100 DIAS DE DILMA E TARSO: O QUE HÁ EM COMUM? 2t5a49

Elmar Bones Os altos índices de aprovação que ambos registram são ainda reflexos da eleição. Só podem surpreender àqueles que acreditam no que a mídia tem dito, tanto lá como cá. O problema da mídia é o mesmo de todos nós: uma certa perplexidade diante da nova realidade política do país. Não é fácil enxergar o novo. Na mídia é mais grave porque de certa forma todos nós dependemos dela para entender o que está acontecendo. Ela tem raízes mergulhadas no ado que o país quer superar. As lentes que está usando para olhar o presente estão contaminadas pelo mofo do velho regime. Por isso não conseguiu (não quis) entender a candidatura Dilma Rousseff e apostou do início ao fim na sua inviabilidade. Deu com os burros nágua, na mais fragorosa derrota que sofreu, depois da crise do mensalão. Por isso não entende os movimentos do novo governo. O mesmo se dá com o governo de Tarso Genro, no Rio Grande do Sul. Para avaliar os seus cem dias, ponderam medidas e ações istrativas, contabilizam investimentos, soluções imediatas. Fica em segundo plano o que é essencial no governo Tarso: o seu projeto de conciliação política, que nem chega a ser uma proposta nova. É uma demanda que o eleitorado já expressou. Germano Rigotto já ganhou uma eleição com esse discurso. Yeda Crusius também deve sua vitória, em grande parte, ao fato de ser uma alternativa ao confronto naquele pleito. Por razões diversas, nenhum dos dois levou à prática aquilo que o eleitorado esperava – uma verdadeira concertação no campo político, indispensável para que o Estado possa avançar. Fazer aqui o que Lula fez no Brasil – criar um bloco hegemônico pluriparditário para viabilizar um projeto de desenvolvimento de longo prazo. Tarso entendeu isso claramente e a novidade de seu projeto é que ele conseguiu convencer setores importantes do PT gaúcho a abrir mão do seu irredentismo. Seu desafio principal é, em primeiro lugar, manter aglutinadas as forças políticas que o elegeram e, em seguida, ampliar essa base aproveitando a força indutora da aprovação popular. Já Voltamos. 5o22u

Cabe a pergunta: que PT é esse? 1a5o5s

 
(Editorial do jornal JÁ Bom Fim ed. Janeiro/fevereiro)
Aos poucos vai ficando claro o forte deslocamento político que as eleições de 2010, aliadas a algumas circunstâncias fortuitas,  provocaram no Rio Grande do Sul.  
O Partido dos Trabalharores, depois de dez anos alijado, volta ao centro do poder, determinando um alinhamento inédito, que ficou bem nítido com a posse dos novos deputados que vão compor a Assembléia Legislativa até 2014.
Consequência do pleito e de algumas coincidências, o PT tem hoje no Estado: o governador, o presidente da Assembléia, onde é o maior partido, base da maioria do governo. Foi o partido que mais cresceu, com quatro novos deputados.
Tem a presidente da Câmara Municipal, as principais prefeituras da Regiao Metropolitana e o comando das principais estatais, federais e estaduais. 
  Até a prefeitura, que já foi um baluarte adversário, hoje está políticamente mais próxima do partido.
Some-se a isso a circunstância de que, como poucas vezes ocorreu na história do Estado, é o mesmo partido da presidente da República.
Isso dá a dimensão do fenômeno. Cabe, no entanto, a pergunta: que PT é esse.
Já Voltamos.

CARAS NOVAS EM PLENÁRIO 243h58

São 22 novos parlamentares na Assembleia em 2011

Pela segunda vez consecutiva, o índice de renovação na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul foi de 40% na eleição de 2010.

Ou seja 22 nomes novos vão integrar o parlamento gaúcho a partir desta segunda feira, 31, ao lado de 33 reeleitos.

Destes novos integrantes, 17 são estreantes no Legislativo estadual, quatro já haviam ocupado o cargo anteriormente e um era suplente em 2006 e exerceu temporariamente o mandato.

No período legislativo que se inicia, o parlamento gaúcho terá mais mulheres e mais jovens, além de uma presença marcante de novos parlamentares com uma herança política familiar.

