Nesta terça-feira, 28, Porto Alegre ganha um novo espaço cultural, o Armazém Literário, criado e mantido pela Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag), onde já funcionou a antiga sede da Imprensa Oficial, no centro. A inauguração, a partir das 17 horas, também marca o Dia do Servidor Público lançamento do número 7 da Revista Vox, publicada em parceria entre Instituto Estadual do Livro e a Corag. Em 1973, quando foi criada a Corag, o prédiio ou a abrigar o Museu de Comunicação Hipólito José da Costa, na esquina da Andradas com a Caldas Junior. Mas a Corag manteve um espaço nos fundos do museu, para a sua Loja Centro. Entrada pela lateral do Museu, na Caldas Junior, 261. “Tínhamos um enorme espaço em uma área nobre da cidade que vinha sendo subutilizado. Entendemos que é função da Corag promover ações que beneficiem a sociedade. Por isso criamos o Armazém Literário”, diz a diretora-presidente da Companhia, Vera Oliveira. Com projeto da arquiteta Juliana Soares, da Corag, o Armazém Literário foi concebido para receber eventos como palestras, mesas redondas, oficinas, contação de histórias, lançamento de livros, saraus literários e até mesmo pequenos shows acústicos. “Este é um espaço que busca a valorização da cultura, especialmente da cultura gaúcha”, afirma Vera. A Corag continuará a comercializar no novo espaço o Diário Oficial do Estado e as obras que publica, mas o espaço ganha agora novas funções. Uma delas é a de preservar a memória da Imprensa Oficial do Rio Grande do Sul. “Numa valiosa parceria com a Procuradoria Geral do Estado e com a Casa Civil, encontram-se à disposição do público edições do Diário Oficial do Estado, desde 1935, por consulta digital. Também trouxemos para o Armazém a coleção histórica de exemplares”, diz Vera. O nome escolhido para nomear o espaço também reforça essa valorização do aspecto histórico. Vera conta que a inspiração surgiu ao visitar o Museu da Comunicação, antiga casa da Imprensa Oficial, e ler sobre Hipólito José da Costa – Patrono da Imprensa Brasileira, criador, em 1808, do Correio Braziliense ou Armazém Literário. Os painéis “Nossa História, Nossa Identidade” colocam à disposição do público um conhecimento que revela a trajetória da indústria gráfica e o papel da Imprensa Oficial. A visitação será no horário comercial, e os livros ficarão gratuitamente disponíveis para leitura. INAUGURAÇÃO DO ARMAZÉM LITERÁRIO Dia 28 de outubro – terça-feira – 17h Rua Caldas Júnior, 261 – Porto Alegre Atividades Paralelas da 60ª Feira do Livro O Armazém Literário vai receber diversas atividades paralelas da 60ª Feira do Livro de Porto Alegre, que acontece na Praça da Alfândega entre 31 de outubro e 16 de novembro. Confira: Dia 5 de novembro – quarta-feira – 18h Mesa Redonda – “Temas de História do Direito no Rio Grande do Sul” (IHGRS Debatedores: Alfredo J. Flores Wagner Silveira Feloniuk Mediador: Miguel Espírito Santo Dia 6 de novembro – quinta-feira – 17h Mesa Redonda – “Hilda Zimmermann: a prioneira do Movimento Socioambiental” Debatedores: Marisa Formolo Paulo Roberto Nuhrich Lívia Zimmermann Fernanda Jofej Mediador: Franck de Azevedo Coe Dia 7 de novembro – sexta-feira – 18h30 Encontro – “Bandas Escolares: Por que hoje são tão poucas?” Carlos Fernando Carvalho Rizzon André Luiz Mastrascusa Mediador: Marciano Renan da Silva Dia 10 de novembro – segunda-feira – 18h Encontro – “190 anos de imigração alemã no RS. Esquecimentos e Lembranças” Debatedores: Martin Dreher Paulo Roberto Staudt Moreira Mediador: René Ernaini Gertz l254r
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Cinema hindu no Santander Cultural 4b6tq
Restam três dias para sair de cartaz a programação de cinema indiano no Santander Cultural. O mote é o Diwali – Festival das Luzes, uma das principais festas religiosas hindus.
São oito filmes indianos, que abordam temas como religião, autoconhecimento e espiritualidade, que disseminam os valores humanos mais caros àquela cultura da simplicidade e da paz.
O Diwali, também transcrito como Deepavali ou Deepawali, é uma festa religiosa hindu, conhecida também como o Festival das Luzes. É celebrado uma vez ao ano na noite mais escura do outono, o dia de Lua Nova, marcando a transição entre a Lua Minguante com a Lua Crescente. Comemorado pelos hindus, sikhs e jains em todo o mundo, as luzes significam a vitória do bem sobre o mal dentro de cada ser humano.
28 de out – terça
15h Como Estrelas na Terra Aamir Khan, Amole Gupte
19h Apaixonados Sanjay Leela Bhansali
29 de out – quarta
15h Mapa León Siminiani
17h Nome de Família Mira Nair
19h Como Estrelas na Terra Aamir Khan, Amole Gupte
30 de out – quinta
15h Sadhu Gaël Métroz
17h Terra Deepa Mehta
19h Apaixonados Sanjay Leela Bhansali
SINOPSES
APAIXONADOS
Saawariya, Índia, 2007, digital, cor, 142 min
Raj é um artista idealista e sonhador. Numa pequena cidade do norte da Índia, conhecida por seus grandes lagos, pinheiros e neve, ele conhece Sakina, uma garota tímida e enigmática. O que começa como uma inocente amizade logo se transforma em paixão, com o jovem artista tentando conquistar o coração da garota a qualquer preço.
D: Sanjay Leela Bhansali. G: Romance. CI: 12 anos. Awards of the International Indian Film Academy 2008: Melhor Ator Estreante, Melhor Cantor e Indicações a Melhor Atriz Coadjuvante, Canção, Cantora e Direção Musical. Apsara Film Producers Guild Awards, Índia 2008: Melhor Ator Estreante e Indicação a Melhor Direção Musical. Filmfare Awards, Índia 2008: Melhor Ator Estreante e Indicações a Melhor Atriz Coadjuvante, Trilha Sonora e Música.
COMO ESTRELAS NA TERRA
Taare Zameen Par, Índia, 2007, digital, cor, 165 min
Ishaan tem oito anos e sofre de dislexia,por isso, não consegue acompanhar as aulas na escola. Sem saber do distúrbio, seu pai acredita que o garoto precisa ser disciplinado num rigoroso internato. Mas Nikumbh, o professor de artes substituto, percebe o problema de Ishaan e faz de tudo para devolver ao garoto a vontade de viver.
D: Aamir Khan, Amole Gupte. G: Drama. CI: Livre. Apsara Film Producers Guild Awards, Índia 2009: Melhor Filme, Melhor Diretor e Indicações a Melhor Ator e Direção Musical. Filmfare Awards, Índia 2008: Melhor Filme, Diretor, Roteiro e Ator (Prêmio de Crítica), e Indicações a Melhor Ator, Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante. Festival Internacional de Bombaim 2008: Indicado a Melhor Filme Indiano.
DO DESERTO AO GANGES
Brasil, 2004, digital, cor, 30 min
Registro de uma viagem de carro que começa em Delhi e percorre cinco cidades do Rajastão, incluindo Jaipur e Pushkar – cada cidade com uma cor e uma história. O vídeo termina em Varanasi, que é o lugar onde os indianos vão para saudar o Ganges antes de morrer. As imagens são embaladas pelas músicas locais.
D, F, M: Luciana Tomasi. G: Documentário. CI: Livre.
