A Revolução Eólica (49) – Usina Cerro Chato terá novo centro de visitações 254s4l

O Centro de Visitações da Usina Eólica Cerro Chato (UECC), em Santana do Livramento, deve ser inaugurado em janeiro, informa o coordenador, o guia turístico Nereo Rodrigues Mendes. O centro está sendo construído no topo de cerro que dá nome à região. Aliás, foi bem naquele ponto que D. Pedro II e familiares, acompanhados do Luis Filipe Gastão de Orléans, o Conde d’Eu, genro do imperador, estiveram no dia 10 de outubro de 1865 em visita ao amigo ‘Machado’ (possivelmente trata-se do sesmeiro Silvano Machado do Couto). A comitiva vinha de Uruguaiana em direção à vila de Santana do Livramento. Casa terá telhado com jardim, painéis solares e aerogerador O projeto do Centro de Visitações é da arquiteta Claudia de Moura Incerti, 41 anos, Ela foi selecionada pelo arquiteto Sato Yoshiki, quem supervisionou as obras de construção da subestação coletora de energia Cerro Chato e da linha de transmissão. “Quando fui conhecer o Cerro Chato, já visualizei o centro como um cartão postal para a cidade, uma casa integrada àquela região e, principalmente, que não agredisse o meio ambiente”, diz. Claudia tomou como exemplo a casa inteligente da Eletrosul em Florianópolis, com telhado verde, painéis solares e incorporou outras ideias resultados de suas pesquisas e sugestões do próprio Sato. O terraço do prédio terá terá um jardim e o guarda-corpo será de vidro para facilitar a vista do parque eólico. Os painéis solares e um aerogerador que inicialmente iriam fornecer energia para os jardins, agora se prevê que possam abastecer pelo menos a metade da energia consumida no centro. Também irão ajudar a aquecer a água. O telhado verde que ajudará na captação da água da chuva. “Haverá tratamento de esgoto, será feito através de uma zona de raízes, que é ecologicamente correto. Não é simplesmente uma fossa e filtros. Então são vários sistemas que serão instalados ali. Uma casa autossustentável”, resume a arquiteta. O projeto interno Externo Por enquanto, os visitantes dos parques eólicos são recepcionados por Mendes e auxiliares num posto de informações improvisado junto ao aerogerador nº 5 do Parque III. São visitantes do próprio município e da vizinha cidade de Rivera, Uruguai, assim como turistas vindos das mais diversas cidades do Estado e do País, e do Norte do Uruguai. Durante os dias de semana são programadas visitas escolares das mais diversas escolas da cidade, universitários de diversas universidades existentes no Estado. Ali, recebem orientações, cartilhas explicativas e são convidados a assistir a um vídeo sobre a Usina. As dicas são indispensáveis para quem quiser ir além do registro fotográfico. 241f5m

Rio+20 deve discutir redução da pobreza e da fome e promoção da economia sustentável, diz ministra 5525s

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (28/12), que os principais desafios da Rio+20 vão envolver questões sobre como reduzir a pobreza e a desigualdade no mundo, a promoção do desenvolvimento com bases mais sustentáveis e como coordenar as políticas públicas do setor.
A Rio+20, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável, ocorrerá no Rio de Janeiro a partir do dia 20 de junho do próximo ano.
“Há uma expectativa muito grande de que os eventos (da Rio+20) não permaneçam somente enquanto eventos, mas tenham um dia seguinte e que aconteçam em bases que melhorem a qualidade de vida, da infraestrutura urbana e da vida nas cidades e de cada cidadão brasileiro”, disse a ministra.
A ministra disse esperar que a Rio+20 traga resultados e “que o planeta inteiro assuma objetivos sobre desenvolvimento sustentável, estabelecendo metas mensuráveis. Esperamos ser exitosos na questão da governança e evoluirmos com a proposta de criação de um Conselho sobre Desenvolvimento Sustentável nas Nações Unidas”. Atualmente existe apenas uma comissão, criada em 1992, que não tem a representatividade de um conselho.
Izabella disse que as propostas que foram enviadas por vários países para uma primeira conferência, que vai ocorrer em janeiro, mostram caminhos convergentes. “É absolutamente convergente a discussão sobre inclusão social e sobre a erradicação de pobreza e da fome”. Outro tema comum, que deve ser apresentado na Rio+20, é a discussão sobre geração de energia. “Certamente as energias renováveis e a inovação tecnológica são temas estratégicos”.

