Comitês populares denunciam remoções forçadas nas cidades que vão receber a Copa 53461r

As obras de preparação para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 já provocaram, pelo menos, 21 casos de remoção forçada de moradores em sete capitais, de acordo com o dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil. O documento, divulgado hoje (12) pela Articulação Nacional de Comitês Populares da Copa, traz relatos de desalojamentos irregulares em Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo o relatório, as ações de desocupação de comunidades e famílias são marcadas pela arbitrariedade. “São aplicadas estratégias de guerra e perseguição, como a marcação de casas a tinta, sem esclarecimentos, invasão de domicílios sem mandados judiciais, apropriação indevida e destruição de bens móveis”. O dossiê estima que até 170 mil pessoas possam ser removidas para dar espaço a empreendimentos de infraestrutura ligados aos eventos esportivos. As decisões sobre as obras de infraestrutura para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 têm deixado a sociedade de fora das discussões, segundo o dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil. Como exemplo dos problemas causados por esse modelo, cita o veículo leve sobre trilhos (VLT) planejado para ser construído em Brasília. Segundo o documento, apesar de a capital federal apresentar deficiências em relação ao transporte coletivo, principalmente nas áreas periféricas e mais populosas da cidade, foi feita uma opção que não contempla essas questões. “A decisão pelos investimentos no VLT implica altos investimentos conectando o aeroporto à região nobre da cidade, na área mais bem servida por linhas de ônibus, metrô, táxis”. Segundo o dossiê, o “atropelo” dos procedimentos muitas vezes é justificado com base em compromissos com entidades privadas como o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Futebol (FIFA). “Apoiado em uma noção pervertida de ‘interesse público’, o Estado brasileiro tem sistematicamente se recusado a estabelecer processos de diálogo horizontal com os grupos sociais e comunidades ameaçados [pelas obras de infraestrutura]”. Os comitês populares são organizações formadas a partir da união de movimentos sociais, acadêmicos e organizações políticas para fiscalizar e denunciar abusos e ilegalidades relacionados aos megaeventos esportivos que o Brasil vai receber nos próximos anos. 3z605

Porto Alegre terá cinco jogos na Copa do Mundo e não sediará a Copa das Confederações 146i1q

A Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciou hoje (20), em Zurique na Suíça, a tabela preliminar dos jogos da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações de 2013, ambas no Brasil.
São Paulo sediará o jogo de abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho de 2014, e o Rio de Janeiro será o palco da decisão. Integrante do grupo A1, a seleção brasileira disputará, além da partida inaugural na capital paulista, jogos em Brasília e Fortaleza na primeira fase do torneio.
Porto Alegre sediará cinco jogos da Copa do Mundo. Na capital gaúcha haverá quatro jogos da primeira fase e um jogo das oitavas de final. Os jogos da primeira fase serão nos dias 15, 18, 22 e 25 de junho de 2014. Sendo que somente o jogo do dia 25 terá a presença de uma seleção cabeça de chave. No dia 31 acontecerá um jogo de oitava de final do torneio.
Apenas Natal, Cuiabá, Curitiba e Manaus sediarão menos jogos, hospedando quatro partidas.
Para os representantes gaúchos, Porto alegre não teve força política junto a FIFA e a CBF e ainda contou com os atrasos na obra do estádio Beira-Rio, fato este determinante para a exclusão da cidade como sede da Copa das Confederações de 2013.
O Internacional, responsável pela reforma do estádio, ainda espera um acerto de contrato com a empreiteira Andrade Gutierrez para retomar as obras, paradas há quase quatro meses.
Sem garantia oficial de que a obra seguirá dentro dos prazos, a entidade máxima do futebol retirou o estádio Beira-Rio do evento teste, em 2013.
No site da Prefeitura de Porto Alegre fica registrado que o governo põe a maior parte da culpa no Internacional. A nota diz: “Prefeitura, Governo do Estado e parlamentares não mediram esforços para tentar reverter a situação que se mostrava difícil devido a questões relativas à contratação das obras do estádio Beira-Rio. Convictos de que Porto Alegre ofereceria as condições exigidas pela entidade em 2013, o prefeito José Fortunati e o governador Tarso Genro encaminharam, no dia 23 de setembro, ofício conjunto ao coordenador do Comitê Organizador Local da Copa, Ricardo Teixeira, reafirmando o desejo e compromisso da Capital gaúcha em estar preparada em todos os aspectos necessários para receber o evento que antecede a Copa”.
Curiosamente, as duas cidades que contam com estádios privados (Beira-Rio, em Porto Alegre e Arena da Baixada, em Curitiba), e que apresentam bons índices econômicos e clima moderado, ficaram sem a Copa das Confederações e com espaço reduzido na Copa do Mundo.
A FIFA também divulgou os horários dos jogos na Copa do Mundo: 13h, 16h, 19h e 22h (todos horários de Brasília). A partir das oitavas de final, os jogos ocorrem às 13h e 17h. Quartas e semifinais ocorrem às 17h, enquanto as decisões de terceiro lugar e título acontecem às 16h.
Em relação à Copa das Confederações, entre 15 e 30 de junho de 2013, a FIFA decidiu que Brasília receberá a partida de abertura da competição, Fortaleza e Belo Horizonte as partidas das semifinais e o Rio de Janeiro, o jogo decisivo. Recife e Salvador também podem ter os estádios aprovados para esta competição, considerada teste para a Copa do Mundo e que reúne os campeões continentais.
Número de jogos por cidade na Copa do Mundo:
7 jogos: Rio de Janeiro e Brasília
6 jogos: Belo Horizonte, Fortaleza, São Paulo e Salvador
5 jogos: Recife e Porto Alegre
4 jogos: Natal, Cuiabá, Curitiba e Manaus
Jogos da Copa em Porto Alegre:
Fase de grupos
Grupo E: 15 de junho – E3 x E4
Grupo B: 18 junho – B2 x B 4
Grupo H: 22 junho – H2 x H4
Grupo F: 25 junho – F1 x F4
Oitavas de final: 30 de junho -Vencedor do grupo G x 2º do grupo H