MAPA
Mapa, Espanha, Índia, 2012, digital, cor, 85 min
Como uma espécie de diário de viagem, o filme acompanha a trajetória do diretor León Siminiani em sua visita à Índia, em busca de inspiração para o seu primeiro longa-metragem. Durante esta jornada de auto-conhecimento, León acaba se tornando o protagonista do seu próprio filme.
D, R, F, M, E: León Siminiani. G: Documentário. CI: 12 anos. Goya 2013: Melhor Filme, Roteiro, Atriz, Atriz Estreante, Fotografia, Maquiagem, Trilha Sonora, Canção Original, Figurinos e Design de Produção. Goya 2013: Melhor Documentário. IBAFF 2013: Prêmio de Público, Indicado a Melhor Documentário.
NOME DE FAMÍLIA
The Namesake, Índia, Estados Unidos, 2006, digital, cor, 122 min
Filho de um casal indiano que teve o matrimônio arranjado, o jovem Gogol se mudou de Calcutá para Nova York em busca sua própria identidade. Mas as velhas tradições de família entram em conflito com a cultura de adolescente norte-americano quando ele se apaixona por uma rica garota nova-iorquina.
D: Mira Nair. G: Drama. CI: 14 anos. National Board of Review, EUA 2007: Melhor Filme Independente. Independent Spirit Awards 2008: Melhor Ator Coadjuvante. Love is Folly International Film Festival, Bulgária 2006: Melhor Filme.
SADHU
Sadhu, Índia, Suíça, 2012, digital, cor, 90 min
No Hinduísmo, Sadhu é um homem sagrado que renunciou às posses materiais para viver isolado e em meditação. Neste documentário, o diretor Gaël Métroz acompanha um Sadhu em seu retorno à civilização, depois de ar oito anos vivendo como eremita numa caverna, completamente afastado do resto do mundo.
D, F: Gaël Métroz. G: Documentário. CI: 12 anos.
TERRA
Earth, Índia, Canadá, 1998, digital, cor, 110 min
Segunda parte da Trilogia dos Elementos, da diretora Mehta. A história se a em 1947, durante o violento processo de delimitação da fronteira entre a Índia e o Paquistão. A jovem Lenny é filha de família rica e fica à margem das crescentes tensões entre hindus, sikhs e muçulmanos. Mas uma inesperada tragédia mudará a sua visão do conflito.
D, R: Deepa Mehta. G: Drama/Guerra. CI: 14 anos. Filmfare Awards, Índia 2000: Melhor Ator Estreante.
TRÊS CIDADES PERTO DO CÉU
Brasil, 2010, digital, cor, 30 min
O vídeo retrata uma agem por três cidades: Srinagar, na Caxemira, Rishikesh, na Índia, e Katmandu, no Nepal. Segundo os viajantes frequentes, essas são cidades sagradas e precisam ser visitadas por todos. Imagens de fé em diferentes crenças, com muitos músicos locais.
D, F, M: Luciana Tomasi. G: Documentário. CI: Livre.
INGRESSOS
Programação regular: R$ 8,00
Pessoas acima de 60 anos e estudantes: R$ 4,00
Funcionários e clientes Santander têm entrada franca nos dias de programação regular (ingressos limitados).
Garanta com antecedência seu ingresso para qualquer dia do mês.
Programação sujeita a alteração
85 lugares – Dolby Digital
Ar-condicionado
o para portadores de necessidades especiais
Compre seu ingresso pelo www.ingressorapido.com.br
Todos os filmes são exibidos em formato digital no Cine Santander Cultural.
Santander Cultural
Rua Sete de Setembro, 1028 | Centro Histórico
"Gosto de agradecer aos que vieram antes" 6u6pn
Bia Diamente assina o espetáculo de teatro-dança “As ArtesFísicas”, que estreia em outubro.
As apresentações acontecem na Urban Arts (Rua Quintino Bocaiúva, 715), em uma temporada com oito sessões, a partir de 3 de outubro.
Em cena, a atriz Dani Dutra e a bailarina Juliana Rutkowski, resignificam a arte física com sensibilidade.
A pesquisa foi aos primórdios do circo, do universo da mágica e do cinema mudo, quando o imaginário da arte ainda estava ligado às expressões físicas do artista e a fala não tinha a sua importância.
“A nossa proposta é resultado de uma livre inspiração atemporal e contemporânea nas artes do corpo”, explica Bia.
“Inovamos sem abandonar o ado, pois, para mim, é importante criar homenageando. Gosto da ideia de agradecer aos que vieram antes e nos proporcionaram tantos saberes.”
Tradicionalmente, os trabalhos de Bia são de duração confortável e para plateias pequenas, neste caso, 20 pessoas. Durante 35 minutos, Dani e Juliana constroem uma atmosfera íntima por meio de gestos precisos e jogos silenciosos. “O espetáculo busca o tempo físico da ação corporal, o jogo rápido e uma leve comicidade, tão difícil, tão exigente”, finaliza a diretora.
As apresentações de Às Artes Físicas acontecem nos finais de semana dos dias 3 e 4, 10 e 11, 17 e 18, e 24 e 25 de outubro, às sextas-feiras, às 20h, e aos sábados, às 18h. Os ingressos serão vendidos no local, nos dias de espetáculo, uma hora antes, ao preço de R$ 20. Pessoas com mais de 60 anos, estudantes e classe artística têm 50% de desconto.
Sobre a diretora
Bia Diamante é carioca, e vive Porto Alegre há 16 anos. Sua carreira artística se completa em duas frentes: na construção de um entendimento singular na área da dança contemporânea e no ensino de educação somática. Em 2010, ou a integrar o projeto Descentralização da Cultura, da Prefeitura da Capital, dando aulas de dança no bairro Ponta Grossa.
No mesmo ano, com um elenco formado por seis mulheres daquela comunidade, realizou, com financiamento do Fumproarte, o espetáculo À Sala. Em 2011, este trabalho recebeu o Prêmio Açorianos de Dança, na categoria “Estímulo à Criação”. Em 2013, dirigiu o espetáculo Sobre o Armário e a Atividade dos Objetos – estudo para natureza-móvel, que teve seis indicações para o Açorianos e venceu nas categorias “Melhor Direção”, “Melhor Coreografia” e “Melhor Iluminação”.
Paralelo a este constructo estético em arte, há seis anos Bia é professora de educação somática do Grupo Experimental de Dança, do Centro de Dança da Secretaria Municipal de Cultura. As aulas têm como objetivo criar uma abordagem de preparação corporal para profissionais de dança e teatro.
Sobre o elenco
Dani Dutra é atriz e professora de teatro, graduada em Licenciatura em Teatro, pela UFRGS, e integrante do Grupo Barraquatro. É professora de Arte Cênica do Colégio João XXIII. Atuou nos seguintes espetáculos: “Boca de Ouro”, dirigido por Aline Sokolowsky (2013); “O Linguiceiro da Rua do Arvoredo”, dirigido por Daniel Colin (2012); “DANKE”, dirigido por Giselle Cecchini (2012); “Geocoreografia: Cidade Não vista”, dirigido por Diego Mac e Tatiana Vinhais (2011); “Projeto 1: Desejo” e “Projeto Picasso: Um Sonho”, ambos dirigidos por Júlia Rodrigues (2008). No período de janeiro de 2006 a dezembro de 2007, trabalhou com um grupo de jovens atores orientado pelo ator e diretor Roberto Birindelli.
