O encontro de novembro do Núcleo de Estudos da Canção da UFRGS tem como tema a formação da canção popular brasileira. A partir do modelo teórico de Antonio Candido, e com o instrumental de análise de Luiz Tatit, o pesquisador Guto Leite busca responder à pergunta de quando a canção popular ou a formar um sistema orgânico no Brasil. Investigando as obras e os contextos de quatro cancionistas – Catulo da Paixão Cearense, Donga, Sinhô e Noel Rosa –, Guto Leite acompanha a formação da canção popular urbana no Brasil. A apresentação se dará pela explicação de alguns conceitos básicos e a audição de algumas canções dos autores envolvidos na pesquisa. Guto Leite é graduado em Linguística pela Unicamp e especialista, mestre e doutorando em Literatura Brasileira pela UFRGS na área de Canção Popular. Poeta de alguns livros e compositor, atualmente trabalha como professor temporário na mesma universidade. O Núcleo de Estudos da Canção foi criado em 2008 com o objetivo de formar um espaço permanente para a troca de conhecimentos sobre a canção popular brasileira. Os encontros mensais têm formatos diversos, contemplando apresentação de pesquisas, entrevistas e audições comentadas. O QUÊ: A formação da canção popular, com Guto Leite. QUANDO: 21 de novembro, segunda-feira, às 19h. ONDE: Sala Fahrion (2º andar da Reitoria, Campus Central da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110) QUANTO: Entrada Franca. Informações: 51 – 3308.3034 / 3308.3933 3d4e6x
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Teatro Glênio Peres valorizado 69494d
Este está sendo o primeiro ano em que o Teatro Glênio Peres, em Porto Alegre, tem um profissional dedicado exclusivamente a istrar o espaço e a programação. O ator Rafael Baião mostra com orgulho a lista de grupos inscritos para usar a sala para ensaios e apresentações, sem nenhum custo.
Para os grupos teatrais ou de músicos que ensaiam lá, pede-se apenas que brindem a casa com uma apresentação. Antes, o teatro de 80 lugares era usado mais para seminários e debates do que para as artes.
Contratado como assessor cultural da Presidência, Baião sabe que seu trabalho pode durar apenas um ano, devido ao rodízio anual dos vereadores que compõe a mesa diretora. “Espero que o próximo presidente mantenha alguém para cuidar do teatro”.
Um centro cultural para a Terreira da Tribo 611g6q
Vai sair a verba para construção de um centro cultural da Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz. Um convênio entre a Prefeitura de Porto Alegre e o Ministério da Cultura prevê um investimento de R$ 1,3 milhão, obtidos por intermédio de emendas parlamentares. 1i5u3l
Em março de 2008, ao completar 30 anos de existência, o grupo teatral conquistou o terreno na rua João Alfredo, 709, na Cidade Baixa, cedido pelo município em comodato para construção de uma sede definitiva.
O projeto do centro cultural da Tribo inclui espaço para pesquisa teatral, salas de aula, biblioteca e centro de referência do teatro popular, além de salas de exposição, projeção e local para o acervo do grupo.
Símbolos da riqueza antiga 295c3w
O otimismo dos primeiros folhetos distribuídos à imprensa previa quatro anos para a conclusão do Projeto Monumenta em Porto Alegre.
Oito anos depois, em novembro de 2010, a coordenadora dos trabalhos, arquiteta Briane Bicca, evita fazer previsões.
“Restauração é uma caixinha de surpresa”, diz ela. “Você começa, mas não sabe o que vai encontrar pela frente”.
O Monumenta, em todo caso, é uma realidade em Porto Alegre e, mesmo antes de concluído, pode ser considerado o maior projeto de restauração do patrimônio histórico já feito na cidade.
Dos oito prédios públicos arrolados no projeto, seis estão prontos, além de 12 edifícios privados.
No total, serão R$ 22 milhões aplicados na restauração de edifícios e espaços públicos no centro histórico da cidade. Vai a mais de mil o número de pessoas envolvidas no conjunto de projetos.
Obra retomada
Os dois prédios que faltam são a Igreja das Dores, na rua da Praia, e a Pinacoteca Municipal Rubem Berta, na Riachuelo. A obra da igreja esteve interditada por cinco meses, agora foi retomada.
A restauração da Pinacoteca Municipal é a mais atrasada e um bom exemplo das surpresas que podem surgir. Nos oito meses previstos para a conclusão, a empresa contratada em licitação não conseguiu ir além de 20 por cento da obra.
