“Jornais de bairro constroem cidadania” 4wc2m

Falando na Associação Riograndense de Imprensa, a secretária Vera Spolidoro promete descentralizar verbas do Palácio Piratini A secretária estadual Vera Spolidoro afirmou neste sábado (11/6) em reunião na sede da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), em Porto Alegre, que considera os jornais de bairro parte da cadeia produtiva da mídia – excessivamente concentrada em poucos grandes grupos. “A descentralização é norteadora do nosso trabalho”, disse ela, apontando a pedagoga Claudia Cardoso, diretora de políticas públicas da Secretaria da Comunicação, como “o canal” de interlocução com blogs, sites, jornais de bairro e de segmentos sociais. Em sua fala numa reunião geral de dirigentes e trabalhadores em jornais de bairro (há 22 desses veículos em atividade em Porto Alegre), a secretária condenou a insensibilidade das agências de propaganda diante da realidade da comunicação social nos bastidores da sociedade. “Os jornais de bairro são formadores de cidadania”, disse ela. Uma das hipóteses de trabalho em sua secretaria é que a companhia estadual de artes gráficas (Corag) e a imprimir jornais de bairro por valores abaixo dos preços correntes no mercado. Flavio Dutra, coordenador de comunicação social da Prefeitura de Porto Alegre, relatou que a partir de abril foi definida a veiculação de uma coluna paga nos jornais de bairro da capital. A coluna contém informações sobre a atuação da prefeitura em cada bairro. Como contrapartida a essa veiculação, ainda incipiente, Dutra está exigindo que os jornais comprovem a tiragem, inicialmente por meio de declarações das gráficas prestadoras do serviço de impressão. Durante a reunião, presenciada por meia centena de pessoas, foram apresentados três “cases” de jornais de bairro. Gustavo Cruz Silveira, do Jornalecão, criado há 24 anos no Guarujá, contou que o veículo foi fundado por duas crianças de 11 anos – ele e o amigo Christian Borges – para arrecadar fundos para seu time de futebol. Erico Vieira, fundador do Bem Estar, contou que seu jornal nasceu de uma busca pessoal por melhor qualidade de vida. De 44 jornais para apenas 13 O último a falar, Elmar Bones, do JÁ Bom Fim, que circula há 23 anos, lembrou que esta é a segunda tentativa de organizar os jornais de bairro, que possuem uma associação fundada em 1998. “Chegamos a ter 44 jornais em circulação nos 83 bairros da capital”, disse ele, lembrando que houve uma mudança em meados da década ada, quando “esse mercado foi devastado pela atuação predatória” da RBS, que lançou uma série de cadernos de bairros. Em conseqüência, os jornais de bairro caíram para 13. Com a posterior suspensão dos cadernos da Zero Hora, os veículos das bases comunitárias estão voltando, mas todos reclamam o reconhecimento como mídia por parte dos órgãos públicos e agências de propaganda. Disposta a amparar a retomada da imprensa enraizada nos quarteirões, a ARI inaugurou no sétimo andar de sua sede, na Av. Borges de Medeiros 915, uma sala para facilitar o intercâmbio dos jornais de bairro. A sala ficou sob a responsabilidade da professora Beatriz Dornelles, da PUC, que estuda os jornais comunitários e foi a primeira presidente da Associação dos Jornais de Bairro de Porto Alegre. Segundo Paulo Tomazini, diretor do Jornal Floresta e atual presidente da associação, o primeiro jornal de bairro da capital gaúcha foi criado em 1954 em Ipanema. O fenômeno da mídia comunitária está difundido em todo o Brasil. Tanto que por iniciativa de um parlamentar carioca tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que determina a aplicação em jornais de bairro e de segmentos sociais 10% das verbas públicas de propaganda. 26196g