Metrô já encurta distâncias (no terreno político) 62i6m

Antes mesmo de sair do papel, o metrô de Porto Alegre já está encurtando distâncias, no terreno político.
Na apresentação do projeto, na manhã desta segunda feira, as mais entusiasmadas manifestações de apoio à campanha liderada pelo prefeito José Fortunati (PDT) partiram das lideranças petistas presentes. O próprio Fortunati definiu o evento como um “ato político”.
Porto Alegre concorre com outras nove capitais que disputam as verbas do chamado PAC da mobilidade urbana. O programa dispõe de R$ 18 bilhões para implantação de metrôs nas regiões metropolitanas.
Marco Maia, presidente da Câmara de Deputados, Adão Vilaverde, presidente da Assembléia Legislativa, Sofia Cavedon, presidente da Câmara de Vereadores, todos petistas, saudaram o momento de “convergência política” que favorece a capital gaúcha na disputa pelo metrô.
Em nome do governador Tarso Genro, o secretário do Planejamento, João Motta, entregou ao prefeito um documento em que o governo estadual se compromete em conceder mais de R$ 300 milhões em isenções do ICMS sobre equipamentos e materiais para a construção do metrô.
Do PMDB, principal partido da coligação que elegeu Fogaça e seu vice Fortunati em 2008, apenas o silencioso deputado federal Mendes Ribeiro Filho, que na campanha presidencial apoiou Dilma Rousseff, e o ex-presidente da Câmara, Sebastião Mello.
A deputada Manuela D´Ávila, do PCdoB, coordenadora da bancada federal do Rio Grande do Sul, também estava presente, mas não se manifestou. Ela também é candidata a candidata em 2012.
Na eleição do ano ado, o PDT de Fortunati indicou o vice, na chapa de José Fogaça que disputou o governo do Estado com o PT de Tarso Genro. O prefeito declarou-se, desde o início, cabo eleitoral de Dilma Rousseff , na disputa presidencial. Mas na disputa estadual pediu votos para Fogaça.
Enfim, o projeto do metrô de Porto Alegre, dado o irresistível apelo eleitoral que tem, pode ser o fator decisivo no alinhamento das forças políticas para a disputa eleitoral de 2012, quando se escolhe o novo prefeito para a capital.

