academia, do magistério, de instituições públicas. Foi ouvido como a “voz das ruas” por isso mesmo, saía só da garganta de centenas de jovens nas ruas. Não tinha bandeira de partido. Eram expulsas pelo coro “Opurtunismo, não!”. Neste momento nesta esquina, nesta quinta à noite, algumas bandeiras flamejavam. Era o final de uma manifestação e o início de uma confusão. A onda de violência do Rio, de São Paulo, do Espírito Santo pode ter inspirado os incendiários de Porto Alegre. Por volta de 21 horas, faziam fogo na esquina do Tribunal de Justiça, e no contêiner de lixo mais próximo, com palavras de ordem ao microfone muito diferentes dos slogans originais do Bloco. Em abril, os manifestantes entoavam “Polícia, recua, que o povo ta na rua”, e a polícia acompanhava na retaguarda. Hoje o que se ouvia era “Polícia, recua, o poder popular está na rua”, mas àquela hora havia menos gente do que na ocupação da Câmara de Vereadores, que durou uma semana. Em abril, quando o movimento chegou às eatas, após um aumento da tarifa de ônibus para R$ 3,05, o grito era “se a tarifa não baixar, Porto Alegre vai parar”. Baixou. Hoje, o grito era “acabou o amor, isso vai vira Palmares”. O povo aos poucos se retirou. (PM) 595t6p
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Depois da Câmara, pressão na Prefeitura 2m2w6a
Depois de terem deixado a Câmara Municipal, na manhã fria e chuvosa desta quinta-feira, os manifestantes do Bloco de Lutas pelo Transporte Público organizam um ato em frente à Prefeitura de Porto Alegre, a partir das 18 horas de hoje.
O acordo para a desocupação do prédio foi assinado ontem à noite, em audiência judicial. Os ocupantes concordaram em sair e o veradores comprometeram-se a protocolar o projeto da abertura das contas das empresas de transporte público e a encaminhar ao Executivo o projeto do e livre para estudantes e desempregados. Ambos os projetos foram elaborados durante a ocupação, que durou oito dias.
O movimento não vai parar por aí, O e livre é apenas a demanda mais imediata. A meta é chegar, num futuro breve, à tarifa zero, ou seja, ao transporte 100% público, e criar mecanismos de controle social sobre o serviço.
Ime na Câmara: ocupação continua 6jv1o
Oficiais de Justiça aram pela Câmara ocupada hoje. Constataram que não há nenhum vestígio de depredação do patrimônio ou qualquer impedimento à entrada dos funcionários da casa, que foram avisados pela mesa diretora da Câmara para não aparecerem ontem.
Os oficiais de Justiça informaram que hoje não há mais tempo hábil para qualquer reintegração, e nem constataram urgência. As vereadoras Sofia Cavedon (PT) e Fernanda Melchiona (PSol) estiveram com os manifestantes.
O ime é: o Bloco de Lutas queria que os vereadores votassem hoje o projeto de e livre para estudantes e desempregados, elaborado no final de semana, e o levasse ainda hoje para a Prefeitura. A maioria conservadora do Legislativo usou da velha estratégia de não dar quorum para nenhuma votação, já que o recesso parlamentar começa quarta-feira.
Parte dos vereadores reuniram-se ontem à noite numa churrascaria, convocados pelo presidente da casa, pedetista Thiago Melo (PDT), sem convidar os colegas que têm circulação entre os manifestantes, e mandaram avisar aos funcionários que não comparecessem hoje.
Na Câmara, ocupação continuará até 2a-feira 3t36n
O pedido de reintegração de posse da Câmara de Porto Alegre foi aceito pela Justiça gaúcha. Mas não para amanhã, como queria o grupo de vereadores que entrou com o pedido. Só valerá a partir de segunda-feira, data que os ocupantes já tinham programado. Eles liberarão o plenário, mas não pretendem abandonar a casa. Estarão nas galerias, pressionando para que o Legislativo encaminhe ao Executivo a proposta de projeto de lei que está em elaboração. “Vai ser um projeto massa, estamos dissecando o assunto”. A outra demanda, para agosto, logo após o recesso legislativo que começa dia 17, é a abertura detalhada das contas para o cálculo da tarifa.
Cresce a tensão na Câmara de Porto Alegre 4m1b3n
Foi protocolado hoje à tarde um pedido de reintegração de posse do prédio da Câmara Municipal de Porto Alegre antes de segunda-feira. Até então estava acordado com o Bloco de Lutas que desocupariam o plenário até segunda-feira de manhã. Vereadores contrários ao pedido de reintegração foram ao plantão do TJ-RS pedir que o pedido não seja deferido.
Para aproveitar o final de semana, os ocupantes organizaram um seminário aberto ao público. Hoje à tarde, o debate foi sobre a viabilidade econômica do e livre. A tarde transcorreu calmamente, com os portões abertos e pouco público de fora do movimento.
No final da tarde, diante da notícia do pedido de reintegração, o Bloco de Lutas divulgou uma carta aberta.
A carta diz que o Bloco aprovou, em assembleia geral, 75% das propostas apresentadas pelos vereadores e indicou a desocupação da Câmara na segunda-feira, na parte da manhã, “visto que, durante este fim de semana, estamos promovendo um seminário aberto à população, com debates e aulas públicas relacionados à questão do transporte público. Ainda assim, vimos todo o nosso esforço de negociação ser rompido”, diz o texto.
“Face ao rompimento das negociações por parte dos vereadores, exigimos do governo Tarso Genro e do secretário de segurança pública, garantias de que não haja nenhum tipo de intervenção da Brigada Militar no processo iminente de reintegração de posse, diante de uma ocupação que se mostrou pacífica e zelosa com o patrimônio da casa”.
