Suspensa eleição da Associação do Bom Fim 3m4e2r

Helen Lopes Prevista para o início do ano, a eleição da nova diretoria da Associação dos Amigos do Bairro Bom Fim não tem data para acontecer. Com o afastamento do presidente Jairo Werba, no final de 2007, o vice Milton Gerson deveria comandar os últimos meses da gestão e chamar novas eleições para a entidade. Mas sob o argumento de que a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic) ainda não liberou a sala que era utilizada pela associação no Mercado Bom Fim, nenhuma movimentação foi iniciada. “Não quero ser cobrado por entregar a sede”, explica Gerson, que garante não almejar a presidência. Sem perceber a ação pública de seus representantes, moradores do Bom Fim reclamam do abandono. As reuniões mensais do Conselho de Segurança, órgão instituído por iniciativa da entidade comunitária em 2005, transformaram-se em fórum de debates do bairro. Se os lojistas da Osvaldo levam seus expositores para a calçada ou há falta de luz em regiões do bairro, é nas reuniões do Conseg que os problemas são expostos. Diante das queixas dos presentes na reunião de maio, Milton Gerson lembrou das conquistas da entidade, que obteve verbas para a construção do posto da Brigada Militar na Redenção, ainda nos anos 1980, e depois trabalhou pela sua reforma, no início dos anos 2000. “São 20 anos de conquistas para o bairro. Além do Conselho de Segurança, participamos ativamente da reconstrução do Mercado Bom Fim”, reforça. Deu zug na jogada Em outubro do ano ado, a Associação dos Amigos do Bom Fim entregou a sala 13 para a Smic, sob a promessa de que a permissão de uso seria renovada e que a entidade aria a ocupar a loja 11, de frente para a avenida Osvaldo Aranha. “Precisavam do espaço para transferir as floristas, que deram lugar aos novos restaurantes”, relata Gerson. Depois da readequação das bancas, a Prefeitura não regularizou a situação e o espaço que seria da entidade comunitária serve de depósito para os artesãos que expõem nos finais de semana. O assessor jurídico da Smic, Fabrício Benites, esclarece que a renovação ainda está em análise porque outra entidade solicitou o espaço. Quem disputa a sala é a Associação Cultural e Esportiva Zug (Acezug), formada por enxadristas da região, que pretende instalar ali um espaço público de formação de novos jogadores. “Estamos tentando atender as duas organizações através do uso compartilhado. Até porque nos últimos anos a Associação dos Amigos do Bom Fim não utilizou intensamente o local”, observa Benites. Milton Gerson ite o enfraquecimento da entidade após a morte do líder Isaac Ainhorn em 2006. Sem o apoio do vereador, minguaram as verbas para manter a sede aberta. Mesmo sem condições de tocar o espaço sozinho, o presidente interino discorda da divisão do espaço. “Acho difícil funcionar na prática”, revela. A Smic estipulou um prazo de 60 dias para resolver a situação entre as duas entidades. Ou seja, a solução foi adiada para agosto. Essa reportagem é um dos destaques da edição 385 do jornal JÁ Bom Fim/Moinhos. A publicação é quinzenal e circula gratuitamente nos 10 bairros da área central de Porto Alegre. 5j353r