Dilma criará sistema de combate à tortura 1k1j5y

O Brasil terá um Sistema de Combate à Tortura criado por decreto, adiantou a ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), no Fórum Internacional de Direitos Humanos que acontece desde ontem em Brasília. De acordo com a ministra, peritos terão autorização prévia para entrar em penitenciárias, instalações militares, delegacias, instituições de longa permanência de idosos, para tratamento de doenças psíquicas e similares. Esses peritos avaliarão possíveis violações de direitos humanos nos locais, depois de receberem denúncia de conduta suspeita. “A autorização prévia serve para verificar denúncias de violações de tortura e processar agentes do Estado responsáveis por isso ainda nos dias atuais”, disse Maria do Rosário. A presidente Dilma Rousseff só chegará ao evento amanhã, ao retornar da África do Sul, onde participou das homenagens a Nelson Mandela, em companhia dos quatro ex-presidentes vivos: Lula, Fernando Henrique, Fernando Collor e José Sarney. O fórum marca também os 65 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos, e teve mais de 10 mil inscrições. 5j2040

sobre ditaduras do ado e do presente 1dw5e

“Ditaduras de Segurança Nacional: Essência Histórica e Embates do Tempo Presente (Ação, Perdão e Insubordinação)” é o título do que acontece na noite de sexta-feira, 24, das 19h às 21h30. Promovido pelo programa de pós-graduação do Departamento de História da UFRGS, será no Espaço de Convergência da Assembleia Legislativa.
Os istas serão Luiz Dario Teixeira Ribeiro, do Departamento de História da UFRGS, Caroline Silveira Bauer, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e Enrique Serra Padrós, do Programa de Pós-Graduação da Universidade.
O evento tem apoio do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS), Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul (ALERS) e Núcleo de Pesquisa em História (NPH/UFRGS).

Estudante baiano denuncia racismo no Rio Grande do Sul 4r6o5z

A entrevista exclusiva com Helder Santos, estudante de história que veio da Bahia estudar em Jaguarão, no Rio Grande do Sul, postada pelo Coletivo Catarse, é uma bomba de repercussão nacional.
Mesmo que a imprensa local tente minimizar as denúncias são graves e vão atrair o foco da imprensa nacaional.
Helder trabalhava na secretaria de cultura da Prefeitura de Jaguarão e relata que foi humilhado e agredido por policiais da Brigada Militar. Ele denunciou os policiais e agora esta sendo ameaçado de morte. Ele denuncia também que os brigadianos integram uma milícia que presta segurança a estancieiros da região.
Helder teve que sair de Jaguarão e recebeu abrigo no Quilombo da Família Silva, lugar onde deu esta entrevista.
veja a íntegra da entrevista gravada em vídeo:
http://www.youtube.com/embed/uDydgDsQr3A” frameborder=”0″ allowfullscreen>
www.coletivocatarse.com.br

Fato de 30 anos atrás deixa uma bomba na Feira do Livro 3p692q

Elmar Bones
A 54a.Feira do Livro, que termina domingo, 16, deixará em Porto Alegre uma bomba de efeito retardado: o livro do jornalista Luiz Claudio Cunha, editado pela LPM, reconstituindo o “sequestro dos uruguaios” ocorrido em novembro de 1978, fato que abalou as ditaduras uruguaia e brasileira e que lançou seus primeiros estilhaços ali mesmo na Praça da Alfândega, em meio às barracas da Feira.
Na abertura da feira daquele ano, o governador Synval Guazzelli foi encurralado pelos repórteres para falar de um assunto do qual vinha fugindo nos últimos dias – a denúncia de que dois adultos (Universindo Dias e Lilian Celiberti) e duas crianças (Camilo, 8, e sca, 3, filhos de Lilian) haviam sido sequestrados em Porto Alegre e levados para Montevidéo por uma ação conjunta de policiais uruguaios e brasileiros.
O livro tem 472 páginas, e reconstitui os fatos num ritmo de reportagem, sem buscar isenção, nem distanciamento. O repórter está envolvido desde o primeiro minuto, quando numa tarde de novembro de 1978, acompanhado do fotógrafo J.B. Scalco, bateu num apartamento na rua Botafogo, no Menino Deus, e foi recebido por uma pistola. O autor do livro está do lado de cá da pistola, que como se descobriu depois, a partir do testemunho dele e de Scalco, estava a serviço de uma organização criminosa, que eliminava dissidentes à sombra das ditaduras do continente. Por isso, Luiz Cláudio é impiedoso com todos aqueles que estavam do lado de lá, o da pistola.
O livro, lançado dia 7, com autógrafos na feira, detonou uma série de eventos em Porto Alegre e, de certa forma fez o mundo político local reviver os dias sombrios daqueles tempos “em que adversários eram punidos com a tortura, o desaparecimento e a morte”.
Lilian e Universindo vieram de Montevidéo para homenagens na Assembléia Legislativa, na Ordem dos Advogados, deram dezenas de entrevistas em rádios, jornais e tevês. Lembraram a prisão, as torturas, nominaram os algozes, repudiaram as ditaduras e reitararam sua gratidão aos jornalista, advogados, defensores de direitos humanos e parlamentares que alimentaram a campanha, que não só desvendou o sequestro. Também salvou a vida deles, dos raros que escaparam das garras da Operação Condor.
Luiz Claudio Cunha, que vive em Brasilia, voltou para casa. Lilian, Universindo, Camilo e sca voltaram para Montevidéo, onde vivem. O livro ficou como uma bomba silenciosa, demolidora de biografias que se reconstruiam sob a poeira do tempo.

