HPS recebe quatro novos aparelhos para radiologia 73271x

O Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre recebe R$ 2 milhões que serão destinados para a modernização do serviço de radiologia do hospital. O HPS possui atualmente cinco aparelhos convencionais de raio-x, com a modernização, o serviço ganhará quatro novos equipamentos que substituirão os existentes, além de um sistema digital DRX e dois conjuntos de digitalizador multicassete. Os novos aparelhos irão fornecer imagens digitais, conferindo maior agilidade no atendimento do paciente. “As imagens ficarão prontas em no máximo cinco minutos, elas já estarão disponíveis na Rede de informação do hospital, facilitando o diagnóstico do médico”, avalia o diretor do hospital, Júlio Ferreira. Com os investimentos, o serviço de radiologia deixará de usar filmes e produtos químicos para revelação das imagens, que serão transmitidas via Internet, trazendo maior qualidade do diagnóstico e agilidade na informação que estará disponível para os profissionais. O hospital aposta ainda numa economia com a manutenção dos equipamentos existentes gera um custo anual de R$ 280 mil, o novo sistema reduzirá os gastos para R$ 82 mil por ano. O setor de radiologia do hospital realiza uma média mensal de 6410 exames de raio-x, 648 tomografias e cerca de 100 ecografias. 6y4n2s

HPS: Audiência Pública só em março 102a41

Patricia Marini*
Ficou para março a audiência pública para discutir a ampliação do Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre.
O projeto prevê desapropriar seis sobrados na rua José Bonifácio e deu origem até a uma associação, SOS Rua do Brique, de moradores e comerciantes contrários à idéia.
A associação teve o mérito de trazer a público o projeto que até então era desconhecido da própria Comissão de Saúde, da Câmara de Vereadores.
Numa audiência promovida pela associação, o projeto foi exposto pelo diretor do hospital, Júlio Ferreira, em novembro.
“Não haverá mais incêndios se ampliarmos o corpo de bombeiros, não aumentará o número de traumas se ampliarmos o HPS”, comparou Ferreira, tentando acalmar os que temem por uma descaracterização daquele quarteirão na ponta mais freqüentada do Parque da Redenção, com mais trânsito e outros impactos urbanísticos.
Segundo ele, sem a ampliação da área, a alternativa seria reduzir o número de leitos e atendimentos para adequar as instalações, que estão fora das normas, e criar espaço para novos equipamentos.
Enquanto isso, a Prefeitura tenta encaixar o projeto de ampliação nos investimentos para a Copa, mas ainda não tem garantias que vai conseguir os R$ 73 milhões necessários para a obra.
Reforma interna já começou
Com ou sem ampliação do terreno, a reforma do HPS já começou. A primeira etapa foi a troca da caixa de força, que custou R$ 1,5 milhão. A velha era do tempo da construção do prédio, há 66 anos, quando a tecnologia mais avançada era um simples aparelho de raio-X.
Agora falta a reforma do térreo e parte do segundo piso, orçada em R$ 8,9 milhões. A concorrência pública para escolher a empresa que fará a obra já está aberta. Nenhum interessado apresentou propostas na primeira rodada, no início de dezembro. O prazo foi ampliado para  10 de janeiro.
No térreo, a reforma reorganiza o fluxo de pacientes, melhora a área de diagnósticos e a triagem, como exige o Ministério da Saúde.
Remodela parte do segundo pavimento, para ampliação da UTI pediátrica, e faz pequenas intervenções nos demais andares. “É como trocar os pneus de um carro andando”, diz o engenheiro Álvaro Kniestedt.
Os recursos vieram do Qualisus1, programa federal para qualificação de hospitais. O projeto acabou ficando mais caro que o orçado inicialmente. A Prefeitura, que deveria entrar com uma contrapartida de 20%, precisou se comprometer com quase a metade, segundo o secretário adjunto da Saúde, Marcelo Bósio.
O hospital espera a liberação de mais R$ 2 milhões do Qualisus2 para completar a reforma do segundo pavimento: criar mais uma UTI de trauma, aumentar o bloco cirúrgico e a sala de recuperação. A licitação será em 2011.
“Tem que discutir a política de saúde”
É consenso que não se pode discutir a questão do hospital, isolada de toda a política de saúde pública da capital.
Hoje, por exemplo, o HPS faz 900 atendimentos por dia. Esse número diminuiria se a população contasse com atendimento de urgência descentralizado na cidade e um novo hospital de urgências na Zona Sul?
Ferreira duvida. Ele argumenta que 76% dos pacientes residentes em Porto Alegre (88% do total) vêm da região central da cidade, e 15% da Zona Sul. Na Zona Norte, há o hospital Cristo Redentor.
É preciso também levar em consideração a diretriz do governo federal, que é pela criação de mais UPAs – Unidades de Pronto-Atendimento.
Além das quatro que já têm endereço em Porto Alegre, mais quatro UPAs devem ser instaladas em locais a ser definidos.
Conforme portaria do Ministério da Saúde, elas devem cobrir grupos de 200 a 300 mil habitantes, ter área mínima de 1,3 mil metros quadrados, capacidade para receber até 450 pacientes por dia, uma equipe de seis médicos e 13 a 20 leitos cada.
Enquanto isso, com uma rede de atendimento básico insatisfatória na cidade, o HPS funciona como um grande posto de saúde.
Funcionários pedem nomeações
O secretário adjunto da Saúde, Marcelo Bósio, chegou a dizer que “nem adianta contratar mais funcionários com as instalações físicas atuais do HPS”.
Não é o que pensam os funcionários. Eles reclamam a nomeação imediata de servidores já aprovados em concurso, para mais de uma centena de cargos vagos.
Pedem um plano de carreira e a volta dos índices de insalubridade alterados em abril do ano ado.