Dobrou o número de mulheres no parlamento 1y2d63

De quatro, ou para oito o número de mulheres que integram o parlamento do Rio Grande do Sul  a partir desta segunda-feira, 31.
É também uma mulher, Silvana Covatti, a mais votada no pleito de 2010. Em 2006, quatro mulheres foram eleitas para o parlamento gaúcho: Stela Farias (PT), Marisa Formolo (PT), Silvana Covatti (PP) e Zilá Breitenbach (PSDB).</p>
Também foi uma mulher – Silvana Covatti (PP) – quem alcançou o maior número de votos na eleição. Natural de Frederico Westphalen, a deputada se reelegeu com 85.604 votos.
Em 2006, quatro mulheres foram eleitas para o parlamento gaúcho: Stela Farias (PT), Marisa Formolo (PT), Silvana Covatti (PP) e Zilá Breitenbach (PSDB).
Agora o número dobrou.
As quatros que já eram deputadas, se reelegeram, duas – Miriam Marroni (PT) e Maria Helena Sartori (PMDB) – já foram deputadas em legislaturas anteriores e estão de volta à Casa. E duas -Ana Affonso (PT) e Juliana Brizola (PDT)- são estreantes.
Também foi uma mulher – Silvana Covatti (PP) – quem alcançou o maior número de votos na eleição. Natural de Frederico Westphalen, a deputada se reelegeu com 85.604 votos.
Em segundo mais votado foi o deputado Marco Alba (PMDB), de Gravataí, com 82.269 votos.

Deputado mais jovem tem 27 anos 3b6g62

O mais novo deputado do parlamento gaúcho é José Paladini, o  Catarina (PSB), que aos 27 anos assume o primeiro mandato parlamentar após ser suplente de vereador em Pelotas.
Além dele, outros cinco deputados têm menos de 40 anos: Lucas Redecker (PSDB), 29, Marcelo Moraes (PTB) e Márcio Biolchi (PMDB), 31, e Mano Changes (PP) e Juliana Brizola (PDT), 35.
Confira a lista de deputados que serão empossados:
PT – Adão Villaverde, Alexandre Lindenmeyer, Altemir Tortelli, Ana Affonso, Daniel Bordignon, Edegar Pretto, Luis Lauermann, Luiz Fernando Mainardi, Marisa Formolo, Miriam Marroni, Nelsinho Metalúrgico, Raul Pont, Stela Farias,Valdeci OliveiraPMDB – Alexandre Postal, Álvaro Boessio, Edson Brum, Gilberto Capoani, Giovani Feltes, Márcio Biolchi, Marco Alba, Maria Helena SartoriPDT – Adroaldo Loureiro, Alceu Barbosa Velho, Ciro Simoni, Dr. Basegio, Gerson Burmann, Gilmar Sossella, Juliana Brizola
PP – Adolfo Brito, Frederico Antunes, João Fischer (Fixinha), José Francisco Gorski (Chicão), Mano Changes, Pedro Westphalen, Silvana Covatti
PTB – Aloísio Classmann, Cassiá Carpes, José Sperotto, Luis Augusto Lara, Marcelo Moraes, Ronaldo Santini
PSDB – Adilson Troca, Jorge Pozzobom, Lucas Redecker, Pedro Pereira, Zilá Breitenbach
PSB – Heitor Schuch, José Paladini (Catarina), Miki Breier
PPS – Luciano Azevedo, Paulo Odone
DEM – Paulo Borges
PCdoB – Raul Carrion
PRB – Carlos Gomes

Quatro foram eleitos pelo sobrenome 425c23

Juliana Brizola (PDT)

Apesar de terem conquistado agora o primeiro mandato parlamentar, eles já são conhecidos dos gaúchos pelos sobrenomes que possuem. Edegar Pretto, Juliana Brizola, Lucas Redecker e Marcelo Moraes tem a política como herança familiar.
Edegar Pretto, mais votado da bancada do PT (69.233 votos), é filho do ex-deputado Adão Pretto.Neta de Brizola, Juliana também fez a maior votação de seu partido, o PDT: foram 61.305 votos.Da mesma forma, Lucas Redecker, filho do ex-deputado federal Júlio Redecker, elegeu-se com 69.043 votos, o recorde do PSDB. Já Marcelo Moraes, filho do deputado federal Sérgio Moraes, foi eleito com 32.535 votos pelo PTB.

