Policiais vão em eata até o Piratini 3x4v6l

Uma ponte pênsil de balanço festivo. Agentes da Polícia Civil gaúcha manifestarão solidariedade com policiais de São Paulo. Policiais civis de todo o Estado realizarão eata, na segunda-feira, dia 17. A concentração será no Palácio da Polícia, a partir de 14h. De lá, a marcha seguirá até o Palácio Piratini. A caminhada é um ato de solidariedade aos policiais civis de São Paulo, que estão em greve, e também uma manifestação pública contra a governo Yeda Crusius. Não obstante serem as reivindicações dos policiais por salários dignos, condições de trabalho com tecnologia avançada e efetivo completo tenham o apoio de todos os segmentos da sociedade que buscam alcançar a sonhada sensação de segurança, essa salada dos agentes gaúchos com os policiais de São Paulo não me parecer ter qualquer consistência. Observo que é inconsistente ainda o dialogo entre agentes e delegados de polícia. Além disso, a harmonização entre Polícia Civil e Brigada Militar nos processos reivindicatórios pode ser considerada, ainda, embrionária. Portanto, esta ponte pênsil armada entre policiais gaúchos e paulistas me parece ter cabos frágeis e um balanço festivo. Salva-vidas A Brigada Militar receberá, até amanhã, inscrições para o processo seletivo de contratação de 600 Salva-Vidas Civis Temporários que trabalharão sob o regime jurídico estatutário, submetidos ao Regime Geral da Previdência Social, nos meses de dezembro de 2008 e janeiro, fevereiro e março de 2009. As 600 vagas serão distribuídas por todo o Estado. As informações estão à disposição no site www.brigadamilitar.rs.gov.br. Meio ambiente Ontem, o 4° Grupo Ambiental da Brigada Militar do Município de São José do Ouro realizou a solenidade de inauguração de sua nova sede. O prédio foi construído através de parceria entre o Consórcio da Usina Machadinho, a Fundação Brigada Militar e o Grupo Ambiental de São José do Ouro. Foragido Agentes do Deic prenderam, ontem, um homem de 25 anos que se encontrava foragido. Ele foi detido em um beco na rua da Fé, Vila Cai-Cai, bairro Cavalhada, na Capital. Segundo o delegado Eduardo de Oliveira César, o preso possui diversas condenações pelos crimes de roubo à mão armada em estabelecimentos comerciais e pedestres, porte ilegal de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, homicídio e formação de quadrilha, totalizando uma pena de 28 anos e 10 meses de prisão. Homicídios O jovem Tiago Vargas do Amaral, de 18 anos, foi morto a tiros, ontem, na frente de casa. O crime ocorreu no bairro Sharlau, em São Leopoldo. Em Alvorada, Roberto Taylor da Rosa, de 48 anos, morreu baleado quando chegava em casa no bairro vila Isabel. Em Porto Alegre, uma mulher, não identificada, foi morta com dois tiros na cabeça no bairro Rubem Berta. Macaco Agentes da DP de Taquara prenderam no bairro Empresa, na rua Tabajara, um homem de 24 anos conhecido pelo apelido de Macaco que está envolvido em roubo de veículos, assaltos a residências, pedestres e caminhoneiros, além de incêndio, receptação e tentativa de homicídio. Macaco infernizava vários bairros daquele mu-nicípio e ninguém sabe por quanto tempo per-manecerá preso. Prisões A Brigada Militar, em ação do 1º BPM, deteve, ontem, no Beco das Flores, bairro Santa Tereza, na Capital, um homem que estava foragido do sistema prisional desde setembro deste ano. Logo depois foi detido um jovem de 20 anos, na Avenida Tramandaí, no Bairro Ipanema, que tinha em seu poder 63 pedras de crack e um tijolinho de maconha. Agentes da 2ª DP de Alvorada, com apoio da 1ª e da 3ª DP do município, prenderam três pessoas na sexta-feira . Dois homens, um de 20 e outro de 28 anos, e uma mulher de 32, foram detidos na Rua Loureiro da Silva, na Vila São Pedro, naquela cidade. De acordo com o delegado Marcos Antônio Machado, foram apreendidos dois rádios comunicadores, uma espingarda calibre 12 e uma pistola 380, além de farta munição. Os dois homens são suspeitos de terem praticado o homicídio que vitimou Emerson Leandro dos Santos Ferreira, fato ocorrido no dia 30 de outubro último. Mulher Uma ex-policial civil foi presa, na manhã de ontem, num ponto de tráfico de drogas no bairro Santa Cecília em Viamão. A mulher, de 49 anos, é apontada chefe de um grupo de traficantes daquela região. Na casa onde houve a prisão, na rua Vinicius de Moraes, PMs apreenderam 50 pedras de crack, uma pistola e munição. Os PMs também encontraram oito capacetes, tocas ninja e equipamentos eletrônicos. Não tenho na memória outro caso de uma ex-policial gaúcha que tenha optado pelo crime. Entre os homens esse tipo de troca de atividade não chega a ser uma coisa rara. Negritude Efeito Barack Obama: recebo e-mails apontando para o fato de que a Brigada Militar nunca teve um comandante geral negro. 91g4y