*Reportagem publicada no JÁ Bomfim/Moinhos, ed. dezembro.

HPS: obra de R$ 8,9 milhões não atrai interessados 161r3y

Hospital de Pronto Socorro
Hospital de Pronto Socorro
Não apareceram empresas interessadas na primeira chamada para as obras de reforma interna do HPS, orçadas em R$ 8,9 milhões.
A abertura dos envelopes, inicialmente agendada para esta segunda-feira, 6 , foi transferida para 10 de janeiro.
“O mercado está muito aquecido, o pessoal da construção civil está reclamando da dificuldade em encontrar mão-de-obra”, avalia o engenheiro Álvaro Kniestedt, responsável pelo projeto.
Para se candidatar, a empresa precisa ter um capital social compatível com o valor da obra e comprovar já ter trabalhado em hospitais, o que limita o número de possíveis fornecedores.
Se não houver propostas até 10 de janeiro, o poder público pode pensar em convidar alguma empresa ou refazer o edital.
Por enquanto, está mantida a previsão de começar a reforma em março. (Patrícia Marini)

Pronto Socorro: comerciantes vão à Justiça pedir indenização 6o3p34

O comerciantes instalados nos sobrados que serão desapropriados para a ampliação do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre vão recorrer a Justiça. Eles querem também ser indenizados.
A prefeitura vai negociar com os proprietários dos imóveis um valor para calcular a indenização com base no índice contrutivo. Mas a lei não contempla os inquilinos que tem comércio no local.
Por enquanto são três os comerciantes que já contrataram advogado para recorrer à Justiça.
O café Coletânea que ali funciona há 12 anos, a estética Moya, há seis anos e a creche, com 100 crianças, há 14 anos no local.