O contrato foi rompido, uma nova licitação está aberta. Deve levar mais uns oito meses até escolher a nova empresa, depois mais três meses para dos papéis e, aí, começar a fazer os 80% da obra que faltam. Ou seja: mais uns dois anos.
Nos dois espaços públicos que integram o projeto – Praça da Alfândega e Praça da Matriz – a situação é diferente. A obra na Praça da Matriz, que envolve também a rua da Ladeira (General Câmara) não tem previsão. Teve problemas com a licitação, provavelmente vai ficar para outra etapa.
A obra na Praça da Alfândega é a mais complexa. Além de reconstituir o aspecto da praça dos anos 1940, quando ela se consolidou como um espaço de convivência, como “o eio da cidade”, a restauração inclui o quarteirão da avenida Sepúlveda, que liga a praça ao porto.
Outro exemplo das surpresas: quando foi retirada a capa de asfalto da avenida Sepúlveda, verificou-se que os canos que drenam á água da chuva para o rio não existiam mais. Cabe ao Departamento de Esgotos Pluviais decidir sobre a nova canalização.
O DEP abriu uma licitação para contratar a empresa para fazer a drenagem. Espera-se que no inicio de dezembro seja escolhida a empresa. Aí, se tudo der certo, tem mais quatro meses da obra.
Fora os imprevistos, a obra na praça tem particularidades que tornam lento o seu andamento. Por exemplo: o meio fio dos canteiros é de granito róseo. No Rio Grande do Sul, só tem uma jazida de onde o Ibama permite a retirada desse granito. “Tem que entrar na fila para conseguir”, diz a coordenadora.
A rede elétrica tem que ser toda refeita porque vai duplicar o número de pontos de luz na praça. A restauração das luminárias antigas foi demorada. São mais de 50 luminárias de cinco ou seis modelos diferentes, que já não são mais fabricados.
A parte mais demorada ainda nem começou. É o calçamento de pedras portuguesas ao redor da praça, a chamada “calçada Copacabana”. As pedras brancas são de mármore, as escuras, granito. Já está contratada uma empresa de Curitiba para o serviço.
O que mais retardou a obra, no entanto, foi a polêmica em torno das figueiras, que deveriam ser retiradas segundo os autores do projeto.
Foram mais de quatro anos de discussões e reuniões com todos os órgãos envolvidos – Iphan, Iphae, Secretarias de Planejamento, Meio Ambiente, Obras, EPTC – até convencer a todos da necessidade de retirar as figueiras (ficcus).
Só para a Secretaria de Meio Ambiente foram cinco apresentações. “Foi tudo decisão coletiva, temos laudo com dez pessoas assinando”, diz a coordenadora.
Segundo ela, as figueiras ficaram enormes, fechavam um lado da praça, que ficava sempre frio, úmido. Estavam prejudicando os jacarandás que são o símbolo da praça, já tortos, as raízes destruíam os meios-fios. “Quem plantou aquelas árvores ali não levou em conta que elas crescem sem parar”, diz a arquiteta.
Ela prevê, sempre com alguma reserva, que na próxima Feira do Livro a praça já estará pronta.
A arquitetura de um Estado rico
Os prédios selecionados para o Monumenta em Porto Alegre foram todos construídos nas primeiras décadas do século 20, quando era forte a influência positivista, bastante visível na arquitetura dos edifícios públicos.
Era o governo Borges de Medeiros ( 1903/1928), num período de alta prosperidade para o Rio Grande do Sul, que ainda rivalizava com São Paulo em poderio econômico.
Essa prosperidade se refletiu em grandes mudanças na fisionomia da capital, com o surgimento de um conjunto de prédios monumentais que se completou até os anos de 1940 e que ainda hoje dominam a paisagem do centro histórico.
Pistas para os historiadores
As primeiras escavações junto à praça, feitas em 2007, encontraram sinais do primeiro ancoradouro, prova de que antes do aterro, a margem do Guaíba vinha até a rua da Praia.
Havia um trapiche, entre duas escadarias, na posição onde está a avenida Sepúlveda. As escadarias ainda existiam em 1870, quando D. Pedro II veio a Porto Alegre o armistício da Guerra do Paraguai.
Os arqueólogos encontraram também as fundações da antiga Alfândega. Era um prédio comprido, com um pátio interno e uma fonte. Nas escavações foram também encontrados objetos – moedas, louças, utensílios – que são pistas para reconstituições históricas.
Café, sorveteria e posto policial
O projeto da Praça da Alfândega contempla também uma melhoria na parte de serviços ao público.