Juliana Rutkowski, bailarina formada no Curso Superior de Dança pela Ulbra, em 2007. Já trabalhou com diversos grupos, como Ânima, da coreógrafa Eva Schul (2010); Cia Teatral Falos & Stercus, do diretor Marcelo Restori (2010 e 2011); Necitra, onde pesquisou circo, teatro, dança (2011 e 2012); e Grupo Experimental de Dança (2008 a 2011).
É professora de dança em escolas de Educação Infantil desde 2011, ano em que também ministrou aulas de Atividade Circense para crianças no Programa Integrado de Inclusão Social da Prefeitura de Esteio. Como bailarina, desde 2012, pesquisa teatro-dança com Bia Diamante, diretora com a qual realizou o espetáculo “Sobre o Armário e a Atividade dos Objetos – estudo para natureza-móvel”, apresentado na Capital em 2013. Por este trabalho, recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor Coreografia. Em 2014, além de estar no elenco de “Às Artes Físicas”, também faz parte do espetáculo “100 Formas Para o Amor”, da Macarenando Dance Concept, dirigido por Diego Mac.
Onde: Urban Arts (Rua Quintino Bocaiúva, 715)
Quando: nos finais de semana 3 e 4, 10 e 11, 17 e 18, e 24 e 25 de outubro, às sextas-feiras, às 20h, e aos sábados, às 18h.
Valor: R$ 20. Pessoas com mais de 60 anos, estudantes e classe artística têm 50% de desconto.
Vendas de ingressos: no local, nos dias de espetáculo, uma hora antes de iniciar.
Programação especial na Casa de Cultura Mario Quintana 465r4u
A Casa de Cultura Mario Quintana terá uma programação especial gratuita para festejar os 24 anos, de 21 a 28 de setembro (domingo).
As comemorações da mostra Pratas da Casa incluem oficinas, intervenções artísticas, apresentações e ensaios abertos de teatro e dança, espetáculos de música e mostras de cinema na Sala Norberto Lubisco.
Como destaque, a premiação aos vencedores do IV Festival de Esquetes da CCMQ e o show Pérola no veludo – Especialmente Lupi, de Mônica Tomasi e Nelson Coelho de Castro– na data do aniversário da Casa, 25 de setembro.
O nome Pratas da Casa se deve ao fato de reunir no evento vários artistas que ensaiam e fazem oficinas na CCMQ, escolhidos em seleções públicas ao longo desse ano.
Domingo, 21/9
14h às 16h – Oficina Todos arão: escrevendo para a UFRGS e para o Enem
20h – Espetáculo Anjo da guarda – Sala A2B2
Segunda-feira, 22/9
14h às 16h – Oficina Todos arão: escrevendo para a UFRGS e para o Enem
14h às 17h – Oficina Serdedentro – prática de teatro para atores e não atores – Sala Marcos Barreto
17h – Intervenção dos alunos da Oficina de Iniciação, Pesquisa e Criação em Malabares – 4º andar
19h – Oficinão aberto de Teatro em Ação Direta Levanta Favela – Sala Marcos Barreto
19h às 22h – Oficina 100 formas de amor – Sala Cecy Frank
Terça-feira, 23/9
9h30 às 20h30 – Mostra de Cinema CineHibisco-sessão Bodoqe especial 10 anos do Coletivo Catarse – Sala Norberto Lubisco
14h às 16h – Oficina Todos arão: escrevendo para a UFRGS e para o Enem
16h – Pocket show do Feelings Group – coreografias criadas sobre trilhas de novelas – Teatro Carlos Carvalho
18h e 20h – Sarau no bar do Lupi – Teatro Bruno Kiefer – EXCEPCIONALMENTE R$ 10
19h às 22h – Oficina 100 formas de amor – Sala Cecy Frank
20h – Apresentação do Grupo Experimental de Dança da SMC – Teatro Carlos Carvalh
21h – Oficina aberta Equilíbrio dinâmico, manipulação e malabares para atores, bailarinos e circenses – Hall 4º andar
Quarta-feira, 24/9
10h, 15h e 19h30 – Mostra de Cinema Coletivo Ideia Crônica Filmes – Sala Norberto Lubisco
14h às 16h – Oficina Todos arão: escrevendo para a UFRGS e para o Enem
14h às 17h – Oficina Serdedentro – prática de teatro para atores e não atores – Sala Marcos Barreto
15h – Ensaio aberto da peça No que você está pensando? – Teatro Bruno Kiefer
17h – Intervenção alunos da Oficina Hip Hop para todos – 4º andar
18h e 20h – Sarau no bar do Lupi – Teatro Bruno Kiefer EXCEPCIONALMENTE R$ 1
19h às 22h – Oficina 100 formas de amor – Sala Cecy Frank
20h – Dois perdidos numa noite suja – Sala A2B2
20h – Concerto Ébano e marfim – Teatro Carlos Carvalho
Quinta-feira, 25/9
14h às 16h – Oficina Todos arão: escrevendo para a UFRGS e para o Enem
14h30 – Visita guiada com Traça Biblió
14h30 às 16h – Oficina infantil Mario Quintana em pixels – Sapato Florido
17h – Diversos Corpos Dançantes – Teatro Carlos Carvalho
17h30 – Palestra de Daniel Fraga sobre Michel de Ghelderode e o Teatro do Absurdo – C2
18h – Apresentações dos finalistas do IV Festival de Esquetes – vários locais
19h às 22h – Oficina 100 formas de amor – Sala Cecy Frank
19h30 – Mostra de Vídeo Independente – Sala Norberto Lubisco
20h – Pérola no veludo, especialmente Lupi – Mônica Tomasi e Nelson Coelho de Castro – Teatro Bruno Kiefer
20h – Intervenção alunos da Oficina Ventre e Vísceras – Hall do Teatro Bruno Kiefer
20h – Cerimônia de premiação do IV Festival de Esquetes – Hall 4º anda
21h – Show de Carlinhos Presidente – Teatro Carlos Carvalho
Sexta-feira, 26/9
11h – Ensaio aberto do Fuzuê Teatro de Animação – Sala A2B2
14h às 16h – Oficina Todos arão: escrevendo para a UFRGS e para o Enem
15h – Varal de fotos dos alunos da Oficina de Fotografia e Haikai – 4º andar
16h – Intervenção oficina Contato Improvisação – 4º andar
17h – Circologias de rua com Diego Deodato – Travessa dos Cataventos
18h – Ensaio aberto Não me toque, estou cheia de lágrimas-sensações de Clarice Lispector – Sala Cecy Frank
19h às 22h – Oficina 100 formas de amor – Sala Cecy Frank
19h30 – Aula de Chacarera e tango – Sala Marcos Barreto
20h – Ensaio aberto de Fala comigo como a chuva e me deixa ouvir – Teatro Carlos Carvalho
Sábado, 27/9
9h – Oficina das palhaças Lia e Maura – Sala Marcos Barreto
10h – Oficina de fotoshop – 4º andar
14h às 16h – Oficina Todos arão: escrevendo para a UFRGS e para o Enem – C2
16h – O gato de botas – Sala Cecy Frank
20h – Ensaio Aberto Encanto Zumbi – Coletivo Montigenti – Sala C2
20h – Ensaio Aberto Conexão Hip Hop Dance – Sala Cecy Frank
20h – Atividade de encerramento da oficina Corporeidade e Jogo no Trabalho do Ator – Sala Marcos Barreto
Domingo, 28/9
9h – Oficina das palhaças Lia e Maura – Sala Marcos Barreto
15h – Encontrão Batukatu – Sala Cecy Frank
16h – Espetáculo Chupeta e o bicho da cárie – Sala A2B2
17h – Apresentação Ibeji – Sala Cecy Frank
17h – Ensaio aberto do Coletivo Viralatas – C2
18h – Baile no Jardim – Grupo Experimental de Dança – Jardim
19h às 22h – Oficina 100 formas de amor – Sala Cecy Frank
20h – Espetáculo Quadra Milionária – A2B2
Fotógrafo gaúcho lança livro e exposição sobre ilhas do Guaíba 1z1p6a
O jornalista e fotógrafo gaúcho Cristiano Sant’Anna lança seu livro Arquipélago, na próxima quarta-feira, 17, às 19h, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, no Centro Histórico de Porto Alegre. O evento também marca a abertura da exposição, que apresenta 60 imagens em preto e branco sobre as comunidades de pesca localizadas no conjunto de 16 ilhas formado pelo Delta do Rio Jacuí.