Aberta concorrência para reforma do Pronto Socorro j2n19

(Patrícia Marini) – A concorrência pública para escolher a empresa que fará a reforma do térreo e segundo piso do HPS já está aberta.
O edital pode ser retirado pelos interessados, que devem levar um CD virgem para gravar o projeto de engenharia.
As obras civis estão orçadas em R$ 8,9 milhões. As propostas serão abertas dia 6 de dezembro.
A primeira etapa da reforma, já concluída, foi a troca da caixa de força, que custou R$ 1,5 milhão. A anterior era do tempo da construção do prédio, há 66 anos.
A etapa que vai começar em março reorganiza o fluxo de pacientes no térreo, atinge parte do segundo pavimento, para ampliação da UTI pediátrica, e faz pequenas intervenções nos demais andares.
O banco de sangue ficará desativado durante as obras, por falta de espaço. Fica só a área de transfusão, mas a coleta volta com a reforma do térreo. “É como trocar os pneus de um carro andando”, diz o engenheiro Álvaro Kniestedt.
Os recursos iniciais para estas duas etapas vieram do Qualisus1, programa federal para qualificação de hospitais. Mas o projeto ficou mais caro que o orçado inicialmente.
A prefeitura, que deveria entrar com uma contrapartida de 20%, acabou comprometendo-se com quase a metade, segundo o secretário adjunto da Saúde, Marcelo Bósio.
O objetivo desta reforma é melhorar o atendimento a quem chega, no diagnóstico e triagem dos pacientes, para atender exigências do Ministério da Saúde.
Mas não resolve outros problemas graves do HPS, que está fora das normas em vários aspectos. Um exemplo gritante é o risco de explosão representado pelos estoques de gases, em situação ilegal.
Para solucionar este e outros problemas sérios do hospital, será necessária a ampliação do prédio, já projetada mas ainda sem os recursos garantidos.
O projeto completo de ampliação foi apresentado terça-feira (9/11) pelo diretor do hospital, Julio Henrique Ferreira, aos vereadores da Comissão de Saúde, entidades civis, funcionários e médicos.
O projeto prevê a desapropriação de seis sobrados nos fundos do hospital, o que acrescenta 1.400 metros quadrados ao terreno e uma saída pela rua José Bonifácio.
As ambulâncias continuariam entrando pela avenida Oswaldo Aranha e saindo pela Venâncio Aires, mas os caminhões de coleta de resíduos e abastecimento sairiam do caminho.
Hoje, enquanto o caminhão abastece o tanque de oxigênio, por exemplo, a ambulância não pode entrar. Numa emergência, os 20 minutos de espera podem ser decisivos. Os que descarregam mantimentos e outros suprimentos também seriam desviados para os fundos, onde ficariam as áreas de apoio.
Para o projeto completo, faltam R$ 44 milhões. O prefeito José Fortunati acalenta a expectativa de incluir a ampliação do HPS nos investimentos federais para a Copa 2014.
Ainda não obteve nenhuma garantia, mas gerou novo ânimo no corpo técnico do hospital.
Por enquanto, o hospital espera a liberação de apenas mais R$ 2 milhões do Qualisus2, para mais uma UTI de trauma, aumento do bloco cirúrgico e da sala de recuperação. A licitação será em 2011, e complementa a reforma do segundo pavimento.

Projeto de ampliação do HPS será conhecido nesta terça b2435

A proposta de ampliação do Hospital de Pronto Socorro revelou uma situação absurda nas instalações do principal hospital de emergências da região metropolitana de Porto Alegre: os estoques de oxigênio e outros gases estão junto de uma caldeira, sob risco de explosão.
Esse é um dos problemas gerados pela falta de espaço e que a ampliação das instalações pretende resolver. Mas a ampliação também causa problemas.
Para acrescentar mais 1.400 metros quadrados ao prédio do HPS, terão que ser desapropriados seis sobrados da avenida José Bonifácio, nos fundos do hospital.
Em outubro, os moradores e comerciantes atingidos criaram a associação SOS Rua do Brique. Eles criticam a ampliação, por entender que vai descaracterizar o entorno do parque.
Contestam a falta de discussão pública sobre o projeto e propõem um plebiscito para escolher onde deveria ser construído outro hospital de pronto socorro.
s estão sendo colhidas para um documento que será entregue ao prefeito.
A pedido da associação, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente reuniu-se pela primeira vez para debater o assunto. Ficou decidido que o projeto, estimado em R$ 53 milhões, será apresentado à comunidade no dia 9 de novembro.
Nos sobrados ameaçados de desapropriapção funcionam: um café, uma estética, uma escola infantil e uma Ong. Além destes, há um quinto imóvel já alugado para o HPS (onde funciona a associação dos funcionários) e outro que é uma residência.
“É uma bomba, um perigo”,
alerta o diretor do HPS