Aeroporto Salgado Filho: o caos anunciado 16r1o

A Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável da Assembléia Legislativa do RS, discutiu em audiência pública, nesta quarta-feira, 24/11, as condições do Aeroporto Internacional Salgado Filho para enfrentar o movimento de fim de ano.
Estão sendo investidos R$ 800 milhões em melhoria no aeroporto, construído há dez anos mas que já não dá conta do movimento de ageiros que cresce sem parar.
Em 2003, aram pelos terminais do Salgado Filho 2,0 milhões de ageiro. No ano ado foram 5,6 milhões. Este ano, até outubro já superaram os 5,4 milhões.
Segundo os representantes do Governo do Estado, as obras estão em dia, o que já não acontece com o projeto de ampliação da pista de pouso.
A pista vai ganhar mais um quilômetro de extensão, mas para isso precisam ser removidas três mil famílias de duas vilas que ocuparam irregularmente a área.
Até o momento foram removidas 450 famílias, a previsão é remover mais 100 famílias até dezembro.
– Não é uma questão tão simples, tivemos problemas na aquisição de áreas, é uma engenharia própria, civil e social, complexa, por tratar-se de pessoas instaladas há um bom tempo – explicou o secretário de Gestão, Newton Baggio.
O presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Nelcir Tessaro, manifestou preocupação com os prazos para a remoção das famílias, avaliando que no ritmo em que está não se terá a obra pronta para os eventos da Copa 2014.
O presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos ageiros, Cláudio Candiota Filho, disse que o caos aéreo é previsível e não vem de hoje.
– O sistema está com câncer e de tempos em tempos vemos espasmos – afirmou.
Ele criticou o “loteamento de cargos” que diz ocorrer hoje na Infraero e na Agência Nacional de Aviação (Anac).
Conforme Candiota, o problema começou quando a Infraero foi transferida para o Ministério da Defesa, que, segundo ele, “não entende nada de aviação” .
– A Infraero foi a primeira vítima. Desde então, não se teve mais um responsável técnico, ela virou alvo do loteamento de cargos – disse.
O diretor do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, Leonel Leandro Soares Montezana criticou a imprevidência. Disse que o aeroporto foi construído há apenas dez anos, mas já não dá conta da demanda.
Do ponto de vista dos trabalhadores, disse que não há vestiário, nem local para alimentação, nem segurança, e os salários estão defasados.
– Falta planejamento, falta fiscalização, a pressão sobre os colegas é enorme – disse.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens, Danilo Martins, relatou problemas de gestão no aeroporto e o “jogo de empurra” de responsabilidades que tem ocorrido.
(Com informações da Assembléia Legislativa do RS)

A Copa vai ser o PAC do governo Dilma. Quem será 'a Dilma' da Copa? 25i3n

Todos os grandes investimentos já definidos para os próximos quatro anos no país, de alguma maneira estão vinculados à Copa do Mundo de 2014.
As estimativas oficiais elevam a mais de 170 bilhões de reais o valor envolvido em milhares de projetos – desde grandes obras rodoviárias até o ensino do inglês aos taxistas das 12 cidades-sede.
A Copa está para Dilma, como o PAC esteve para o governo Lula. Com a diferença é que os resultados da Copa estarão sendo avaliados nos dois meses em que transcorrem os jogos, às vesperas da sucessão.
Dilma disse na campanha que a Copa deve projetar o Brasil para o mundo como um “campeão de oportunidades”, capaz de “alto desempenho esportivo e alto desempenho social”.
A preparação da Copa envolve sete ministérios e cinco órgãos da assessoria direta do executivo, incluindo a Casa Civil.
Lula deixou a coordenaçao do projeto Copa 2014 com o ministro dos Esportes, Orlando Silva, do PC do B.
Com Dilma, o mais provável é que o comando da Copa seja formalmente transferido para o Ministério do Planejamento, onde a presidente já colocou Miriam Belchior sua sucessora na coordenação do PAC.