Em janeiro de 2013, Sant’Anna começou uma pesquisa fotográfica no bairro de Porto Alegre denominado Arquipélago. Ao longo de 18 meses, o fotógrafo conviveu com moradores e conheceu seus hábitos, rotinas e a maneira como se relacionam com o rio e a natureza. O resultado desse trabalho é um fotolivro e uma exposição que retratam a economia, a cultura e as relações sociais daquela comunidade.
Com uma narrativa fotográfica contínua, sem pausas ou marcações de capítulos, o fotógrafo se utiliza de diversas histórias para compor o cenário cotidiano e a dinâmica de relações nessa comunidade que vive da pesca: “A geografia entrecortada desses canais define a cultura e a relação do homem com o meio. O livro e a exposição são um conjunto de contos sobre os pescadores, os cavaleiros, as enchentes sazonais, a relação entre pais e filhos. São uma parte da história desse povo que vive de frente pro rio”, explica.
Financiado pelo FUMPROARTE/Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o projeto Arquipélago conta com o apoio cultural da Pubblicato Editora e da Ideativa Cultural. A exposição é uma correalização entre a Chourisso Editorial e o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo/CEEE/Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
No dia do lançamento, o livro (tamanho 42 x 27 cm, 88 páginas) estará à venda por um preço promocional de R$ 60,00. A exposição fica em cartaz até o dia 18 de outubro.
Sobre O autor
Jornalista e repórter fotográfico há 18 anos, Cristiano Sant’Anna trabalhou para jornais do sul do Brasil como Zero Hora e Correio do Povo, em Porto Alegre. Entre seus projetos autorais destacam-se a exposição fotográfica Duas Margens (2009), sobre a frontalidade entre Buenos Aires e Colônia do Sacramento, e a cobertura do Fórum Social Mundial em Belém do Pará.
Em 2011 e 2012 foi selecionado para apresentar seu trabalho no NanoFotoFest, de Buenos Aires. Atualmente desenvolve Campos de Cima, um projeto de documentação do espaço geográfico dos campos de altitude e canions do sul do Brasil, e Quase Paisagem – Taim, financiado pelo FAC/RS, desdobramento deQuase Paisagem/Micro Paisagem, apresentado em 2013, na Usina do Gasômetro.
Sobre o CCCEV
Localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, a poucos metros da Praça da Alfândega, o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV) se constitui em um equipamento a serviço das diversas expressões da arte.
Abriga-se no “Edifício Força e Luz”, prédio com arquitetura de inspiração sa, erguido entre 1926 e 1928 pelo arquiteto Adolfo Stern. O edifício foi tombado em 1994, transformando-se no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo em 2002.
De lá para cá, a casa acolhe milhares de visitantes em atividades que englobam diferentes manifestações artísticas e formativas, cumprindo ininterrupta agenda de iniciativa própria.
Sua vocação de origem ainda hoje se revela no 2º andar, que abriga o Museu da Eletricidade do Rio Grande do Sul (MERS). Em seu acervo estão valiosos objetos reunidos por todo Estado em uma exposição interativa ao dispor dos visitantes.
Agora, o projeto original do CCCEV ganha formas definitivas a partir da criação do Memorial Erico Verissimo, que a a dar visibilidade e o a um acervo que revela vida e obra do escritor que deixou as mais profundas marcas na Literatura Brasileira.
Shakespeare, 450 anos de reinvenção do humano 4m481y
Por Enio Squeff
Goethe tinha uma opinião muito além de lisonjeira sobre o “Dom Quixote”, de Cervantes; do alto de sua inegável autoridade estimava que se, por ventura, ou quem sabe, por desgraça, toda a literatura ocidental desaparecesse, mas só restasse a obra do espanhol, então, toda a literatura do Ocidente, “estaria salva”.
Talvez excluísse desta consideração William Shakespeare, cujos 450 anos de nascimento são comemorados em 2014. Goethe viveu o bastante e produziu o suficiente para os tempos de romantismo, de que ele também foi participante – mas muito dificilmente os mais jovens artistas de seu tempo, como Hector Berlioz (músico) e Eugène Delacroix (pintor), para citar apenas dois ses, do século XIX, negariam ao inglês uma parte essencial, não apenas na literatura, mas no pensamento do Ocidente.
Instada certa vez a comparar o dramaturgo português quinhentista, Gil Vicente, com Shakespeare, a professora e crítica brasileira Bárbara Heliodora – maior autoridade talvez na obra do dramaturgo e poeta britânico – negou-se a entrar nesse tipo de cotejo: “Shakespeare – disse – não é um autor a mais, é uma categoria”.
De fato, o romantismo – mais que outra escola ou estilo – parece ter revelado um Shakespeare que, no fim das contas, pode ser adaptado por todos os tempos e por todas as artes. Essa a categoria a que talvez se referisse Bárbara Heliodora, Nas incursões que fez à obra de Shakespeare, o compositor Giuseppe Verdi – nas palavras de Otto Maria Carpeaux – ombreou-se ao bardo inglês pelo menos numa ópera, “Otelo”. Especialmente na cena em que Desdêmona pressente a morte, ou seja, o seu assassínio injusto pelo personagem título, que é movido por um ciúme doentio e culpado, não há como não entrar no clima tristíssimo e definitivamente trágico do drama. Sem Shakespeare, Verdi não comporia a sua, talvez, melhor ópera (o “talvez” fica por conta do “Falstaff”, também baseado em Shakespeare, que Verdi iria criar no fim da vida). Mas a afirmação vale para todos os artistas que nele se inspiraram.
Pode-se interpretar o “Macbeth” do grande cineasta Roman Polanski como a resposta catártica à morte trágica de sua esposa grávida, a atriz Sharon Stone, perpetrada por um assassino psicopata nos EUA na década de 70 do século ado. Catarse, no caso de Polanski, pode ser uma resposta. Mas todos os artistas que se inspiraram em Shakespeare, de um modo ou de outro, assumiram-no, não apenas em seus dramas pessoais, mas na universalidade de sua visão de mundo.
Quem parece ter atentado de perto para esta característica foram, paradoxalmente, os ses. Hector Berlioz(1803-1869) que escreveria uma “sinfonia dramática”- na verdade um poema sinfônico, baseado no “Romeu e Julieta” – foi, quem sabe, o mais entusiasta deles. Aqui também se pode formular a hipótese de que pelo fato de ter encontrado numa atriz irlandesa, Harriet Smithson, que fez de “Ofélia”numa encenação do “Hamlet”, em Paris, um entusiasmo que se transformou num rumoroso caso de amor, pode ter favorecido sua iração sem limites por Shakespeare. Mas antes disso, Berlioz, que foi também um grande escritor, já desencava alguns ses – especialmente Voltaire – por ter ignorado o grande dramaturgo em sua viagem à Inglaterra. É da mesma linha o entusiasmo de Delacroix (1798-1893), um dos mais importantes pintores que antecederam o impressionismo francês. Não bastasse sua iração explícita pelo grande dramaturgo inglês, não foram poucas as vezes em que se valeu de Shakespeare para suas pinturas e gravuras.
