O debate promovido pela rádio Fórum – transmitido via web para 147 rádios de cinco continentes – na manhã deste domingo, foi à última ação do Fórum Social Temático 2012, em Porto Alegre e região metropolitana. Em cinco dias, o fórum promoveu mais de 700 atividades – incluindo oficinas, shows de música –, atraindo milhares de participantes do mundo inteiro em torno dos temas Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental. Na mesa central estava o urbanista Alan Furlan, Roberto Jakubaszko, do comitê organizador do Fórum e o vereador Carlos Todeschini. / Foto: Márcio Policarpo O debate final, no auditório do Memorial RS, reuniu políticos, representantes ligados ao movimento negro, idosos, ambientalistas e urbanistas que, durante pouco mais de duas horas, diante de um público pequeno, leram comunicados e deram informes sobre as suas críticas e principais reivindicações apresentadas no FST. Roberto Jakubaszko, membro do GT de Comunicação do comitê organizador do FST, salientou que o objetivo do debate foi fazer um rescaldo do evento que, segundo ele, cumpriu satisfatoriamente as suas metas, preparando as propostas que serão encaminhadas a Cúpula dos Povos por Justiça Ambiental, evento paralelo a Conferência Rio + 20, promovida pelo ONU, que ocorre no próximo mês de junho, no Rio de janeiro. Jakubaszko também destacou o êxito, durante o FST, de eventos como o Conexões Globais 2.0, que atraiu principalmente os jovens, e permitiu, via web, que os participantes interagissem com pessoas do mundo inteiro. “Isso é incrível quando penso na minha mocidade, onde o negócio era aprender datilografia e fazer concurso para banco”, brincou. O arquiteto e urbanista Alan Furlan – conselheiro da região de planejamento 1 (centro de Porto Alegre), frisou, num documento, que na capital gaúcha o cadastro do programa de regularização fundiária do Demhab “contém 75.656 famílias inscritas. Isso representa, em expressão populacional, a quarta cidade do estado. São pessoas que vivem em habitações precárias, em ambientes segregados com forte estigma social. Corremos o risco de produzir mais uma cidade insustentável”. Na mesma linha, o vereador Carlos Todeschini, do PT, salientou que Porto Alegre não pode ficar refém da Copa de 2014. “Parece que em nome dela, da sua realização no Brasil, por causa de alguns jogos em Porto Alegre, temos que aceitar tudo. A cidade tem outras prioridades”. Por Francisco Ribeiro 2j5m