Na lateral, junto ao muro da Caixa Econômica Federal será construída uma estrutura para comércio e serviços – café, sorveteria, engraxates, floristas, posto policial e duas bancas de revista, uma em cada extremidade.
“Vai animar aquele espaço ali, tapando o muro”, diz a coordenadora.
No fundo, sem aparecer, dois sanitários. Os artesãos também saem da calçada da Sete de Setembro.
A intenção segundo a arquiteta Briane Bicca, é fazer com que a Praça da Alfândega volte a ser “o eio da cidade”.
Um fundo permanente para conservação do patrimônio
Além dos prédios e espaços públicos, o Monumenta já restaurou 12 prédios privados que constavam do inventário do patrimônio histórico de Porto Alegre.
De um total de 140 imóveis arrolados pelo patrimônio histórico, 40 foram selecionados e seus proprietários receberam proposta para entrar no projeto Monumenta, com financiamento do governo federal para o restauro.
Desses, 12 aderiram e os prédios já foram restaurados. A coordenadora do Monumenta em Porto Alegre, acredita que outros dez prédios poderão ser incluídos no projeto.
Diante dos resultados dos primeiros, muitos proprietários estão aceitando entrar. Dos edifícios privados já restaurados, os mais conhecidos são o Clube do Comércio e a Catedral Anglicana, ambos na rua da Praia.
Além dos dois foram restaurados dois sobrados na rua da Praia, a “casa cor de rosa” na Riachuelo, uma casa na Demétrio Ribeiro.
Os proprietários recebem financiamento da Caixa Federal e a coordenadora acalenta o plano de formar com esses recursos um fundo permanente para restauração de imóveis de valor histórico na cidade.
Financiamento internacional
O Monumenta é um programa do Ministério da Cultura, para recuperação do patrimônio histórico em 26 cidades brasileiras.
Reconhecido pela Unesco, conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para os projetos e as obras.
Esses recursos cobrem 70% dos custos, sendo os 30% restantes contrapartida do Estado ou Município, conforme o caso.
Restaurações já concluídas
*Pórtico Cais Mauá
*Biblioteca Pública
*Museu de Arte do RS (Margs)
*Memorial do RS
*Museu da Comunicação Hipólito da Costa
*Palácio Piratini
*Mais 12 imóveis privados
Em Obras:
*Igreja das Dores
*Pinacoteca Municipal
*Praça da Alfândega
Reportagem publicada no JÀ Bomfim/Moinhos, ed. dezembro.
Festival reúne percussionistas em Porto Alegre 705v3p
De 03 a 05 de dezembro acontece a 3ª edição do Perc POA – Festival de Percussão da Cidade de Porto Alegre, o maior encontro de percussionistas do sul do Brasil.
Este festival, voltado às diversas manifestações rítmicas da cultura brasileira, promove a integração de todos os músicos e pessoas envolvidas com o tambor, o batuque, a bateria e a música de forma universal.
Nesta edição o projeto, além dos shows e oficinas de ritmo, contará com exibição de filmes e a realização do Seminário Consciência dos Tambores.
Todas as atividades têm entrada franca. As ações do Perc POA estão concentradas no Teatro de Câmara Tulio Piva, com exceção das oficinas de sábado, que acontecem na Redenção e no Afro Sul-Odomodê.
No encerramento do evento, serão realizadas homenagens e premiações e um show coletivo com um grande time de músicos (Paulo Romeo, Mestre Paraqueda, Maracatu Truvão, Mestre Giba Giba, Esdras Bedai, Mestre Walter Borel, Odomodê Tambor, Mestre Gersy Saraiva, Zé da Terreira, Areal da Baronesa do Futuro, Luiz Jakka, Fernando do Ó, Richard Serraria, De Santana, Turucutá Batucada Coletiva, entre outros).
Ao final, os artistas descem do palco, juntam-se ao público e deixam em cordão o Teatro de Câmara Túlio Piva, fazendo a Caminhada dos Tambores na Cidade Baixa.
Peroa 2010
Festival de Percussão de Porto Alegre
De 03 a 05 de dezembro (sexta a domingo)
Teatro de Câmara Túlio Piva / Redenção / Afro Sul-Odomodê
Entrada Franca
Assessoria de Imprensa:
Simone Lersch (51) 3029-6390 / 9803-4420
P r o g r a m a ç ã o :
Dia 03.12_Sexta
Local: Teatro de Câmara Tulio Piva_POA
17h_Oficina de Percussão com Nilo Cruz
Tanajura – Bateria de Colo
vagas limitadas*
20h_Abertura do Evento
Show Tambores dos Povos Charrua
Sérgio Senake
20h30_Seminário Consciência dos Tambores – Painéis
Giba Giba_Músico
“Pensamento Fora da Pauta. Era, tinha e foi.”