ARI promove debate sobre jornais de bairro 2g4x44

Aspectos legais e de sustentação econômica dos jornais de bairro e segmentados são os temas centrais dos debates que acontecem neste sábado, a partir das 10 horas, no Salão Nobre da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), oitavo andar do Edifício Alberto André. A iniciativa encerra as comemorações da Semana Hipólito José da Costa, criada pela Lei estadual 11.300, de 29 de dezembro de 1998, e marca a agem do Dia da Imprensa, homenagem instituída no país pela Lei 9.831, de 13 de setembro de 1999.
Serão debatedores no evento: Paulo Ricardo Tomasini, presidente da Associação dos Jornais de Bairro e Segmentados de Porto Alegre / Rede Jornal e diretor do jornal Floresta; Elmar Bones da Costa, diretor da Editora Já e do Jornal Já; Gustavo Cruz da Silveira, diretor e editor do Jornalecão; e Érico Vieira, diretor do Jornal Bem-Estar Porto Alegre e da Rede Bem-Estar Nacional.
Como istas estarão presentes os jornalistas Flávio Dutra, Coordenador da Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, e Vera Spolidoro, Secretária de Estado da Comunicação e Inclusão Digital. O exame das peculiaridades dos jornais locais tem ingresso gratuito, mas com lugares limitados. Informações pelo telefone (51) 3211.1555, ou site www.ari.org.br.

Jornais de bairro na pauta da Câmara 4a1w3n

A Câmara de Porto Alegre vai dedicar uma das sessões temáticas de quinta-feira para debater políticas públicas para jornais de bairro e rádios comunitárias da Capital.
A sugestão foi acatada pelo presidente da Casa, vereador Nelcir Tessaro (PTB), após a manifestação do jornalista Elmar Bones, diretor do jornal JÁ, que ocupou a Tribuna Popular do legislativo municipal para falar sobre o movimento comunitário e os jornais de bairro.
Bones destacou os movimentos e associações de moradores de Porto Alegre como exemplo para o País, tal a representatividade e legitimidade que obtiveram na cidade. E a importância das publicações locais como um instrumento de mobilização para o exercício da cidadania.
O jornalista observou, entretanto, que esses veículos de informações locais, de extrema importância para a cidade, estão perdendo espaço. “Há seis ou sete anos havia 42 jornais de bairro em Porto Alegre, agora só há 13”, lamentou.
Doze parlamentares se manifestaram após a intervenção de Bones e defenderam um aprofundamento do debate e políticas públicas para jornais e rádios comunitárias.
Nas galerias, jornalistas, lideranças comunitárias da Amigos da Gonçalo, Defenda a Orla e Porto Alegre Vive, e representantes de ONGs ambientalistas, como os ex-presidentes da Agapan Flávio Lewgoy e Celso Marques, acompanhavam a manifestação.

RBS investe contra jornais de bairro 2x6x5y

Uma mensagem do Departamento Comercial da Zero Hora está chegando às agências de propaganda de Porto Alegre anunciando o lançamento de quatro jornais de bairro, dia 5 de agosto. Bom Fim, Moinhos de Vento, Bela Vista e Zona Sul são as áreas visadas.
Os jornais de bairro serão encartados nos exemplares de s de Zero Hora nestas regiões, mas estarão também a venda nas bancas e terão distribuição gratuita em “pontos estratégicos”. A cada semana circula um dos jornais, sempre às sextas-feiras.
Esta é a segunda tentativa que Zero Hora faz, seguindo o modelo de O Globo no Rio de Janeiro, para ocupar também o espaço do jornalismo comunitário.
Na primeira, em 1992, lançou também quatro cadernos regionais. A experiência durou menos de três anos e foi um fracasso. Os cadernos foram suspensos em 1995, pelo então diretor de redação Augusto Nunes.
O cronograma do relançamento é o seguinte:
– 5 de agosto: Bom Fim (+ Santana e parte de Rio Branco) ;
– 12 de agosto: Moinhos de Vento (+ Auxiliadora, Independencia, Floresta e parte de Rio Branco);
– 19 de agosto: Bela Vista (+ Mont Serrat, Tres Figueiras e Boa Vista);
– 26 de agosto: Zona Sul (Ipanema, Tristeza, Setimo Ceu, Assunção, Vila Conceição).
A Associação dos Jornais de Bairro de Porto Alegre planeja lançar nos próximos dias um manifesto denunciando a “ação predatória de uma grande empresa, contra os pequenos empreendimentos de jornalismo comunitário”.