A situação ilegal em que se encontram os depósitos de gases é o principal argumento do médico Julio Ferreira, que assumiu a direção do HPS este ano, para expandir o prédio em mais 1400 metros quadrados, anexando a área dos imóveis dos fundos.
“Temos um enorme estoque de oxigênio, que é uma bomba, um perigo, que ficou ao lado de uma caldeira”, exemplifica. Este depósito de oxigênio deveria estar isolado num raio de cinco metros, mas não há espaço.
A ampliação serviria ainda para deslocar todas as áreas de apoio, como lavanderia, cozinha, refeitório e almoxarifado. Isso desobstruiria o o das ambulâncias.
“Se houver um grande acidente na cidade e chegarem várias ambulâncias juntas, não há como ar os pacientes, pois os veículos só conseguem entrar em linha”, afirma a arquiteta Marília Goulart, da Engenharia do HPS.
“Outra realidade é a superlotação das UTIs”, diz Ferreira. O projeto de ampliação também prevê aumentar a área de diagnóstico, triplicar o atendimento de urgência e criar mais leitos nas UTIs.
Hoje o HPS registra 360 mil atendimentos por ano, em 22 especialidades médicas.
Obras de modernização do HPS estão em andamento. Estão sendo gastos R$ 22 milhões, do Qualisus1, programa federal de qualificação de hospitais, com 20% de contrapartida municipal.
Para começar, foi reformado o quadro de força, que era o mesmo da época da fundação do hospital, há 66 anos. Esta etapa consumiu R$ 1,5 milhão e está em fase de conclusão. Agora, estão sendo licitados mais R$ 8,4 milhões, para reformas no andar térreo.
Uma obra para a Copa de 2014
Uma preocupação da Prefeitura, segundo o secretário de Gestão, Newton Baggio, é como atender os turistas que virão para a Copa de 2014.. “Como gestor técnico para a Copa, verifiquei que havia o decreto tornando os imóveis de utilidade pública, e que havia o projeto de ampliação, não cabia a mim questionar”, disse Baggio. “Mas, como arquiteto, acho importante que sejam discutidos os impactos urbanísticos.”
O diretor do HPS, médico Julio Ferreira, e o secretário adjunto da Saúde, Marcelo Bósio, argumentam que, mesmo que todo o sistema de saúde pública fosse aperfeiçoado, ainda assim o HPS não pode continuar funcionando nas condições em que se encontra.
“A construção do bloco anexo, na Venâncio Aires, foi a primeira etapa da ampliação, e já naquela época previa-se a necessidade de desapropriação dos imóveis dos fundos”, diz Bósio. “Já alugamos uma das seis casas, por quase R$ 10 mil, acima do preço de mercado, é um absurdo continuar assim”, protesta Ferreira.