“Cobras mortas” sonham com o dinheiro dos precatórios 636s40

Eles se reúnem toda terça-feira à tarde numa sala do térreo do prédio do porto na avenida Mauá. Nenhum deles tem menos de 70 anos. Intitulam-se os “cobras-mortas” da navegação gaúcha. A referência jocosa não é fluvial nem lacustre, tampouco hidroviária ou portuária. Quem os vê trocando farpas sobre aptidões, experiências, façanhas e preferências de fundo sexual, logo compreende o título que se dão.
Todos são portuários aposentados e nos últimas semanas andam animados com as notícias de que o governo do Estado vai começar a quitar a gigantesca dívida dos precatórios que, no total, já chega a R$ 4 bilhões.
Como “secretário” dos cobras-mortas, Ary Silveira da Rosa, que se aposentou em outubro de 1983, ocupa a única escrivaninha da sala, onde não há telefone, apenas um banco comprido e um cofre sem uso.
A primeira ação foi aberta em 1978, inspirando 64 processos diferentes, com um total de 1005 beneficiários. “Mais da metade dos titulares dos processos já morreram”, informa Rosa. Também já não vive Ademar Caldas, advogado-cabeça do primeiro processo, que defendia 196 pessoas com diferentes reivindicações trabalhistas.
Na trilha aberta pelos primeiros reclamantes, centenas de ex-trabalhadores abriram outros processos. A soma dos precatórios devidos pelo governo aos portuários inativos chega a R$ 160 milhões. Tudo devia estar pago porque já transitou em julgado. Poucos reclamantes receberam seus direitos, correspondentes a pequenos valores. O valor da maioria dos processos oscila de R$ 10 mil a R$ 30 mil. Alguns processos chegam a R$ 100 mil.
“As tricoteiras do Palácio Piratini são nossas parceiras”, diz Rosa, referindo-se às senhoras que ficaram famosas fazendo plantão na frente do prédio do governo gaúcho.
Como representante da União dos Portuários do Rio Grande do Sul, ele engrossou a comitiva que em janeiro de 2008 foi reclamar providências à governadora Yeda Crusius e, em julho do mesmo ano, sentou na mesa de negociações com a então secretária geral do governo, Mercedes Rodrigues.
Vem daí a inquestionável autoridade de Rosa na “sala de audiências” do prédio do porto. Aos ex-colegas do DEPRC, ele oferece invariavelmente uma mensagem de esperança e otimismo: “Vamos confiar nas muié, uma hora o negócio sai…”
Os cobras-mortas parecem não estar prestando atenção, mas recomeçam as brincadeiras ao ouvir a palavra “negócio”. Entre piadas, resmungos e gargalhadas, vai-se mais uma tarde de terça-feira às margens do Guaíba. (Geraldo Hasse)