Éverton Miranda_Sbacem
Soc. Bras. Autores e Compositores
de Música do RS.
“Obras e Direitos Autorais.”
Walter Borel_Africanólogo
” Agô Iê – Vamos falar dos Orixás”
Luiz Jakka_Músico e Educador
“Percuteria: um novo conceito.”
Marcos Valcareggi_Representante de
Instrumentos Musicais.
“Quatro gerações de história
na fabricação instrumentos musicais
de qualidade em Porto Alegre.”
Paulinho do Areal_Educador Social
“Projeto Social do Grupo Cultural
Areal da Baronesa do Futuro.”
Raul Selva_Ecologista
“Eco: A casa de Todos.”
Mediação: Zé Evandro
Dia 04.12_Sábado
15h_Oficina de Percussão com Nilo Cruz
Local: Afro Sul-Odomodê
vagas limitadas*
16h_Oficina de Maracatu
Local: Redenção
20h_Exibição comentada do Filme:
“O Grande Tambor”
(Gustavo Turks e Sérgio Valentin)
Realização: Coletivo Catarse
Local: Teatro de Câmara Túlio Piva
21h_Exibição do Filme:
“PerOA 2006 – Tambores para a Juventude”
(Akane Wada)
Realização: Independente
Local: Teatro de Câmara Túlio Piva
Dia 05.12_Domingo
Local: Teatro de Câmara Tulio Piva_POA
17h_Oficina de Percussão com Nilo Cruz
Tanajura – Bateria de Colo
Local: Tulio Piva
vagas limitadas*
20h_Grande Show Coletivo e Premiação
Paulo Romeo
Mestre Paraqueda
Maracatu Truvão
Mestre Giba Giba
Esdras Bedai
Mestre Walter Borel
Odomodê Tambor
Mestre Gersy Saraiva
Zé da Terreira
Areal da Baronesa do Futuro
Luiz Jakka
Fernando do Ó
Richard Serraria
De Santana
Turucutá Batucada Coletiva
Homenagem: Walter Borel_Patrono do Perc POA 2010
P r e m i a ç ã o :
Mestres Batutas de Ouro 2010:
Fernando do Ó
Paulo Romeo
De Santana
Menção Honrosa 2010:
Zé da Terreira_Resistência Cultural
Esdras Bedai_Intercâmbio Cultural
Marcos Valcareggi_Projeto Social
Grande encerramento com o já tradicional encontro:
” Caminhada dos Tambores na Cidade Baixa ”
Da Rua da República até a João Alfredo
*Inscrições para as oficinas:
Hora antes do início da atividade.
Informações 51.9112-1226
www.peroa.blogspot.com
Apoio cultural:
Prefeitura Municipal de Porto Alegre
Portoweb Tambor
Tanajura
Rozini Instrumentos Musicais
Sbacem
Valcareggi Percussão
Tirage Serigrafia
Afro Sul
Rádio Pirada
Realização:
A Produtora e Preto Produtora.Cultural (Assessoria)
Vídeo sobre Araújo Vianna é aberto a contribuições 6k115o
Qualquer internauta que tiver contribuições a dar pode acrescentar textos, fotos, filmes, depoimentos no vídeo sobre o auditório Araújo Viana que está disponível na Internet. O link é http://araujovianna.com.br/beta/
Por enquanto, o vídeo registra a história do auditório desde sua mudança para o Parque da Redenção, em 1964. Reúne depoimentos de artistas que se apresentaram lá e contam o que representava encontrar-se por ali na época da repressão política.
As obras de reforma do Araújo avançam. Guindastes estão chegando para preparar a estrutura que receberá a nova cobertura, prometida para os primeiros dias de 2011.
JÁ Editores anima a fronteira 583i3s
O jornalista Elmar Bones, editor do Jornal JÁ, fez palestra ontem à noite em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai.
às 17h30 deste sábado, o psicanalista João Gomes Mariante fala do livro “Três no Divã”, no qual analisa a personalidade de três líderes políticos históricos: Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha e Flores da Cunha.
O encontro será no Núcleo de Estudos Fronteiriços, na Praça da Matriz.
Os eventos integram a programação da I Feira Binacional do Livro em Santana do Livramento.
