Tag: Meio Ambiente 61621y
Cientista alerta para níveis da poluição industrial no Guaiba 4q3v1v
O professor Rualdo Menegat está fazendo um alerta sobre a poluição das águas do Guaiba, onde a população de Porto Alegre se abastece. Geólogo, mestre em geociências, coordenador do Atlas Ambiental de Porto Alegre, ele diz: “É preciso preciso dar prioridade total à despoluição do Guaiba. A contaminação, principalmente com metais pesados, já atinge níveis comprometedores”.
De acordo com Menegat, o esgoto doméstico é sempre apontado como o vilão da poluição no Guaíba, mas ele não é o mais perigoso. “O esgoto doméstico lançado diretamente no rio é um grave problema, por causa do enorme volume. Mas ele é biológico, ele se degrada. Pior é o industrial, que vai se acumulando em camadas no fundo, onde se depositam substâncias que se acumulam também no organismo causando graves doenças”.
A ênfase dada ao esgoto doméstico, segundo o cientista, encobre o problema mais grave, porque as pessoas ficam com a impressão de que a poluição industrial não é significativa.
“Dessa quase não se fala. No entanto, ela é significativa pela quantidade e mais ainda pelo elevado grau de toxidade dos produtos que ela lança nas águas”.
O alerta do professor Rualdo Menegat está no livro “Manual para saber porque o Guaíba é um Lago”, que ele escreveu com outro pesquisador da UFRGS, Clóvis Carlos Carraro, engenheiro de minas e doutor em geociências. (Editora Arm@zém Digital)
Lago ou Rio?
No lançamento do livro nesta quarta feira, 20, na Associação Riograndense de Imprensa, às 19 horas, haverá um debate com a participação da geóloga Teresinha Guerra, presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Guaíba.
Na primeira metade do livro, os dois professores reúnem os argumentos científicos que permitem afirmar que o Guaíba é um lago, e não um rio.
Segundo Menegat, a discussão não é meramente acadêmica ou ociosa. “Esclarecer essa questão é o primeiro o começar um resgate do Guaíba, a maior riqueza ambiental de Porto Alegre”, diz ele.
A definição é importante até para as medidas de preservação, pois um lago é muito mais vulnerável do que um rio.
Na segunda parte do livro, ele chama a atenção para a importância do Guaiba, como principal fonte de água doce para a população de Porto Alegre, e alerta para o níveis de poluição que atinge o lago.
Filme sobre mudanças climáticas prevê fim da vida na terra em 2055 6q5e1y
Um novo filme sobre as consequências das mudanças climáticas no planeta chega aos cinemas. Produzido na Inglaterra, “A Era da Estupidez (The Age of Stupid)” prevê que os efeitos do aquecimento global serão mais rápidos e devastadores caso o aumento de temperatura da Terra ultrae os 2 ºC. De acordo com a produção, o planeta pode não ter mais condições de abrigar vidas humanas já em 2055.
O narrador é um dos últimos sobreviventes. A terra está devastada, o desequilíbrio ambiental chegou a um ponto em que não há mais condições de vida no planeta. Misturando fatos reais já ocorridos e catástrofes previstas em estudos científicos, A Era da Estupidez pretende ser um alerta e está nos cinemas do mundo inteiro.
O filme foi lançado mundialmente nesta terça-feira, dia 22 de setembro, e estará em exibição no Brasil a partir do dia 2 de outubro. Em Porto Alegre, estará em exibição na sala 2 do Unibanco Arteplex do Shopping Bourboun Country.
A história é narrada por um homem que está no Arquivo Global, uma espécie de fortaleza humana dentro de um mundo devastado. O arquivista, provavelmente o último ser humano sobrevivente, expõe uma série de acontecimentos que ajudou na destruição dos recursos naturais e, consequentemente, da vida no planeta.
A produção do filme mistura fatos reais já ocorridos com projeções futuras, baseadas em estudos científicos.
Sobre as responsabilidades da tragédia ambiental, o filme usa como referência negócios insustentáveis praticados por empresas petrolíferas e de aviação. Além disso, atitudes individuais de algumas pessoas também são questionadas, como proprietários de terra que não permitem a construção de aerogeradores para produção de energia eólica perto de suas propriedades.
Durante a narração, o arquivista se pergunta diversas vezes por que a humanidade não evitou sua extinção enquanto era possível. Como o filme aborda um tempo futuro, a questão serve de mensagem para os atores do presente.