Há toda uma linha de artistas shakespearianos que realmente confirmam a idéia de que Shakespeare é uma “categoria”. Contemporaneamente, há quem se lembre de Inokenki Smotuknovski – não pelo complicado de seu nome – mas por sua atuação memorável numa versão cinematográfica do”Hamlet”russo, filmado por Gregori Kozutsev na década de 60. Outro russo, mas compositor, Dmitri Shotakovitch, foi ameaçado com graves represálias por Stálin, quando adaptou Shakespeare a uma ópera denominada “Lady Macbeth no Distrito de Msensk”: a peça, como é presumível, resgatava a figura sinistra da peça de Shakespeare, mas ambientada num contexto ruinoso em plena URSS. Que Shakespeare se reportasse a uma assassina, tudo bem. Em plena União Soviética, porém, tudo mal. Pelo menos para os zelosos censores do período.
O fato, contudo, demonstra o alcance de Shakespeare – cuja dramaturgia não se limitou à cultura ocidental, muito menos à Europa. Machado de Assis rendeu-se várias vezes à literatura shakespeariana. Não há como desalinhar o grande romancista brasileiro do drama de Otelo para encontrar a gênese de seu “Dom Casmurro”, só para remeter a uma obviedade.
Na linha das categorias, aliás, há que alinhar Shakespeare com todos outros escritores da literatura ocidental do período em que o dramaturgo viveu. Arnold Ha (1892-1978), que escreveu uma alentada obra sobre a literatura e a pintura do período posterior ao Renascimento, pôs Shakespeare como a expressão típica do maneirismo – uma escola que ele localizava entre o classicismo renascentista e o barroco; e do qual ele extraía o fundamento para sua tese – de que o maneirismo – vale dizer, Shakespeare e Cervantes, mas também El Greco e Caravaggio, para só lembrar alguns – seriam os precursores da arte contemporânea. Por nosso ceticismo, viveríamos um novo maneirismo. Talvez seja isso.
Como nas peças de Shakespeare, os intelectuais, artistas, políticos e homens do povo, que saíram do grande cisma protestante e das guerras religiosas da Europa do século XVII, parecem ter sido exemplarmente “contados” nos palcos do grande dramaturgo inglês. Mas também por ele antecedidos. Compreende-se enfim, o alcance sem tempo nem lugar definidos de Shakespeare. Quando Kurosawa, o genial cineasta japonês, valeu-se do “King Lear” para um de seus filmes – ninguém estranhou. Shakespeare vale para a China ou o Japão atuais, como valeu um dia para a Inglaterra Elizabetana. Os maneiristas – mas especialmente Shakespeare – descreveram o homem ocidental num contexto existencial além do espaço e do tempo na sua descrença desesperada. Inclusive nas seguidas releituras feitas ao longo dos séculos dos dramas de Shakespeare.
Certa vez, Flávio Rangel, num diálogo que tivemos sobre as relações entre a música e o teatro, me lembrou que a interpretação recorrente, tanto no teatro quanto na música, era um desafio permanente a todos os diretores de teatro em todos os tempos. Citou como exemplo máximo o “Hamlet”. Como interpretá-lo no palco? A partir da idéia de um louco alucinado, um lúcido tresloucado pela existência, ou simplesmente um bobo a percorrer os corredores de seu castelo como pintou “Lady Macbeth”, o pintor Eugene Delacroix em uma de suas telas?
Flávio Rangel dizia não haverem “Hamlets”definitivos. Mesmo porque não há um Shakespeare definitivo.
Recentemente alguns especialistas insistiram sobre um aspecto da biografia não muito conhecida do grande escritor: sua vida secreta. Era católico e persistiu como tal até o fim da vida, assistindo missas nas florestas, encenando, assim, dissimuladamente, qual um ator, uma vida dupla num país em que o anglicanismo fundado por Henrique VIII e continuado por sua filha, Elizabeth I, não punha nenhuma dúvida em degolar católicos explícitos, conhecidos então como “papistas”.
O quanto isso foi importante para a sua obra é difícil conjeturar. Mas dias atrás tive a idéia do que são os dramas shakespearianos em todos os tempos e quadrantes da vida. Foi quando soube que o ex-presidente Médici deixou, em manuscrito, a intenção que ele e outros generais tinham de fazer o ato institucional número 5 – que eliminou a liberdade de imprensa e escancarou a ditadura sanguinário de 64, muito antes das manifestações que alguns historiadores pensavam ser a causa do fechamento do Congresso. O general presidente e seus iguais, os oficiais da ditadura, já intentavam um golpe contra a democracia – pura hipocrisia. Sem querer, remeti-me aos personagens pérfidos de Shakespeare – Iago, lady Macbeth, Ricardo III e outros. Ou seja, o grande dramaturgo não reinventou senão a verdade de nossa condição humana.
O que talvez nos consolasse, em parte, pelo menos na justiça restaurada, foi a ideia que me veio, então, à cabeça, na cena final de uma das versões filmadas de Otelo, quando tudo fica esclarecido, e a autoridade que substitui o doge de Veneza, dá a seus comandados a ordem de punirem Iago, por suas calúnias e crimes. Diz ele: “Prendam-no e o torturem para que se arrependa de ter nascido”. Só nisso os nossos tempos talvez discordem dos do grande dramaturgo. Os torturadores e criminosos da ditadura não precisavam ser torturados e mortos – mas bem que poderiam ser presos. Esta medida era algo que o grande Shakespeare não previa em suas tragédias: a prisão e não a morte para os assassinos.
Isso para só falar das tragédias – pois há as comédias. Para este gênero, porém, no Brasil de hoje, talvez pudéssemos encontrar algumas semelhanças resolutamente shakespearianas.
Shakespeare vive.
Feira do Livro de Porto Alegre ganha apoio inédito do BNDES 2g2vq
A tradicional Feira do Livro de Porto Alegre, que fará sua 60ª edição em 2014, foi um dos 21 projetos culturais escolhidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para serem patrocinados entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015. No Estado, a Mostra Internacional de Música das Missões também foi selecionada.
A Feira do Livro é um dos cinco projetos de literatura selecionados, além de oito projetos de cinema, sete de música e 1 de dança. Em sua maioria são festivais, mostras, feiras e eventos similares.
O banco patrocina pela primeira vez este ano dois eventos do ramo editorial: a IX Bienal do Livro do Ceará e a 60ª Feira do Livro de Porto Alegre. Também terão apoio do BNDES o Fórum das Letras de Ouro Preto (MG), a FLUPP – Festa Literária das Periferias, no Rio de Janeiro, e a Primavera dos Livros, em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador.
Missões: música e patrimônio cultural
Na música, os projetos contemplados priorizaram associações entre música e patrimônio histórico. É o caso da Mostra Internacional de Música das Missões, que aproveita o cenário das missões jesuíticas, declaradas patrimônio cultural da humanidade. Os outros foram o Festival de Música Antiga de Diamantina, na cidade histórica mineira; do Virtuosi 2014, realizado em Olinda (PE), Recife (PE) e João Pessoa (PB).
No cinema, destacam-se festivais tradicionais, como a Mostra de Cinema de São Paulo (38ª edição), o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (47º edição) e o Festival do Rio (desde 1999), e também iniciativas mais regionais, como o 7º Cine-fest Brasil-Canudos, que leva cinema à cidade do interior baiano, e o Fest Cine Amazônia, realizado há mais de 10 anos em Porto Velho (RO).