Prefeitura lança “Observatório da Cultura” 6q5l62
Primeira iniciativa desta natureza na Região Sul do Brasil, o Observatório da Cultura de Porto Alegre pretende ser um centro de referência para a promoção da cultura e das artes como fatores de desenvolvimento, através da produção, estudo e difusão da informação.
O “Observatório da Cultura”, novo projeto da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, será apresentado nesta quinta-feira, 18 de novembro.
Será às 18h, no Memorial do Mercado Público (loja 38, 2º. pavimento do Mercado), como a presença de potenciais parceiros do Observatório, tais como o Ministério da Cultura, Secretaria de Estado da Cultura, municípios da região metropolitana, universidades, empresas patrocinadoras e entidades do terceiro setor; além de representantes de observatórios de São Paulo (Itaú Cultural) e Buenos Aires (Observatório de Industrias Culturales), além do Colegiado Setorial de Música do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC).
Na ocasião, será lançado o livro FUMPROARTE 15 anos, contendo dados consolidados sobre o premiado fundo municipal de fomento à cultura, pioneiro no Brasil. Acompanha o livro um DVD institucional com depoimentos de pessoas que fizeram a história do FUMPROARTE.
Primeira iniciativa desta natureza na Região Sul do Brasil, o Observatório da Cultura de Porto Alegre pretende ser um centro de referência para a promoção da cultura e das artes como fatores de desenvolvimento, através da produção, estudo e difusão da informação.
O projeto surge do reconhecimento da cultura como um direito dos cidadãos – garantido na Constituição – que tem como consequência a necessidade de uma maior responsabilidade dos governos no tratamento das políticas públicas para o setor.
São objetivos do Observatório da Cultura:
– Criar e manter um banco de dados geo-referenciado sobre as atividades artísticas e culturais.
– Monitorar o impacto das políticas e ações culturais.
– Desenvolver indicadores culturais a partir da coleta e interpretação de dados sobre a cultura.
– Subsidiar o planejamento de investimentos em cultura, com base em evidências
– Apoiar a formação de gestores culturais
Com sede no Mercado Público, atualmente a equipe do Observatório da Cultura dedica-se à busca de parceiros para a viabilização de projetos como um portal web interativo para a cultura local; apoio à capacitação de gestores e empreendedores culturais; além de diversas pesquisas com a finalidade de conhecer melhor a cultura local.
Em outubro, o projeto do Observatório foi apresentado no I Congresso Internacional de Gestão Cultural, em Mar Del Plata (Argentina).
Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo telefone 3225-0793, pelo e-mail [email protected], ou no Memorial do Mercado Público (loja 38, 2º. pavimento do Mercado). Também é possível acompanhar as atividades do Observatório da Cultura através do blog http://culturadesenvolvimentopoa.blogspot.com
Nova onda em Capão e adjacências 2hq32
(Geraldo Hasse) A classe média alta fecha-se em condomínios murados no litoral norte. Quem trafega pela Estrada do Mar na região de Capão da Canoa e Xangri-La, encontra na paisagem notórios sinais de identificação ideológica com ricos balneários custeados por dólares (nos EUA) e petrodólares (Abu Dhabi). São condomínios murados com casas prontas ou em construção no estilo de Jurerê Internacional (norte de Florianópolis), que buscou inspiração em Beverly Hills (California) e Miami (Florida).
São mansões sem muros nem grades nas quais é moda, quase regra, o paisagismo com palmáceas. Quem não encontra tamareira, planta butiazeiro nativo. Quem não tem para o butiá, vai de coqueiro gerivá. O culto à flora exótica é atestado pelo plantio sistemático do pinus norte-americano na restinga e até no meio das dunas. O pinus substituiu as casuarinas australianas, usadas antigamente na arborização urbana.
Apenas em Capão da Canoa e Xangri-Lá, balneários que se situam no miolo mais concorrido do litoral norte do Rio Grande do Sul, existem 25 condomínios fechados. Alguns se situam na beira do mar, mas a maioria fica em áreas de restinga ou junto a lagoas de pequeno ou médio porte. Em Tramandaí há um condomínio gigantesco junto à Lagoa da Custódia cujo diferencial é uma rica mata nativa.
Em nenhum desses empreendimentos os terrenos custam menos de R$ 80 mil. No Enseada de Xangri-Lá, dois lotes totalizando 1150 metros quadrados estão em oferta por R$ 750 mil. As casas, com um padrão médio de quatro quartos, são oferecidas por valores de R$ 800 mil a R$ 2,5 milhões.