A exibição do longa-metragem está vinculada a uma grande campanha ambiental, apoiada por celebridades e organizações não-governamentais de todas as partes. O objetivo é de influenciar os principais líderes políticos mundiais a em, em dezembro deste ano, na 15ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP 15), em Copenhagen, o tratado que obriga as nações a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, de forma que o aumento de temperatura do planeta não ultrae os 2 ºC.
Mais informações no blog do NAT Brasil: http://amigosdaterrabrasil.wordpress.com/
Ruído contínuo dos supercataventos mata morcegos 2q6r56
Os biólogos que há quase uma década mapeiam os impactos ambientais dos aerogeradores sobre a fauna litorânea já não escondem: o “vuvu” contínuo das pás dos supercataventos de Osório desnorteia os morcegos, que aparecem agora na história como os grandes esquecidos dos estudos preliminares, focados principalmente nas aves migratórias.
A quantidade de morcegos mortos nas vizinhanças dos cataventos é um indicador de que o assunto merece atenção. Afinal, esses bichinhos se alimentam de insetos e atuam como dispersores de sementes.
Quais as consequências do seu parcial desaparecimento na biodiversidade dos locais escolhidos para a implantação de parques eólicos no Rio Grande do Sul? Só o tempo dirá, mas é claro que cataventos não deixarão de ser construídos.
É até natural que os morcegos tenham sido “esquecidos” nas pesquisas anteriores à construção do primeiro parque eólico gaúcho: eles só voam no escuro e praticamente não são vistos de dia, ao contrário das aves migratórias e outros bichos diurnos.
Mas o “apagão” em relação à morcegada não serve como desculpa, pois um dos bichos pesquisados previamente nos estudos de impacto ambiental dos parques eólicos foi o tuco-tuco, mamífero abundante e pouco visível na paisagem do litoral gaúcho, onde vive entocado.
A evidência de que os morcegos são afetados pelo “vuvu” dos cataventos colocou esses mamíferos alados na agenda dos pesquisadores que há três anos monitoram a bem-sucedida operação dos cataventos da Ventos do Sul em Osório. Como de costume desde a construção desse parque eólico, é tudo confidencial.
Os contratos de prestação de serviços entre os biólogos e as empresas energéticas impedem que o assunto seja muito ventilado, mas alguma coisa sempre vaza e o segredo tende a cair à medida que forem implantados outros parques eólicos, atualmente em fase de planejamento, de Tramandaí a Santana do Livramento, ando por Santa Vitória do Palmar.
A continuação dessa história está marcada para novembro, o mês do novo leilão de energia eólica programado pela Eletrobrás. (Geraldo Hasse)
Novo leilão do vento terá oferta de onze Estados 5s5h60
A Ventos do Sul, operadora do único parque eólico gaúcho, construído em Osório, já está se preparando para a construção de novos cataventos. A empresa controlada pelos espanhóis da Elecnor é uma das candidatas ao leilão de energia eólica marcado para o dia 25 de novembro pelo Ministério de Minas e Energia.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Ministério de Minas e Energia cadastrou 441 projetos que juntos somam 13.341 MW de capacidade instalada.
Os parques eólicos que pretendem participar do leilão abrangem 11 estados nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. No Rio Grande do Sul, além da expansão do parque de Osório, sabe-se de projetos em preparo em Tramandaí, Santa Vitória do Palmar e Santana do Livramento.
A energia negociada no leilão terá de ser entregue a partir de 1º de julho de 2012, com contratos negociados com prazo de duração de 20 anos.
A energia de reserva adquirida nos leilões não poderá constituir lastro para revenda de energia e será contabilizada e liquidada exclusivamente no mercado de curto prazo da Camara de Compensaçao de Energia Elétrica.
Toda a documentação preliminar sobre o leilão pode receber contribuições no período de 10 a 25 de setembro de 2009 por meio do endereço eletrônico www.aneel.gov.br, no item Audiências/Consultas/Fórum.
Os interessados deverão enviar contribuições por escrito para e-mail:[email protected]; pelo fax nº (61) 2192.8839 ou pelo correio para o endereço SGAN, Quadra 603, Módulo I, Térreo, Protocolo Geral da Aneel, CEP 70.830-030, Brasília-DF.
(Fonte: Aneel)
Defensoras dos gatos enfrentam até ameaças de morte 2z125s
A construção de um gatil provisório, já iniciada, vai resolver o ime que está atrasando o início da reforma do Auditório Araújo Viana.
O local vai abrigar os 14 gatos que se instalaram no interior do auditório e são protegidos por um grupo de senhoras que diariamente alimentam e cuidam os animais. Foram elas que impediram o início das obras, antes de encontrar um lugar para os gatos.
