Eduardo Maretti* No início de setembro, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), candidato à reeleição ao mesmo cargo este ano na chapa de Dilma Rousseff, foi perguntado numa coletiva sobre a então ascensão de Marina Silva e se a campanha dele e da presidente iriam atacar a adversária do PSB. A resposta, digna de uma velha raposa da política, foi a seguinte: “Não vejo necessidade (de atacar Marina). Acho que a desconstrução eventual dela pode ser feita por outras pessoas, pelas circunstâncias. Na política é assim. As circunstâncias vão mostrando o que é melhor para o país”. Pouco mais de três semanas depois, muitas circunstâncias concorreram para a desconstrução da candidatura de Marina Silva, inclusive, e talvez principalmente, ela própria, com suas idas e vindas, suas contradições, suas alianças obscuras e seus recuos, seu programa de governo que, para justificar mudanças súbitas, ela disse que é um “programa em movimento”. A questão da MF é só mais uma das já quase incontáveis “circunstâncias” previstas por Temer. Os recuos quanto ao casamento gay, a energia nuclear, o agronegócio, a ingênua tentativa de dizer que votou a favor da MF em 1995 (quando votou “não”) e as hesitações, que diante da câmera, num debate, são terríveis a uma candidatura, foram algumas dessas circunstâncias. Até chegar à quase cômica situação desta segunda-feira, quando a campanha da candidata, que desde domingo comemorava o apoio do ator Mark Ruffalo (o Hulk), que gravara até um vídeo por Marina, teve de engolir o próprio ator retirar seu apoio. “Descobri que a candidata à Presidência do Brasil, Marina Silva, talvez seja contra o casamento gay. Isso me colocaria em conflito direto com ela”, escreveu Ruffalo no Tumblr. E Aécio Neves pode mesmo virar o jogo pra cima de Marina. Hoje, o assessor de um importante dirigente do PT me disse que pesquisas internas do partido estão mostrando empate técnico entre o tucano e a ambientalista. Essa tendência será confirmada? A conferir. Faltando cinco dias para a eleição, é cada vez mais possível que a ex-favorita doutora em “Nova Política” seja rebaixada ao mesmo terceiro lugar de 2010 justamente por praticar a velhíssima “velha política”, com o perdão do pleonasmo. A “velha política” de Marina, além de velha, demonstrou-se amadora, vacilante e falsa. Ela vem despencando vertiginosamente em todas as classes sociais e demais filtros das pesquisas, e em todas as regiões do país. *Do blog Fatos etc 544x25
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MC Donalds POA acusado de discriminar travestis 3q5k5b
O grupo pela livre expressão sexual chamado Nuances denunciou a rede Mc Donalds ao Ministério Público por discriminação contra travestis, por incidente ocorrido na loja da rua Silva Só, na madrugada de 21 de março.
Na ocasião, as travestis Soledad (argentina que estava em visita ao Brasil), Jéssica e a amiga Jade Gabrielli estavam numa mesa lanchando, quando jovens clientes que estavam na mesa ao lado começaram a fazer piadas ofensivas, claramente dirigidas a elas em voz alta.
As travestis começaram a se sentir incomodadas, pois outros clientes e até funcionários riam da situação. O rapaz da mesa ao lado proferia palavras com “veado”, “traveco”. O segurança do Mac Donalds viu tudo e nada fez. Os jovens continuavam a zombar, o que fez com que Soledad pedisse para eles que parassem com as ofensas. Vendo que a situação não iria mudar, Soledad pegou uma chicara de café e jogou sobre o jovem que mais ofensas fazia às travestis.
O rapaz disse ” o que é isto seu p…”, em seguida foi em direção a Soledad. Neste momento o segurança da loja tomou partido e segurou Soledad, enquanto o rapaz lhe desferiu socos no rosto.
O segurança da loja tratava os jovens agressores pelos nomes, o que demonstra que conhecia os mesmos. Os jovens foram embora sem que o segurança nada fizesse.
Jade interviu com o segurança que quando viu que Jade era mulher mudou o tratamento. Soledad, com o nariz quebrado e sangrando insistiu para falar com a gerência, o que não foi possivel.
Os funcionários continuavam a rir da situação. Soledad insistiu em falar com a direção, e o segurança agarrou-a e jogou-a para fora dizendo que a gerente não ia falar com ela. Elas ligaram para um advogado enquanto três seguranças do lado de fora ficavam rindo delas.
Veio a Brigada Militar que a levou ao DML, logo após registraram um Boletim de Ocorrência. O sargento que atendou a ocorrência chama-se Evandro.
O Ministério Público enviou cópia da ocorrência para a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia.