Estupro em Florianópolis: um nervo exposto 6s283f

O caso da menina de 13 anos estuprada por colegas em Florianópolis tornou-se um nervo exposto para a RBS. Desde domingo à noite, a Record martela o fato em rede nacional, ressaltando que “por mais de 40 dias” o grupo que reproduz a Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina encobriu o fato, ocorrido dia 14 de maio, segundo o registro policial. É a primeira vez que a RBS é envolvida na disputa feroz entre Globo e Record. Invocar o Estatuto da Criança e do Adolescente, como justificativa para não noticiar o episódio, ficou sem sentido. A direção da empresa liberou os editores para abordar o assunto, nos limites do ECA, mas até agora ninguém se atreveu. A saia é muito justa. O depoimento dos dois menores acusados, marcado para sexta-feira, 9, vai manter o caso nas manchetes. OBS: O Diário Catarinense desta quarta-feira, 7, deu uma nota com declarações do presidente da Associação dos Delegados, negando que a polícia tenha tentado encobrir o fato. Todos os procedimentos, segundo o delegado, foram seguidos regularmente e o inquérito encaminhado à Justiça. Mas não explica porque, quase 60 dias depois, ainda não foi concluída a análise para ver se a menina foi ou não dopada com o “Boa Noite Cinderela”. 2h351y

Estupro em Florianópolis: caso exemplar para a mídia 604113

Um caso exemplar da nova realidade dos meios de comunicação se desenrola há uma semana em Florianópolis.
O fato gerador é o estupro de uma menina de 14 anos por três colegas da mesma idade, todos estudantes em “colégio de elite”.
Como se não bastasse, um dos meninos portava o sobrenome Sirotsky, da família que controla a maior rede de comunicação do sul do país.
Não é certa a data do ocorrido. O blog tijoladasdomosquito postou a primeira nota às oito da noite do dia 28 de junho. Era só um flash e o blogueiro ainda advertia: “Estamos correndo atrás”.
No dia seguinte, era o assunto da cidade, espalhado pela rede, multiplicado por sites e blogs.
Escudada no Estatuto da Criança e do Adolescente, que proibe divulgar a identidade de menores infratores, a RBS preferiu dois dias depois explicar numa nota porque ainda não havia noticiado o fato.
Terceira geração
Mas nem a força de todos os seus veículos – que garantem um virtual monopólio das informações no Estado – foi suficiente para conter o movimento da opinião pública local, a partir da internet.
Na sexta-feira 2 de julho, os jornais do grupo circularam com uma nota “À Comunidade Catarinense”, assinada pelo presidente emérito, Jayme Sirotsky, e pelo presidente da RBS, Nelson Sirotsky.
A nota reconhece o envolvimento “em ocorrência policial” de um adolescente “membro da terceira geração da familia” e “lamenta a forma irresponsável, maldosa e fantasiosa pela qual o episódio vem sendo propagado, principalmente em alguns sites e blogs na internet”.
Como o inquérito está sob segredo de justiça, o caso se mantém na órbita da internet, mais específicamente dos sites e blogs independentes, que não respeitam as regras geralmente usadas para tirar de circulação os assuntos incômodos.
Na sexta-feira, 9, os adolescentes serão ouvidos na 6a. Delegacia em Florianópolis.
Como será a cobertura?