Braskem quer cinco usinas de biomassa no RS a partir da casca do arroz 3l6c4n

Por Carlos Matsubara, Ambiente JÁ
A Braskem iniciou no dia 1º, as tratativas com produtores de arroz do Estado para comprar matéria-prima que irá mover cinco usinas de biomassa. Toda produção gerada servirá para consumo próprio. A expectativa é que elas gerem 50 megawatts, o suficiente para abastecer uma cidade com 350 habitantes.
Mapeamento inicial da empresa apontou os cinco municípios para receber as usinas. São Borja, Itaqui, Pelotas, Dom Pedrito e Camaquã. O Rio Grande do Sul já conta com quatro delas movidas à casca de arroz que geram um total de 13 MW. Todas são empreendimentos de produtoras de arroz em Itaqui, Alegrete (2) e São Gabriel.
O diretor de Energia da Braskem, Marcos Vinicius Gusmão do Nascimento, justifica o investimento. “Somos o terceiro maior consumidor de energia do país e queremos ampliar nosso mix de fontes. O Rio Grande do Sul nos dá a chance do reaproveitamento de resíduos agrícolas”.
A empresa baiana, que controla a Copesul e Ipiranga Petroquímica no Estado, consome energia gerada por óleo diesel, gás natural e carvão mineral e ainda vem estudando a possibilidade de outras fontes, até mesmo a hídrica.
Para o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) os gaúchos sempre sentiram falta de investidores para que esse tipo de energia finalmente fosse alavancada. Ele lembrou que as usinas da Braskem também poderão aproveitar cavacos e outros resíduos de madeira. “Temos também na Metade Sul do Estado essa possibilidade com os investimentos das empresas de papel e celulose”, destacou.
Floriano Isolan, consultor florestal da CaixaRS, aprova a iniciativa da empresa. Ele defende que seja ampliada para o setor florestal como um todo. “Podemos agregar empresas menores em torno das grandes para produzir uma gama ampla de sub-produtos para a Indústria da Madeira. Para o especialista, essa geração energética através de resíduos da madeira seria como “fechar o ciclo”.
Distância pode ser entrave
Ana Carla Petiti, gerente de comercialização da Braskem, explicou aos produtores presentes ao evento em Porto Alegre que estudos de viabilidade econômica exigem que a distância da geração de resíduos até as usinas não pode ultraar um raio de 10 quilômetros.
Para o produtor Alcir Buske, da Cooperativa Agrícola e Mista de Agudo, a intenção da empresa “parece uma ótima oportunidade”. O problema, segundo ele, seria realmente essa limitação de distância. “Nós (arrozeiros) temos dificuldade em encontrar solução para a casca de arroz”, afirma ele, que vai participar da rodada de conversações durante a semana. A cooperativa de Agudo conta com 500 produtores que geram cerca de 30 toneladas por mês desse resíduo, que hoje é utilizado como cobertura morta (adubação no solo).
Depois de receber muitos questionamentos sobre essa limitação, os técnicos da empresa itiram a possibilidade de ampliar a distãncia em razão das tecnologias de compactação dos resíduos. “Tudo isso será conversado no decorrer das negociações que teremos com os interessados”.
Marcelo Wasem, coordenador Sul de Energia da Braskem, explicou que 100% do risco dos investimentos serão de responsabilidade da empresa, mas os produtores terão de comprovar capacidade de fornecimento pelo período mínimo de 15 anos.
A empresa pretende firmar protocolos de intenções com interessados já com a definição da capacidade de fornecimento e do preço a ser pago aos produtores ou cooperativas. O valor, no entanto, não foi divulgado. Conforme Ana Carla Petiti, a petroquímica ainda não tem como afirmar qual valor poderá pagar. “ Vai depender da quantidade, do tempo e da distância no transporte da matéria-prima”. Também não há definição de quantidade mínima para compra da matéria-prima de cada produtor.
As usinas
A expectativa da Braskem é que seja possível construir cinco usinas, cada uma com capacidade de, no mínimo, 10 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de 70 mil habitantes. Para o funcionamento de cada uma são necessários 5 ml toneladas/mês de casca de arroz. Conforme o diretor de Energia da empresa, as usinas serão projetadas para queimar tanto casca de arroz quanto resíduos de madeira.
Para o produtor que desejar vender esse resíduo à empresa ainda existe a possibilidade de receber um ree referente a créditos de carbono. “Isso também será estudado pela empresa”, explica Marcos Vinícius.
Embora já seja um tipo de resíduo, a casca de arroz ainda pode gerar um sub-resíduo (cinza) durante sua queima, que os técnicos da empresa item ainda não ter resolvido como destiná-lo.