Delegado denuncia tentativa de intimidação dos policiais em greve z504s

O labirinto em que se encontra a segurança pública do país tem uma saída que poderá ser bloqueada pelos líderes corporativistas.
Quando abordei, ontem, a falência do sistema de segurança pública do país, denunciada, na semana que ou, em Brasília, pelo próprio titular da Senasp (Secretaria Nacional da Segurança), órgão do Ministério da Justiça, o professor gaúcho Ricardo Brisolla Balestreri, que há 20 anos trabalha em pesquisas e ações de campo sobre o tema, não esperava qualquer tipo de reação ou tentativa de resposta de nenhuma autoridade de nosso estado sobre tal escândalo. De um lado, não há tempo para esboçar qualquer depoimento quando o RS está enfretando uma paralisação dos agentes da Polícia Civil e do sistema penitenciário por melhores salários, que será encerrada amanhã. De outra banda, este silêncio não significa insensibilidade hanseaniana e, sim, a dolorosa angústia de não ter e de não saber o que dizer. O sistema está falido e deve ser, pelos recursos existentes, remendado. E os lançamentos de remendos, invariavelmente acompanhados de discurseiras palacianas e, mais recentemente, com banda de música, estão levando ao estresse uma sociedade que dorme ao som de balas perdidas. Sigam-me.
Labirinto
Terá o professor Balestreri um projeto que possa conter esse flagelo, além de sua consciência do processo decadente da segurança pública do país e dos porosos recursos de sua secretaria para enfrentar os incêndios de primeira grandeza que assustam os nossos principais centros urbanos?
Balestreri tem um projeto que será inviável se partir da iniciativa de cada estado, ou seja, de baixo para cima. No entanto, poderá ser implantado de cima para baixo – do governo federal para os estados – com inevitáveis enfrentamentos com lideranças de corporativismos arcaicos, mas poderosos. O professor acredita que há apenas uma saída deste labirinto e, se não for encontrada agora, a segurança pública sofrerá um atraso de, pelo menos 30 anos. O tema é vasto e estará nesta coluna durante os próximos dias.
Força
O presidente da Asdep (Associação dos Delegados de Polícia do RS), delegado Wilson Müller, em nome de sua categoria, reafirmou para este humilde marquês o apoio à paralisação em desenvolvimento pelos agentes da Polícia Civil e do sistema penitenciário, mas entende que o diálogo com o Piratini nunca deixou de acontecer e que não será interrompido. Dentro desse imbróglio, a indignação de Müller é contra o aquartelamento em Porto Alegre de um enorme contingente de policiais militares do interior numa “indisfarçável e inútil”, sic, tentativa de intimidar a manifestação pacífica da Polícia Civil. O presidente da Asdep também manifestou sua certeza de que a quase totalidade dos PMs, silenciosa e solidariamente, repudia esta forma de demonstração de força.
Brigadianos
A Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar, segundo seu presidente, Leonel Lucas, está apoiando a greve dos servidores da Polícia Civil. Segundo Lucas, “essa é uma atitude que reafirma a união das categorias da segurança pública em busca de salário digno.”
Vales
Um homem de 37 anos foi detido, ontem, no aeroporto Salgado Filho com 40 mil vales-transporte falsificados. O criminoso foi capturado durante ação do Deic. Ele viajava em avião da TAM procedente de São Paulo.
Carro-forte
Uma quadrilha assaltou um carro-forte da empresa Brinks, ontem, no km 348 da BR-116, em Tapes. Os criminosos utilizaram quatro automóveis e interceptaram o carro-forte com tiros de fuzil e explosivos. Após retirar três funcionários do veiculo, levaram dois malotes de dinheiro que seriam transportados a Camaquã. Ninguém ficou ferido.
Execução
Um homem morreu baleado e três ficaram feridos num casebre em Guaíba. Segundo testemunhas, três desconhecidos chegaram atirando e fugiram num carro. O morto foi identificado como Giovani Henrique da Silva Romeira, 37 anos. Os feridos foram levados a um hospital de Guaíba.
PMs temporários
A Brigada Militar registra baixa procura pelas vagas de PMs temporários. Apenas 261 candidatos se inscreveram, até o dia de ontem, para as 306 vagas. O prazo de inscrição termina na quinta-feira, mas será prorrogado.
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Governo libera hoje o tráfego na Baltazar 366s1