Onze partidos estão representados f55a

Os 55 deputados que compõem a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul até 2014, representam onze partidos:  PT, PMDB, PP, PSDB, PDT, PTB, PSB, PPS, DEM, PCdoB e PRB.
Dessas, apenas a do PRB não elegeu representantes nas eleições de 2006. A bancada ou a existir durante a 52ª Legislatura, quando o deputado Carlos Gomes deixou o PPS e ingressou no novo partido. Gomes agora se reelegeu pela nova sigla.
PT, a maior bancada, com quatro novos
A bancada que mais se renovou foi a do PT, que a a contar com 14 representantes, quatro a mais do que em 2006.
Continuam no Parlamento os deputados Adão Villaverde, Marisa Formolo, Raul Pont, Stela Farias e Daniel Bordignon e somam-se a eles Edegar Pretto, Valdeci Oliveira, Luis Lauermann, Alexandre Lindenmeyer, Nelsinho Metalúrgico, Ana Affonso, Altemir Tortelli, Luiz Fernando Mainardi e Miriam Marroni.
Também ampliaram suas bancadas o PTB, que tinha cinco e elegeu mais um e o PSB, que eleva de duas para três cadeiras a sua participação na Assembleia.
Pelo PTB, foram reeleitos os deputados Luis Augusto Lara, Aloísio Classmann e Cassiá Carpes e estreiam Ronaldo Santini e Marcelo Moraes. José Sperotto (ex-DEM) completa a nominata. Pelo PSB, foram reeleitos os deputados Heitor Schuch e Miki Breier e eleito José Antonio Júnior Frozza Paladini, o Catarina.
Aliados do governo anterior,  PMDB, PP, PPS e DEM tiveram sua representatividade reduzida.
O PMDB perde uma cadeira em relação a 2006, quando elegeu nove parlamentares, e duas em relação à configuração atual, de dez deputados (havia garantido mais uma vaga este ano com a saída de Iradir Pietroski).
Foram reeleitos: Marco Alba, Edson Brum, Márcio Biolchi, Gilberto Capoani e Alexandre Postal e eleitos Giovani Feltes, Maria Helena Sartori e Álvaro Boessio (que já foi deputado nesta legislatura ao assumir vaga como suplente).
O PP, que detinha nove cadeiras em 2006 a a contar com sete, elegendo Silvana Covatti, Pedro Westphalen, Adolfo Brito, Frederico Antunes, João Fischer (Fixinha) e Mano Changes, já deputados, e o estreante José Francisco Gorski, o Chicão. O PPS reduz o número de cadeiras de quatro para duas, reelegendo Paulo Odone e Luciano Azevedo. O DEM (ex-PFL), que em 2006 garantiu três cadeiras, obteve apenas uma, com Paulo Borges.
PDT, PSDB e PCdoB mantiveram o mesmo número de assentos no Legislativo: sete para o PDT, com os estreantes Juliana Brizola, Alceu Barbosa Velho e Dr. Basegio e os já deputados Gilmar Sossella, Gerson Burmann, Adroaldo Loureiro e Ciro Simoni; cinco para o PSDB, com os novatos Lucas Redecker e Jorge Pozzobon e os deputados Pedro Pereira, Adilson Troca e Zilá Breitenbach; e uma para o PCdoB, com Raul Carrion. O PRB elegeu um parlamentar, Carlos Gomes, que em 2006 havia sido eleito pelo PPS mas durante a legislatura migrou para o atual partido.
Confira as mudanças:

Sigla 2010 2006
PT 14 10
PMDB 08 09
PP 07 09
PPS 02 04
PSDB 05 05
PDT 07 07
PTB 06 05
DEM 01 03
PSB 03 02
PCdoB 01 01
PRB 01

Governo Dilma x Imprensa: conflito anunciado f272h

(Elmar Bones) – Na reta final da campanha presidencial, o embate governo versus imprensa tornou-se tão acirrado quanto a própria disputa eleitoral, que parecia definida.
Esse embate durante a campanha projeta a questão que será central no governo Dilma.
O conflito das grandes corporações da mídia com Lula e o PT não é novo e tende a se agravar com Dilma.
Atribui-se à mídia a derrota de Lula para Collor e FHC. Desde então, Lula tem vencido.
Sua primeira eleição ou por cima do cadáver da mídia. A crise do Mensalão foi a chance da desforra, alguns jornais por pouco não anunciam a queda do presidente.
O governo cambaleou, Lula entregou a cabeça de José Dirceu, Genoíno, Palocci e todos mais, mas não caiu. Saiu fortalecido, tanto que se reelegeu.
Ali, ficou claro que a mídia convencional, ou mídia corporativa – os cinco ou seis grupos que ainda controlam o negócio da comunicação no país – já não comanda mais a opinião publica.
Depois aconteceu o que se viu. A mídia destacou o Lula analfabeto, populista, fanfarrão, metido aonde não devia. A opinião pública consagrou Lula como o presidente mais popular da história do país.
Surgiu a candidatura Dilma. Saltaram os “colunistas bem informados” a dizer que jamais o nome dela conseguiria transitar no Partido dos Trabalhadores. Era uma adventícia, sua origem era o PDT de Brizola…
Quando o PT digeriu a candidatura Dilma, o discurso mudou: Dilma era uma técnica, sem qualquer carisma, nenhum jogo de cintura, nunca havia disputado um cargo…
Dilma candidata, estava fadada a um fracasso, segundo os analistas da imprensa. Não tinha luz própria, era um boneco do Lula e voto não se transfere assim no mais. Não faltaram nem exemplos históricos, de grandes lideres populares que tentaram impor sucessores e fracassaram.
Agora, Dilma supera tudo isso e se elege na primeira eleição que disputa… A velha mídia não vai perdoar, ela nunca foi tão humilhada.
Por outro lado, a desconcentração dos meios, a abertura do mercado oligopolizado é uma pressão antiga, decorre do próprio processo democrático.
Os oligopólios por suas limitações naturais já não dão conta das demandas por informação, geradas pela democratização da sociedade, com os movimentos de ascenção social.
Mas eles, os grandes grupos da mídia, dominam um mercado deformado pelo seu próprio poder, exacerbado ao ponto de decidir na prática quem pode ou não pode entrar no negócio.
O governo tende a ser um agente na mudança desse quadro, que remonta ao regime militar. Começa pela distribuição das verbas, termina pelo dever de regulamentar ou fazer valer regras que já existem e não são cumpridas.
Obviamente, vai encontrar toda a resistência do mundo, desde o primeiro dia.