Porto Alegre receberá mais de R$ 3 bilhões até 2014 1u1w5e

Se estão certas as previsões do secretário especial da Copa, Ricardo Gothe, a capital gaúcha vai recebero maior volume de investimentos de sua história até a Copa do Mundo de 2014.
Serão mais de R$ 3 bilhões somando-se os projetos voltados para a Copa e outros investimentos publicos e privados, com recursos já garantidos.
Em 2011, somenta a Prefeitura vai investir quase R$ 700 milhões em projetos ligados ao mundial de futebol, mais projetos do PAC e outros, como o Socioambieltal, por exemplo.
Das obras para a Copa do Mundo o maior investimento será nos chamados projetos de mobilidade urbana, que exigirão maisd de R$ 1 bilhão. Incluem além de obras rodoviárias, um sistema de corredores expressos para ônibus com sete linhas e quatro portais.

Portais da Cidade: pesquisa recomenda troca do nome 18k2k

A rede de transporte coletivo planejada para Porto Alegre, batizada de “Portais da Cidade”, pode trocar de nome.
Os técnicos, desde o início, consideram o nome inadequado, porque não dá a idéia de mobilidade.
Agora uma pesquisa com formadores de opinião indicou que os usuários não fazem relação da palavra “portal” com transporte coletivo, mas com turismo e até Internet.
A troca do nome, ainda à espera de decisão política, não altera a essência do projeto.
O modelo está em discussão desde 2005 e foi consagrado e ampliado nas decisões sobre a Copa de 2014. É o BRT (Bus Rapid Transit), a rede de vias expressas para ônibus.
O sistema BRT, que pode ser traduzido como Transporte Rápido por Ônibus, foi desenvolvido originalmente em Curitiba, durante a gestão do prefeito Jaime Lerner.
Hoje é consagrado internacionalmente como alternativa mais barata, mais versátil e mais eficiente do que o metrô para cidades de porte médio. É o metrô sobre rodas.
Está implantado em mais de uma centena de cidades em todo o mundo.
O sistema de Porto Alegre está na fase inicial do planejamento.
Por enquanto saiu dinheiro apenas para desenvolvimento do projeto, 1 milhão de dólares financiados pela Corporação Andina de Fomento, uma fundação que investe em projetos de sustentabilidade.
A empresa Rogitrans, do Paraná, já está contratada para detalhar o projeto operacional, que é a base de todos os outros. Já estão trabalhando também a Profill, nas questões de meio ambiente, e a Pública, para comunicação e marqueting. Foi a Pública que fez a pesquisa sobre o nome.
A grande indefinição no projeto ainda é o centro da cidade. A idéia inicial, que deu nome ao projeto, de três grandes portais de transbordo no entorno do centro, está questionada, junto com o nome. Pergunta-se: como as linhas de ônibus vão cruzar o centro?.
Abrir ao tráfego na Esquina Democrática (cruzamento da avenida Borges de Medeiros com a rua da Praia)?. Vai se estabelecer um sistema binário com a Marechal Floriano, ou uma linha que contorne o centro da rodoviária até o Gasômetro?
São perguntas ainda sem resposta.
O projeto é bastante complexo. Envolve as prefeituras de toda a região metropolitana, as empresas de transporte de ageiros, toda uma legislação a ser criada para permitir a integração com o sistema metropolitano.
O custo de implantação dos sete corredores expressos* (alguns adaptações a penas) com os novos ônibus articulados e os pontos de integração, chega a 210 milhões de dólares. Essa Corporação Andina de Fomento, entra com 100 milhões de dólares. O restante vem de empréstimos da prefeitura junto à Caixa Econômica Federal.
* Sertório, Farrapos, Centro, Zona Sul,
Assis Brasil, Protasio Alves e Bento Gonçalves.

Jornalista gaúcho vai coordenar imprensa da Copa gs45

O jornalista José Antonio Severo, gaúcho de Caçapava, será o coordenador de imprensa do Consorcio Copa 2014, orgão de assessoramento do Ministério do Esporte para organização da Copa do Mundo de 2014.
Sua tarefa será montar a estrutura para recepcionar os 30 mil jornalistas esperados para cobrir o evento em junho daquele ano.