Despejo dos índios guaranis de Eldorado do Sul 2y6i5s

“Minha família está triste, as crianças estão tristes, a gente sente muita dor”
A movimentação e os murmúrios no auditório da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul cessaram, hoje pela manhã, quando começou a falar o cacique Santiago Franco, um típico mbya-guarani: estatura pequena, aparência frágil, voz indignada.
“Há muitos anos isso vem acontecendo, não só com a minha família, com outras famílias também”, afirmou Santiago, ao começar seu depoimento, um protesto emocionado, que silenciou totalmente o auditório.
Ele estava se referindo ao despejo que sofreu do acampamento onde vivia com quatro famílias guaranis, na beira da Estrada do Conde, em Eldorado do Sul, dia primeiro de julho, numa ação da Brigada Militar que cumpria uma ordem judicial de reintegração de posse.
Santiago acabou preso (foto), enquanto os demais, incluindo mulheres e crianças assustadas, viam seus barracos serem destruídos e eram levados embora.
Lideranças guaranis, representantes de entidades indigenistas e antropólogos estavam juntos com Santiago na AL para protestar e cobrar providências.
Principalmente, a demarcação de terras que garanta um lugar para viver a essa comunidade que soma cerca de dois mil índios no Estado – já foram milhares – sem contar os guaranis que vivem nos países vizinhos.
Despejo gravado
O despejo das famílias guaranis foi gravado em vídeo pelo Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas Tradicionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (clique aqui para assistir).
A repercussão provocou a convocação da audiência pública na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, presidida pelo deputado Marquinhos Lang (DEM), mas não havia ninguém representando a Brigada Militar.
Primeiro a falar, Santiago reclamou que os mbya-guaranis- os guaranis do Sul do Brasil – estão sem espaço para viver. Eles pedem a demarcação de terras mas não obtém resposta dos governos e da Funai.
“Há muitos anos isso vem acontecendo, não só com a minha família, com outras famílias também, só que antes não foi divulgado, pra outras pessoas saberem o que acontece com o povo guarani. Todos que estão aqui, são responsáveis pelo nosso povo, estado, municípios”, disse ele, diante de representantes da Funai, Funasa, Governo do Estado, Ministério Público Federal e Assembléia Legislativa.
“Perdemos nossa terra, nossa mata, nossos rios onde a gente pescava, nossa vida era uma festa, mas hoje vivemos dentro das cidades, na beira das estradas, esperando uma solução da Funai, um pedacinho de terra, para plantarmos nossas frutas, milho, batata-doce, para termos saúde”, disse Santiago.
Truculência e preconceito
Ele reclamou também da truculência da polícia e da discriminação que sofrem da sociedade.
“Infelizmente a polícia tem chegando na aldeia, estamos ando (sofrendo) preconceito, as pessoas chegam e falam que índio não tem cultura, que lugar de índio é no mato. Minha família está triste, as crianças estão tristes, a gente sente muita dor. Estão destruindo a nossa vida, não temos mais condições de vender nosso artesanato, a gente sente medo”.
Desde que foram expulsos de Eldorado do Sul, Santiago e sua comunidade foram distribuídos, provisoriamente, em acampamentos de Porto Alegre e redondezas.
A ação da Brigada Militar decorreu de uma liminar concedida pela juíza de Eldorado do Sul, Luciane Di Domenico, numa ação de reintegração de posse da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro).
A Fundação alegou que os índios estariam invadindo sua área de pesquisas.
Beira da estrada
Na verdade, os índios ocupavam apenas a beira da estrada, sem ultraar a cerca da área de pesquisas, garantem indigenistas e antropólogos. Além disso, a ação fazia referência a índios da etnia kaingang, que teriam invadido a área em outra época, e não os guaranis
Por fim, constitucionalmente as questões indígenas são de jurisdição federal e a Funai deveria ter sido chamada antes de qualquer atitude contra os guaranis, alertou o representante do órgão, João Maurício Farias.
“Não tinha núcleo da Funai em Porto Alegre ainda (está sendo instalado), se tivesse isso não teria acontecido, aquele ato arbitrário da Brigada Militar e da juíza que não reconheceu que essa é uma questão federal”, criticou Farias.
“É lamentável, porque a jurisdição é bem clara, a jurisdição (nas questões indígenas) é exclusivamente federal”, completou o representante da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão que presta o atendimento de saúde nas aldeias indígenas.
O representante do Ministério Público Federal, procurador Rômulo de Oliveira, do Núcleo de Minorias Étnicas, informou que foi aberto inquérito civil público para apurar o caso.
“Na medida em que os indígenas estavam numa área de domínio público (a estrada), isso nos deixa perplexos”, disse.
Terras sem mato e sem rio
Outra liderança guarani, Maurício da Silva Gonçalves, reclamou que as terras destinadas aos índios, quando são demarcadas, não são apropriadas para sua subsistência.
“Nos dão áreas de campo, onde não existe mato para fazermos artesanato, não existe rio; é terra para criar gado, mas guarani não sabe criar gado, as terras que a gente tem não são adequadas para viver a nossa cultura”.
João Maurício Farias, da Funai, reconheceu a demora nas demarcações. Mas pediu mais apoio do governo do Estado, que produziu cortes lineares de verbas, atingindo os poucos recursos estaduais para a subsistência indígena.
Ele pediu também à representante do senador Paulo Paim (PT), Vera Triumpho, presente na audiência, que o parlamentar ajude em Brasília na destinação de mais recursos para o orçamento da Funai.
Foi informado, ainda, durante a apresentação do vídeo do despejo, que a procuradoria da Funai estuda processar o Estado do Rio Grande do Sul por danos morais aos índios.
Estudo antropológico
Luiz Fagundes, do Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas Tradicionais da Ufrgs citou um estudo do arqueólogo Sérgio Leite, que apontou a existência de um sítio arqueológico indígena na área da Fepagro de onde os índios foram despejados. “Meus anteados moraram ali”, garantiu Santiago.
O único momento de descontração da audiência foi quando o deputado Marquinhos Lang, provocado pela intervenção do antropólogo, pediu aos índios que traduzissem os nomes de vários rios das redondezas de Porto Alegre, todos de origem guarani.
Guaíba – uma fruta vermelha, formato em ponta de flecha.
Taquari – taquara, água da taquara
Caí – um macaco
Jacuí – um pássaro

