Belchior garante verba para reforma do Mercado 374q4h

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê as exigências mínimas e garante a reabertura do Mercado Público foi assinado ontem (5), pela Prefeitura de Porto Alegre, Ministério Público e Corpo de Bombeiros. Tão logo estejam concluídos alguns pontos fundamentais para a prevenção de incêndios no local, o prédio poderá ser reaberto. Entre as medidas exigidas estão a implantação de alarme antifogo, placas sinalizadoras luminosas e treinamento de comerciantes para situações de risco. “A do TAC é fruto de um trabalho conjunto da Prefeitura, do MP e dos Bombeiros. Agora precisamos seguir trabalhando para que o prefeito José Fortunati possa anunciar o data de reabertura do Mercado o mais breve possível”, afirmou o procurador do município, Marcelo do Canto, que representou o governo na reunião. O documento prevê a reabertura em três etapas: primeiro, parte do quadrante do andar térreo, em seguida as lojas do segundo andar que não foram atingidas pelo fogo e, por fim, as lojas que ficam logo abaixo dos estabelecimentos que foram completamente destruídos pelas chamas. Conforme o promotor de Justiça de Habitação e Ordem Urbanística do Ministério Público, Fábio Sbardelotto, para que cada etapa seja cumprida é necessário inspeção do Corpo de Bombeiros 48h antes. O prefeito em exercício, Sebastião Melo, não estabeleceu prazo para reabertura. Em Brasília, o prefeito José Fortunati garantiu a inclusão do projeto de revitalização do Mercado Público no PAC Cidades Históricas e o aporte de recursos estimado em R$ 19,5 milhões. “Demos um o importante para devolver o Mercado Público em melhores condições à população, e o governo federal mais uma vez mostra sua parceria com a cidade de Porto Alegre”, afirmou Fortunati, ao deixar o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no início da noite de ontem, depois de uma audiência com a ministra Miriam Belchior. Segundo a assessoria do prefeito, o próximo o é trabalhar no projeto e apresentar à Caixa Econômica Federal para que haja a liberação dos recursos. Mas a ministra garantiu que as obras podem ser realizadas com celeridade porque os recursos estão garantidos. Segundo Fortunati, o governo federal já está aportando R$ 1,5 milhão na reforma parcial que está sendo executada no momento para reabertura parcial do mercado. 3l675w

"Paulo Santana expressou visão pessoal" 68104e

Uma enxurrada de críticas ao artigo de Paulo Santana sugerindo a implosão do Mercado Público, obrigou a RBS a registrar em editorial de Zero Hora a posição da empresa, diversa da do cronista, o mais lido do jornal.
“A RBS defende a imediata recuperação do prédio e discorda da proposta de implosão manifestada neste mesmo veículo pelo colunista Paulo Santana”, diz o principal editorial da edição desta terça-feira.
“Santana expressou sua visão pessoal em consonância com os princípios do pluralismo de opinião e liberdade de expressão cultuados pela empresa”, completa o texto.
Shopping
No edição de segunda-feira, 48 horas depois do incêndio que queimou parcialmente o prédio histórico no coração da capital gaúcha, Paulo Santana escreveu em sua coluna na ZH:
-“Penso que pode ser a hora propícia para a implosão do Mercado Público, semidestruído anteontem e a construção de um novo prédio, um novo Mercado Público”.
Depois de equipar o mercado a “um shopping, onde se vende muita coisa variada”, o cronista aponta o que seria o maior pecado do Mercado Público, um monumento arquitetônico de 143 anos: a falta de estacionamento.
-“Então, este Mercado incendiado é o único shopping do mundo que não tem estacionamento. Isso é inaceitável”. E sugere que “se imploda esse Mercado e se construa outro no local com vários andares destinados ao estacionamento…”.
A reação pelas redes sociais foi violenta. O editorial foi uma resposta. Na mesma edição, Santana falou de suas lembranças do mercado, dos lugares que ali frequenta e dos produtos que adquire, “há mais de 20 anos”. Nada de implosão.
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Polícia descarta hipótese de crime no incêndio 62e5p

O incêndio que destruiu parte do Mercado Público de Porto Alegre foi provocado por um curto circuito na instalação elétrica de um dos restaurantes no segundo andar do prédio.
Essa é a conclusão preliminar do Instituto Geral de Perícias, divulgada na tarde desta segunda-feira pelo chefe da equipe que trabalha no prédio. “Houve uma sequência de curtos”, disse o perito Rodrigo Ebert.
O laudo definitivo ainda vai demorar 30 dias.
Antes, o delegado Hilton Muller, responsável pelo caso, já havia descartado a hipótese de uma ação criminosa. A extensão dos danos é maior do que se divulgou inicialmente, quando se estimou que 10% do prédio havia sido atingido. Segundo a perícia, cerca de 20 lo jas do andar superior foram destruídas.

"É a hora propícia para implodir" 652971

O cronista mais lido do jornal de maior circulação no Estado sugere a implosão do Mercado Público após o incêndio de sábado.
O assunto desta segunda-feira em Porto Alegre é o incêndio do Mercado Público, ocorrido no sábado. O fogo queimou cerca de dez por cento da área construída. As causas ainda não são conhecidas. A recuperação parece garantida, inclusive com recursos do PAC.
Duas afirmações, no entanto, se destacam.
O vice-prefeito, Sebastião Melo, que substitui Fortunati em viagem a Brasilia, disse que “não é hora de buscar culpados” e sim de cuidar da reconstrução o mais rápido possível. Melo não explicou o que uma coisa tem a ver com a outra.
E o cronista Paulo Santana, o mais influente do Estado, propõe em sua coluna na ZH que se aproveite o incendio para implodir o prédio centenário, para erguer no local um moderno shopping com vários andares e estacionamentos. Santana não esclarece que sua sugestão é uma velha aspiração do lobby imobiliário…