O governo do Estado marcou para sexta-feira(31/10) às 15h, a liberação do tráfego da nova Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, próximo a rua Manuel Elias. Serão entregues as pistas de rolamento, a iluminação completa, parte da sinalização vertical e horizontal e as divisórias do corredor de ônibus. Em dezembro serão finalizadas as obras de colocação das nove estações de ageiros, a sinalização semafórica (sinaleiras ou semáforos), a sinalização vertical e horizontal (placas) e os eios (calçadas).
O trecho de 5,5 quilômetros na Zona Norte de Porto Alegre faz parte do Programa Linha Rápida. Prevista para ser entregue em outubro, a obra teve que vencer algumas interferências (desapropriações, substituições de galerias do Dmae, reposição de postes de fios da CEEE e de empresas de telecomunicações, retiradas de cabos de fibra ótica e as mudanças climáticas) e a aprovação do projeto de estações de ônibus, que só agora foi obtida.
“Desde o reinício da obra, em 28 de agosto de 2007, o governo vem cumprindo rigorosamente os compromissos assumidos, com a garantia dos recursos. Entregamos a penúltima etapa e em 30 dias ou 40 dias entregaremos o corredor de ônibus finalizando desta forma a nova Baltazar”, afirma o secretário da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sehadur), Marco Alba.
Entretanto, os moradores da região reclamam bastante da demora para a conclusão da obra. “Eu já estou quase me formando e desde quando ei no vestibular enfrento problemas de trânsito para chegar à Universidade”, conta Rodrigo Padilha, estudante da PUCRS e morador do bairro Santa Fé. “Tenho que enfrentar buracos e desvios diferentes semanalmente”.
Projeto de 1996, orçada em R$ 34 milhões, a obra foi paralisada em setembro de 2006 e retomada em agosto de 2007. Iniciadas em fevereiro de 2006, a reconstrução da via vai desde o Terminal Triângulo da Avenida Assis Brasil à rua Serapião Goulart, em Alvorada. O trecho atinge 400 mil moradores e comerciantes da região. São 230 mil deslocamentos diários por ônibus no corredor.

Projeto da nova Secretaria da Transparência será encaminhado à Assembléia 181c1w

Ao empossar o secretário da Transparência, Prevenção e Combate à Corrupção na istração Pública, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, nesta segunda-feira (27), a governadora Yeda Crusius anunciou que o projeto de lei que institui a pasta será encaminhado à Assembléia Legislativa. “Não se chega ao déficit zero sem transparência.”, disse a governadora.
Ressaltou também que a Secretaria da Transparência vai promover a articulação entre os órgãos institucionais para que não haja corrupção no governo. “Espero deixar aos meus sucessores um sistema bem articulado, melhor do que herdei”, observou. Yeda anunciou ainda que a Secretaria terá uma estrutura enxuta. “A partir de hoje, com ajuda dos outros poderes, iniciamos uma fase muito positiva”, completou.
A Secretaria da Transparência vai colaborar para a melhoria da qualidade dos serviços públicos, a eficiência e a correção de condutas. “A futura Secretaria vai trabalhar em conjunto com as outras pastas para dar transparência aos processos”, afirmou Brenner de Moraes ao ser empossado. De acordo com o novo titular da pasta, na medida em que os controles internos se façam eficientes, a tendência será de que irregularidades que porventura ocorram tenham rápida solução.
Brenner de Moraes ocupava o cargo de secretário do Meio Ambiente. Membro do Ministério Público gaúcho desde 1980, é procurador de Justiça com atuação perante a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado. Foi corregedor-geral e presidente do Conselho Nacional dos Corregedores Gerais do Ministério Público e da Associação do Ministério Público do RS. Foi também professor de Direito Penal e já recebeu diversas premiações por sua atuação.