Segundo o acordo com a empresa de engenharia, os gatos ficarão no abrigo até serem doados numa feira que será realizada futuramente.
Ao todo são 60 gatos, em vários lugares do Parque, sob o cuidado desse grupo de senhoras. “Somos conhecidas como as loucas dos gatos”, diz Anaí Garcia, professora de 43 anos, uma das sete defensoras dos animais.
São professoras, advogadas, donas de casa, que moram no Bom Fim e arredores e, em vez ficarem sentadas em frente à televisão, preferem ajudar os animais. Há outros grupos em outras áreas do parque.
Não é uma atividade sem risco, porque os exterminadores dos gatos também são ativos e tem matado muitos animais nos últimos meses. Uma delas, que prefere não se identificar, conta que já foi até ameaçada de morte por um homem.
Uma das reivindicações delas é a construção de um gatil definitivo, para abrigar todos os animais que vivem no Parque. Mas depois de muitas reuniões com o vice-prefeito, José Fortunatti, os secretários da cultura e do meio-ambiente, a idéia foi descartada.
Os representantes da prefeitura acreditam que um abrigo permanente vai aumentar o número de animais abandonados no parque. “Na verdade, um local como esse iria permitir organizar feitas para adoções e fazer um trabalho educativo para estimular a adoção responsável, pois a desinformação é a mãe de tudo isso”, diz a professora Anaí.
Anaí acredita que muitas das pessoas que deixam os animais ali pensam que eles estão felizes no meio da natureza e sabem que há pessoas que cuidam.
Porém não sabem das dificuldades que o grupo enfrenta, todos os dias são gastos 10kgs de ração, e preferem nem colocar no papel tudo o que gastam por mês.
O grupo garante que todo animal é mais feliz em um lar, onde há cuidado, carinho, atenção e boa alimentação. “Eles merecem isso, temos gatos muito dóceis, que se tornam presas fáceis. Não há nenhum gato selvagem aqui, o que temos são gatos ariscos”, mas para isso elas já encontraram uma solução.
Os animais ariscos serão colocados em gaiolas, para que sejam amansados e assim possam ser doados.
Anaí está criando uma cooperativa, para unir forças e conseguir descontos com clínicas veterinárias e pecuárias. As defensoras estão precisando de mais voluntários, doação de ração e pessoas que queiram adotar um animal.
O contato pode ser feito pelo e-mail [email protected], e elas afirmam que apesar de ser um trabalho árduo é gratificante. “Nos consideramos afilhadas de São Francisco de Assis”.
Movimento em defesa da Orla ganha adesões 1bb33
O Forum de Entidades Porto Alegre está recebendo a adesão de artistas e intelectuais ao Movimento em Defesa da Orla, que terá ato público neste sábado. Será ao lado da Usina do Gasômetro, a partir das 15 horas. Os escritores Luis Fernando Veríssimo, Moacyr Scliar, Cíntia Moscovich são alguns dos que se manifestaram.
“Porto Alegre precisa de civilidade, não de empreendimentos megalômanos. Precisamos de respeito ao meio ambiente e, principalmente, precisamos respeitar as pessoas que vivem e trabalham em nossa cidade. O projeto de reformulação do Pontal do Estaleiro é ousado e tem ares de coisa nova e boa. No entanto, descaracteriza de forma grosseira o perfil da cidade. A orla do Guaíba não merece ser povoada por construções de gosto árido e duvidoso. Sendo rio ou não sendo rio, o Guaíba ainda resiste heroicamente às investidas da urbanidade selvagem e de suas obras de gosto pedestre e padronizado. Precisamos preservar com amor o pouco, bem pouco, que temos”. (Cíntia Moscovich)
“Na qualidade de escritor, de médico de saúde pública e de cidadão portoalegrense, posiciono-me ao lado daqueles que defendem a preservação ambiental na cidade de Porto Alegre. Nossa capital sempre foi um reduto da consciência ecológica no Brasil, e é importante mantermos fidelidade a uma luta da qual depende o futuro de nossa população”. (Moacyr Scliar)
“Vamos defender a orla para todos e dizer não à privatização da paisagem” (Luis Fernando Veríssimo)
Plástico verde: construção da fábrica começa em 2009 2w20b
A Brakem anunciou “para o início de 2009” o começo das obras da unidade que vai produzir eteno e polietileno a partir de etanol da cana de açúcar, no pólo de Triunfo. A empresa vai investir R$ 500 milhões, para produzir 200 mil toneladas por ano do chamado “plástico verde” e prevê dar início às operações em 2011. Será a primeira operação no mundo a produzir em escala industrial essas resinas a partir de matéria prima 100% natural.