Tribuna Popular 2c481x

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal
Vereador Sebastião Melo
Senhoras e Senhores Vereadores,
Alô aos amigos comunitários aqui presentes,
Quando o Relatório Brundland foi divulgado pela Comissão do Meio Ambiente da ONU, em 1987, cunhou-se a expressão “desenvolvimento sustentável”. Ela é um mecanismo para orientar uma relação harmoniosa entre três agentes fundamentais para manter a qualidade de vida no planeta.
Toda e qualquer forma de vida será biológicamente mantida se o ambiente natural, em presença das relações sociais e à economia humana solidária, não venha a alterar o seu equilíbrio.
Significa que todo pensamento humano, do qual evoluem todas as idéias, as pesquisas, os projetos, têm que ter ciência de se integrar às regras naturais, pois temos para tanto uma legislação ambiental muito competente.
Em tais considerações, aplica-se no âmbito das nossas cidades a procura dessa relação harmoniosa.
Para ordenamento delas, a lei 10.237/2001 – Estatuto da Cidade – é o documento básico na elaboração de Planos Diretores, que estabelecem princípios para a vida urbana.
Nosso Plano Diretor atual, em vigor, tem em sua justificativa uma orientação sobre sete estratégias, que propõe um novo conceito de planejamento urbano sustentável. Todavia, no decorrer de sua aplicabilidade, constatou-se a falta de clareza no texto, onde muitos artigos da lei mantidos e ampliados na reavaliação do Plano, geram interpretações indevidas e contraditórias. Exemplo disto, é a incompatibilidade das Áreas de Interesse Cultural, com a natureza dos Projetos Especiais diferenciados entre si em suas identidades. Estas Áreas não se aceita como estão colocadas na reavaliação. O Estudo da SMC e Ritter dos Reis é nossa referência.
O que deveria ser um plano equilibrado em suas estratégias, continua sendo um documento de proteção exclusiva e direcionada ao desenvolvimento econômico mercadológico e autofágico, atrelado a interesses privados.
No imaginário dos empreendedores, regime urbanístico é  ocupação ao máximo da área dos terrenos e  aproveitamento maior nas alturas dos prédios.
A reavaliação do Plano Diretor de Porto Alegre construída nas resoluções de 2003 e aquelas da SMAM de 2006, denunciou que estas não foram aplicadas totalmente. Seu encaminhamento à Câmara Municipal em 2007, atesta o que estamos afirmando.
A  atuação do Fórum das Entidades, iniciado ainda, sob a presidência da Vereadora Maria Celeste e sob a coordenação da Ver. Neuza Canabarro, apresentou o registo de mais de setenta entidades empresariais e comunitárias, no que resultou um evento de participação efetiva da sociedade civil. O Fórum trouxe à consideração, oitenta e seis propostas de emendas, o que jamais ocorreu na esfera do município.
Esta abertura democrática e participativa demonstrou, como o pensamento socialmente responsável das comunidades contribuiu, com a discussão interdisciplinar, para a prática da cidadania consciente e lúcida. Sendo assim aguardamos dos edis, um alto nível de acatamento a este esforço e dedicação.
Ao completar nosso tempo nesta Tribuna Popular, trazemos nossa posição sobre um ante-projeto de lei em curso nesta casa, referente a um empreendimento na Orla do Guaíba.
A Orla é uma Área de Interesse Cultural e tramita na esfera do Executivo, um processo de transformação da Ponta do Melo, em uma área para uso de empreendimento de 2º nível, como Projeto Especial. A proposta de lei foi apresentada por esta Câmara sem encaminhamento do Executivo.
Devido a controvérsia de ocupação comercial e residencial, causada pela proposta referente ao empreendimento que se pretende construir na Ponta do Melo, a istração anterior havia apresentado a Lei 470/2002, que está mais adequada à realidade da Orla.