Funcionários protestam contra mudança do nome do HPS 2c72h

A mudança do nome do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, aprovada pela Câmara Municipal na quarta-feira 13, está provocando protestos entre os 1.400 funcionários da instituição de 66 anos.
“Fomos surpreendidos por essa decisão que não tem o menor sentido”, diz o presidente da Associação dos Funcionários, Rodrigo Machado Costa.
Pelo que foi aprovado, o HPS ará a se chamar Hospital Municipal Eliseu Santos, em homenagem ao ex-secretário da Saúde, assassinado em fevereiro deste ano, em circunstâncias ainda não esclarecidas.
Nesta terça-feira, 19, o assunto será debatido numa assembléia geral dos funcionários. Um abaixo assinado já está circulando entre os funcionários, que estão convocando também a população para um ato de protesto na quinta-feira.
“Vamos promover um ‘Abraço ao HPS’ e queremos o apoio dos usuários”, diz Rodrigo.
A Associação vai também pedir uma audiência ao prefeito José Fortunatti para entregar o abaixo-assinado pedindo para ele vetar o projeto aprovado de forma surpreendente, em votação simbólica.
A proposta foi apresentada pelo vereador Nelcir Tessaro (PTB), que estava na presidência da Câmara no dia da votação. “Estamos fazendo uma justa homenagem ao médico que dedicou grande parte de sua vida aos porto-alegrenses”, disse Tessaro.
“Na nossa avaliação, o ex-secretário não tem contribuição nenhuma ao HPS, que durante sua gestão inclusive perdeu recursos por falta de projetos” , diz o presidente da Associação dos Funcionários.
Segundo Tessaro, Eliseu Santos, uma das principais lideranças do PTB no Estado, “era um abnegado pela saúde pública”. “Não podemos esquecer que, na condição de político, também deixou marcas atuando como vereador, deputado estadual e vice-prefeito desta cidade.”
Esta foi a justificativa de Nelcir Tessaro: “Colegas Vereadoras e Vereadores, uso esta tribuna para discutir o Projeto de minha autoria, a qual divido com o Ver. Alceu Brasinha, pois também era sua intenção protocolar esse grande Projeto, pela amizade que tínhamos com o nosso ilustre e saudoso Deputado e Vice-Prefeito, Eliseu Felippe dos Santos.
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, a minha ideia ao propor a denominação do nosso Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre de Hospital de Pronto Socorro Doutor Eliseu Felippe dos Santos é justamente por tudo o que representou para a Saúde de Porto Alegre o nosso saudoso Eliseu Santos. Eu, que convivi com o Eliseu Santos desde quando ele foi Vereador, em 1992, Ver. Brasinha, sabia que, se alguém dizia que estava com alguma dor, ele respondia: “Não tem problema, tome esse medicamento”. Ele fazia uma consulta imediatamente, atendia a todas as pessoas, não importando a hora. Ele não tinha hora para receber um telefonema -, atendia e medicava, sem se preocupar com o ônus, com quem era ou quem não era a pessoa, ele gostava de fazer o bem. Ele foi um grande Parlamentar na Assembleia Legislativa, onde se dedicava sempre aos projetos para a área da Saúde. E, depois, na Prefeitura de Porto Alegre, muito contribuiu como Vice-Prefeito da Capital. Assumiu a Secretaria da Saúde da Cidade, mesmo sabendo que tínhamos grandes problemas, discussões, greves de médicos, e ali equilibrou, saneou e resolveu o problema dos postos de saúde de Porto Alegre. Eu lembro muito bem que, muitas vezes, o Eliseu Santos estava às 7 horas da manhã, conferindo as filas nos postos de atendimento, para cobrar o atendimento que deve ser dado por todos os servidores públicos deste Município. Estava sempre preocupado em fazer com que o tratamento, o andamento dentro dos hospitais de Porto Alegre, naqueles famosos corredores cheios de leitos, pudesse melhorar cada vez mais, e que os nossos hospitais fizessem um atendimento com qualidade. Continuou, no segundo mandato do Prefeito José Fogaça, como Vice-Prefeito e, também, como Secretário da Saúde, mantendo o seu trabalho até seu último dia de vida. Era um abnegado pelo atendimento à população e pela Saúde pública. Eu lembro muito bem, quando ele era médico do Hospital Cristo Redentor, do atendimento que ele prestava nos corredores, os pacientes eram atendidos nos corredores. Ali ele consultava, encaminhava e, depois, ainda fazia cirurgias pelo SUS durante a noite, sem ônus para aquelas famílias que precisavam de atendimento imediato. Ele nunca reclamou de horário, assim como nunca reclamou por atender a uma pessoa ou outra sem receber numerário.
Esse era o Eliseu Santos, e nós, da Bancada do PTB, composta pelos Vereadores Nilo Santos, DJ Cassiá, Maurício e Brasinha, estamos, hoje, prestando esse tributo ao nosso grande amigo Eliseu Santos. Queremos, nada mais, nada menos, do que dedicar a ele aquele espaço que vai ser reformado, ou seja, aquela ampliação do Hospital de Pronto Socorro pela qual ele tanto brigou. Agora, com as desapropriações que serão feitas em torno do Hospital, com a ampliação do prédio, a qualidade no atendimento vai retornar. Hoje, o Hospital tem qualidade, mas não tem espaço suficiente para o atendimento, porque toda a população de Porto Alegre e da Grande Porto Alegre depende do Pronto Socorro para o primeiro atendimento, antes de ir para outro hospital.
Então, nós queremos aqui buscar a solidariedade e o apoio de todos os colegas para a aprovação deste Projeto, para que o Hospital de Pronto Socorro e a se chamar Pronto Socorro Municipal Eliseu Santos”.