7 bilhões do FGTS para obras da Copa 57726y

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou hoje (12) a liberação de R$ 7 bilhões para financiamento do chamado PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade e Transporte Urbano para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.
Segundo o ministro das Cidades, Marcio Fortes, o valor total para essas ações agora é de R$ 8 bilhões. Entre os projetos que serão financiados estão os de corredor exclusivo para ônibus, veículo leve sobre trilhos (VLT) e monotrilho, além de obras viárias para facilitar o o aos estádios.
Os projetos já foram apresentados pelas cidades-sede e serão anunciados amanhã (13) pelos governadores e prefeitos de localidades que sediarão jogos da Copa, durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O financiamento terá quatro anos de carência e até 30 anos de prazo para pagamento. De acordo com Fortes, ainda não há previsão de recursos a fundo perdido para ações ligadas à Copa. “Por hora, é só financiamento”, afirmou.
As cidades que serão sede de jogos na Copa de 2014 são: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador.

PAC da Copa pode injetar R$ 4 bilhões em Porto Alegre 2d1570

O programa de investimentos federais para preparar o campeonato mundial de futebol de 2014, o chamado PAC da Copa, poderá destinar cerca de R$ 4 bilhões para obras em Porto Alegre. Esse valor depende da inclusão do metrô no pacote de projetos. O primeiro trecho do metrô da capital gaúcha, de 13,5 quilômetros, está orçado em R$ 2,5 bilhões.
O metrô, provavelmente, não estará entre as exigências da FIFA, mas o vice-prefeito José Fortunati quer aproveitar a “oportunidade única” para deflagrar o projeto. “O próprio ministro das Cidades nos falou dessa possibilidade. É agora ou nunca”, diz Fortunati, que acumula também a Secretaria Extraordinária para a Copa de 2014.
A maior expectativa de Fortunati, no momento, é o “caderno de encargos” que a FIFA vai mandar, listando tudo o que cada uma das 12 cidades selecionadas precisam fazer para se adequar às exigências de uma Copa do Mundo.
Essa lista é resultado de um trabalho que começou em setembro de 2007, quando ficou definido que a Copa seria no Brasil. O governo federal (Fortunati diz “O presidente Lula”) contratou uma empresa para avaliar as 18 cidades brasileiras candidatas a sediar jogos da Copa.
Várias equipes estiveram em Porto Alegre. Percorreram a cidade, recolheram estatísticas sobre segurança, comunicação, meio ambiente, hotelaria, saúde, infraestrutura e mobilidade.
O relatório, concluído em janeiro, foi decisivo para a seleção das 12 cidades e agora será a base do “caderno de encargos”. Ele vai indicar as medidas para melhorar a segurança, o trânsito, a hospedagens. O foco será o entorno do estádio, mas toda a cidade precisará se adequar.
Na área de saúde, por exemplo, será prioritária a reforma do Hospital de Pronto Socorro, principal orçada em R$ 40 milhões.
No quesito da mobilidade, será indispensável duplicar a avenida Beira Rio. Mas não só isso: a Avenida Tronco, que é uma via alternativa para a Zona Sul, também terá que ser duplicada. Assim como a Rodovia do Parque, para desafogar a região metropolitana, que é um problema antigo.
No conjunto os projetos de transporte, que incluem rodovias, viadutos, pistas para ônibus, ciclovias e sistemas de monitoramento do trânsito na capital e região metropolitana, vão exigir quase R$ 400 milhões de investimentos.
Fora isso, há o projeto “Portais da Cidade”, orçado em R$ 430 milhões, já negociado com o Comitê de Fomento Andino, dependendo apenas do aval do Ministério do Planejamento. Segundo Fortunati já está superada a polêmica entre portais e metrô. “Já vimos que não são projetos excludentes, ao contrario, serão complementares”.
Outros R$ 500 milhões estão previsto para a remodelação do cais do porto, cujo projeto já está pronto. “Dizem que um dos problemas do PAC é a falta de projetos, pois bem, Porto Alegre já tem todos esses projetos prontos”. Entra na lista também o Programa Sócioambiental, orçado em R$ 580 milhões, para saneamento e tratamento de esgotos e que terá recursos do Banco Interamericano e da Caixa Federal.
Como coordenador dos preparativos para a Copa, José Fortunati é cauteloso quanto a qualquer estimativa. Mas ite que, somados os investimentos públicos e privados, o volume de recursos a serem aplicados na capital e região metropolitana para a Copa de 2014 pode chegar aos R$ 6 bilhões.