Sindipolo denuncia Brasken em audiência pública na AL 171t1r

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo (Sindipolo), Carlos Machado Rodrigues, denunciou nesta sexta-feira durante audiência pública na Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável, da Assembléia Legislativa, que a Braskem tem promovido demissões em massa e precarizado as relações de trabalho. Segundo o sindicalista, desde 2007 – quando a Copesul foi absorvida pela Braskem –, 550 trabalhadores do polo petroquímico já foram demitidos. Rodrigues reclama também das condições de trabalho na planta de Triunfo. “A segurança está precarizada. As pessoas sofrem acidentes que não são registrados para não aumentarem as estatísticas negativas. Há casos de funcionários que trabalham lesionados”, revelou. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do RS (Sitramico), Angelo Martins, endossou as denúncias do dirigente do Sindipolo. “Não querem seres humanos, e sim máquinas de fazer dinheiro”, atacou. Crescimento Coube ao gerente de Relações Institucionais da Braskem, João Freire, rebater as acusações dos líderes sindicais. Conforme Freire, a empresa vem investindo forte na planta gaúcha, apostando no crescimento econômico do Estado e do País. Segundo ele, foram demitidos 200 empregados desde 2007, mas, em contrapartida, foram criados 186 novos postos de trabalho na Braskem no RS. “Temos aqui o projeto mais importante da petroquímica mundial. Um investimento de R$ 500 milhões em plena crise, enquanto outras empresas reviam seus projetos. Vamos criar ainda novos postos com o crescimento que acreditamos que vamos ter”, assegurou. Freire refutou ainda as denúncias de negligência na segurança dos trabalhadores. Ele garantiu que todos os acidentes ocorridos na empresa são registrados. Modernidade A reunião foi proposta pelo deputado Raul Pont (PT), que defendeu que a Petrobras, mesmo sendo sócia minoritária da Braskem, deveria adotar medidas no sentido de salvaguardar os direitos dos trabalhadores. Para o petista, a participação dos funcionários na gestão das empresas é um exemplo de modernidade. “Se queremos ter um pais desenvolvido com sustentabilidade, devemos ter a capacidade de implantar um processo de participação das pessoas na gestão das empresas. Discutir com a representação sindical as políticas de issão, por exemplo”, sustentou Pont. Encaminhamentos O deputado Ronaldo Zülke (PT) propôs a realização de audiências com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. Zülke sugeriu também que os deputados visitem as dependências da Braskem, a fim de conhecer as condições de trabalho dos funcionários. 5g4r22