Em todos os condomínios há portões com guardas armados, piscinas, sauna, canchas de tênis e outras novidades, muitas delas anunciadas em jargão originário da Flórida. Yes, aqui churrasqueira também é conhecida por gourmeteira. E mais, os condôminos podem desfrutar de service pay per use, jogar paddle, dispor de lan house com garage band, além de contar com espaço-kid junto ao play ground. Claro que todos têm fitness center et le scambeau. Um dos condomínios oferece um bosque de seis hectares onde existe um caminhódromo de dois mil metros. Outro tem um campo de golfe. Dois ou três têm marinas. Há um clima de Abu Dhabi por ali.
Em Capão da Canoa, junto a um dos principais condomínios construídos nos últimos anos, desenvolveu-se um ajuntamento de moradias populares no lado continental da Estrada do Mar. Essa rodovia, construída em 1989/90 sem licenciamento ambiental, foi o estopim da devastação da restinga do litoral norte do Rio Grande do Sul.
Depois de andar por ali em maio de 2006 com alunos da Biologia da UFRGS, o professor Paulo Brack encaminhou uma carta-denúncia ao Ministério Público Estadual.
Em quatro páginas ele relatou diversas infrações ambientais como o arrancamento de figueiras (árvore imune ao corte por lei estadual de 1992), a construção de aterros e o desmanche da paisagem. Brack não é o único biólogo preocupado com a destruição da biodiversidade nos raros ecossistemas da costa Sul.
Há anos o biólogo Marcelo Duarte Freire, especialista em anfíbios, procura vestígios do sapo flamenguinho (Melanophryniscus dorsalis), cujo apelido vem de suas listras rubro-negras. O pequeno sapo tem apenas dois centímetros de comprimento e é considerado ameaçado de extinção desde 1933, quando foi descrito por Mertens, que o encontrou no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Atualmente só se vê o flamenguinho em fotos de compêndios de biologia. Junto com outras espécies animais e vegetais, o sapinho rubro-negro é vítima da ocupação indiscriminada do litoral sulino. Outro alvo da preocupação dos biólogos é o tuco-tuco, que vive nas dunas, mas não há um levantamento sistemático dos danos ambientais praticados pela população humana no litoral.
Lenta nas primeiras décadas do século XX, a corrida imobiliária para as praias intensificou-se com a abertura de estradas, especialmente a BR-101, depois da II Guerra Mundial. Se antes o maior sonho era ter uma casa de frente para o mar – em consequência disso, praias como Capão da Canoa estão pontilhadas de edifícios –, agora o processo de ocupação se desloca para áreas interiores de campos, banhados, dunas e lagoas, até há pouco tempo desprezadas até por seus proprietários originais, herdeiros de sesmarias coloniais.
Num olhar de fora, é difícil compreender por que tanta gente investe na mudança da paisagem e na construção de novas formas de habitação, mas é evidente a preocupação dos construtores em oferecer conforto, segurança e privacidade aos novos proprietários dessas áreas emergentes e praticamente inabitadas. Aparentemente, a maioria não foi construída para morar, mas como investimento.
Mariante recebe medalha Simões Lopes Neto 2l686c
A governadora Yeda Crusius entrega hoje (18), às 17h30, no Palácio Piratini, a Medalha Simões Lopes Neto o João Gomes Mariante, autor do livro “Três no Divã” (JÁ Editores, 2010).
O psicanalista será agraciado pela obra na qual analisa a personalidade dos políticos gaúchos Getúlio Vargas, Flores da Cunha e Oswaldo Aranha.
Mariante tem 92 anos, dos quais quase 60 dedicados à psicanálise. Especialista em profilaxia do suicídio, traz à bibliografia nacional uma abordagem inédita, ao observar o psiquismo e as motivações de líderes políticos desde a antiguidade até os dias atuais.
O registro histórico inspirou Yeda Crusius a resgatar a memória de governantes gaúchos históricos. “Esse livro foi como uma luz e me fez ver a política e seus personagens de uma maneira diferente. Por causa dele, reabilitei o busto de Flores da Cunha, que foi um grande governador e cuja escultura estava num depósito”, afirmou a governadora. “Este homem é uma lição de vida”, complementou.
João Gomes Mariante é membro efetivo da Associação Internacional de Psicanálise, da Associação Brasileira de Psicanálise, da Associação de Psicologia e Psicoterapia de Grupos em Buenos Aires. Além de membro honorário da Academia Sul-Riograndense de Medicina e do Rotary Internacional.