Recursos da Copa, única chance para o HPS 6yp2h

Com 66 anos de idade recém feitos, o Hospital de Pronto Socorro, um dos principais centros de atendimento da região metropolitana, envelhece junto com seus funcionários. Faltam recursos tanto para fazer novos contratos, quanto para reaparelhar o hospital que funciona 24 horas e atende cerca de 900 pessoas por dia.
“Eu tenho tentado de tudo quanto é jeito trazer gente para cá. A idade dos funcionários do Pronto Socorro é muito alta, de 50 anos em média. O pessoal se aposenta e não é reposto. Cada vez trabalhamos com menos gente”, lembra o diretor Paulo Roberto Azambuja. Recentemente foi liberada a contratação de 17 novos técnicos de enfermagem, dos 150 já concursados.
Há cerca de duas semanas, os funcionários pararam as atividades para protestar contra o corte do percentual de insalubridade e chamar a atenção para as condições de trabalho e o estado do HPS. Segundo Azambuja, a Secretaria da Saúde, por mais que se empenhe, não tem de onde tirar recursos. “Onde há um cheirinho de dinheiro, tenho procurado ir atrás”, comenta.
Com cerca de 1.400 funcionários, gastos fixos de 1,5 milhão de reais por mês e uma folha de pagamento que gira em torno de 8 milhões de reais, não sobram recursos para investir no prédio. Projetos não faltam.
A Fundação Pró-HPS, que ia conseguir fundos para melhorar a área de queimados, naufragou por questões políticas. “O pessoal do governo não aceitou essa diminuição de impostos e a coisa morreu”, afirma o diretor.
Uma doação de cerca de R$ 50 milhões que estava sendo negociada com um banco norte-americano para a reforma completa do hospital também foi descartada. “Foi o nosso grande azar. Se a crise tivesse estourado dois meses depois estávamos com o dinheiro garantido”, comenta Azambuja.
O jeito foi buscar outras soluções. “Estamos buscando recursos com o Qualisus, um programa de qualificação dos hospitais”, diz. Se tudo correr bem, a verba deve ser liberada até o fim do ano e garante, ao menos, a reforma do quadro de força do hospital, já “obsoleto”.
A mais ousada delas é incluir o hospital na lista de obras de infra-estrutura para a copa. A proposta foi bem recebida pelo vice-prefeito José Fortunatti e está em fase de finalização. “Quanto ainda não se sabe, mas nós imaginamos em torno de R$ 40 milhões”, diz Azambuja. O dinheiro será usado para melhorar a área física e comprar equipamentos. “Digitalização dos raios X, investimentos em estrutura”, enumera o diretor.
Quanto à insalubridade, por enquanto a situação foi resolvida. “A insalubridade não é uma decisão do prefeito ou do secretário. Ela é uma interpretação técnica”, afirma o secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Clóvis Magalhães.
Ele explica que a confusão começou por causa da revisão do laudo – que era de 1990 – que mudou os graus de insalubridade dos funcionários. No entanto, como no HPS as pessoas se vêem obrigadas a freqüentar mais do que uma ala, essa interpretação foi flexibilizada e ficou de acordo com os coordenadores de setores e o laudo.