O projeto de dança escolhido foi o programa dos 25 anos do Balé Teatro Guaíra, que completa 45 anos em 2014 com a proposta de uma série de espetáculos convidando cinco companhias de dança nacionais e percorrendo seis cidades (Curitiba, Manaus, Salvador, Belo Horizonte, Niterói e São Paulo).
Arte e feminismo no MARGS 1f231t
Até 23 de março o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) abrigará a primeira exposição retrospectiva de Ana Norogrando: obras 1968-2013. A mostra, que tem a curadoria do diretor do museu, Gaudêncio Fidelis, reúne uma produção eclética: pintura, escultura, instalações e videoinstalações.
Nela se destaca o caráter feminista que a artista imprime ao seu trabalho, fruto de sua intuição, inquietação, de um grande embasamento teórico, que forma um conjunto de obras de grande qualidade estética e, principalmente, ousadia.
Natural de Cachoeira do Sul, Ana Norogrando viveu 30 anos em Santa Maria, onde desenvolveu sua trajetória artística e acadêmica. Seu currículo impressiona pela solidez e aplicação dos conhecimentos adquiridos em várias áreas: desenho, pintura, tecelagem, litografia, xilogravura, escultura, fotografia, vídeo, design, pesquisas com luz e movimento.
Tradição
E embora seu trabalho não deixe de denotar engajamento político e social, o feminismo de Ana não vem propriamente de uma militância que, se há, está nas suas obras. Estas a designam como uma artista contemporânea sem, contudo, perder o vínculo com a tradição, sobretudo aquela ligada ao trabalho e a cultura italiana que herdou de seus pais, agricultores.
Nesta exposição retrospectiva – que como tal impõe uma cronologia do seu percurso enquanto artista – consta inclusive o quadro “Modelo negra”, óleo sobre tela, feito em 1968, quando, ainda em Cachoeira do Sul, frequentava o curso intensivo de Pintura II, ministrado por Ado Malagoli.
Ela aproveitaria a década de 1970 para aprimorar seus estudos e viajar pela Europa para conhecer museus e coleções de arte.
Sua grande guinada profissional foi nos anos 1980, quando começou a trabalhar com fibra metálica.
Há nisso uma alusão a persona, ao temperamento feminino: “esse material, aparentemente, quando submetido, de longe, ao olhar, é suave. No entanto, é forte, rígido, resistente, adjetivos que também definem as qualidades da mulher”, salientou Ana Norogrando.
É desse período varias obras desta exposição, como, por exemplo: “Tramas e tensões”, de 1986, e “Peneiras”, de 1987. Esses trabalhos, cuja inspiração é o artesanato milenar com fins utilitários, ganham através de sua intervenção e do material empregado (tela metálica galvanizada, fios de cobre, barra de ferro), um diálogo com o mundo industrial.
Mas foi através de “Vul-crário”, de 1993 – uma escultura cuja forma lembra uma vagina – que Ana Norogrando produziu o seu trabalho mais polêmico, cuja visualização provoca no público um voyeurismo sensual. Contudo, esta obra – constituída de fibra metálica galvanizada, barra de ferro, massa plástica e tinta acrílica, e que faz parte do acervo do MARGS – é puro onirismo, flerte com o surrealismo.
Prazer ou nascimento
E mesmo nestes rincões a longe do conceito baudelairiano de “épater le bourgeois” (chocar, escandalizar o burguês). Há outras peças cujas formas lembram a genitália feminina e pelos pubianos e que, dependendo da imaginação, assumem ares de portal rumo ao prazer ou nascimento. Ou seja, convidativas e sem dentes que ameacem o falo imaginário de algum machista imprudente. Ana, uma mulher alta e elegante, não é uma feminista “enragée”.
Gaudêncio Fidélis, num dos textos que escreveu no livro homônimo ao da exposição, faz uma analogia entre “Vul-crário” e alguns trabalhos da americana Georgia O’Keeffe (1887-1986): “uma das precursoras de uma abordagem feminista nas artes visuais no contexto americano, tendo realizado pinturas biomórficas abstratas em que a forma do órgão sexual feminino ‘aflora’ literalmente através de imagens de flores voluptuosamente pintadas em grandes formatos”.
As referências não param por aí. Se “Vul-crário” remete as flores de O’Keeffe, e suas vulvas, a instalação “Terra” lembra o trabalho de outro artista norte-americano, Robert Smithson (1938-1973), um dos expoentes da Land Art, famoso por seu “Broken circle”, espiral de terra localizada em Emmen, Holanda, realizada em 1971.
Ana, em sua instalação, coletou 33 tipos de terra entre Porto Alegre e Santa Maria, inserindo discos de arados danificados encontrados no interior do estado. Trata-se de uma clara homenagem ao árduo e sofrido (33, idade de Cristo) labor dos camponeses gaúchos e sua religiosa fé na redenção pelo trabalho.
Também é interessante a escultura “Klein, Desomenagem”, de 2013, construída a partir de um manequim, água, anilina e tecido artesanal de seda e algodão. Nela há uma forte alusão ao monocromatismo do artista plástico francês Yves Klein (1928-1962), e sua obsessão pelo azul, levando-o a criar o YKB (Yves Klein Blue). Esse trabalho não deixa de ser um convite ao público a checar, na Fundação Iberê Camargo, algumas obras de Klein que integram a Exposição Zero.
Já a videoinstalação “Interlúdio”, gravada em 2012, mostra imagens dos pores do sol a partir da Ilha dos Marinheiros, Porto Alegre, casa-atelier de Ana Norogrando. Essa incursão de Ana no audiovisual não se circunscreve somente a vídeo-arte. Ela realizou trabalhos que se inserem no gênero documentário, mostrando a natureza e a pobreza das populações ribeirinhas, assim como a necessidade de preservação ambiental do Delta do Jacuí. Isso a levou fazer um trabalho socioeducativo, incluindo oficinas, junto a estas pessoas que são, também, seus vizinhos.
Em seu conjunto, percebe-se que a obra de Ana Norogrando está bem sintonizada com a arte contemporânea. Suas influências têm um toque brasileiro, antropofágico, tão bem representado pela sua escultura “O canibal”, de 2000, que simboliza nossa forma de apreensão e recriação das coisas. Tudo isso torna a visita ao MARGS um ótimo programa para quem estiver ou ar pela capital gaúcha durante este verão.
[notice]Ana Norogrando: obras 1968-2013
MARGS (Praça da Alfândega)
De terça a domingo, das 10h às 19h.
Até 23 de março[/notice]
Noiva da Lagoa volta ao local do crime x5dp
Rafael Guimaraens, está na Feira do Livro de Osório, um dos municípios-cenários do livro A Dama da Lagoa, que recupera dramaticamente o crime ional de agosto de 1940, quando uma jovem da elite portoalegrense chamada Maria Luiza (Lizinka) foi “enterrada” na Lagoa dos Barros pelo namorado Heinz Schmeling. Com 216 páginas, A Dama da Lagoa, editado pela Libretos, vendeu 250 exemplares no maior evento literário de Porto Alegre, a 59a Feira do Livro.
Neto de Eduardo Guimaraens, famoso poeta vinculado ao simbolismo, e filho do jornalista Carlos Rafael Guimaraens, Rafael não se ilude com o sucesso de vendas. O que ele mais teme é que as pessoas comecem a ler e ponham o livro de lado. Nesse aspecto as notícias têm sido boas. O cronista Liberato Vieira da Cunha deixou na banca da Libretos um bilhete com um elogio explícito ao autor.
