Procuradores repudiam declaração de Pompeo 39414i

A Associação Nacional dos Procuradores da República divulgou uma nota à imprensa agora à tarde, depois da acusação de Pompeo de Mattos, candidato a vice-governador na chapa de Fogaça, de que estaria sendo “perseguido” politicamente, por ter sido enquadrado no Ficha Limpa pelo procurador regional eleitoral Carlos Augusto Cazarré. Abaixo, a íntegra da nota: A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vem a público defender a atuação de seu associado Carlos Augusto Cazarré, Procurador Regional Eleitoral no Rio Grande do Sul, das ofensas contra si divulgadas em veículos de comunicação daquele estado. O Ministério Público Eleitoral nada mais fez do que postular ao Poder Judiciário o cumprimento da Lei Complementar nº. 135/10, conhecida como “Ficha Limpa”, para impor aos candidatos cláusulas objetivas de inelegibilidade. Este procedimento tem sido sistematicamente adotado pelos Procuradores da República que atuam no ofício eleitoral em todo o País, em todas as instâncias da Justiça Eleitoral, inclusive o TSE. A Associação Nacional dos Procuradores da República repudia declaração que atribui à Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul o uso político dos instrumentos processuais. Para a ANPR, o debate sobre quaisquer ações judiciais deve pautar-se nas leis e nas interpretações delas decorrentes, em clima de respeito e urbanidade. Os Procuradores da República que atuam no ofício do Ministério Público Eleitoral cumprem a relevante missão de garantir a lisura do processo eleitoral, na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Antonio Carlos Alpino Bigonha Presidente da ANPR 621c3b

Rigotto desiste para "ajudar o PMDB" 3q5c5e

Da Redação
O ex-governador Germano Rigotto reuniu ontem a imprensa e “ditou” o que está nos jornais de hoje: que sua decisão é pessoal, que com isso quer “ajudar o PMDB e Simon” (ao acabar com a dicotomia entre seu nome e o do prefeito José Fogaça, o que retardaria a definição de alianças), que “seria muito ruim afastar qualquer possibilidade de coligação”, e que uma das razões é que ele já foi governador, e Fogaça, não. Por três vezes, quase chorou.
Não está nos jornais: perguntado pelo JÁ se pesou na decisão o fato de estar na internet que sua família está processando um jornal, respondeu o mesmo que já “ditou” [sic] ao blogueiro Políbio Braga esta semana: não tem nada com isso. Acrescentou, sem que fosse questionado: “Nunca indiquei ninguém pra governo”. Referia-se, sem citá-lo, ao irmão Lindomar Rigotto, principal implicado na fraude da CEEE, que gerou um processo judicial que corre em segredo de justiça há 14 anos.
Já dissera, em agosto, quando foi divulgada a ação do Ministério Público Federal intitulada “José Otávio Germano e outros” (secretário de Segurança no seu governo, quando começou o Caso Detran), que seus secretários “tinham autonomia para contratos”. Mais uma vez, portanto, afirmou que não é consultado no seu governo, no seu partido e nem no seu círculo familiar, apesar da gravidade das acusações.

Fogaça quer compor um governo equilibrado em 2009 1o3z6l

Gabriel Sobé
Em entrevista coletiva após ser reeleito prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), declarou que pretende compor o governo de forma equilibrada, com os mesmos critérios utilizados para formar a equipe de 2004, quando foi escolhido pela primeira vez pelos portoalegrenses.
Fogaça disse que as negociações que serão feitas futuramente definirão os espaços políticos, e que não sera muito diferente de como é hoje. Segundo o peemedebista, o modo de operação será praticamente o mesmo.
“A fórmula usada no governo em 2004 vem dando certo, não houve nenhum rompimento na istração até agora”, salientou Fogaça. O prefeito disse ainda que cabe a ele equilibrar as relações partidárias, pois o modelo do governo atual exige que os interesses das legendas sejam conciliados.

Medo do "efeito Rigotto" leva Fogaça a pedir licença 4p2r63

Elmar Bones
Há algum tempo o prefeito José Fogaça, candidato à reeleição em Porto Alegre,  vinha ouvindo advertêcias de assessores e correligionários sobre o risco de permanecer no cargo, limitado para as atividades da campanha.
Lembravam o que aconteceu com o ex-governador Germano Rigotto, também do PMDB, candidato à reeleição francamente favorito, que acabou fora do segundo turno na disputa pelo governo do Estado, em 2006.
Até a condição de favorito, reforçava os temores. Assim como acontecia com Rigotto, governador-candidato, as pesquisas de intenção de voto dão  ampla vantagem ao prefeito-candidato Fogaça (mais de dez pontos acima do segundo colocado).
Como Rigotto, ele também tem o apoio quase explícito da grande mídia, que foi benévola com suas deficiências e é generosa com as realizações que ele apresenta na fase final do mandato.
Como Rigotto, por fim, ele permanecia no cargo, mantendo-se afastado do dia a dia da campanha. O temor dos assessores era de que, como Rigotto, Fogaça acabasse surpreendido na reta final da campanha. Rigotto, como se sabe, foi superado por Yeda Crusius, do PSDB, candidata que não tinha mais do que 4% nas primeiras pesquisas.
Fogaça se manteve irredutível, até que o próprio Germano Rigotto ligou para advertí-lo do perigo. Na quinta-feira, 4/9, anunciou que vai deixar o cargo e entrar na campanha a partir da próxima segunda-feira. Em declaração aos jornais, Fogaça disse não temer um eventual “efeito Rigotto”, mas reconheceu que foi aconselhado pelo ex-governador. “O que ocorreu com Rigotto, não serve de lição, mas ele mesmo me aconselhou que tirasse essa licença”, disse.