O vice-presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi/Brasil), Roberto Liebgott, afirmou que o espaço para viver dos guaranis é cada vez menor.
“A perda de terras tem sido diária, antes eles podiam se alojar em beira de mato, na beira dos rios, agora só restam as beiras de estradas, vivem de cestas básicas porque não podem plantar nada”, denunciou.
E completou, sintetizando a indignação geral: “Há recursos para salvar bancos, para a grande produção, para os fazendeiros, mas alguns reais para os indígenas não tem”.
Por Ulisses Nenê, EcoAgência

AL sedia 4ª Conferência dos Direitos Humanos 1n2f1p

A 4ª Conferência Estadual dos Direitos Humanos, Justiça e Desenvolvimento Social será realizada nesta sexta-feira (12) e sábado (13) no Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa. A Conferência marca os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e é preparatória para a Conferência Nacional a ser realizada em outubro na capital federal.
Para o presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia, deputado Marquinho lang (DEM), a Conferência vai possibilitar o debate de temas importantes e que servirão como base para as discussões que serão feitas em Brasília. “A principal responsabilidade que temos é a da educação em cidadania e direitos humanos, pois muitas pessoas não sabem o que isso significa e reduzem a questão apenas a temas relacionados ao sistema prisional, envolvendo apenados e familiares. Mas não é só isso que nós queremos. Por isso é importante o trabalho de educação e cidadania em direitos humanos”, acentuou Lang.
Lang destacou que a primeira Comissão de Cidadania e Direitos Humanos dentre todos os legislativos estaduais do Brasil foi criada justamente no Parlamento Gaúcho.
Programação

Dia 12 de setembro

13 às 17h – Credenciamento
14:30 – Abertura oficial
15h – “60 anos de Direitos Humanos: iguais na diferença”
16h – “Direitos Humanos no RS: Justiça e Desenvolvimento Social”
17h – Intervalo
17:20 – Leitura e aprovação do Regimento Interno da Conferência
19h – Encerramento
Dia 13 de setembro
8h às 9h – Credenciamento
8h – Reunião dos Grupos
GT 1 : “Universalizar direitos em um contexto de desigualdades”
GT 2 : “Violência, segurança pública e o à justiça”
GT 3 : “Pacto Federativo, responsabilidades dos três poderes, do Ministério Público e da Defensoria Pública
GT 4 : “Educação e Cultura em Direitos Humanos”
GT 5 : “Interação democrática entre Estado e Sociedade civil”
GT 6 : “Desenvolvimento e Direitos Humanos”
12h – Intervalo
14:30 – Apreciação e aprovação das propostas dos GTs.
16:30 – Reuniões simultâneas para indicação dos delegados por macro-regiões funcionais, segmentos e temáticas.
17h – Eleição e homologação dos delegados para a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos.
18h – Encerramento
Do site da AL