Com uma dezena de obras publicadas, entre eles A Enchente de 41 (em quarta edição) e O Crime da Rua da Praia (em segunda edição), que resgatou um assalto ocorrido em 1911 na capital gaúcha, Rafael não apenas contou direito a história do crime de 1940 como esboçou um da sociedade portoalegrense de 70 anos atrás.
Logo nas primeiras páginas de A Dama da Lagoa, ao apresentar o contexto que cercou o crime, ele resume com leveza em 30 ou 40 linhas o clima germanófilo do Sul do Brasil estadonovista. É um flash revelador do envolvimento sulino com o redemoinho nazista.
Aqui o repórter formado em 1976 revela uma habilidade muito além do jornalismo policial. Não por acaso ele confessa gostar muito de novelas policiais. Quando criança, lia Agatha Christie, depois Conan Doyle, mais tarde os clássicos Hammet, Chandler, Poe, Simenon, Rex Sout. Ultimamente está descobrindo a obra do Camilieri, criador do detetive Salvo Montalbano, “muito divertido”, segundo ele.
Nesta entrevista, Rafael Guimaraens explica seu trabalho.
JÁ – Por que o título do livro não se conecta à lenda que até hoje se refere à Noiva da Lagoa?
RAFAEL – Existe a lenda da moça vestida de noiva que aparecia para os caminhoneiros, mas na realidade Lisinka não estava noiva de Heinz. E quando foi jogada na lagoa usava um vestido azul. Coloquei A Dama da Lagoa como uma referência ao livro do Raymond Chandler, tipo uma homenagem.
JÁ – As figuras policiais do livro A Dama da Lagoa são autênticas?
RAFAEL – São reais. O delegado Gadret era um policial implacável. Tive a alegria de encontrar a filha dele na sessão de autógrafos e ela disse que o retrato do pai está fiel. Referiu uma cena em que ele vai encontrar Heinz no Hospital Alemão: “Parecia que eu estava vendo ele, com toda aquela energia”.
JÁ – Seu pai Carlos Rafael Guimaraens era respeitado como jornalista e cronista. O que pegaste dele para tua carreira como escritor?
RAFAEL – O pai escrevia muito bem. Tinha cultura, memória e um texto muito rico, no qual perava uma ironia com a própria erudição. Seus contemporâneos o consideram o melhor de sua geração. Convivemos muito na minha infância e adolescência. Eu lia eventualmente seus textos, mas tomei contato mais próximo com o conjunto da obra dele quando organizamos o livro Morcego em Paris, uma seleção de crônicas que venceu o Prêmio Açorianos. No prefácio, o Sergio da Costa Franco disse que o pai foi a pessoa mais inteligente que ele conheceu, o que não é pouco.
JÁ – E teu avô, o poeta Eduardo Guimaraens? Nem o pai o conheceu, porque tinha só dois anos quando ele morreu.
JÁ – Todos os teus livros têm algo em comum: são baseados em fatos reais. Tens mais algum engatilhado?
RAFAEL – Meus livros são basicamente de jornalismo com ênfase na memória, seja de fatos pontuais, como Tragédia da Rua da Praia, Enchente de 41, Unidos pela Liberdade e A Dama da Lagoa, ou de movimentos, como Trem de Volta – Teatro de Equipe, Teatro de Arena – Palco de Resistência e Abaixo a Repressão – Movimento Estudantil e as Liberdade Democráticas. Mas em Tragédia da Rua da Praia e A Dama da Lagoa eu exercito esse possibilidade de tratar de um fato real com uma narrativa de romance ou novela.
JA – É verdade que estás escrevendo uma ficção 100%.
RAFAEL – Estou escrevendo uma história meio comédia, meio policial, cujo personagem é um músico consagrado que, por várias circunstâncias, caiu em desgraça e ganha a vida tocando sax vestido de palhaço, contratado por uma loja de calçados infantis. Ele se muda para um apartamento onde houve um crime violento e sua curiosidade o leva a várias situações divertidas e dramáticas. Por enquanto posso dizer que estou me divertindo muito e não tenho muito ideia de como isto vai acabar.
JÁ – Quanto tempo levaste para fazer A Dama da Lagoa?
RAFAEL – Essa história me interessa há muito tempo. ei a infância no bairro Moinhos de Vento e tenho ascendência alemã por parte da minha mãe, Dona Vera, falecida em janeiro deste ano. Ela conhecia tanto o Heinz quanto a Lisinka e sempre falava da história. Várias vezes comecei a trabalhar no projeto, mas era obrigado a me desviar para outras coisas, até que no final do ano ado resolvi encarar a empreitada.
JÁ – Recorreste a algum consultor para manter o rumo da história?
RAFAEL – Posso dizer que meu consultor foi o Carlos Augusto Bisson, que recuperou a história em seu livro sobre o bairro Moinhos de Vento. Trocamos muitas ideias e cogitações.
JÁ – Foste aos locais do crime: a rua Casemiro de Abreu, a construção onde o assassino pegou os tijolos para “enterrar” a moça, o posto da Mangueira na rua Benjamin Constant, a Lagoa dos Barros?
RAFAEL – Fui aos locais. Tive muita dificuldade para encontrar o local exato onde o corpo foi sepultado na Lagoa – na verdade, não consegui. O posto de gasolina não existe mais. A construção na Bordini era um sobrado de dois andares, perto da Marquês do Herval.
JÁ – No livro há dois jornalistas rivais, um Koetz e outro Neumann, o primeiro repórter do Correio do Povo, o segundo um jornalista duplê de policial que trabalhava o Diário de Notícias: eles existiram ou são personagens inventados para retratar facetas contraditórias do jornalismo?
RAFAEL – Paulo Koetz existiu, foi o cara que achou a pérola do colar da moça, mas eu não tinha muitas informações sobre ele e acabei moldando o personagem à história. Já o repórter do Diário era um
funcionário da Polícia, mas não sei o nome e não encontrei referências e, assim, fundi com o editor da Vida Policial, a revista dos investigadores.
JÁ – Percentualmente, de suas 216 páginas, quanto o livro tem de ficção? Uns 15%?
RAFAEL – Acho que é um bom percentual.
JÁ – Todos os teus livros têm um pé firme na realidade concreta, são ancorados em alguma história real, mas parece que te inclinas seriamente para a ficção. Estás seguro de que esse caminho é seguro?
RAFAEL – Neste livro que estou tentando escrever, me inspiro em algumas construções que meu pai fazia em textos mais irônicos. Mas a minha escrita é bem simples, nada sofisticada. Acho que meus livros têm como característica o ritmo da narrativa. O pior que pode acontecer a um escritor não é que as pessoas não comprem os livros dele, mas que o leitor comece a ler e desista. Penso nisso o tempo todo enquanto estou escrevendo. Por enquanto, está dando certo.
A MÃO DE CLÔ BARCELOS
Desde o infantil O Livrão e o Jornalzinho, os livros de Rafael Guimaraens são editados por Clô Barcelos, a alma da Libretos, a editora mais em evidência no panorama literário riograndense. Com cerca de 50 títulos, todos com o rigor crítico da ex-diagramadora da Plural Comunicação (revistas Amanhã e Aplauso), a pequena editora familiar teve em 2013 o seu ano mais produtivo: lançou 12 livros – cinco autosustentados, cinco copatrocinados e dois incentivados.
É uma evolução significativa em relação aos seus primeiros anos, quando a Libretos subsistiu graças à edição, produção e lançamento de livros patrocinados ou incentivados por leis culturais. Apesar do sucesso da parceria, Clô e Rafael temem que o excesso de visibilidade possa criar percalços para a sustentabilidade da editora. “Quanto mais alto o voo, maior o risco”, diz ela.