Emergência em presídios revela poder paralelo no Rio Grande do Sul 6f4os

Elmar Bones
Sem condições para atender às crescentes demandas por serviços públicos, que se acumulam e se agravam, o governo do Estado adotou uma prática simples: responde apenas às emergências que alcançam a mídia.
Foi o que aconteceu agora com a decretação de estado de emergência nos principais presídios gaúchos. A calamidade das prisões no Rio Grande do Sul e no país todo nada tem de novo.
O caos no presídio central de Porto Alegre foi apontado há pouco tempo numa I, que o qualificou como o pior do Brasil. Quando a conclusão da I foi divulgada pela mídia há mais ou menos três meses, a governadora anunciou que o presídio seria implodido.
Agora, o detonador foi uma reportagem do jornal Zero Hora, no último domingo. O caso dos presídios é apenas um exemplo. A prática está se tornando corriqueira e não é só o governo do Estado.
Com essa postura, o poder público delega para a mídia, especialmente os veículos do maior conglomerado de comunicações do Estado, a RBS, o poder de estabelecer as prioridades.
Como os grupos de comunicação, embora assentados em concessões públicas, são empresas privadas com interesses comerciais enormes e diversificados, isso significa que os governantes gaúchos estão “privatizando” suas decisões.
Ou seja, delegando a pauta de suas ações a um poder privado, que se torna um “poder paralelo”. Que levanta o problema, ganha audiência discutindo soluções, mas não tem compromisso com o resultado.
Os governos am, ele permanece.

Programa de irrigação ainda depende de lei 2h664s

Já está pronto para ser encaminhado à Assembléia Legislativa o texto de uma lei que autoriza o governo do Estado a fazer obras de irrigação com recursos públicos em propriedades privadas.
Em regime de urgência, o projeto pretende destravar o programa de irrigação, uma das prioridades do governo Yeda Crusius, com a implantação de açudes, cisternas e barragens para prevenir as periódicas estiagens que prejudicam a economia do Rio Grande do Sul.
O secretário extraordinário de Irrigação, Rogério Porto, falou sobre o assunto, nesta quinta-feira, 28, em audiência pública da Comissão de Agricultura.
Disse o secretário que o governo tem no orçamento R$ 15 milhões para investir em projetos de irrigação, “ mas até agora não conseguiu investir praticamente nada em função de impedimentos legais”.
O secretário informou que existem 952 pedidos para construção de micro-açudes e cisternas em diversas regiões do Estado. “Hoje, a legislação impede que o governo invista recursos públicos em propriedades privadas. É exatamente este ponto que queremos modificar para possibilitar os investimentos tão necessários na área de irrigação”, acrescentou Porto.
A proposta, que chegará ao Legislativo ainda esta semana, prevê que a acumulação de água seja considerada como de interesse social, sendo utilizada livremente não somente no abastecimento público, mas também na produção de alimentos.
O diretor-técnico da Federação das Associações dos Municípios (Famurs), Luiz Carlos Chemale, propôs uma grande mobilização da cadeia produtiva em favor da implantação de projetos de irrigação no Estado. (Da Redação, com a informações da assessoria de imprensa da AL)