A Braskem já concluiu a etapa conceitual e de projeto básico. No início de 2009, inicia-se a fase de detalhamento e início das obras.
A empresa já fez a reserva firme dos equipamentos críticos do projeto, como o compressor de gás de carga e compressor de trem frio. São equipamentos de alta tecnologia que precisam ser encomendados com antecedência para garantir o cumprimento do cronograma.
Para financiar o que será a primeira operação em escala comercial no mundo para produção de polietileno a partir de matéria-prima 100% renovável, a Braskem planeja utilizar 30% de recursos próprios e buscar financiamento para os 70% restantes.
Com demanda já identificada no mercado internacional de aproximadamente 600 mil toneladas/ano, três vezes a capacidade desta unidade pioneira, o polietileno verde tem potencial para comandar um prêmio de aproximadamente 30% sobre o preço do polietileno de origem não-renovável.
Assim, este projeto pode ser o primeiro de outros de maior escala que estão sendo analisados e tem um retorno estimado em US$ 300 milhões, em valor presente líquido.
“A aprovação deste projeto pelo Conselho demonstra a confiança da Braskem no potencial de criação de valor do projeto e o cuidado da istração com a disciplina financeira, investindo seletivamente em projetos de alto retorno”, diz Bernardo Gradin, presidente da Braskem.
O pioneirismo da Braskem no desenvolvimento de plásticos verdes é resultado de muitos investimentos em inovação e tecnologia. Com mais de 200 registros de patentes depositadas, sendo quatro em polímeros verdes, a empresa coloca à disposição de seus clientes uma equipe de mais de 170 especialistas e R$ 330 milhões em ativos dedicados à pesquisa e desenvolvimento.
Moradores recorrem ao Ministério Público contra obra na Cidade Baixa 3o714m
Cláudia Viegas, AmbienteJÁ,
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre (Smam) ainda não tem o laudo sobre a situação de sanidade vegetal no terreno onde a construtora Melnick pretende erguer um condomínio com 196 unidades, distribuídas em 19 andares, na Rua Lima e Silva, 777, Cidade Baixa. A informação foi dada nesta quarta-feira (22/10) pelo supervisor de Meio Ambiente da Smam Maurício Fernandes.
De acordo com ele, os empreendedores cortaram duas árvores sem autorização – um limoeiro, considerado árvore frutífera exótica, de relevância doméstica, e uma palmeira areca, sendo esta última protegida de corte pelo Decreto Municipal 6269/1977. “Em função disto, a empresa foi autuada”, explicou, acrescentando não saber o valor da multa e que “o recurso istrativo ainda não foi julgado”. Fernandes informou que, para a Smam, os empreendedores disseram terem sido “acidentais” os cortes. Após estas infrações, a obra foi suspensa, e também porque há no local uma nogueira-pecã protegida pelo mesmo decreto municipal.
“Regular estado”
A nogueira, aliás, é um dos fatores que está mobilizando moradores das imediações a realizarem sistemáticos protestos contra a obra. No domingo (19/10), eles se reuniram em frente ao local e anexaram uma faixa onde inscreveram seu pedido de “respeite o meio ambiente”.
Por meio do movimento Cidade Baixa Vive, criado no último dia 15, os moradores entregaram ao Ministério Público do Estado mais 111 s contra o chamado “espigão da Lima e Silva”, agora totalizando 152 adesões de moradores. No domingo (19/10), eles mostraram uma planta feita em AutoCAD pelo arquiteto Cristiano Illanes, a qual projeta a sombra da obra sobre terrenos das imediações em diversos horários do dia. Às 16h30min, por exemplo, a sombra do prédio de 19 andares tomará um espaço que se estende por duas quadras além da Rua Lima e Silva, chegando à José do Patrocínio e atingindo principalmente a Rua Alberto Torres. Às 17h, a mesma sombra ultraa a Rua Venâncio Aires.
Os moradores temem pelos efeitos sobre a saúde e as condições de suas residências, que poderão ficar úmidas e insalubres. Eles também estão preocupados com o adensamento urbano. Conforme estimativa de alguns, 196 unidades implicarão cerca de 600 pessoas a mais morando no bairro, “o que é como colocar uma cidade do Interior aqui na Cidade Baixa”, assinalou o chargista Santiago, também residente no bairro.