Música latino-americana e caribenha no FST 6065i
O MusicAmerica, um dos projetos da Associação Cultural José Marti do RS, traz a Porto Alegre músicos do Brasil, Cuba, Nicarágua, Equador, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Eles interpretam canções identificadas com os direitos humanos – ambientais, culturais, sociais e políticos. Muitos deles participaram de movimentos de oposição às ditaduras em seus países e continuam apoiando iniciativas que contribuam para o fortalecimento da democracia.
O MusicAmerica integra o show no Anfiteatro Pôr do Sol, após a Marcha de Abertura do FST. Nos dias 25 e 28 de janeiro, apresentam-se em Novo Hamburgo e São Leopoldo, respectivamente.
Também estarão na mesa de debates sobre Produção para Inclusão Cultural, no dia 27, em parceria com a Secretaria da Cultura de São Leopoldo, e no 1º Encontro Mundial de Redes de Pontos de Cultura do Programa Cultura Viva, dia 25, em Canoas, para o qual são esperados istas da Colômbia, Argentina, El Salvador, Uruguai, Nicarágua, Paraguai e Brasil. A confirmar, outros da Costa Rica e Cuba.
Conheça um pouco sobre os músicos reunidos no MusicAmerica:
Pedro Munhoz – gaúcho, há mais de 25 anos dedica-se à defesa dos direitos humanos, em especial da ecologia e da reforma agrária. Já se apresentou no Canadá, França, Itália, Portugal, Espanha e em vários países latino-americanos. Participou dos Fóruns Sociais Mundiais de Porto Alegre em 2003, 2005 e 2010.
Raul Ellwanger – iniciou a carreira em 1966, o gaúcho destacou-se em vários festivais de música. De 1970 a 1977, exilou-se no Chile e Argentina. Em 1979, no Brasil, lançou seu primeiro LP. No ano seguinte, relançou o disco, com a participação de Elis Regina. Elwanger já dividiu palcos e estúdios com Mercedes Sosa, León Gieco e Pablo Milanés.
Leonardo Ribeiro – também gaúcho, após exílio em Paris radicou-se em Porto Alegre, a partir de 1994. Faz frequentes turnês na Europa. Compôs várias músicas em parceria com Gonzaguinha, além de autores como Helvius Villela, Teça Calazans, Ricardo Vilas e Juarez Fonseca. Como músico e arranjador, participou de discos e shows de Wagner Tiso, Robertinho Silva, Egberto Gismonti, Teca Calazans & Ricardo Vilas e Joyce.
Nelson Coelho de Castro – um dos destaques da geração de compositores gaúchos que despontaram nos anos 1980, lançou em 1983 o primeiro disco independente do Rio Grande do Sul. No mesmo ano, venceu o 1º Festival Latino Americano da Canção – Musicanto. No final dos anos 1990, forma um coletivo de muito sucesso ao lado de Bebeto Alves, Gelson Oliveira e Antonio Villeroy.
Zé Martis – conta mais de 25 anos de participações em festivais, mostras coletivas, CDs, shows e eventos culturais em vários estados do Brasil e em países latino-americano como Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia e Cuba. É presidente do Conselho dos Dirigentes Municipais de Cultura do Rio Grande do Sul.
Victor Batista – compositor, cantor, violeiro, pesquisador da Cultura Popular e ex-componente da Orquestra Mineira de Violas e dos grupos Pára -Folclóricos Sarandeiros e Conga, na UFMG. Dirigiu gravações da Orquestra e o CD do MST – “Cantares da educação do Campo”. Seu primeiro CD, “Além da Serra do Curral”. Vai se apresentar com os músicos Antonio João (Galba) e Negrinho Martins.
Maurício Figueiral – cubano, é cantor formado em Comunicação Audiovisual, com especialização em direção de rádio, cinema e televisão. Fundador, com Adrián Berazaín, do projeto de cantautores. Pertence ao Centro Nacional de Música Popular.
Ricardo Flecha – paraguaio, iniciou sua carreira artística com o Juglares, em 1980. Seu repertório se baseia em obras dos cancioneiros paraguaios e latino-americanos tradicionais e contemporâneos. Defende o idioma Guarani. É autor de dois volumes do “Canto de Ioskarai”, uma obra de reflexão, bilíngüe espanhol – guarani, sobre o cancioneiro latino-americano.
Fabian Jarrin – trovador e poeta equatoriano, marca presença em festivais de seu país desde 1980. Tem compartilhado o palco com cantautores equatorianos e com nomes da Nova Trova latino-americana, como Hugo Idrovo, Jaime Guevara, Vicente Feliú, Leo Maslíah e Alejandro.
Fabian Massuh – o equatoriano é um dos fundadores do movimento Canção do Autor Contemporânea, que transforma o cotidiano em poesia. Cantautor ligado a organizações de direitos humanos e movimentos sociais, participou de vários festivais e produziu numerosos concertos solidários. Desde 2007 produz os festivais “Canción de Autor”, que têm etapas nacional e internacional.
Gloria Arcos – equatoriana, criou os grupos Sendero y Canto Nuevo até firmar-se como solista. Foi a primeira mulher a pisar em palcos do Equador, num cenário até então ocupado por homens. Conheceu Rick Nelson e Palo Santo, e encontrou novo sentido para a sua música através do jazz, o blues e a experimentação vocal.
Numa Moraes – uruguaio, estudou bandonion e violão clássico. Em 1966 conheceu o poeta Washington Benavides; o trabalho conjunto durou até 2002, aliando letras de denúncia social a melodias de raiz folclórica uruguaia. Entre seus parceiros, destaca-se ainda o escritor Mario Benedetti. Em 1972, obrigado a exilar-se em Buenos Aires, depois no Chile e na Holanda, teve sua música censurada no Uruguai. Em 2008, a prefeitura de Montevidéu concedeu-lhe o título de Cidadão Ilustre, pela sua contribuição artística ao país.
Paula Ferre – argentina, define-se como uma cantautora incapaz de colocar-se sua voz e sua criatividade a serviço de músicas desatentas à realidade. Além de suas composições, interpreta León Gieco, Víctor Heredia e Charly García, assim como grandes trovadores como Silvio Rodríguez, Pablo Milanés e Juan Manuel Serrat. Já compartilhou o palco com Mercedes Sosa, Silvio Rodríguez, Daniel Viglietti, Piero, Ignacio Copani, Julia Zenko e Adrián Abonizio, entre outros.
Luis Enrique Mejia Godoy – músico e compositor há 40 anos, o nicaraguense começou a compor inspirado pela poesia de Ernesto Cardenal, Leonel Rugama e Carlos Martínez Rivas. Gravou 22 discos como solista, editados na Europa, Estados Unidos e América Latina. Compôs músicas para documentários em cinema e televisão. Recebeu vários prêmios na América Central, Estados Unidos e Canadá. Vai se apresentar com Manuel Guadamuz, Rigoberto Osorio, Jayron Noel Sandoval Montano e Edwin Rayo.
Veja a programação:
24 de janeiro de 2012, em Porto Alegre, na abertura do FST
No Anfiteatro Pôr do Sol, 20h30.
25 de janeiro de 2012, em Novo Hamburgo, no palco de atividades principais.
No Pavilhão da FENAC, 20h.
28 de janeiro de 2012, em São Leopoldo, no palco de atividades principais.
No Centro Municipal de Eventos, das 18 às 23 h.
(Com informações de Vânia Barbosa, na Associação Cultural José Martí do RS)