Domingo de votar e ir na Feira do Livro 6u5sw

Um belo domingo de primavera, com dois programas obrigatórios: votar e ir na Feira do Livro.
Confira a programação do dia:
Filhote de Cruz Credo
Adaptação para o teatro do livro autobiográfico do impagável Fabrício Carpinejar, com direção de Bob Bahlis. Penalizado por não aparentar os padrões estéticos mais aceitos em termos de beleza, menino é vítima de bullying na escola.
Às 15h, no Teatro Sancho Pança – Cais do Porto
Sexualidade e a Pessoa com Deficiência
Palestra com a escritora e cadeirante Juliana Carvallho, abordando com bom humor tema que é também objeto do seu livro Na Minha Cadeira ou Sua?, que será autografado na Feira no próximo domingo.
Às 15h20, na Casa do Pensamento – Cais do Porto
Cultura, Guerra e Terror
Debate sobre o Ocidente e o Oriente, cultura e religião, guerra e terrorismo. Com Luiz Antônio Araújo, Sergio Tutikian e Jurandir Malerba.
Às 16h, na Sala dos Jacarandás – Memorial do Rio Grande do Sul
Roda da Vida como Caminho para a Lucidez
O lama budista Pa Samtem autografa sua obra.
Às 17h30, na Praça de Autógrafos – Praça da Alfândega
Adoniran, Letra ou Crônica?
Com Marô Barbieri e Adão Pinheiro, palestra e homenagem ao célebre sambista carioca, que tão bem representava a vida do proletariado no Rio.
Às 18h, na Tenda de Pasárgada – Praça da Alfândega
Cultura Gaúcha em Movimento
Rumos da cultura no Rio Grande do Sul debatidos por Paixão Côrtes, Alcy Cheuiche, Ivo Benfatto e Luís Augusto Fischer.
Às 18h, na Sala dos Jacarandás – Memorial do Rio Grande do Sul
Ciclo Fahrenheit 451: Tatata Pimentel é Ficção Científica
No ciclo inspirado na obra homônima de Ray Bradbury, cada convidado encarna uma obra, sobre a qual conta sua história.
Às 19h, Cine Santander Cultural
Grandes Clássicos da Ficção Científica: Alien, de Ridley Scott
Às 19h, no Cine Santander Cultural
Título do evento: Ciclo Fahrenheit 451: Tatata Pimentel é o gênero Ficção Científica
Local: Sala Leste – Santander Cultural – Área Geral
Participantes: Tatata Pimentel
Inspirado em Fahrenheit 451, do mestre da ficção científica Ray Bradbury, o ciclo lembra a história em que, num futuro totalitário, os livros seriam proibidos e queimados. Graças a uma comunidade de homens-livros, publicações são decoradas e retransmitidas.

Dilma resiste aos ataques 645y2n

Tornam-ser a cada dia mais evidentes os sinais de que candidatura de Dilma Rousseff está vencendo o bombardeio midiático promovido pelo PSDB e seus aliados, para empolgar uma virada no segundo turno.
O arsenal empregado não descartou sequer panfletos clandestinos ou e-mails anônimos com acusações caluniosas. Mas parece ter esgotado seus efeitos.
Não apenas as pesquisas já mostram isso, nas ruas e na internet é possível perceber que os efeitos dos ataques estão se invertendo.
Até na dita grande imprensa, alguns veículos já refletem isso. Quer dizer: se a artilharia serrista não tiver mais uma “arma secreta”, que a estas alturas pode ter o efeito contrário ao desejado, a eleição está decidida.
Os grandes grupos da mídia, que desde o início negaram as possibilidades da candidatura Dilma, serão os principais derrotados.