Embora o Prefeito não tenha procedido ao encaminhamento do novo ante-projeto de lei que altera ou complementa a Lei 470/2002, este circula nesta colenda e já teve sua primeira pauta apresentada neste plenário. Sabe-se que: todos os ante-projetos de lei do Plano Diretor, com alterações pontuais ou não, tem sua origem no Executivo, com destino ao Legislativo. Como reforço doutrinário, há o emitido pelo eminente professor e jurista, José Afonso da Silva, em seu livro Direito Urbanístico Brasileiro, na página 143, ítem 17: ” A elaboração do Plano (Diretor) é de competência do Executivo Municipal, por intermédio dos órgãos de planejamento da Prefeitura. Deve-se ter em vista que o Plano não é o planejamento; sua elaboração é um momento de processo contínuo deste.”
A área em foco integra um Relatório da SPM, com novos conceitos e considerações para serem incluídos na revitalização da Orla. Ele sublima na forma de Projetos Especiais, grandes empreendimentos comerciais e residencias de elevado porte e alturas, enveredando por um caminho de contramão à tradição e ferindo o resgate da paisagem característica, secular e turística do lago Guaíba, de forma irreversível. Para evitar um dano irreparável, este Relatório da Orla deve ser apreciado em bloco, porque uma massa de edificações poderá provocar barreiras visuais, prejuízos à ventilação e à projeção solar, além do esgotamento das vias de tráfego de automóveis e coletivos deixando-as totalmente tumultuadas, congestionadas e perigosas. Quando não se tem informações seguras entre elas, como a simulação para efeitos reais, fica imprevisível o trânsito no entorno da região.
Para ilustrar, o o de carros ao Barra Shopping e ao Hipermercado BIG, poderá gerar a canalização de até seis mil veículos/dia nas vagas do estacionamento e a circulação destes lotará as vias públicas, mesmo com alargamentos a serem previstos.
Há um esforço externo, titânico, para que se efetive a proposta do Relatório. Existem já, encaminhamentos de projetos privados apresentados ao CMDUA, mas pensamos ser o lago Guaíba e sua orla, um lugar de uso de todos os cidadãos, ricos ou pobres, sem distinção de classes. E neste lugar deve emergir um grande parque verde para se caminhar, andar de bicicleta e fazer lazer com simplicidade. Há invasão de interesses alheios que visam proteger, em verdade, o lucro de alguns. Não queremos parceria pública-privada. A orla é livre. Sua revitalização deve ser por padrões naturais e executada pelo município.
As comunidades da Zona Sul estão preocupadas com o destino da orla, mas atentas.
Documentos estão sendo reunidos para análise e equacionamento dos aspectos jurídicos e técnico-comparativos, para assegurar medidas de precaução. Prende-se este fato pela tramitação no Supeior Tribunal de Justiça do Estado do RS, o acatamento já em 3ª Instância da Fazenda Pública, nos pareceres dos juízes que sustentam esta precaução, com o Decreto Municipal 14.530/2004. Dizem que enquanto não forem definidos os regimes urbanísticos das Áreas de Interesse Cultural, será mantida a aplicação do referido Decreto.
Agradeço a oportunidade de relatar, no uso de nossa cidadania, fatos que se propõem à reflexão a todos aqui presentes, para se atingir uma relação de convívio sem polêmicas e sem ambições, no respeito de uns pelos outros.
Associado do CCD – Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra Redonda, Vilas Conceição e Assunção
Nestor Ibrahim Nadruz, Arquiteto e Urbanista –  Conselheiro do CMDUA – Região de Planejamento 6 –  Integrante do Movimento Porto Alegre Vive