Fernandes, da Smam, revelou que, há mais ou menos dois anos, a Secretaria recebeu da Melnick um laudo, assinado por engenheiro agrônomo contratado pelo empreendedor onde está atestado “regular estado fitossanitário” da vegetação do terreno. Questionado sobre o significado de “regular”, ele respondeu que “não é bom nem ruim, indica que a vegetação está indo para uma situação ruim”. “A comunidade diz que a árvore está bem, mas isto ainda não foi avaliado pelos nossos técnicos”, afirmou Fernandes.
No domingo (19/10), uma foto obtida por moradores mostra a nogueira ao fundo do terreno, atrás do tapume, com a copa coberta por folhas. Para a Smam, contudo, de acordo com Maurício, “o empreendedor alega que a árvore está perecendo”. Já para os moradores, uma das evidências da situação oposta é que a árvore abriga papagaios que se deslocam para lá desde o Parque Farroupilha.
Frustração
Na quinta-feira (15/10), em audiência realizada na Promotoria do Meio Ambiente, os moradores saíram frustrados ao tentarem negociar a redução da altura do prédio com os empreendedores. Segundo o coordenador do movimento Cidade Baixa Vive, Philip de Lacy White, as reivindicações dos moradores não foram bem recebidas pela promotora Dra. Sandra Santos Segura. “Ela nos deu a entender que nossa causa foi perdida”, lamentou White.
Plano Diretor
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Planejamento do município informou que o processo do empreendimento da Melnick “tramitou normalmente na SPM” e que a altura de 52 metros, correspondente a 18 ou 19 andares, está dentro do permitido pelo Plano Diretor da Capital para construção na Cidade Baixa. “Por estar de acordo com o Plano Diretor, o projeto foi direto para a Smov [Secretaria Municipal de Obras], não necessitando análise da SPM”, informou a Assessoria, acrescentando que não foi exigido o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV, Lei Federal 10.257/2000) por não ter sido ainda regulamentado o mesmo em nível municipal.
“Estamos em vias de implementação do EIV municipal, por meio de um projeto de Lei do Executivo que deverá ser encaminhado como parte das mudanças do Plano Diretor”, informou a Assessoria da SPM. Se estivesse em vigor na cidade, o EIV contemplaria questões como o adensamento populacional e a geração de tráfego, previstos, entre outros itens, no artigo 37 da Lei 10.257/2000.
A Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Obras e Viação foi contatada pela reportagem do AmbienteJÁ para esclarecer os trâmites do empreendimento da Melnick na Smov, porém não deu retorno.
Empreendedor
O gerente de Incorporações da Melnick, Marcos Colvero, informou que “o projeto foi aprovado pela Smov e entrou na Smam já com laudos de cobertura vegetal”. De acordo com ele, “a Smam deu parecer favorável à supressão de vegetação com compensação”. “Para nós, os vegetais não aram despercebidos, foram vistoriados por nossos técnicos e também pela Smam”. “Todos os laudos atestam que a condição fitossanitária está comprometida”, assinalou Colvero, acrescentando que “a nogueira apresenta problemas de infiltração que leva à necrose”. O Decreto 6269/77, no entanto, atribui à Prefeitura e aos moradores a obrigação de zelar pelos vegetais protegidos.
O engenheiro da Melnick informou que a empresa propôs como compensação ao corte da árvore a construção de uma praça aberta ao público em frente ao empreendimento, além de um “túnel verde” que se estenderia por duas quadras, desde a esquina da Rua Luiz Afonso com Lima e Silva até a esquina desta com a Joaquim Nabuco, ando pelas esquinas da Otávio Correa e Lopo Gonçalves. A Smam informou que ainda não analisou as alternativas de compensação.
O movimento Cidade Baixa Vive criou o e-mail [email protected] para manifestações de interessados na discussão dos fatos envolvendo o empreendimento.
Aracruz seleciona empresa para resgatar navio naufragado em São José do Norte 232q3f
Geraldo Hasse
A Aracruz ainda não entregou à Fepam e ao Ibama o estudo de impacto ambiental sobre a construção do terminal de exportação de celulose em São José do Norte, mas na cidade a expectativa é que a obra se inicie em janeiro ou fevereiro de 2009.
Na prefeitura, com o prefeito José Vicente Ferrari em campanha pela reeleição, ignora-se a hipótese de que o terminal possa ser cancelado em função da aquisição da Aracruz pela Votorantim, que tinha planos de um terminal em Rio Grande.
De qualquer forma, antes de construir o terminal em São José, será preciso retirar do fundo do local escolhido o navio Avante, que afundou há mais de 20 anos, deixando à vista um mastro e levando para debaixo d’água um mistério – qual sua carga?
Para executar o serviço, a Aracruz está selecionando uma empresa de salvatagem marítima. A disputa estaria entre uma brasileira e uma holandesa.