Depois de desocupar o plenário, permitindo a continuidade das sessões legislativas, eles pretendiam continuar nas galerias, acompanhando as sesões.
O Bloco convocou uma coletiva de imprensa, para depois da assembleia que discute o que fazer a partir do pedido de reintegração.
Ocupantes da Câmara querem auditoria nas empresas de ônibus 5s5i2v
ava das 13 horas quando o presidente da Câmara Municipal, Thiago Duarte (PDT), e o vice, Bernardino Vendruscolo (PSD), foram itidos no plenário, ocupado desde a tarde de quarta-feira por integrantes do Bloco de Lutas pelo Transporte 100% Público, para receber uma carta com suas exigências para desocupar a casa. Visivelmente abatido, Duarte disse que vinha “humildemente pedir uma solução, pois nem tudo depende da Câmara”. A arquiteta Cláudia Fávaro, que entregou-lhes a carta, lembrou: “Quando ocupamos esta casa, nossas reivincicações já eram públicas e vocês nada fizeram”.Questionado, Duarte garantiu que “ainda” não havia se reunido com a Brigada Militar para tratar de uma ação de reintegração de posse da Câmara. O vice Vendruscolo chegou a sugerir que uma comissão dos manifestantes os acompanhasse até o prefeito José Fortunati . “Ele que venha até aqui, ou vocês conversem entre vocês e nos tragam uma resposta até segunda-feira, dia 15”, foi a resposta dos manifestantes. Ambos saíram sob gritos da galera: “Não me representa”. A carta exige dos vereadores o compromisso de votar o e livre municipal para estudantes e desempregados , não sendo permitidas isenções tributárias, e de derrubar qualquer veto contra isso que eventualmente parta do Executivo. Os manifestantes também querem a abertura das contas das empresas concessionárias de linhas de ônibus, retroativa a janeiro de 2012, quando um parecer do Tribunal de Contas questionou a forma de cálculo das tarifas, além da quebra do sigilo bancário dos donos das empresas de transporte. Pedem ainda a criação de conselhos e formas de controle social sobre o transporte público.
Ocupantes da Câmara divulgam programação 49ei
Mesmo sob o risco permanente de despejo, os manifestantes do Bloco de Lutas montaram uma intensa agenda para o final de semana, na Câmara Municipal de Porto Alegre, e discutem como flexibilizar o o do público ao plenário.
Há programação nos três turnos. Um dos destaques é o seminário programado para sábado à tarde, com palestrantes do Tribunal de Contas, representantes dos professores universitários e dos trabalhadores rodiviários. À noite, a Agapan promove uma oficina e haverá um cine-debate. “Não é festa; atividade cultural é política, sim”. Domingo à tarde, nova reunião plenária.
Para saber mais, #ocupacamarapoa, #midianinjars, no Twuitter, ou www.postv.org.
Bloco de Lutas pelo Transporte Público permanece na Câmara de Porto Alegre 5w5e5y
Uma centena de pessoas do Bloco de Lutas pelo Transporte Público ou a segunda noite consecutiva no plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre, que eles agora chamam de Câmara Popular. A ocupação se repete nos legislativos de o Fundo e de Santa Maria.
Em São Leopoldo, ontem à noite, houve desentendimento entre os cerca de 150 manifestantes acampados em frente à Câmara, que foram expulsos. Duas pessoas seguiram de ambulância para o Hospital Universitário.
Em Porto Alegre, os ocupantes da Câmara farão nova assembleia no final da manhã desta segunda-feira, para decidir se vão apresentar um projeto de lei instituindo o e livre. Também querem abertura de contas das empresas de transporte, com auditoria, e há quem fale em encampação das concessionárias pelo poder público.
A última assembleia foi ontem à noite. Nas assembléias, participa quem vier, fala quem se inscrever. Volta e meia, vem o lembrete para não deixar lixo esparramado, cuidado para não pisar nas flores! Ao final, pediram que permanecesse só que tinha vindo para “ocupar”. Foram atendidos. “Aqui não vai rolar uma festa, nós estamos aprendendo a fazer, agora temos que cuidar do espaço e da segurança”.
Eles fazem sua própria segurança. Na portaria, quatro guardas acompanham o vaivém e a triagem que decide quem entra ou não. Um dos guardas pede: “Preciso que um de vocês fique aqui, senão vou ter que fechar o portão e vai dar um revertério”.
Só conhecido
Já os que vão ‘ocupar’ o plenário da casa precisam ser identificados. Não com documentos, mas conforme as indicações de confiabilidade. Só entra quem é conhecido ou conhece alguém que já entrou. “Esse é da Biologia”, avisa alguém de dentro para tutelar a entrada do que está fora.
Eles não querem a imprensa. Mas a divulgação não é bom pro movimento? “É, mas eles editam o que a gente diz, distorcem tudo.” Então também fazem a própria divulgação, pelos canais da internet www.postv.org e Mídia Ninja. Depois do e livre, vão brigar pela regulação da mídia.
O movimento, criado em Porto Alegre durante o Fórum Social Mundial de 2003, é tão informal quanto organizado. Não despreza a democracia representativa, e sim a sua inoperância no atendimento das demandas populares. Tanto é que estão no Plenário. Exigem apenas que os parlamentares os representem de fato, respaldados pelas manifestações de junho.
Aos de fora que quiserem ajudar, pedem pão e água, frutas, sucos e café, copos, talheres, muitos panos, sacos de lixo e material de limpeza. Querem deixar a casa em ordem. Ocupação é diferente de invasão.
Na entrada do plenário, sob a placa metálica que registra que o auditório foi reinaugurado em 2 de janeiro de 1995, foi colada uma folha de papel onde está escrito à mão: “reinaugurado em 10 de julho de 2013”.