Yeda não precisava ir tão longe 5u2c71

Geraldo Hasse
Uma viagem à Europa não faz mal a ninguém, ainda mais com motivos tão meritórios quanto resgatar a navegação num Estado cercado de água por todos os lados e que há muito abandonou as suas hidrovias.
Na volta, essa numerosa caravana liderada pela governadora Yeda Crusius podia dar uma lida no RumoS 2015, elaborado pela Secretaria do Planejamento no final do governo Rigotto, e ver que as necessidades hidroviárias do Rio Grande do Sul estão claramente mapeadas ali: é preciso aprofundar os canais de o aos terminais portuários de Rio Grande e da capital, e desobstruir em alguns trechos da Laguna dos Patos e da Lagoa Mirim.
Ou seja, antes de mais nada é preciso fazer a manutenção da estrada líquida que aí está desde a chegada dos portugueses no século XVI. Ninguém precisa ir à Holanda para saber disso. Nem para descobrir que é preciso equipar os portos.
Acontece que os holandeses estão fazendo lobby para vender equipamentos e tecnologia de embarque e desembarque de cargas. São bons no comércio internacional desde a época da Companhia das Indias Ocidentais. Mas não são os únicos na Europa nem no mundo.
Por que uma viagem exclusiva a Amsterdam?
Sejamos claros, portanto: Yeda e sua comitiva foram ao shopping portuário holandês ver funcionando o que talvez se disponham a comprar para melhorar as condições operacionais dos portos gaúchos. Resta saber com que dinheiro vão pagar as encomendas e a assistência técnica indispensável. Se não for o do Banco Mundial, talvez role algum emprestado pelo ABN Amro.
Aparentemente, Yeda embarcou de alegre nessa viagem, motivada pelo empenho do secretário Daniel Andrade em mostrar serviço numa área sensível, a logística do comércio exterior, na qual o governo Lula está investindo bilhões através do PAC.
Mas a viagem terá sido útil se Yeda e os gaúchos perceberem o essencial: não basta ter equipamentos, vias navegáveis ou cais acostáveis; para funcionar, a navegação precisa de cargas. E quem dispõe das cargas são os empresários, que há mais de 50 anos migraram para os caminhões e as rodovias.

Verba de propaganda vai parar na Justiça y451z

Elmar Bones
O novo tema da semana é a licitação das agências que vão gerir a verba de propaganda do governo do Estado, o maior e mais cobiçado naco do bolo da receita publicitária no Rio Grande do Sul. O caso parece ter combustível para alimentar um escândalo.
“No mínimo fizeram mal feito”, disse ao jornalja um diretor de agência, pedindo reserva. Nas conversas informais no meio são alinhados muitos indícios de influências e pressões que deturparam o resultado da escolha. As chamadas “agências operadoras” teriam sido beneficiadas.
No recurso que encaminhou dia 4/08 pedindo anulação da licitação, a Publica Comunicação diz ter comprovado a inexistência de registro das notas atribuídas a cada proposta. A agência foi desclassificada com uma nota muito baixa e a direção decidiu analisar o que havia acontecido. Pediu à comissão de licitação as notas dadas à agência em cada quesito, com as respectivas justificativas e descobriu que não há registro das notas.
São 92,9 milhoes consignados no orçamento de 2008, para gastos com o publicidade do Executivo, e das estatais – Detran, Daer, CEEE, Corsan e Banrisul. O Banrisul, que são duas “contas” é o filé, representando mais de 60% do total da verba. Se valer a atual escolha, ele fica com as duas primeiras colocadas, a DCS e a SLM.
Caso Detran atrapalhou divulgação
No primeiro ano, quando estava pleiteando aumento de impostos, o governo Yeda não quis demonstrar preocupação com propaganda e manteve as agências licitadas no governo anterior, que continuam até hoje.
Em dezembro de 2007, depois de ter rejeitada a segunda tentativa de aprovar um pacote de aumento de imposto, o governo lançou o edital para licitar as agências que cuidariam da sua imagem em 2008.
No dia 30 de janeiro, quando se encerrava o prazo para apresentação das propostas, o edital foi anulado porque continha “erros insanáveis”
Novo edital foi lançado em março e as propostas entregues em abril. Em maio a licitação estava decidida, mas não foi anunciada.
Provavelmente por causa do momento político, dominado pela crise do Detran, o governo achou impróprio anunciar que tinha 92,9 milhões para gastar em propaganda.
A presidente da Comissão de Licitação, Mariana Bacaltchuk, chegou a tirar férias antes que o resultado fosse publicado no Diário Oficial no final de julho. Foram escolhidas seis agências: DCS, SLM, Nova Centro, Martins&Andrade, Matriz e Escala.
No dia 1º de agosto, uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual pediu a anulação da licitação por falhas no edital.
Ao mesmo tempo, cinco concorrentes desclassificadas entraram com recursos questionando critérios e a forma do julgamento. O Palácio Piratini, através da assessoria de imprensa, informou que o processo segue em andamento normal.